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domingo, 12 de agosto de 2007

Dia dos pais

Ele já errou feio. Já fez um montão de coisa errada, mas fazer o quê se o laço de sangue - e até o de amor - é mais forte? Já fui do tipo rancorosa que se quer olhava na cara dele, já fui aquela que o fez chorar dizendo poucas e boas no melhor/pior momento catarse, já fui aquela que o fez entrar maternidade adentro empurrando enfermeiras só pra que outro médico me examinasse e dissesse que ia ficar tudo bem, ainda sou a queridinha apesar de tudo e a de quem ele mais se lembra na hora de presentear.
Hoje foi um dia normal, com ele por aqui como sempre e ainda querendo agradar a gregos e troianos. Falando suas habituais bobagens e deixando os filhos pra lá de constrangidos na mesa do almoço com os avós. E é através de seus olhos verdes brilhantes, seu sotaque arrastado e sua cerveja na mão que ele se faz notar. Na sua voz alta e no seu jeito de conversar, comer pouco e repetir sempre a célebre fase: quê mais? ele marca presença. Ele se faz respeitar e ser amado, mesmo que em silêncio. E também ama, embora de uma forma que pareça estranha.
No fim, é bom ver que o tempo passa, as feridas fecham e que o melhor de tudo ainda é tê-lo por perto. Nada como uma data desta pra gente perceber que ele é sim importante e que amadurecer, crescer, perdoar e superar faz parte de todo mundo. E, aqui em casa, todo mundo aprendeu a lição.