terça-feira, 2 de outubro de 2007

Pra sempre, mesmo

A gente divide a cama, os segredos, os amigos, as conversas, o conhecimento, as bandas preferidas, os livros, os autores, as idéias, as mães, as irmãs, as lágrimas, as risadas, os gostos, as aventuras. A gente vai fazer dois cursos juntas. A gente não cansa de dividir porque, na amizade, é assim que se soma. E sempre foi assim. Bastava perguntar Vamos? sem precisar dizer onde. A resposta era sempre a mesma: Vamos! A gente sempre disse que era 'pra sempre' e hoje, mais que nunca, temos certeza disso.

domingo, 30 de setembro de 2007

Sobre o oposto da vida II - a continuação

Ela pode ter acertado na previsão da mãe, do irmão e da vó. Mas errou na do pai. Ele ainda está lá. Na UTI, em coma induzido é bem verdade, mas está lá.
Esse final de semana recebeu visitas. E andam dizendo mesmo que ele é um verdadeiro Vieira, que não vai ser desta vez que a morte o levará. Talvez ele viva tanto quanto a mãe, que chegou nos 90-e-tantos. Ele, que é tio-avô, já tem 83.
Ela vai todo dia visitá-lo. Entra no quarto imenso e vazio apesar da aparelhagem toda. Durante o dia todo são as máquinas que o fazem companhia. Ela vai lá por algumas horas. Conversa com ele e antes de ir embora se despede, como se fosse a última vez.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Definição do dia

Sabe feliz? Sabe barriga doendo de tanto rir? Sabe vontade de fazer um monte de coisas legais? Sabe?
Eu sei.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sobre o oposto da vida

Primeiro foi a irmã que partiu. A mais velha. Meio sem porquê. Do nada. O acontecimento que ninguém espera. E aí a mãe decaiu. E a mãe que inventava doenças pela vida inteira começou a tê-las de verdade. E também se foi.
A casa, outrora grande, já não tinha mais tanta gente. O irmão, que era louco de verdade, ia e vinha do sanatório. Era ele o único responsável pelas fortes emoções da casa. Mas adoeceu. Pensou que era Aids porque ele estava magro demais, debilitado demais. Na internação descobriu-se o câncer, na garganta, que não o permitia comer. E sem tempo de sofrer também partiu. E na casa de três quartos, salas, cozinha, quintal e biblioteca só restou ela e o pai.
A idade do pai o fazia perder os movimentos, a visão, até ser dependente de novo. Até sentar-se na cadeira de rodas. Hoje ela ligou porque o pai está internado. UTI. Ela é boa em previsões, talvez já aprendeu a conversar/negociar com a morte. Diz que ele não deve passar de amanhã.
E ela não deve nunca ter pensado que a vida ia ser assim: uma sucessão de perdas. Não tão cedo. Como todo mundo achou que não ia ser a última a partir, por não ser a mais nova. Com certeza pensou que contaria com a ajuda dos irmãos na hora de enterrar os pais. Mas não foi assim. Nem sempre a vida é justa. E parece que a morte não leva muito em conta o que a gente acredita e quer na vida.

sábado, 22 de setembro de 2007

Aquele encontro

Da outra vez que a gente tinha se visto você sentiu ciúmes. Daquela vez que a gente tinha se visto todo mundo prcebeu que sua atenção era só minha. Naquela noite eu dancei forró com o seu amigo, que também é meu. Você tentava fingir que não estava nem aí, mas não parava de olhar. No final das contas, você rodou na mesa feito peão e acabou sentado do meu lado. Naquela noite eu tive certeza que nem todo mundo gostava de mim, mas também soube que outros meninos da sua turma eram muito legais e alguns outros ainda se lembravam de mim, mesmo depois de tanto tempo. Você se aborreceu por, de repente, eu estar tão bem entre tantos meninos. E, então, ficou com uma menina. Eu fui embora e a gente não se despediu. Lembro que depois você disse que tinha se arrependido do seu comportamento. Você ainda era tão menino que minha presença te desnorteava. Você era tão menino que não sabia onde colocar as mãos. Você ainda era o menino pelo qual me apaixonei e hoje já não é mais, mas ainda me olha da mesma forma. Você já sabe onde colocar as mãos, apesar delas ainda tremerem quando chegam perto de mim. Será que eu ainda te desnorteio como antes?
Amanhã

Temporada das Flores [Leoni]

Que saudade agora me aguardem,
Chegaram as tardes de sol a pino,
Pelas ruas, flores e amigos,
Me encontram vestindo meu melhor sorriso,
Eu passei um tempo andando no escuro,
Procurando não achar as respostas,
Eu era a causa e a saída de tudo,
E eu cavei como um túnel meu caminho de volta.

Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno a vida em cores,
Me espera amor nossa temporada das flores.

Eu te trago um milhão de presentes,
Que eu achava que já tinha perdido,
Mas estavam na mesma gaveta,
Que o calor das pessoas e o amor pela vida...
Me espera estou chegando com fome,
Preparando o campo e a alma pra as flores,
E quando ouvir alguém falar no meu nome,
Eu te juro que pode acreditar nos rumores.

Me espera amor que estou chegando,
Depois do inverno a vida em cores,
Me espera amor nossa temporada das flores.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Os livros, a Copa, as resenhas e a opinião

Enquanto acompanho a Copa de Literatura fico pensando em qual será o papel da resenha. Lembro-me de um professor, na faculdade, dizer que a resenha tinha que despertar a sua vontade de ler aquele determinado livro ou assistir ao filme resenhado. Mas não foi o que aconteceu ontem. Durante a quarta partida da Copa (As sementes de Flowerville, de Sérgio Rodrigues X Corpo estranho, de Adriana Lunardi) eu fiquei com vontade de rasgar os dois livros; de sequer chegar perto de nenhum deles apesar da linda capa do livro de Sérgio e da história do livro de Adriana parecer muito boa.
Eu não li nenhum dos livros que disputam, mas fiquei, por exemplo, morrendo de vontade de ler Música Perdida de Luiz Antonio de Assis Brasil e resenhado por Olivia Maia. Por que sou gorda, mamãe? de Cíntia Moscovich e resenhado por Renata Miloni também me despertou interesse. E o mais engraçado é que em si - os dois livros que me interessaram através dos argumentos - talvez não me interessariam de outra forma. Um porque trata do amor em paralelo com a música e apesar de eu gostar muito de música não conheço e nunca estudei música ou qualquer instrumento, o que me afasta um tanto considerável do tema. Já o outro tem um título meio auto-ajuda e por tratar do tema 'peso' jamais me faria olhá-lo mais que uma vez em qualquer prateleira de livraria.
E aí, eu fiquei aqui pensando. Será essa a função da resenha? Despertar nosso interesse mesmo sendo sempre escrita por uma ótica tão pessoal de quem a faz? Porque eu amo o jornalismo, acredito no seu poder, mas jamais em sua imparcialidade. E então fica tão subjetivo ler uma resenha que vale a pena pensar uma segunda vez e até pedir outras opiniões ou, quem sabe, nunca mais lê-las.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Fazendo (ou perdendo) as contas

1 ano é igual a 365 dias ou 8.760 horas ou 525.600 minutos.
Mas de quantos pensamentos é feito um ano? De quantas palavras escritas? De quantas palavras ditas e ouvidas? De quantas fotos tiradas? De quantos suspiros? De quantos sonhos? De quantos encontros? De quantos desencontros? De quantas vontades? De quanta vida? De quanto?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Frágil uma pinóia
Meu tipo mignon engana. 1,60m de altura e quase 45kg. Do tipo que todo mundo diz que não pode abraçar muito forte porque quebra. Não, eu não quebro. Posso ter cara de boazinha e jeito quietinho e tímido dando margem às pessoas interpretarem como santinha, mas aviso logo: De anjo não tenho quase nada. Por aqui não salvam nem os cabelos enrolados.
Então, não se surpreenda se passar por mim na rua e a cara estiver fechada. Se eu disser: Vocês podem fazer o favor de calar a boca que eu to tentando dormir. Ou se depois de esperar um bom tempo pelo suco virar para a garçonete com a pior das caras e a mais seca das vozes: Ei, cadê o suco, hein? Ou então quebrar o pau no telefone porque eu só vou pagar pelo MEU diploma o que a LEI determina.
É claro que você também pode passar por mim na rua e me ver sorrindo à toa, cantarolando, caminhando alegremente. Sou a pessoa que vai passar creminho gelado nas suas costas e pés caso eles estejam ardidos do sol ou até a única irmã capaz de levantar da cama e ir buscar um copo de água enquanto você está no computador.
Lado bom e lado mau. Lado grosso e lado meigo. Eles andam assim, todos juntos, em mim.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A conversa

A data. Eis o assunto. Que puxou o começo. Que puxou antes. E engatou a conversa descontraída. De guarda totalmente baixa falamos, rimos. Desvaneamos nos "e se..." que não aconteceram, mas podiam. Quando você perguntou 'quando' eu assustei e pensei: homens também pensam nisso? Como você soube que eu estava pensando nisso, que é por esses dias? Você simplesmente sabe, como eu. A conversa morreu, mas o assunto ainda voltou no mesmo dia.
Entreguei os pontos. Eu não fui lá pedir um autógrafo - mesmo que tenha feito isso -; eu só fui lá confirmar se era você mesmo quem respondia aos e-mails. Era um truque e você caiu. Porque apesar de tudo, eu não tinha certeza. Aliás, a incerteza era tamanha que a pergunta saiu exatamente assim: - Não sei se você se lembra de uma menina que te escreveu um e-mail dizendo que queria ser Malu. Então ... E eu nem precisei completar a frase, terminar o raciocínio. Antes disso você me olhou, sorriu e estendeu os braços indicando qual era o caminho mais curto para um abraço. Certeza acompanhada de olhar surpreso, sorriso e abraço é melhor que qualquer coisa. Eu soube e você ainda completou: - Eu tenho o seu e-mail guardado até hoje.
Você pode até questionar - E se eu tivesse dito que não lembrava, que eu recebia milhares de e-mails como aquele? - porque a gente sabe que não foi assim que aconteceu.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Tem muita vida lá fora

Ando vivendo. Muito. O calor e o desemprego tem me empurrado pra rua. E é incrível ver as pessoas pelas ruas em pleno dia, durante a semana. Porque quando a gente está trabalhando, fica na frente de uma tela iluminada, concentrada, em uma sala. O mundo acaba; é só aquilo ali; como se o mundo fosse você e tudo o mais que tiver só ali dentro daquela tela ou o seu redor na sua sala. Como eu trabalhei por quase um ano e meio em uma sala bem grande, com muitas pessoas que falavam e riam muito e um dia de calmaria era raro, quase não percebia que havia outra coisa. Meu mundo era isso: aquela sala com tijolos aparentes na parede oposta, com janelões que permitiam a entrada da luz do sol ou até o escurecimento da sala em caso de tempestades, com gritarias, telefones, uma sala ao lado e muita gente circulando, entrando, saindo, pedido, comentando, conversando, trabalhando, produzindo, divertindo, distraindo, etc. Pra mim, parece estranho circular pelas ruas dos bairros e ver que tem gente andando, passeando, trabalhando, transitando. É a vida que pulsa e é a vida que quero tanto retratar. Eu queria um emprego em um jornal diário, ter correria, ter que ir na rua, voltar e poder ter as duas coisas: uma mesa com um computador e uma tela iluminada que tem vida dentro, mas que me permita também tratar da vida que eu vi na rua e merece ser retratada. Porque tem tanta vida lá fora que não é possível que eu não encontre algo interessante pra contar.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A minha fome

Eu tenho fome de: um emprego novo, de desafios, de amigos sempre perto, de livros, de descobertas, de viagens, de fotos, de letras e palavras, de carinho, de abraço apertado, de notícias boas, de gente feliz, de manualidades, de músicas que digam coisas boas, de filmes que acrescentem, de beijos, de atenção, de amor, de chocolate, de doces em geral, de atitudes positivas, de pensamentos bons, de unhas vermelhas, de conversas sinceras, de revistas, de organização, de listas, de cabelos molhados, de praia, de calor, de verão, de boas companhias, de risadas, de segredos, de vontades, de sol, de lua, de céu estrelado, de rede, de colo, de chá, de amores, de e-mails, de cama quentinha, de tudo que me faça feliz.
E você, tem fome de quê?

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

MSN 2

A conversa começou estranha. Mas avançou. A princípio não entendi porque tinha sido escolhida para saber sobre os seus problemas de relacionamento. E quanto mais a conversa avançava mais eu achava que o assunto não era sobre ele e a namorada, mas sobre mim. Era um teste. Só não sei qual foi o resultado.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Epitáfio

“...existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento.” Fernando Pessoa, em O Livro do Desassossego.

domingo, 26 de agosto de 2007

"Saudades! Tenho-as até do que me não foi nada, por uma angústia de fuga do tempo e uma doença do mistério da vida. Caras que via habitualmente nas minhas ruas habituais - se deixo de vê-las entristeço; e não me foram nada, a não ser o símbolo de toda a vida. (...) O que é feito de todos eles, que, porque os vi e os tornei a ver, foram parte da minha vida? Amanhã também eu sumirei da Rua da Prata, da Rua dos Douradores, da Rua dos Fanqueiros. Amanhã também eu - alma que sente e pensa, o universo que sou pra mim - sim, amanhã eu também serei o que deixou de passar nestas ruas, o que outros vagamente evocarão com um 'o que será dele?'. E tudo quanto faço, tudo quanto sinto, tudo quanto vivo, não será mais que um transeunte a menos na quotidianidade de ruas em uma cidade qualquer." Fernando Pessoa, em O Livro do Desassossego.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O Seminário - parte final e definitiva


Deu tudo certo, como em todo final. A lista de participantes, ontem, tinha 110 pessoas e o foi o exato número que compareceu, mas nem todos da lista - alguns não foram, outros compareceram e mais uns foram substituídos. Todos os palestrantes foram, ou melhor, quase todos. Tudo que eu me encarreguei de confirmar estava certo. Apesar dos sustos do final da quinta-feira, tudo se ajeitou. O tempo foi extrapolado, mas nos planos tudo tinha larga escala de tempo. Pensado para isso. Eu fiz o material, eu divulguei, eu confirmei os palestrantes, orcei tudo, mandei imprimir, resolvi e contornei os percalços e apesar do amadorismo geral foi tudo bem. Eu me estressei, me descabelei, me esforcei, fui mais competente do que me imaginava porque nem na hora do aperto eu falhei. Hoje eu cobri, organizei, arrumei a sala, ajeitei tudo, coloquei água para os palestrantes, controlei o tempo, decidi os horários e o que faríamos ou não. Substituímos o faltante e contornamos o que foi possível. No fim, ainda recebi parabéns de todo mundo e eu saí de lá mais do que com a sensação de tarefa cumprida, saí com a sensação de ganho, de aprendizado. Eu nunca tinha feito isso sozinha. Queria que eu tivesse tido mais tempo, pra divulgar melhor e ter realmente o número estimado de participantes - embora eu ainda ache que um evento do porte do que queriam era preciso mais competência e experiência. Agora eu posso respirar alivida e começar a procurar um emprego.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

MSN

M. entra no MSN com a seguinte frase: O amor é paciente.
Eis que não resisti.

Didi diz: Achei que o amor fosse doutor
M. diz: tb
M. diz: e o tempo é a cura
Didi diz: pois é, ele é um mutante
M. diz: quem sabe
Didi diz: não sei. mas eu que não
M. diz: eu tão pouco
18 anos sem Raul

Eu não saberia desta informação se não tivesse ido buscar. E buscar muito. Nenhum jornal noticiou, nenhum veículo comentou contraponto tantas comemorações de mortes nestes últimos dias: 30 anos sem Elvis, 20 sem Drummond, 10 sem Diana.
Mas soube e fui buscar a informação não por admiração - porque se assim fosse o saberia -, mas por pura curiosidade. Ontem, saindo do trabalho vi uma pequena/média multidão concentrada em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. A maioria vestia camisetas pretas e tinha uma Kombi com altos-falantes em cima de onde saía o som do Raul. Alguns tinham faixas com os dizeres Viva o Raul, entre outros. Foi então que eu desconfiei.
Eu não gosto de Raul. Geralmente mudo a estação do rádio quando começa a melodia de qualquer uma de suas músicas, mas me emocionei. Achei lindo aquelas pessoas todas reunidas por um cantor, um músico, um ídolo. Fiquei toda arrepiada e só não fiquei mais tempo prestando atenção na cena porque avistei o meu ônibus parado no semáforo e eu ainda ia ter que descer a rua, virar a esquina e descer até o meio da outra quadra, então saí em disparada sem ter certeza se comemoravam aniversário de vida, de morte ou qualquer outra coisa. Mas, pelo menos, saí emocionada pela manifestação.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

No trabalho
Nunca pensei que organizar um seminário fosse tão difícil. Tô esgotada e não vejo a hora da semana acabar. Cansadíssima. E tão preocupada que durmo e fico sonhando com a maldita organização. Da próxima vez eu peço o dobro do valor e ainda vai ser pouco. Aff.
E aí, tá todo mundo perguntando no trabalho: você fica até quando? E eu, desta vez, respondo: até sexta-feira e eu não vejo a hora.
E hoje uma das pessoas me disse assim: Você vai na reunião com a OIT amanhã? Eu respondi: Acho que não, vou ter várias coisas pra fazer por causa do seminário. Ela saiu. Depois voltou. Você devia, pelo menos, assisitr a primeira parte sobre a definição de trabalho escravo. Porque eu vou pedir pro ciclano pra você organizar o seminário sobre o trabalho escravo que vai ter esse ano.
Eu sei que foi, claro, na melhor das intenções, mas eu tava tão cheia de organizar seminário que quase falei: organizar seminário? Ai não, me tira dessa!
*
No final das contas, eu adoro trabalhar no Observatório. Mesmo mesmo, de verdade verdadeira. Mas desta vez foi cansativo e ainda teve uma pequena queda de braço que eu venci, mas saí de lá com quebrante. Então, não vejo a hora da semana acabar, o seminário acontecer, eu receber e não voltar.
Eu queria muito ficar lá, mas pra escrever matérias, pra realizar o sonho do meu chefe: virar a repórter do site, mas enquanto a coisa não sai, eles não conseguem e eu não posso ficar, prefiro procurar outras coisas. E vamos à luta!

domingo, 19 de agosto de 2007

A tal da TPM

Sábado já fui dormir de mau-humor. Domingo acordei com dor de ouvido, de cabeça e de garganta. E com TPM. Chorei assistindo TV, lavando louça, ouvindo música. A flor da pele. Nhém-nhém-nhém total. Mas o bom foi que o dia acabou bem sem o trio-solução "c" destes caso: carinho, cama e chocolate.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Oftalmo urgente

É, eu uso óculos. E não posso deixar de usá-los devido a um problema na córnea. Depois que eu descobri isso resolvi que ia colecionar óculos. Eu sempre escolhi as armações mais diferentonas (já tive uma que parecia uma casinha e hoje revezo duas: uma marrom normalzinha e uma vermelha diferentinha). Eu não gosto muito de usar óculos, mas não tenho opção. De vez em quanto apelo para as lentes de contato, claro, mas não consigo usar horas e horas. No dia a dia, vai óculos mesmo. Só sei que as coisas que mais faço e gosto de fazer no dia a dia, como ler e ficar no computador já estão me dando dor de cabeça. Então, vou ao oftalmo. Aliás, preciso ir - com urgência. E agora já to aqui pensando em qual aramação eu vou querer, se uma transparente, uma preta ou mais uma colorida. Ai, que dúvida.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Minha flor

Ela não é minha flor preferida, mas é a segunda opção.

A semana

Na terça eu achei que fosse quarta; na quarta eu pensei que fosse quinta e hoje (quinta) eu queria que fosse sexta.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Conversas paralelas

Eu escuto a conversa alheia. Assumo. Outro dia o papo estava tão interessante que parei de ler só pra prestar atenção. Era um casal de adolescentes, ou melhor, jovens adultos. Enfim. Eles estavam cheirando a vinho barato e ouvi que estavam indo em direção à casa dele e vinham do bar da faculdade. Notei no que ouvi que eles eram ex-namorados e falavam também sobre amigos em comum. Ela contou que uma das amigas disse que sentia falta do namoro deles, que provavelmente provocava a convivência geral. Também ouvi e pelo que entendi ela namorava outro menino. Mas eu só comecei a prestar atenção na conversa por causa do seguinte diálogo:
Ele- você beijou alguém?
Ela- quando? Hoje?
Ele- É.
Ela- HOJE não.
Na mesma hora comecei a prestar atenção. Ela era das minhas e sabia que o papo ia render.
Depois, ela estava no impasse do que falava pra mãe e pruma amiga, que a esperava. Ela, junto com ele, tentava arranjar uma mentira que camuflasse o encontro dos dois.
Ele era inseguro e dizia que a tinha visto beijando alguém naquele dia. Mas ela afirmou que só dera um beijinho de amigo. No papo, ele também dizia que se a mãe dele soubesse que ela tinha estado na casa dele ia ficar muito feliz, porque a menina a conquistara. Ele contou que ainda tinha fotos dela espalhadas pelo quarto e falou um monte de outras coisas que denunciavam não só o quanto ele gostava dela como também que ele não tinha conseguido esquecê-la enquanto ela tocava a vida, namorava outro e ainda se divertia por aí. Mas no fundo, eu fiquei pensando mesmo é que ela gostava mesmo era dele e que tinha feito tudo aquilo só pra tentar esquecer ele. E, claro, não tinha conseguido porque se tivesse não estava naquele ônibus em direção a casa dele.
E, no fundo, eu ainda fiquei super feliz que os dois estava juntos e, mesmo sem conhecê-los, eu fiquei torcendo para que eles terminassem juntos e felizes.

domingo, 12 de agosto de 2007

Dia dos pais

Ele já errou feio. Já fez um montão de coisa errada, mas fazer o quê se o laço de sangue - e até o de amor - é mais forte? Já fui do tipo rancorosa que se quer olhava na cara dele, já fui aquela que o fez chorar dizendo poucas e boas no melhor/pior momento catarse, já fui aquela que o fez entrar maternidade adentro empurrando enfermeiras só pra que outro médico me examinasse e dissesse que ia ficar tudo bem, ainda sou a queridinha apesar de tudo e a de quem ele mais se lembra na hora de presentear.
Hoje foi um dia normal, com ele por aqui como sempre e ainda querendo agradar a gregos e troianos. Falando suas habituais bobagens e deixando os filhos pra lá de constrangidos na mesa do almoço com os avós. E é através de seus olhos verdes brilhantes, seu sotaque arrastado e sua cerveja na mão que ele se faz notar. Na sua voz alta e no seu jeito de conversar, comer pouco e repetir sempre a célebre fase: quê mais? ele marca presença. Ele se faz respeitar e ser amado, mesmo que em silêncio. E também ama, embora de uma forma que pareça estranha.
No fim, é bom ver que o tempo passa, as feridas fecham e que o melhor de tudo ainda é tê-lo por perto. Nada como uma data desta pra gente perceber que ele é sim importante e que amadurecer, crescer, perdoar e superar faz parte de todo mundo. E, aqui em casa, todo mundo aprendeu a lição.

sábado, 11 de agosto de 2007

Matando a vontade

Unhas vermelhas. Pra tirar o mau olhado, pra matar a vontade, pra ficar bonita, pra ficar olhando muito. Porque eu quis, porque eu tava com vontade, porque eu mereço. Enfim.
Os amigos e as indicações

Não tem nada melhor do que trocar indicações com os amigos. Você mostra, empresta, dá o que está vendo, ouvindo, lendo e recebe em troca o mesmo tratamento. Vale tudo: uma peça, um livro, uma banda, um filme, um seriado de tv.
Esta semana foi a vez da Thaty me introduzir ao mundo da banda Trash Pour 4. E se você não conhece, eu recomento. Eles "repaginam" aquelas músicas pra lá de batidas e conhecidas e que você e todos nós já estamos até cansados de ouvir. Sucesso dos anos 80 e 90 é o que mais tem nos 2 cds da banda, que é brasileira e manda muito bem. Tô com eles no mp3 e não paro mais de ouvir. Até já mostrei pra mãe e pras irmãs e estou em alta velocidade na difusão deles. Porque eu acho que coisa boa a gente tem que difundir mesmo.
Foi assim com O Teatro Mágico, mas confesso que estava mais resistentes. As meninas que trabalhavam comigo falavam que era bom, chamava para os shows e eu, nada. Até que um dia resolvi baixar na Internet. Amei. Comecei a ouvir muito e fui num show. Pronto, nem preciso dizer que antes mesmo de ir no show já tinha difundido aqui em casa e falado bem pra todo mundo.
Eu sou assim. Tanto que livros é a coisa que eu mais gosto de emprestar, mas só para aqueles que eu sei que devolvem. Com a Thaty é melhor ainda. Nós duas grifamos livros e entre nós, nos nossos livros, isso também é permitido. Então eu grifo os meus e os dela e ela os meus e os dela. Assim, a cada leitura, a gente vai saber não só o que grifamos como também o que o outro grifou. É tão bom.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Diálogos e amigas

Amiga 1: Preciso te contar uma coisa.
Euzinha: Ai, que medo. Que foi?
Amiga 1: Eu só te conto porque você é como se fosse eu.

Amiga 2: Eu precisava tanto falar com você. Só você podia me entender neste momento.

Se alguém tem duas amigas assim na vida não precisa de quase mais nenhuma.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O que acontece?

Eu não tenho conseguido acessar este blog. E nenhum outro que tenha a extensão blogspot. Não sei se o problema é aqui em casa (confesso que o computador não está lá muito bom) ou se é com o blogger. O outro computador com o qual poderia acessar era do trabalho, mas me bloquearam, então sem chances.
Esta noite tive um sonho meio doido. Acordei e fiquei até uns minutinhos a mais na cama só pra me certificar de que tinha sido sonho mesmo. Foi estranho. Mas foi ótimo acordar e ver que já tinha passado. Eu estava grávida, fugia para uma casa na qual o dono não poderia me ver, mas me encontrava com um DR com o pai do filho, que estava no banheiro. E eles não podiam se encontrar. E a empregada estava passando roupa e me via e conversávamos como se fôssemos íntimas e tinha gente da família na casa, gente que eu nem conheço e no sonho só ouvia as vozes. Os móveis eram brancos e era um lugar que eu nunca estive. E eu lembro que a sensação era de medo, de o que eu vou fazer agora grávida e só aqui me sinto bem - mesmo que esteja aqui escondida. Agora, pensando bem no sonho e colocando tudo digitado, pensado, escrito, talvez comece a entender algumas coisas. E o sonho não terminava bem. Quer dizer, eu acordei no ápice. Na hora da raiva, das lágrimas, da briga. Eu não sei o que aconteceu depois. Quer dizer, depois eu acordei e tudo passou. Eu acho.

terça-feira, 31 de julho de 2007

A política, o gesto e a mídia

Eu normalmente me abstenho dos comentários políticos aqui. Aliás, aqui e em qualquer lugar. Mas já faz dias que os dedos coçam para que eu faça algumas observações a cerca do episódio do gesto obsceno feito pelo assessor internacional do governo, Marco Aurélio Garcia.

É claro que concordo com muitas opiniões que estão por aí e falam que foi um absurdo, mas como jornalista não posso achar menos absurdo a posição da rede de televisão que a gravou e, pior, exibiu.

Alguém aí já se perguntou o que fazia uma câmera filmadora apontada para aquela janela? Exatamente na hora da veiculação do grande jornal da tal emissora? E incrivelmente no dia que a matéria “isenta” o governo?

É triste, tristíssimo, pensar na mídia que temos. E se há um ditado nas sociedades livres que afirma que cada povo tem o governo que merece, o que posso eu pensar sobre a mídia e o jornalismo praticado e assistido/lido/ouvido diariamente?
E ninguém sequer comentou. Todo mundo fica indignado com a cena top-top, mas não pensa em quais interesses tinham nisso tudo. Quais as forças que estão neste imenso jogo de poder que a mídia e a política promovem, muitas vezes, conjuntamente. Quem manda em quem? Qual a verdadeira mensagem por trás das imagens?

O Estadão incita algo assim (clique aqui), mas não vai além e deixa, ainda, muitas outras perguntas no ar. Afinal, é mais fácil deixar como está e indignar-se apenas com a imagem do que com todo o contexto que a envolve, pois isso seria – além de tudo – desafiar a toda poderosa emissora de TV.

domingo, 29 de julho de 2007

A contradança 2

Caminhavam juntos pela casa enquanto conversavam. Chegaram ao quarto e dirigiram-se para a janela, que foi fechada. Meia-luz, penumbra e rodopios. Parecia uma dança. Era quase uma valsa. E ele disse: no dia que eu me casar eu quero dançar assim pelo salão.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

A contradança 1

Ele não gosta de dançar. Não gosta de cantar. Não gosta de lugares fechados e nem de inferninhos. Não é chegado a romantismos, mas ainda é capaz de improvisar e agradar. E foi assim, de repente que ele provou isso. Ela já nem acreditava mais que ele seria capaz de qualquer ato romântico. Ele levantou e a abraçou ao lado da cama, sem mais nem menos. E então começaram a se mover e a dançar no silêncio do quarto. Não havia música nem melodia. Mas eles dançaram como nunca, feito uma cena de cinema.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Diálogos e elogios

*
Menino 1: Hmm, como você está bonita hoje. Tá até de bota.
Euzinha: Obrigada! De vez em quando faz bem, né?
*
Menino 2: Você tá linda hoje!
Euzinha: Obrigada.
Menino 2: A roupa, o jeito, tudo. Você tá feliz porque voltou a trabalhar, né?
Euzinha: Eu tô!
Menino 2: É isso!
*
Pessoas diferentes, lugares diferentes, situações diferentes. Elogios iguais. E quem não ia amar?

sábado, 21 de julho de 2007

Podia ter sido comigo

Sexta-feira estava na saída do metrô quando olhei para uma pessoa que estava ao meu lado e achei que ela não tinha a melhor das caras e nem a melhor das aparências. Pensei que devia sair dali porque eu estava sozinha. Só que ao mesmo tempo eu reparei que ele olhava fixamente para a menina que caminhava para fora do metrô e falava ao celular.

Eu já tinha reparado nela fazia alguns segundos e estava até prestando atenção na conversa dela, que era sobre exames, talvez uma consulta e o pagamento durante o final de semana. Quando ela chegou bem mais perto foi que reparei nessa pessoa e vi que em um impulso ele se direcionou a ela. Então, me vieram dois pensamentos: 1) eles se conhecem e ele a estava esperando; 2) ele vai bater nela! Sim, não foi só com ímpeto que ele se dirigiu à ela, foi com tudo e com as mãos em direção ao rosto dela dando a impressão de que iria pegá-la e bater, sei lá.

Na mesma hora em que pensei isso (2), ela também deve ter pensado a mesma coisa e se assustou com aquela pessoa que vinha pra cima dela. Ele simplesmente pegou o celular dela disse Bom Assalto! e saiu correndo. Na mesma hora comecei a passar mal de medo: tremedeira, suar frio, desorientação, etc. O outro grupo de pessoas que estava na minha frente também ficou assustado e resolveram sair da frente do metrô. Como eu estava esperando uma pessoa resolvi que era melhor entrar no metrô, pois isso me daria um pouco mais de segurança.

Fiquei super nervosa porque podia ter sido comigo. Eu estava ali, do lado dele e bem mais perto da moça que estava falando ao celular e carregando uma bolsinha, que ele podia ter levado com ele. Fiquei assustada e sei que voltarei a andar pelas ruas da cidade aterrorizada por uns dias até que a má impressão acabe. Mas acho que as coisas só nos causam estranhas sensações exatamente quando nos damos conta de que poderia ter sido conosco. E foi assim esta semana e este não foi a única situação.

No meio da semana foi a vez do acidente da TAM me abalar de verdade. Claro, eu fiquei chocada como todas as pessoas. Achei triste e tudo mais. Até queria escrever sobre o acidente aqui, mas depois pensei que talvez usaria as mesmas palavras que todos já havia usado: indignação, tristeza, revolta, tragédia anunciada, pista que termina dentro da cidade, etc. Enfim, achei que não ia valer a pena e passei a vez.

Até que a Thaty me ligou perguntando se eu estava sentada. Já sabia, pelo tom de voz, que era notícia ruim na certa. Juro mesmo que pensei em morte só não associei ao acidente naquelas frações de segundo. Foi quando ela me contou que a irmã de uma amiga de colégio morrera no acidente.

Advogada e jovem - apenas 29 anos - como muitas pessoas que estavam no avião, mas muito mais próxima de mim do que todas as outras. Deixou uma filha de 3 anos e um marido, além da mãe, das irmãs, das amigas, dos outros familiares, etc. E foi aí que eu não agüentei. Foi aí que chorei de verdade pensando que podia ter sido na minha família. Foi aí que eu pensei que os parentes, amigos e até o marido vão ter muitas lembranças dela, mas a filha não.

Eu nem consegui escrever nada no orkut para essa amiga de colégio. Esperei mais uns dias para digerir melhor a história. Me sentir mais capaz de pensar e tentar escrever alguma coisa. E então, nessa semana foi que pensei que a gente sofre pelas tragédias principalmente quando nos colocamos no lugar das vítimas fatais e das vítimas indiretas. E é também nesse momento que a gente percebe o quanto a vida é frágil e, por isso, sofre e chora como aconteceu comigo.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Programão

Pro final de semana terei muitos filmes. 5 filmes, 5 dias, 10 reais. Promoção da locadora que me rendeu: A liberdade é azul, A igualdade é branca, A fraternidade é vermelha, Memórias de uma Gueixa, A Rocha e um lançamento: O contrato.
Lá vou eu. Ontem já assisti um e ainda tem mais pro final de semana. Sexta-feira ainda tem Teatro Mágico e eu não vejo a hora.
Domingo faço uma prova de concurso público. Não estudei nada como queria, mas junho veio atropelando e julho ficou por conta de colocar a casa em dia. Vai ser na sorte. Ou melhor, eu sei que não vai ser, mas tudo bem.
E ontem me ligaram perguntando se eu trabalharia por um mês lá onde já trabalhei por mais de um ano. Topei, mas não acertei os detalhes. Só sei que esse trabalhinho veio a calhar. Parece que as coisas se ajeitam mesmo que a gente não faça tantas coisas assim. Eita nóis!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

SMS

1- Um dia de madrugada:
Orme, orme. Se eu não durmo ninguém dorme. Fulando, o insone em Sampa.

2- Alguns dias depois, logo cedo:
Você sabe até que horas vale o rodízio? Valeu.

3- Ontem à tarde:
Será que um dia você vai responder uma mensagem minha?

sábado, 14 de julho de 2007

Indicações

O Nomínimo acabou, mas alguns colunistas continuaram com blogs próprios. Aconselho a leitura de Nonsense de Luiz Antônio Ryff. É ótimo. As histórias são bizarras e dá até medo de pensar que são verídicas. Não sei se é pior elas acontecerem ou serem noticiadas. Anyway.
O blog da Carla Rodrigues também é muito bom, vale a pena ler sempe. Clica aqui.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Muitas coisas

Tem propaganda na TV que você assiste e sofre - muito. Eu, nestes casos, fico pensando: E tem gente que jura por deus que é publicitário. Mas tem propagandas que dão até gosto de assistir. Este, pra mim, é o caso da propaganda da Oi. Quem ama bloqueia é uma idéia genial e apesar da música ser grude eu adoro. A-do-ro.
*
Defina uma tarde de sexta-feira perfeita. Pois é, a minha foi assim ó: cinema com a amiga xará preferida e um amigo dela - que eu já to considerando amigo também -, depois comer sobremesa delícia e muitas conversas, algumas lágrimas e mais conversas. E foi sim a sexta-feira mais perfeita de todos os tempos. Amei.
*
Paris, te amo é tudo. Amei o filme. Se fosse escolher a parte mais legal escolheria a história do cego. Amei. Agora quero pra mim. E vou recomendar, pra todo mundo. Podem assistir que vale a pena.
*
E quando você conhece uma pessoa e ela te lembra - pelo físico - outra pessoa. Outra esta que você já foi ensandecida. Não, não, não. Desacreditei. Pasmei. Choquei. E fiquei olhando, reparando e tentando, mentalmente, comparar e encontrar as semelhanças. Achei: boca, nariz, olhos. Sério. Sério. Sério. Nem eu estava conseguindo.
Amigo é pra essas coisas...

... dividir uma pipoca doce;
... dividir uma conquista;
... dar uma bronca e muitos conselhos;
... dizer que está certa;
... beber na mesa do bar;
... conversar na porta do estacionamento;
... fazer companhia no Mc;
... dividir um segredo;
... contar sobre si e perguntar de ti;
... tirar fotos;
... dar risada das nossas trapalhadas;
... brindar;
... pra fazer uma confissão;
... é pra tudo e é pra sempre.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Das histórias de livro

Eles entram na farmácia e todo mundo fica olhando. O farmacêutico que estava de bate-papo na porta entra para atendê-los e antes disso os cumprimenta. A pedido dele, a garota pega os doces à venda na farmácia e abre e os dois começam a comer enquanto o farmacêutico foi pegar o remédio que ele pedira. Eles dividiram um doce de leite. E ele brincou dizendo que estava todo mundo olhando porque ela pegava, abria os doces e comia - ali mesmo. E ainda disse pro farmacêutico simpático: olha ela está roubando. E o farmacêutico defendeu a menina dizendo que não. Ele perguntou que doce mais ela queria, mas ela rejeitou. Ele insistiu e ela escolheu o óbvio - um chocolate. Ele ficou com a cocada.
Outra pessoa olhou e sabe-se porquê. E questionou. Ele disfarçou, abaixou a cabeça - devia mesmo querer cavar um buraco e sumir enquanto a garota hesitava e, rendendo-se, confirmava. Sim. É quem você está pensando. As pessoas seguem, mas eles ainda ficam ali. Ela é a cúmplice dele naquela tarde. Como se tivessem cometido um erro crasso, um homícidio qualificado, planejado um roubo a banco, são vistos e analisados. Alguns até omitiam palavras, falavam com eles. Era como se no fundo estivessem os acusando, apontando o dedo e dizendo: São eles! São eles!
É, eram eles.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Feriado bom com direito a:
bicicleta no Ibirapuera,
árvore e sombra no calor do parque com Fernando Pessoa,
Quadrilha e arraiá no sítio da amiga,
Gincana e pulação de corda no domingo.
E ainda nem acabou.
Eeee coisa boa.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Hoje

Estava andando e cantando pela rua - é eu canto pela rua enquanto caminho - quando uma mulher parou na minha frente. Você é a do curso? Olhei. Ahn? Ela já meio na dúvida. Você não é a do *&¨%$#@#¨&**? (o nome do curso tá gente, é que eu na verdade quase não entendi e menos ainda memorizei). Eu com cara de você está me confundindo. Não. Ela já sem entender. Ah, desculpa. Eu saí andando. Imagina!
E agora eu fico me perguntando: será que ela me confundiu com alguma adolescentezinha? É porque outro dia uma amiga, que estava cobrindo um evento comigo, foi capaz de achar que era eu uma menina de uniforme. Veja bem: U-NI-FOR-ME. Eu já não uso estes trajes há muitos anos. E não deve ter sido com uma menina que estava no colegial; tenho certeza que ela deve ter achado que era eu uma menina da sétima série. Então, vontando. Será que ela achou que eu fosse a substantivo oculto porque ela não pronunciou porque eu estava andando e cantando? Ou será que ela achou que eu fosse outra pessoa porque eu sou um tipo comum: cabelos lisos, castanhos e cumpridos, magra, estatura mediana e de óculos?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

terça-feira, 3 de julho de 2007

O problema sou eu

Não gosto de assessoria de imprensa. Não adianta. Odeio. Não sei se é porque estive primeiro do lado de lá da coisa, na redação, ou se porque não nasci pra isso mesmo. Mas não tem jeito. Eu estou tentando, mas com pouco tempo de tentativas já estou sofrendo. Eu sei que esse é o nicho de mercado que mais cresce, que as chances em redações são raras e poucas, que é nas assessorias que estão os melhores salários. Eu sei de tudo isso. Mas ainda não consigo. Quem sabe se um dia o salário for mesmo bom - porque nesse caso é uma porcaria - e o sacrifício valer a pena, pelo menos, financeiramente? Por enquanto não vale. Vou tentar mais um pouco porque eu não sou de desistir tão facilmente, mas acho que já sei qual vai ser o resultado.
Eu gosto mesmo é de fazer entrevista, escrever texto, camelar na rua. Eu gosto do que dizem ser o romântico do jornalismo. Eu amo deadline, fechamento, cheiro de revista nova chegando da gráfica, dia todo na rua e uma tela em branco piscando à espera de um texto meu depois de tudo.
É disso que eu gosto. E é isso que eu quero.

domingo, 1 de julho de 2007

Calendário às avessas

Feriado à vista e planos para viajar. Interior é o provável destino. Mas eu tenho dúvidas. Ando querendo calma. Ficar em casa, ajeitar minhas coisas, me organizar.
Eu achei que o mês de maio custou pra passar e dei graças a Deus quando acabou. Já sabia que ia parar de trabalhar desde o começo do mês, então me pareceu um mês arrastado, sem fim, em que as coisas não aconteciam. Mas veio junho todo bagunçado. Essa coisa de trabalhar em casa me deixou meio sem rotina - que apesar de não ser uma coisa que eu goste funciona muito bem, obrigada - e daí vieram os frilas atropelando tudo e eu já não sabia mais o que fazer. Trabalhei, ralei mais do que estava habituada e minha vida desandou. Todos os planos para as horas vagas foram perdidos e eu fiquei com a impressão que de quanto mais se planeja menos se concretiza. E eis que hoje começa julho. Acho que nesse mês eu consigo me colocar em ordem.
Tenho trabalho, mas não tenho emprego. Quero focar na minha busca por um e fazer outras coisinhas que tinha me planejado para o mês que acabou e não consegui. Só que o feriado já quebra tudo isso. Enfim, planos... vamos ver o que acontece.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Antes tarde do que mais tarde

Eu estranhei que esse mês ela não tinha comparecido. Até pensei nisso no começo da semana. Mas eis que sexta-feira me pego irritada, sensível. Quinta-feira foi parecido. Falta de vontade de fazer as coisas e carência latente. Depois de notar os típicos sintomas: carência, irritabilidade, falta de disposição, carência, chorando à toa é que eu percebi que ela veio sim. TPM. Mais tarde que o comum, mas não deixou de comparecer este mês. Que pena. Tava tão bom sem ela.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ministério do sono adverte

Trabalhar muito causa distúrbios noturnos.

domingo, 24 de junho de 2007

Desabafo


Putaqueopariuputaqueopariuputaqueopariuputaqueopariu.
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sexta-feira, 22 de junho de 2007

As causas trabalhistas

1) Estou adorando essa coisa de gostarem do meu trabalho, mas só uma coisa: eu sou só uma.

2) Hoje só amanhã e o final de semana promete: trabalho à vista.

3) Mais uma semana de cobertura de feira. E mais um final de semana podre. Só espero que esta sala de imprensa tenha Internet porque senão fica um caos trabalhar.

4) O melhor de tudo é descobrir que não, você não tem um frila e sim um emprego. Ah, que coisa. Nem uma semana desempregada. E é um emprego que não te consome, afinal não são todos os dias da semana e ainda é na Paulista, quer melhor?

5) Bom mesmo seria ganhar bem. Ah, isso ainda parece um sonho inatingível, infelizmente.
O sonho e as vontades

Sonhei que estava indo viajar e fiquei com vontade.
Sonhei com um vestido lindo e fiquei com vontade.

*

Trabalhando horrores e com muitas horas ainda a dever. Desespero. E os planos de trabalhar no final de semana são balançados por convites mui tentadores das amigas.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Na caixa de entrada

Aqueles meus amigos - que já falei algumas vezes aqui - continuam mandando e-mails engraçadinhos. Hoje um deles enviou este link dentro de um e-mail que tinha o seguinte título: Vejam só. Acho que todos temos história para contar...
Eu respondi: Tenho certeza que se a Ju escrevesse um texto contando a experiência lumierense ele seria publicado. E aí, JU, se habilita? Alguém mais?
Mas o melhor mesmo foi a resposta da Ju: "só pq eu trabalhei pra princesinha e eu era a bruxa da história"

Explico: Um dia Ju estava farta da enrolação da chefe - que mentia adoidado, sem motivo e sobre coisas descabidas - para dar uma posição sobre sua possível efetivação. Ju iria se formar e precisava de uma definição, que já tinha sido prometida em meados de julho e estávamos em novembro e nada de se confirmar. Eis que Ju começou a discutir em plena redação, mas se encheu e saiu da sala com todo ímpeto. A chefe se desesperou, telefonou para o chefe-mor para definir alguma coisa e saiu da sala atrás da Ju. Na redação o pensamento era de: FODEU! Ambas se encontram no corredor, conversam. Ju volta e a chefe também. Em minutos Ju diz: abre o e-mail. Neste, ela relatava o que a chefe tinha acabado de lhe dizer ao corredor: Eu vou resolver, calma. E não briga comigo porque eu sou uma princesa. E essa é só uma das histórias. Tem também o convite de casamento que era da Branca de Neve (pasmem!) e a lua-de-mel que foi na Disney. Ah sim, odiávamos a chefe. Queríamos nos rebelar. Tudo foi descoberto e eu e a Ju mandadas embora como lição de moral pro resto, um cala-boca nos jornalistas que se atrevessem a continuar com a boicotagem da princesinha.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Bodas de prata

Meu aniversário ainda está longe. Só em dezembro. Mas hoje me peguei pensando que queria fazer uma festa de verdade. Há anos não tenho essa vontade. Aí fiquei assim pensando em uma coisa bem legal e nas pessoas que eu queria convidar. E fiquei pensando que eu preciso começar a juntar dinheiro pra isso, afinal são 25 anos. E não, eu não quero deixar passar em brancas nuvens.
No fim

Minhas aulinhas de fotografia estão no final. Uma pena. Só tenho mais uma aula na semana que vem, mas que vai ser avaliação do curso e um trelelê que a gente combinou. A última aula prática foi hoje e a gente fez um cartão de visita. A foto tinha que ser nossa. E tinha que levar uma transparência com os dados. A minha quase não deu certo. Mas saiu assim:


terça-feira, 19 de junho de 2007

Síntese

"Podia ser uma história muito normal." Luciana Taddeo na melhor das definições.

sábado, 16 de junho de 2007

Os amigos

Essa semana soube da morte um conhecido. 29 anos. Ataque fulminante do coração. Fiquei mal. Ainda mais quando o amigo que me contou disse: Agora nós não somos mais 12 amigos, só 11.
Meu coração apertou de uma forma incrível, eu fiquei pasma e fiquei e resto da semana chocada com isso. Porque como eu mesma respondi: não quero nem imaginar quando isso acontecer comigo.
E eu sei que é inevitável. Então, o jeito é aproveitar enquanto eles estão aqui ó - pertinho da gente.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Na cobertura ou Ossos do ofício

Quem me dera ser bolo e cobrindo (ou seria melhor, como cobertura) ficar por cima. Mas em eventos, jornalistas não têm disso não.
Tem hora para chegar e não para sair; camela o dia todo, de um lado para outro.
Pauta, entrevista, texto, anda, entrevista, orienta fotógrafo, volta, escreve, apaga, re-escreve, revisa, conversa, anda, pára.
É quase isso, mas é pior. É tudo isso, mas é ótimo!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O acaso, de novo

Na semana passada uma antiga amiga me chamou no MSN.
ela: Ei, pensei em você ontem
eu: Em mim? Porquê?
ela: Lembra de um texto que você me mostrou uma vez que começava com "tua boca".
eu: Lembro. Acho que foi o anão que me mandou.
ela: Você lembra de quem era?
eu: Não, acho que não tinha autoria. Mas devo ter ele aqui ainda guardado.
ela: Jura?
eu: Calma que vou procurar.

Bom, eu tinha mesmo o texto guardado junto com os outros milhares de e-mails dele. Enviei para ela e de quebra fiquei lendo os e-mails que a gente trocava quando se falava. Bateu saudades. Não daquele tempo - em que eu era chata e insegura - nem dele propriamente dito, mas de ter a amizade dele.
Enquanto relia os e-mails atualizava minha amiga dos últimos contatos com ele, que não nos falávamos mais - e que como ele está casado até me ignorava na presença da mulher, já sem ela só me cumprimenta quando não tem jeito. Criancice, I Know, mas o que eu posso fazer? Eu também ignoro, afinal já passou o tempo que eu corria atrás dele.
No dia seguinte entrei no MSN e decidi que, se ele estivesse online como todos os dias, falaria com ele. Claro que ele não estava. Murphy costuma ser meu amigo quando eu quero alguma coisa.
Mas estava eu - bonita - trabalhando ontem quando meu superior me sugere dar uma volta na feira, ver o que tem de novidade e conhecer o mercado, que segundo ele tem empresas de movimentação - empresa no mesmo segmento que o anão em questão trabalha. Bateu um clique do tipo: será que ele está aqui? Só que o clique logo desclicou e eu nem pensei mais que 10 segundos nisso.
Estava andando o primeiro corredor, virei para voltar pelo seguinte quando avisto o anão. Na mesma hora ele também me viu, afinal a feira estava bem vazia no primeiro dia. Bateu ainda a dúvida do vou ou não vou, mas a carinha que ele fez indicou um sinal verde para a aproximação. Em pleno dia dos namorados, encontrar aquele serzinho que já mexeu muito comigo e hoje não mais, mas que mesmo assim é MUITO querido. Ainda mais depois de ter relido vários e-mails dele uns dias antes. É demais, né? Parece que só comigo.
Então, a gente conversou numa boa; ele me convidou para almoçar e emendou o famoso se cuida quando eu fui embora. Enfim, acaso?
E Marcelo Rubens Paiva - também coincidentemente - escreveu no sábado: "Porque o acaso nem sempre é por acaso."

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Diarinho

Essa semana meu nome é trabalho. E estou tão feliz com isso.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Quinta-feira estava indo muito bem, mas no final do meu dia tiveram o prazer de estragá-lo. Acabou-se o dia e acabou-se a noite e eu fiquei com cara amarrada o resto da noite, que ainda por cima demorou pra acabar. O primeiro pensamento foi: só podia ser quinta-feira. Mas o feriado prolongado ainda me deu mais irritações. A sexta-feira foi campeã, mas até que o dia parece que vai terminar melhor. Às vezes nem respirando fundo. Ai Deus.
Só sei que trabalhar em casa tem disso. Como não saio, não vejo gente, não sei qual é a temperatura da rua acabo me estressando muito mais. A semana quase inteira passei me irritando com coisas pequenas. Preciso urgentemente arranjar uma rotina, que inclua saídas, para que eu não fique assim tão chata.
E que venha o final de semana porque quem sabe eu faça coisinhas legais pra me divertir.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Reveillon fora de época

Tem carnaval fora de época e descobri que também existe reveillon. Sabe o momento da virada? Só está faltando brindar com champagne. Eu não vesti branco e nem fiz a contagem regressiva, mesmo porque esta virada chegou sem querer.
Já fazia um tempo que estava percebendo minha estagnação, mas sabe aquela preguiça que dá de mudar? Pois é, e tava tudo tão cômodo que continuar era, no mínimo, bom. E eu continuava, não me mexia, não mudava e continuava. Mas aos poucos, as coisas resolveram mudar. Acho que o mundo resolveu me mostrar que tudo podia ser diferente - e melhor, pra completar.
Então, sem emprego bateu o medo. E eu lembrei que tem uma coisa na vida que eu faço muito bem: correr atrás. Então, fiz alguns planos. Mas o melhor veio de onde não se esperava e, claro, desfez vários dos planos.
Trabalhos que surgem. Ainda não é um emprego, mas há sempre chances. Porque se trabalhar é uma das coisas que eu mais gosto de fazer - e eu já estava com saudades de uns atropelos jornalísticos, uma não rotina e uns prazos ferrados - chegou a hora de aproveitar.
Tinha esquecido como é bom essa adrenalina toda. Uia!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

?

Você acredita em coincidências?
Porque eu não sei mais até que ponto as coisas são por acaso ou obra do destino.

1) Sem imaginar, enquanto trabalha, encontra uma pessoa que nunca tinha visto antes, apesar de "conhecer" e ter trocado e-mails com ela alguns anos antes. Vai lá, dá a cara a tapa e se apresenta. Afinal, só você conhecia a pessoa em questão. Acaso ou destino?

2) Internet lenta. Muitos e-mails daquela sua turma de amigos, que tentou em vão marcar um encontro essa semana. Enquanto a página abre por completo, você com pressa começa a tentar abrir o e-mail, mas a barra de rolagem desce. Sem querer você abre outro e-mail que já estava lá há semanas e tinha uma foto. Olha a foto, pensa na pessoa e fecha o e-mail. Em questões de segundo o celular toca e te mostra uma mensagem de texto desta mesmíssima pessoa. Coincidência ou algo mais?
Assunto: senti muito

Querida Adriana,
senti muito a sua saída. Algumas vezes acontecem coisas que vão além de nossa possibilidade de solução. Mas, na maioria das vezes, elas também representam um salto para outros desafios.
Eu espero que você encontre esta possibilidade de salto para melhor.
um grande beijo, venha sempre por aqui e muito obrigado por seu trabalho, que foi muito bom.

Eis que recebi hoje este e-mail de uma das pesquisadoras do IOS. E, às vezes, a gente atinge as pessoas sem saber. Eu nunca fui muito comunicativa, mas sempre tentei ajudar lá dentro. Minha área era sempre restrita, mas eu sempre tentei fazer uma maior integração entre a pesquisa e a comunicação. O e-mail me emocionou, claro, porque as demonstrações de afeto nos últimos tempos foram inesperadas por minha parte. Enfim, é muito bom sentir-se querida mesmo que na hora da partida. E vamos tocando.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Das coisas que eu queria: um escritório em casa

Desde que soube que trabalharia em casa comecei a sonhar com um escritório. Seria tudo de bom um lugar isolado das confusões do dia a dia. Então, fico brincando de imaginar como seria este lugar.
A mesa com o computador ficaria encostada na parede e teria uma iluminação vinda de cima. Na parede: fotos e recados no mural de metal que cobriria toda a extensão da parede e da mesa. A mesa além de espaçosa deveria ter 2 gavetas comuns e uma de arquivo. O espaço citado seria para o inevitável acúmulo de papéis, livros e também para escrever. Em uma das gavetas guardaria papéis do dia a dia e na outra blocos, canetas e materiais de escritório, que ficariam sempre a mão.
Na parede oposta uma estante com livros, que ocupasse toda a parede. Lá também ficariam as revistas. Em um dos cantos, uma poltrona confortável para leitura. Para auxiliar na leitura, de um lado uma luminária de chão e do outro uma mesinha, onde estaria o telefone sem fio.
Eu já tenho tudo desenhado na minha cabeça. Agora só faltam detalhes como espaço e dinheiro para realizar este sonhozinho.

sábado, 2 de junho de 2007

Fragmentos

"É exatamente este fenômeno que nos faz sermos apaixonados pela leitura - a possibilidade de um encontro com um autor que é nosso porta-voz, fala por nossos anseios e perplexidades, consegue verbalizar o que sentimos lá no fundo e não havíamos trazido à consciência de modo tão perfeito. Alguém que lança luz sobre um canto recôndito de nossa mente, que nunca mais será o mesmo após esse encontro."

"(...) a ficção nos permite viver uma multiplicidade de vidas e de experiências diversas, entender as emoções e razões alheias, e assim ilumina nossa própria realidade."

"(...) os caminhos mais importantes para preservar a memória, impedir o esquecimento e chegar à verdade estão nas mãos dos poetas, dos historiadores e dos jornalistas."

"(...) um livro é bom, porque ele lhe dá uma espécie de arrepio na alma, ou um súbito aperto no coração."

"Sou da tribo dos livros. Acredito neles, me alimento deles, tenho paixão por eles."

"Os livros podem ser, então, o hospital da alma, a escola da alma. Mas vão muito além disso. Podem ser a casa do espírito, o lugar onde a mente se sente confortavelmente aconchegada em seu ninho, cercada por amigos e irmãos. E podem também ser a festa da alma, o seu passeio no bosque."

Frases retiradas do livro Balaio: livros e leituras, de Ana Maria Machado.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Amanhã

Já sei que passa da meia noite então hoje já é quinta, mas como eu ainda não dormi considero como quarta. Hoje eu não fui trabalhar, acabei atrapalhada e preferi ir ao curso do que trabalhar. Para compensar amanhã trabalho integralmente, mas amanhã é meu último dia no Observatório. Lá foi o lugar que trabalhei por mais tempo, que tive mais flexibilidade, que aprendi mais coisas para a vida inteira do que exatamente para a profissão, que aprendi política e até comecei a me interessar por ela.
Não fiz exatamente amigos, mas não pensei que fosse necessariamente sentir falta. Só que já está me dando uma nostalgiazinha de pensar que sexta eu não vou mais para lá, encontrar as mesmas pessoas, me divertir um pouco durante as tardes ou simplesmente trabalhar e ignorar as pessoas que estão à minha volta.
A partir de então não serei mais consultada sobre como se escreve algumas palavras ou para discorrer sobre gramática ou simplesmente ler um e-mail para ver se está bom. A culpa não vai mais ser minha como o Vicente adora dizer, o Felipe não vai dizer que está estranhando que faz tempo que não chamo por ele para dar suporte no meu computador, a Jeanine não vai mais comentar sobre os pedidos que eu remeto a ela e que chegam a mim pelo site, a Ana não vai mais ser minha parceira nas produções gráficas e nem vamos filosofar sobre que gramatura é melhor. Ninguém vai poder mais saber o que estou lendo e nem nada assim.
Enfim, eu adorava trabalhar lá, mas ainda não tinha me dado conta.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Ultimato virtual ou A conversa eme-esse-ênica

Já faz algum tempo que um ex-casinho resolveu abrir o baú e remexer nos meus sentimentos*. Mas eu - a princípio - estava impávida colossa nas conversas do MSN e lendo incrédula as coisas que ele me dizia. Ele afirmava categoricamente que tínhamos marcados um revival para 2010. Eu, que tenho memória de elefante, não lembrava disso. E até tenho certeza que isso jamais aconteceu. Mas os dias passaram e ele deu uma tréguazinha. Passou. Até que ele voltou hoje, cheio de dengos. E eu, que estava impávida, comecei a me divertir horrores com o jeito dele. Antes não me provocava nada, mas hoje o acesso de riso só foi contido por estar em ambiente de trabalho - juro!
Só que não agüentei. Eu fico provocando ele só pra ver no que vai dar - porque conheço a história e o script (e eles não vão dar em nada, como antes). E dei um ultimato:

EX-casinho diz: depois naum vai dizer que voce esqueceu.. q combinou só porque estava frio e voce estava carente..
Didi, a impávida colossa diz: tá, vou gravar esta conversa. olha, mas de 2010 eu tenho certeza que a gente não combinou nada. que foi uma tática sua, só porque estava com saudades de mim e estava com déficit de atenção (hahahaha).
EX-casinho diz: olha soh.. voce deveria ser psicologa, mas eh claro q vc imaginava que eu sempre soube q va sabia q era apenas uma tática.. o que eu naum sei eh se vc sabia q eu pensava q tudo ficaria mto mais interessante se os pensamentos naum se tornassem palavras..

*Tem uma coisa que os homens não sabem. Sentimentos mortos quase nunca são facilmente ressucitados.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Promessas de ano novo

Um amigo trocou de carro, cumprindo uma promessa de ano novo que ele mesmo já tinha desistido porque ia dar muito trabalho. Então, ele está cumprindo o que se prometeu e eu pensei no que eu estou cumprindo. Fui atrás de uma pequena lista que tinha postado aqui no blog e entre as promessas estavam:

- ir a Sala São Paulo assistir uma espetáculo da Osesp (cumprirei em brevíssimo)
- fazer mais passeios por São Paulo (aos poucos, um pouco. Saídas Fotogtáficas irão ajudar)
- ler mais (sim, sim, sim)
- ir mais ao cinema (sim, mas quero mais)
- fazer muitos cursos (ainda estou no singular, mas pretendo deixar a situação no plural até o final do ano)
- viajar mais (sim, mas podia ser mais ainda. Veremos como vai ser o balanço final)
- investir (essa é a única coisa que não consegui fazer por falta da verba para investir, quem sabe até o final do ano isso não muda?)
Chico Buarque já cantaria que a coisa aqui tá preta. Mas isso, por aqui, todo mundo sabia e notava.
Primeiro foi o atraso de salários (poucos dias, mas de se estranhar para onde se pagava sempre adiantado), depois foram os planos de saúde que mesmo sendo descontado uma parcela no salário não estavam sendo pagos e por isso não era possível o uso, o não pagamento dos telefones e na filial do RJ a linha ficou cortada um bom tempo. Então, veio o atraso das publicações, o fechamento da antiga sede em outro estado e, conseqüentemente, todo mundo de lá na rua, cortaram a assinatura dos jornais. Aí, percebendo a coisa e não me contratando logo de cara e com a enrolação de dois meses para definirem - mal e porcamente - minha situação entendi que estava na reta. E no início do mês que meu contrato findaria a notícia: ele não será renovado. Ok, já imaginava.
Mas hoje em mais um capítulo dessa avalanche o presidente renuncia seu cargo e todos não sabem exatamente o que vai acontecer. Os boatos, claro, não cessam e a sede está mais vazia que o normal. Já ouvi uma frase boa: "Eles sempre fazem isso em uma sexta-feira e depois vai todo mundo pra casa e fica o final de semana inteiro chocando ovo e pensando o que será que vai acontecer."
Ao que parece, o poder passa de mãos aos poucos e deve voltar às antigas, sem presidente fixo, apenas com as pessoas do conselho por aqui alguns dias.
Apesar dos pesares é bom pensar que estou fora do barco agora que furou e o naufrágio parece inevitável. É quase um consolo, pra dizer a verdade.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Eu só penso em você

Não adianta. Chegou o frio e a única coisa que eu quero neste mundo é chocolate. Tenho que comer todos os dias, senão lá vem o mau-humor. No calor eu até consigo controlar minha compulsão, mas no frio não tem jeito. E eu me rendo. Aproveito meus últimos dias por aqui para comprar o melhor dos alfajores caseiros.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Declaração de amor

Não sei se a intenção de Xico Sá era escrever um texto de amor ou o quê. Só sei que pra mim soou como a declaração de amor mais bonita que li nos últimos tempos.

Olhos não se compram. (Xico Sá.)

Do cinema lindo & phoda de existir e de como uma mulher pode encantar nos detalhes de nós dois. Quando ela pede pra gente virar os olhos ou fechá-los bem fechados. Só enquanto troca a calcinha, vupt, o barulhinho do elástico, mesmo com toda intimidade desse mundo, às vezes intimidade de anos, vale, vale. Só enquanto troca o sutiã, biquíni, parte de cima, ajeita a parte de baixo, areia do doce balanço da beira dos mares, só enquanto tira uma toalha do banho, primeira viagem, só enquanto está lindamente menstruada e quer guardar-se, embora saiba que atravessamos com amor e gosto todo o seu mar vermelho e ainda mais mares aparecessem a cada mês. “Feche os olhos”, diz. “Vira o rosto”, safadeza-se, diva sob seguras telhas. Só para manter o suspense do cinesmascope debaixo do mesmo teto. “Pronto, pode olhar”. Ai ela ressurge mais linda ainda, cabelinhos molhados, com aqueles cremes todos da Lancôme ou com simples sabonetes Dove ou aqueles de nove em cada dez estrelas de Hollywood, Lux, deluxe, eu morro nesses lapsos de tempo, elipses do desejo, frações de segundo que são eternas de olhos fechados para quem meus olhos na terra, que há de comê-los inté os aros dos óculos e as safenas, mais abriram e justificaram seu brilho castanho mesmo em dias de torpor e existência de pára-brisas lusco-fusco.

Xico Sá é cronista do Blônicas

terça-feira, 22 de maio de 2007

Paraíso Tropical

As coisas que eu gosto na novela mais clichê de todos os tempos:
- as músicas (tirando Carvão da Ana Carolina)
- saber o quê os atores vão dizer, afinal é um clichê atrás do outro
- ver Marcelo Antony lindo, lindo, lindo de viver
- ver Fábio Assunção, apesar de não estar assim tão lindo como o Antony
- ouvir Chico Buarque cantando Olha (só eu sei o que me provoca isso!)

As coisas que eu não gosto:
- assistir Alessandra Negrini, que é uó
- assistir Paulo Vilhena, que trabalha mal pra dedéu
- ver aquela mãe que se mete em tudo (minha vontade é de meter a mão na cara dela)
- não tem um que salva, todo mundo é trambiqueiro, falsário, trapaceiro ou bobo demais (não dava para ter um personagenzinho com um pouco mais de conteúdo, não?)
Frio, chuva e dia cinza: ninguém merece.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Frustrada, eu?

No bar, uma amiga desabafa dizendo que o namorado a chamou de frustrada. Foi só então que ela parou pra pensar se era mesmo ou não. Ao invés do papo seguir adiante foi a vez de cada um parar e pensar sobre si. A outra ficou encanada pensando, nem interagia mais tamanha avalanche aquilo lhe causou. Na mesma hora me lembrei que este ano eu já tinha decidido que ia me fazer feliz, independente dos outros. Fazer um curso interessante e fazer mais coisas que me agradassem. À medida do possível é isso sim o que eu tenho feito, mas ainda falta um bocado. Não o suficiente para me achar uma frustrada, mas que eu queria que algumas coisas estivessem e fossem diferentes, isso sim.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Hoje estava saindo de casa quando minha irmã me chamou.
- Adriana, vem aqui.
Eu, que já tinha chamado o elevador, respondi:
- Que é?
E ela insistiu:
- Vem aqui.
Fui e então ela me disse:
- Eu tenho uma coisa para te dar.
E me animei e perguntei estusiasmada:
- O quê?
E então ela disse:
- Dois quilos. Toma!

sábado, 12 de maio de 2007

Não sei qual dos santos que atendeu meu pedido, mas fiquei feliz da vida - apesar do frio - usando meu casaco novo. E a semana que foi atribulada e uma delícia acabou ontem às duas da manhã com um monte de amigos dando risada e tomando cerveja na mesa do bar. Os Happy Hours - chamados de HH - dos ex-lumierenses são sempre ótimos e ontem não foi menos que isso. Com direito a muitas fotos e a ser a atenção do bar (talvez pelo número de pessoas, pela quantidade de risadas, pelos flashes da câmera, por termos 5 meninas e apenas 2 homens, pela mudança constante de posição na mesa, etc).
E pensar que eu estava na maior dúvida entre ir ou não encontrá-los. Da próxima vez vou me lembrar de ontem e ir feliz da vida.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Cara valente

Ele estava lá com sua cara de vilão. Me viu no ônibus e me reconheceu - tenho certeza! Ficou olhando enquanto eu passava pela catraca e também ficou me olhando quando passei por ele para descer. Ele inclusive desceu no mesmo ponto que eu. E eu, que provavelmente já ouvi mais dele do que ele de mim, fiquei na dúvida se era ele mesmo. Depois que eu passei e fiquei assim meio perto dele, ele ficou olhando para fora do ônibus sem coragem de me olhar porque sabe que eu sei de tudo. Toda a história, todas as consequências, tudo. Mas ele estava lá, valente. Talvez querendo saber se era eu mesmo, talvez não. Não nos cumprimentamos; e eu fui para um lado - o meu - e ele para o outro - o dele. Talvez ele tenha ido embora pensando no elo que um dia poderia ter nos ligado, mas isso eu nunca vou saber.
A cobertura jornalística

Eis que esta semana participei de um seminário do IOS. Tinha uma argentina, uma colombiana, um equatoriano e um peruano. Ouvi tanto espanhol que sonhei com o sotaque deles e só conseguia pensar em portunhol. Aí, fiquei lá ouvindo sobre um projeto que envolve multinacionais e acordos ambientais. Em que pé está cada um dos pesquisadores de cada país. Então,
- deu pra ver como a situação de países tão próximos são tão distintas;
- o Brasil, em comparação com os outros países, é um verdadeiro paraíso;
- odeio quando as pessoas querem saber minha opinião nestes eventos (eu tenho que manter minha imparcialidade jornalística);
- eu fiquei sabendo que o consumo de alimentos aumentou durante o governo Lula;
- a lei trabalhista do nosso país no garante muita coisa e às vezes a gente nem sabe - mas claro que ainda existem muitos problemas;
- mais pessoas sabem da minha não continuação no IOS e falamos sobre isso;
- eu aprendi muito.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Love is in the air

Mal passavam das nove da manhã. O seminário ia começar, mas junto com o recepcionista do hotel veio um ansioso e falante entregador, com flores na mão. Antes de entregar as 3 rosas vermelhas ele disse: homem apaixonado não consegue esperar. A curiosidade pesou na pequena sala e na mesa em forma de U. O cartão foi silenciosa e secretamente lido e guardado. Brincadeiras tentavam, em vão, dissipar o mal estar e disfarçar a curiosidade.
Depois do almoço, a menina do interior cheia de curiosidade se muniu de uma certa ingenuidade e questionou de quem viera. E a dona das flores desconversou dizendo que era um caso complicado. Mas deu pra notar em sua dispersão durante todo o dia que o caso, apesar de complicado, mexera com ela.
No final do dia foi a vez da pergunta inocente - O que você vai fazer com as flores? - que tinha por finalidade descobrir se iriam para um vaso no ambiente de trabalho, para o lixou ou o quê e a resposta cheia de sotaque foi quase contundente: É uma pergunta más grande! Só nos restou rir.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Observações

1) Sabe que apesar dos pesares eu acho que eu tirei um peso das costas? Vou atrás de um emprego novo, cheia de planos e ainda curtir umas fériaszinhas.

2) Homem Aranha 3 é ruim. Não gosto de filme de efeitos especiais. E neste é só o que tem. Até dormi no cinema, mas valeu.

3) Ganhei um casaco tão lindo hoje que eu não vejo a hora de fazer muito frio para usá-lo. Mas São Pedro, Santa Clara ou seja lá que santo quiser me ajudar nesta empreitada manda frio um dia só, viu? É que eu não gosto muito, apesar de já estar com saudades de um friozinho.

4) O feriado foi tão bom que eu não queria que tivesse acabado. Que pena. Foram 4 dias de programinhas bem gostosos, tão gostosos que me senti em férias.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

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A típica quinta-feira: dia chato, com cólica e más notícias. Porque o barco que corria há 2 post abaixo vai encalhar e eu sou a nova desempregada da área. Quer dizer, serei, no final do mês. Sem renovação de contrato. E, agora, eu tenho uma coisa de verdade em que pensar.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

A Estranha Perfeita

Se eu fosse uma "escritora de sinopses" jamais escreveria isso:
Premiada com o Oscar de melhor atriz em 2002 por A Última Ceia, Halle Berry é comandada aqui pelo diretor de Confidence – O Golpe Perfeito (2003). Ela interpreta Rowena, uma repórter às voltas com a investigação do assassinato de uma amiga. Na missão, descobre que o poderoso executivo da publicidade Harrison Hill (Bruce Willis) é um dos suspeitos. Para se aproximar dele, Rowena emprega-se em sua agência sob nova identidade. Na pele de Katherine, tentará se infiltrar na intimidade do patrão. Com Giovanni Ribisi (109min). Censura e circuito a conferir.

Em vez disso, escreveria:
Quanto vale uma boa história? A repórter Rowena - interpretada pela premiada atriz Halle Barry - é capaz de mostrar qual o preço de uma boa história seja envolvendo poderosos políticos ou o executivo da publicidade Harrison Hill (Bruce Willis). Para descobrir e revelar os segredos que compõe esta história ela é capaz até de se envolver com Harrison Hill e ir além nas suas descobertas. Mas, afinal, quem não tem segredos?

sábado, 28 de abril de 2007

Vaga de repórter

Não isso não será um anúncio de emprego. Mas sim uma pequena história porque foi assim que entitulei o e-mail ontem.
Sabe aqueles e-mail que já disse aqui que vira-e-mexe troco com as pessoas que trabalharam comigo em uma editora especializada e hoje só resta um dos mortais lá? Pois é, eis que ontem recebo uma vaga de emprego no e-mail. E era de lá. Sim, lá vira-e-mexe alguém sai. Não foi um bom lugar pra se trabalhar e todo mundo que saiu e até quem ainda está lá mete o pau das coisas erradas, da chefe que mente muito e engana todo mundo (pra se dar bem, claro). No MSN chamei uma das amigas de lá e disse em tom de brincadeira: Recebi uma vaga pra repórter, vou te passar. Ela, que está atrás de um emprego novo, se animou e agradeceu antecipadamente. Depois que mandei a vaga ela caiu na risada e disse que eu era sacana. Claro, resolvi mandar a vaga por e-mail para os outros e assim iniciar uma das sessões intermináveis de bate-papo online.
Teve gente que disse que ia mandar o currículo, outro que avisou que eles exigiam demais e não seria capaz, outro que comentou que faltava no anúncio que há local para refeição e o último e melhor - vindo do amigo que ainda trabalha lá: É muito bom saber pelos amigos que alguém vai ser mandado embora da redação. Agora basta torcer para que seja eu. Torçam galera!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Sobre mim e ninguém mais

Estou em uma fase sem igual na minha vida. Em todos os campos, em todos os sentidos. Só sei que nada sei. E na falta de saber fico assim... Levando as coisas, sem saber o que quero e me ocupando com milhares de outras coisas só para não parar para pensar e nem ter que decidir, apenas deixando a coisa rolar por mais um tempo. E mesmo sabendo que isso não é uma atitude madura e nem responsável eu, simplesmente, não me importo. Eu sei que mais hora ou menos hora eu vou ter que me deparar com a realidade, mas enquanto isso não acontece eu vou fantasiando e deixando o barco correr conforme as marés e as luas e o que mais quiser influenciar nesta toada - que pode ter um fim logo mais em frente.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Fotos

Fiz mais um site com fotos. O Flickr. Coloquei lá algumas fotos que tirei durante a Saída Fotográfica. Se quiser conferir, coloque o mouse aqui.

domingo, 22 de abril de 2007

Bernardo Carvalho: Nove noites

"Pergunte aos índios. Qualquer coisa. (...) E, amanhã, ao acordar, faça de novo a mesma pergunta. E depois de amanhã, mais uma vez. Sempre a mesma pergunta. E a cada dia receberá uma resposta diferente. A verdade está perdida entre todas as contradições e disparates. Quando vier à procura do que o passado enterrou, é preciso saber que estará às portas de uma terra em que a memória não pode ser exumada, pois o segredo, sendo o único bem que se leva para o túmulo, é também a única herança que se deixa aos que ficam, como você e eu, à espera de um sentido, nem que seja pela suposição do mistério, para acabar morrendo de curiosidade."

"As histórias dependem antes de tudo da confiança de quem as ouve, e da capacidade de interpretá-las."

"Precisamos de razões para acreditar."

"O sonho de uns é a realidade dos outros. E o mesmo pode ser dito dos pesadelos."

"A realidade é o que se compartilha."

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Gatinha Manhosa

Quando era pequena - eu ainda sou, mas já fui mais - um amigo da minha irmã freqüentemente me cantava: (...) Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração/ E quero ver você, fazer manha então/ presa no meu coração (...). Não, ele não queria me conquistar nem nada assim, queria mesmo me mimar. Porque manhosa eu já era.
Ontem, em uma conversa no trânsito, minha manha veio à tona e virou assunto. E eu cheguei à conclusão de que sou muito manhosa - até hoje.
Faço manha quando quero alguma coisa, quando estou doente, quando estou carente, quando quero agradar. A voz de criança aparece e eu fico toda nhem-nhem-nhem. Já teve gente que me disse que isso era um charme, mas cheguei a conclusão de que nem todos gostam. E eu, que achava que ele adorava, fiquei meio fué-fué-fué quando ele não disse nem se gostava e nem se odiava.
Eu ainda insisti e fiquei proferindo conclusões. Mas ele, que é muito discreto, respondia a toda e qualquer conclusão: eu não disse nada. Isento da culpa eu fiquei pensando: e agora?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Para a posteridade


Du, Tati, Thaty, Calu.
Dri e Didi.

Sacha, 15 de abril de 2007. Almocinho delícia.

terça-feira, 17 de abril de 2007

SF



Eu queria sair pra fotografar. E me lembrei que existem saídas fotográficas promovidas por cursos, pessoas em geral, etc. Aí resolvi caçar no Google: Saídas Fotográficas. E descobri um site com este nome e que promove itinerários. Me cadastrei e lá estava o próximo encontro Centro Velho de SP. Devia ser uma quinta-feira e o encontro seria no domingo. Fui. Encontrei as pessoas às 9 horas da manhã no metrô Sé para o encontro. Como tinha marcado um almoço não poderia acompanhar todo o itinerário, mas dava para fazer metade dele. Com a cara, coragem e a minha câmera lá fui eu. Conheci as pessoas, conversei, fotografei e simplesmente amei. Agora não paro mais. A foto aí em cima foi tirada pelo Montanha, o moderador, criador e organizador dos eventos. Sempre existe uma primeira foto, com todo o grupo reunido.
O itinerário Centro Velho era:
- Sé (Catedral e Praça)
- Páteo do Colégio
- XV de Novembro
- Largo São Bento (Mosteiro e Praça)
- Viaduto Santa Ifigênia
- Anhangabaú
- Teatro Municipal
- Luz
Mais ou menos isso.
Eu parei no Largo São Bento por causa da hora. O percurso que devia ter acabado às 13H não ia terminar neste horário já que o grupo tinha cerca de 40 pessoas. Antes da saída as instruções e, que por ser no centro, eram: andar em grupo por causa de possíveis assaltos (que nunca aconteceram felizmente), não fotografar moradores de rua e nem de movimentos sociais como sem terra (o único incidente registrado foi quando uma pessoa do grupo tentou fotografar um sem terra e eles acabaram brigando, saindo na porrada mesmo) e se divertir.
As saídas, que acontecem quinzenalmente, são em diversos lugares. Já teve no zoológico, em Paranapiacaba, Monte Verde (MG), Paulista, Centro, noturnas, etc.
Só sei que andei muito, fotografei um pouco, amei e me diverti horrores. Agora, não vejo a hora de ter a próxima.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O final de semana

Tem final de semana que é legal e tem final de semana que é MUITO legal.
Este foi MUITO LEGAL.
No sábado, amigas-irmãs e sorvete delícia de sobremesa.
No domingo eu fui em uma saída fotográfica (que merece um post à parte) e depois encontrar "Just the Girls", que dividiram risadas, lágrimas e confissões na mesa do bar. Um mooonte de coisas. Tantas que eu precisava de mais um final de semana para descansar do que passou. Mas foi tão bom que eu não queria que tivesse acabado.
Milton Hatoum: Dois irmãos

"Naquela época, tentei, em vão, escrever outras linhas. Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras".

"Cedo ou tarde, o tempo e o acaso acabam por alcançar a todos."

"... calculou que o silêncio seria mais eficaz do que uma resposta escrita."

"Alguns de nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos."

sábado, 14 de abril de 2007

Hoje

O dia está lindo, com sol e tudo só que eu não to com coragem de fazer nada. Ainda de pijama e enrolando... Já li o jornal, já acessei a Internet, já abri a janela e deixei o ar entrar. Mas a coragem ainda não chegou. Já escolhi a roupa, já passei os cadarços no tênis que lavei esta semana, mas não arranjo forças pra entrar no banho e sair de casa. A cama já está arrumada, todo mundo já saiu de casa e eu ainda estou aqui.
Seria o resultado de uma semana que não foi legal? Porque se abril continuar cheio de coisas ruins assim prefiro que acabe logo.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Fotografia

Já faz mais de um mês (acho) que estou fazendo o tal curso de fotografia intermediário. Amando. As aulas se resumem em fazer experimentações diversas no laboratório, desde alteração na revelação do filme até na ampliação das fotos. E ontem ela deu o primeiro tema para fotografarmos. Como a professora estava sem imaginação acabou usando o que ela usa no básico: ditos populares. Eu fiquei com Quem canta seus males espanta e agora estou aqui pensando em que coisas vou fotografar. Apesar de já ter tido alguma idéias não sei se já cheguei à conclusão final.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

terça-feira, 10 de abril de 2007

Menina com uma flor

Ontem eu me lembrei e hoje quase esqueci. 5 anos exatos de blog. 1.227 postagens depois continuo aqui. Já pensei em parar, mas no fundo nunca tive coragem, por isso continuo. Soa meio diarinho, o que eu fiz, penso, acho, quero, mas tudo bem. Assim vai ser até me cansar.
Foram inúmeras visitas, diversos comentários e algumas poucas e boas amizades que saíram do plano virtual para o pessoal. Já foi diário, obrigação - achava que tinha que escrever todo dia e fazia - hoje é esporádico e impulsivo. Ainda é meu vício. E enquanto me der prazer, aqui estarei.
Hunf!

Até que o feriado foi bom. Nada demais. Tô meio assim, achando tudo chato e sem graça. Hunf!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus nem existe mais

Cadê a semana que estava aqui? Foi tão rápida que nem senti. Amanhã já é véspera de feriado. E eu que nem queria viajar vou. Acontece que eu não forçar ninguém a não trabalhar, mas quando a pessoa já vem dizendo: Olha, essa semana eu não queria trabalhar por causa do feriado a coisa até muda de figura. Apesar das forças opostas - motivos outrem pra ficar, motivos diversos para ir - resolvi aprontar minhas malas. A amiga reforçou a proposta e eu acabei aceitando. Sabe, eu escolhi ser jornalista e eu sei - e espero - que um dia não poderei aproveitar meu feriados. E então nesse futuro posso pensar: Ah, quando eu podia eu não aproveitei. Pois é, por medo de pensar assim já faço o oposto: vou. Assim, lá na frente, vou pensar: Pelo menos quando eu podia eu aproveitava.

sábado, 31 de março de 2007

A vontade que tenho

Sempre que vejo um carro parado em cima da faixa de pedestres, a vontade que eu tenho é passar por cima dele. Como se fosse louca, juro! Eu, geralmente, faço cara feia e reclamo para estes motoristas que não respeitam os pedestres. Agora pouco estava voltando pra casa e no farol tinha um carro totalmente em cima da faixa de pedestre, já ia reclamar quando o motorista me olha. Era um cara do meu prédio. Não reclamei, mas fiz cara feia sim.

sexta-feira, 30 de março de 2007

O dia tinha tudo para terminar bem, mas terminou mal. E eu que estava sorrindo feliz da vida vou dormir salgada de lágrimas.