sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Virando a folhinha

A semana foi agitada. Semana de cobertura de seminário e desde terça-feira que eu só faço correr e me esforçar. Isso, claro, me fez sumir daqui.
Como estava desacostumada com o ritmo e com horários no começo foi difícil, mas hoje ainda estou firme forte próxima do horário da meia noite. E o final de semana promete muito trabalho, que deve render pra semana inteira (mas espero conseguir terminar antes).
Eu odiei algumas coisas como os erros de português, ter que ouvir certas coisas que são de doer e ter que anotar falas totalmente descabidas do contexto e pior descabidas e sem sentido até pelo que estava sendo dito; odiei ser vítima da inveja e sofrer com o quebrante, mas amei tantas outras coisas. Amo sempre voltar à equipe da qual já fiz parte e ser muito bem recebida; amei aprender e ouvir pessoas competentíssimas nos debates sobre o trabalho decente, responsabilidade social empresarial e trabalho escravo; amei a cervejinha no final de tudo; amei ser chamada para fazer parte de outra parte; amei dividir momentos; amei aprender mais sobre o jornalismo, sobre organização, sobre as pessoas, sobre o mundo e, no final das contas, sobre mim mesmo.
Porque a gente vai crescendo e a vida se encarrega de nos mostrar quais são realmente os caminhos certos que devemos seguir. E bora pros 25 que só faltam 15 dias.

sábado, 24 de novembro de 2007

O amor começa*

O amor começa porque um dia já acabou. Basta um olhar cruzado, um toque de mãos, um abraço apertado e um beijo roubado para que o amor regresse; na escola, numa danceteria, em um bar, no supermercado, na sorveteria, no cinema, em um jogo de basquete, durante o trabalho, em qualquer lugar o amor nasce; é com carinho, abraço, palavras escritas e ditas, músicas, conselhos, incentivo, flores, presentes, perfumes, camas e lençóis; e-mails, bilhetes, SMS e fotos que ele cresce, vive e se fortalece; começa porque devia, porque não devia, como não se queria, depois de se ter pensado, planejado e sonhado; acontece de manhã, de tarde, de noite, durante a madrugada, depois de um encontro ou antes dele, por causa de um e-mail, de um telefonema dado ou um casaco esquecido; dura muito, pouco, o suficiente, demais, ultrapassa as previsões, os limites, o esperado, o pretendido; pulsa em parques, nos shoppings, nos pátios dos colégios, entre as mãos dadas, durante os abraços, no cruzamento do olhares, em línguas que se tocam e em lençóis bagunçados depois do amor sorvido; o amor começa porque ele tem que chegar não importa em que época da vida seja e ele sempre vem pra balançar, pra bagunçar, pra estabelecer, pra ajeitar, pra consertar um coração quebrado ou um amante incorrigível; às vezes, o amor começa de forma proibida, entre primos, entre enteados e madrastas, entre professores e alunas, entre maridos e amantes, entre esposas e personal-treiners, entre patrão e empregado, entre amigos, entre vizinhos; pode acontecer com você a qualquer hora – se já não aconteceu -, com seu pai, sua mãe, seu professor, sua vizinha, sua amiga, sua irmã, sua sobrinha, seus filhos e netos; começa estrategicamente em uma armação adolescente, como se fosse uma aventura juntar duas pessoas que estão ali lado a lado na sala de aula, na busca frenética dos não amados em todas as noitadas, de segunda a sexta, porque o amor é artigo raro e todo querem provar o seu gosto; o amor pode começar sem querer, sem perceber, sem se entender, em um dia de semana de tarde, numa quinta ao amanhecer ou ao anoitecer de um domingo, enquanto os que já amam estão juntos e não se preocupam com nada mais do que sorver o que o amor lhes dá; o amor também começa em parágrafos mudos, com mãos trêmulas, pernas bambas, taquicardia, vergonha; ele chega mesmo em salas de esperas, em escritórios indefectíveis, com músicas bregas, em um elevador que parou dando tempo que os amantes se olhassem para que o amor notasse que era ali mesmo que ele devia estacionar; o amor começa em um luau na praia, no entardecer cinza da cidade e no amanhecer caipira do interior; o amor começa depois de uma batida de carro, em uma consulta médica, pois o amor sentencia seu começo, se impõe, se instala e não tem mais jeito por mais que algumas pessoas finjam que não, se enganem, disfarcem ou neguem, mas o brilho nos olhos entrega e aos poucos todos se rendem porque não vai mesmo ter jeito; então o amor recomeça já que um dia acabou e teve que voltar porque sem amor, - ah, sem ele – ninguém vive!



* homenagem contrária e adversa à Paulo Mendes Campos

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Monofrasal

- A pressa é inimiga número 1, tipo arqui-inimiga, da perfeição e melhor amiga da ansiedade, tipo soulsister.

- Faltam 22 dias pros 25.

- To indo pr'aquele raio de julgamento.

- Hoje está uma típica e infernal quinta-feira. Volto só amanhã.
Socorro

Alguém aí tem bom-humor injetável? To precisando de três doses, por favor. E rápido!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sobre os laços trabalhistas

Aí que eu trabalhei naquela ONG, né? E eles ficaram ruins de grana e, em maio, não renovaram meu contrato. Eu saí. A coisa tava feia porque em maio mesmo o então presidente disse que não ia se recandidatar ao cargo e tudo ficou meio: e agora?. Mas outro jornalista ia sair e seria a minha chance de voltar. Em junho e julho eu frilei e em agosto eu voltei só pra organizar um seminário. E meu chefe direto pediu demissão e queria me colocar lá. A comunicação toda ia saltar fora. E todo mundo (que só eram 2) comunicaram que iam sair. Eu era a substituta direta. Me ligaram, me sondaram. E nunca mais mandaram resposta, nem negociaram meu valor, nem nada. Simplesmente sumiram. Aí precisaram de mim. Mas aí foi o chefe quem ligou e negociou. Ele continua lá, mas não de dentro. Ele que já era terceirizado agora ficou mais distante. E o que era difícil, piorou. Aí que eu sou praticamente a terceirizada do terceirizado desta vez e as coisas estão pra lá de demorada para se resolverem. E eu to aqui morrendo de medo de não dar tempo, mas sem poder ir na fonte e beber água. Só que eu já sou ansiosa de natureza e to quase me matando aqui. Só espero que, no final, dê tudo certo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Boi na linha

# Fulano tá aí?
* Sim.
# Então, eu vou te falar uma coisa e faz cara de blasé.
* Ah, tudo bem. Mesmo porque não está no mesmo recinto.
# Tá, mas então não faz comentários.
* Manda.
# Tem alguém que está interessado em você. Mas nível BEM interessado.
* Já sei quem é.
# Nível pergunta todo dia de você. Diz um nome.
* O Ciclano.
# Nossa, como você é sagaz.
* hahahahaha
# Ele pergunta de você todo dia. Quer saber quando você vai voltar lá. Quando vai almoçar. E eu disse que ia ter que fofocar com você sobre isso.
* Aé. E o que ele disse?
# Ele quer mais que a gente fofoque.
Eu sou assim

Se não vai ser do meu jeito não vai ser jeito nenhum. E tá acabado.
Eu to 'P', eu to triste, eu to tudo. Mas já decidi. É. Eu sou resoluta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Na folhinha

Falta exatamente um mês para o meu aniversário. Entremos no inferno astral e esperamos que tudo corra bem.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sonho

Essa noite eu sonhei que tinha tido uma filha. E se chamava Luiza.
Dizem por aí que quando a gente sonha que teve filhos é porque alguém por perto está/ficará grávida. Quem será a bola da vez?
Se bem que eu prefiro acreditar que quando a gente sonha isso quer dizer que algo novo vai acontecer na nossa vida: um projeto novo, uma mudança positiva, etc. Eu prefiro essa opção. Mesmo porque estou precisando.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Assalto sem fim - episódio II

Eu falei aqui sobre o assalto de 2005 e sobre a intimação que eu tinha recebido pro ano que vem. Só que eu recebi uma ligação do oficial de justiça, hoje, me dizendo que a data mudou. E é agora, dia 22.
Ele alegou que a juíza não sabia que os fulanos estavam presos, por isso o julgamento foi adiantado. Agora, me diz como é que ela ia julgar dois fulanos que estavam soltos? E como é que ela não sabia? Não devia constar nos autos que eles foram presos dias depois?
Eu to super indiguinada. SUPER. E não é a primeira vez que me convocam porque não sabiam de alguma coisa. Será que a justiça é mesmo cega?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Uma dupla de i

Ando insolente e impaciente. Não sei se é a TPM, se a chegada dos 25 anos ou é pessoal mesmo. Só sei que as minhas tacadas andam cada vez mais freqüentes e abusadas. No fundo, eu sei que não adianta nada - e segundo minha mãe e minha irmã, isso só piora. Mas eu não consigo me segurar.
Quando eu vi, já falei. Já fui grossa, já era - tarde demais! Se bem que o meu alvo bem que merece. É que a paciência anda mais que curta que o normal, sabe? Então, ele que tome cuidado.
Eureka

Ontem descobri os Mojo Books. A idéia é muito legal.
A partir de um CD qualquer você escreve um livro de ficção. Ou seja, a partir de tudo que as músicas te inspiram, sucitam e/ou lembram, você escreve um texto entre 10 mil e 30 mil caracteres (com espaço). Acho que vou me aventurar.
Mas, por enquanto, estou pensando em que CD vou escolher. Tem alguns CDs e histórias já disponíveis no site. Ah, e você baixa de graça. E ainda pode imprimir e encartar no CD.

domingo, 4 de novembro de 2007

Eu posso ser má

As máscaras caem. E eu, zombeteira, agradeço - e me divirto. E, olha, eu juro que foi sem querer (querendo!).

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Take your time

É isso que ando fazendo. Quase não respondo mais e-mails; menos ainda os escrevo. São raros os encontros que me disponho a participar e mais raros os que resolvo organizar. Então achei que esse era o momento. Enfim. Sem falar, sem ver, sem ouvir. E não é por omissão. É escolha. E isso, meu bem, é muito diferente.