terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Cadê o aquecimento global?

E esse frio? 18°C quando devíamos estar com 28°. Chuva, o dia todo. Eu jurava que estávamos no verão! Que eu tinha que usar saia e regata e não calça e casaco. Que eu tinha que tomar sorvete e não chocolate quente. E alguns cientistas ainda dizem que existe o aquecimento global. Eu já não acreditava e agora acredito menos ainda. Em 25 anos de vida eu NUNCA vi um verão assim. Já vi inverno com calor, muito calor, mas verão com frio é a primeira vez. E digo: Ninguém merece! Ainda mais que eu amo calor, sol, praia. Eu preciso gastar meu tempo livre na piscina e não na cama debaixo das cobertos. Ah, to indignada. Hunf!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Bebê a bordo
Vou ser titia pela primeira vez. Mas ainda não vai ser das irmãs. Uma amiga de infância está grávida. Eu soube da notícia o ano passado, no meu aniversário, já no final da gravidez. E ontem liguei para ela, para saber como estão as coisas e como ela está, já que o momento está chegando. Conversamos bastante e fazia tempo que não nos falávamos tanto - como costumamos mais trocar cartas do que nos ligar, acabamos sem saber as últimas últimas.
Enfim, Maria Eduarda está a caminho. Espero que minha amiga tenha uma boa hora e que a menina venha cheia de saúde. Ela ficou de me avisar a data certa do nascimento, que está marcado para o dia 08, mas como ela já está com dilatação pode acontecer a qualquer momento. E eu prometi uma visita para ela e para conhecer minha primeira sobrinha postiça.
Fiquei muito feliz por ela, apesar das controvérsias. Desde pequenas cuidamos das crianças do prédio, desde pequenas sonhamos em ser mães. Ela vai realizar o sonho primeiro que eu e eu fico me sentindo meio mãe também nessa empreitada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Cala-te boca

Eu ia escrever outro dia sobre sexto sentido. Aquela famosa percepção que nós, mulheres, temos diante de certas situações. Como achar que nunca mais vai ter encontros com aquela pessoa - pelo menos não daquele jeito - ou de achar que sim aquela prima não é só prima e que o quebrante todo foi por causa dela ou quando você "sabe" que alguma coisa está para acontecer e, às vezes, a gente acha que é boa e às vezes que é ruim.
Mas essa semana pelo menos uma das minhas últimas crenças praticamente caiu por terra. Quase. Ela está pendurada por um fio e eu estou esperando ela cair e, se cair, não sei o que fazer.
Ainda em tempo: não somos só nós mulheres que temos sexto sentido não. Homens também tem e disfarçam muito menos. Pode apostar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Queridos Amigos
A nova minissérie da Globo promete. Até já entrei no site para saber mais. E acabei por descobrir que a história é baseada no livro de Maria Adelaide Amaral, que também foi quem adaptou o romance. Eu já li o livro em 2006 e o ritmo de novela em literatura é um pouco confuso e cansativo, confesso. Mas do meio pro fim engrenei e avancei com mais facilidade. O ritmo é como novela mesmo, que no começo você nunca sabe quem é quem.
Mas lendo já notei algumas diferenças. E sempre me pego pensando que literatura e mídia são distintas e para se adaptar uma obra para outra é necessário algumas mudanças fundamentais. Neste caso, a morte do personagem Leo é que reune a turma, que já viveu bons momentos e hoje está não só distantes de si mesmo como de tudo que acreditavam antes. O romance é o retrato do processo catártico que essa morte causa e faz com que todos se analisem e analisem principalmente suas escolhas.
A minissérie também vai retratar esse processo catártico quando a turma se reúne, no entanto, o motivo da união da turma é a doença do personagem Leo, o incentivador para a reencontro.
E como o reencontro vai lembrar os anos 70 eu fico ainda mais tentada à assistir. Eu queria ter vivido nesta época, eu amo as músicas, minha monografia tratou de um jornal que só existiu nessa época e eu tenho verdadeira paixão pelos anos 70 e sua efervescência cultural e pelo significado histórico.
Alguém duvida que eu vá assistir?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Minha escolha ou Senta que lá vem história

Uma vez conversando aqui em casa entramos no pantanoso terreno das escolhas profissionais. A escolhida, claro, fui eu. Eu devo ser como uma ovelha cinza na família - nem tão a ovelha negra, mas tão pouco um dos alvos carneirinhos do rebanho. Não que eles não apoiassem minha escolha, pelo contrário, mas sempre acharam que eu devia ter escolhido o lado glamuroso do jornalismo: TV. Mamãe sempre brincou que ia me ver na Rede Globo e falava que ao final da reportagem eu devia dar uma piscadinha pra ela. Pois bem.
Discutíamos e falávamos de salários, da vida destes profissionais, etc. Enquanto eu argumentava sobre os baixos salários, minha irmã questionava sobre o salário da Fátima Bernardes. Claro que ela queria me atacar dizendo que, sim, era possível se ganhar bem na profissão e que, portanto, eu devia seguir esse possível caminho. Além de perguntá-la sobre quantas Fátimas existem respondi que não era aquele tipo de jornalismo "vendido" que eu queria fazer na vida, que eu queria fazer jornalismo de verdade e que se eu tivesse como objetivo na vida ganhar dinheiro tão pouco tinha pensado em ser jornalista. Claro que encerrei aí a discussão e tudo o mais que poderia vir.
Eis que ontem eu e minha mãe travamos o seguinte diálogo:
Eu (sorrateira) - Mãe, será que amanhã o almoço pode sair ao meio-dia?
Mãe (curiosa) - Por quê?
Eu (blasé) - Porque eu tenho uma entrevista às 14H e queria sair depois do almoço e é lá na Zona Sul.
Mãe (empolgada) - Uma editora?
Eu (cuidadosa) - Não, uma ONG.
Ela não disse mais nada, mas certamente ouviu ao fundo: Fué, fué, fué, fué. E então cheguei à conclusão definitiva de que devo sim ser uma ovelhinha cinza nessa família.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Monotemática

Este ano serei monotemática. Eu só penso em uma coisa. Só faço coisas em relação a isso. Conseqüentemente, aqui praticamente só tratarei de um tema. Desculpem, pessoal, mas acho que assim vai ser.
Em breve. Aguardem.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Eu, a colecionadora

Tenho algumas coleções. A última que adquiri veio com a profissão: credenciais. Não tenho muitas, devem somar umas 10 só, mas adoro tê-las. Já ficaram um tempo exposta no meu mural, mas depois cansei e tirei. Mas de qualquer forma as tenho guardada e não vejo a hora de aumentar essa coleção.
Acho que a mais antiga é a de cartas. Na época do colégio, a troca era intensa. As aulas serviam para escrevermos e os intervalos para as trocarmos. Houve uma época em que o correio também era muito usado: férias e quando as amigas começaram a se mudar para outras cidades. Com uma mantenho correspondência via carta até hoje. Elas rarearam, é bem verdade, e o e-mail até chegou a susbtituí-la por algum tempo, mas caiu por terra. Com umas amigas do colégio, a troca de cartas via correio também chegou a ser bastante usada quando elas foram fazer intercâmbio. Era mais legal e assim os horários não precisavam se coincidir. Os e-mails também eram trocados, mas havia coisas que apenas por carta. Parece que a cobrança é menor, já que o e-mail exige rapidez. Mas, voltando à coleção. Tenho caixas e caixas. De algumas cartas eu já me desfiz. Não sou mais amiga da pessoa e tão pouco voltarei a ser porque a amizade não foi interrompida pela distância propiciada pelo fim do colégio, mas sim pela falta de caráter que essa pessoa tem. Joguei todas fora. Até me esforcei no princípio para selecionar algumas para guardar ou pelo menos ler antes de jogá-las, mas desisti, rasguei-as e joguei fora. Pretendo fazer isso com outras tantas. A questão não é para dizimar a coleção, mas para deixá-la mais preciosa. Só fica as das pessoas que realmente importam ainda hoje. Já comecei a organizar algumas. Separei se uma amiga e coloquei as em um fichário - uma a uma em plásticos, separadamente. Pretendo fazer isso com as outras também e, assim, preservar melhor a coleção.
Aliás, essa coisa de "dizimar" coleção eu já fiz com as micas - aqueles cartões de propaganda que se distribue gratuitamente em bares. Fiquei com os melhores e mais bonitos. Tenho muitos da coleção Johnie Walker e outros com imagens bem bonitas. Uns que não eram muito legais, nem bonitos e nem nada me desfiz e dei pra minha mãe - que coleciona por tabela.
Eu acabei refinando as coleções e deixando-as, assim, ter mais sentido e como conseqüência ficaram ainda mais especiais.

E você, coleciona o quê? Por quê?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Os livros de 2007 - parte III

Eu queria fazer um TOP5 dos livros, mas nã consegui. Por isso, preferi fazer um TOP10.

1 - A Menina que roubava livros, Markus Zusak
2- Travessuras da Menina Má, Mario Vargas Llosa
3- As intermitências da Morte, José Saramago
4- Alice e Ulisses, Ana Maria Machado
5- 1984, Geroge Orwell
6- Balaio: livros e leituras, Ana Maria Machado
7- O livro do Desassossego, Fernando Pessoa
8- Eu sou o Mensageiro, Markus Zusak
9- Bala na Agulha, Marcelo Rubens Paiva
10- Tudo se ilumina, Jonathan Sanfran Foer
Curriculum Vitae

Eu pinto e bordo, mas não cozinho. Escrevo, edito, corrijo, reviso. Entrevisto, anoto, cubro e fotografo. Diagramo, colo, aumento, reduzo e legendo. Só não titulo. Reporto, comento, analiso e cronico. Pergunto, sugiro, pauto, questiono. Posto, leio, grifo, estudo e relevo. Roteirizo, gravo, decupo e palpito.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Os livros de 2007 - parte II

No segundo semestre, foi mais devagar. Teve até mês que não li nada. Vamos aos livros, mês a mês:

O denso O livro do Desassossego, de Fernando Pessoa ocupou todo o mês de julho.
Em agosto li o famoso 1984, de George Orwell. Eu adorei o livro. Além de ter descoberto o porquê do ano - que na verdade, era apenas a inversão dos dois últimos algarismos do ano em que ele escreveu a obra, 1948 - ainda entendi o porquê a obra é tão famosa. Vale muito a pena ler.
Setembro passou batido sem nenhuma leiturinha.
Outubro eu li dois best sellers do ano: O Passado, de Alan Pauls, que eu gostei e to louca para assistir o filme e A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak que eu simplesmente amei e vai pra lista dos tops.
Em novembro li mais um de Markus Zusak: Eu sou o mensageiro. Que é muito bom também e vale ir pros tops junto com o outro. Não no mesmo patamar, mas esse é o romance de estréia dele e já mostra o talento que ele ia desenvolver e explodiu com A Menina, que é o terceiro livro dele.
O último mês do ano ficou com Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, de Marçal Aquino e apesar de ter um título lindo e de ter apostado no livro, me decepcionei. Ele começa muito bem com a frase: "O amor é sexualmente transmissível.", que é impactante, mas acheio o meio do romance bem fraco. Começou bem, mas não manteve a bola lá no alto e foi uma das decepções do ano.
Uma pausa de mil compassos

Hoje o sol voltou. E eu voltei pra piscina. E meu bronze está tinindo. E eu adorei. E eu não agüentei TANTO tempo no sol. E eu... e... e... e zaz!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Os livros de 2007 - parte I

Como eu já escrevi aqui, eu li muitas coisas em 2007. Comecei o ano lendo muito, depois o ritmo diminuiu drasticamente. Ao total, fiquei com 24.
Eu gostei de muita coisa que eu li. O primeiro semestre do ano ficou assim:

Alice e Ulisses, de Ana Maria Machado foi o primeiro do ano. O uso cuidadoso das palavras que contam uma boa história me fizeram começar o ano com o pé direito. Depois veio o romance policial Bala na Agulha, de Marcelo Rubens Paiva. O romance é bom e acaba te prendendo. Eu lembro que terminei o livro em uma noite de insônia. Peguei na metade e só larguei depois de terminar. Ainda em janeiro li A fúria da Beleza, de Elisa Lucinda, que trouxe poesia pro primeiro mês do ano e fechei o mês com Tudo se ilumina, de Jonathan Sanfran Foer, que amei. No começo eu achei o livro meio pretencioso, mas amei. E depois, ainda sem querer, acabei assistindo o filme do livro - Minha vida iluminada -na TV a cabo e acabei me apaixonando ainda mais pela história.
Em Fevereiro, a marca de 4 livros ainda se manteve. Clarissa, de Érico Veríssimo, que gostei médio. Rio Literário, de Beatriz Resende, que adorei. Música ao longe, de Érico Veríssimo, que é a continuação de Clarisse e eu gostei muito mais que o outro. E, por último, Água Viva, de Clarice Lispector, que é muito bom.
Em março eu li Não és tu, Brasil, de Marcelo Rubens Paiva, que achei longo demais e gostei mais da terceira parte do livro, que é de fato o romance que fica esquecido na segunda parte - a maior do livro. Reli Feliz Ano Velho, também de Marcelo Rubens Paiva. E fechei o mês com As intermitências da Morte, de José Saramago. Esse livro é bom. Está entre os melhores que li.
Abril foi a vez de mais uma releitura: Venha ver o pôr-do-sol e outros contos, de Lygia Fagundes Teles. Lembro que ela é uma das autoras preferidas de um mega professor de literatura que tive no terceiro colegial. Eu gosto muito do conto As formigas - é sem dúvida meu preferido. Depois li 2 escritores contemporâneos brasileiros: Milton Hatoum com Dois Irmãos, que gostei e Bernardo Carvalho com Nove Noites, que odiei. Achei a mistura de fatos reais com literatura muito ruim. Cheguei a ler críticas a ele (o autor) comparando o com Truman Capote, em seu realismo fantástico. Mas pra mim passa MUITO longe. Por último foi Travessuras da Menina Má, de Mário Vargas Llosa, que eu amei e também vai pra lista dos tops.
Em maio li Abusado, de Caco Barcellos - o livro é bom, mas eu ainda prefiro o Rota 66. E Balaio: livros e leituras, de Ana Maria Machado que trata mais de crítica e literatura e eu amei. Mais que o primeiro livro dela dessa mesma coleção.
Junho ficou com a releitura fofa de Olhai os lírios do Campos, de Érico Veríssimo e o primeiro semestre fechou com a incrível marca de 18 livros e ultrapassando, com folga, a metade dos livros lidos durante todo o ano.

sábado, 12 de janeiro de 2008

São Pedro brincalhão

Desde o ano passado que tenho aproveitado meu tempo ocioso e desempregado para me bronzear. Sempre gostei de sol e do calor. Amo ficar com uma corzinha, então por que não aproveitar a piscina que vive tão solitária? Resolvi que seria sua companheira e ela a minha, fazendo do bronze o meu seguro-desemprego.
Pois, aproveitei. Me lambuzei de óleo bronzeador e me postei na melhor cadeira. Cheguei até a pegar uma corzinha. Depois peguei uns frilas, me ocupei e a cor voltou a morrer, já que o sol não parecia mais querer me fazer companhia. Então, fui viajar e voltei com a cor recuperada e para não deixá-la ir embora tenho comparecido à piscina.
Já comentei que vou ficar mais negra que o Pelé. Mas foi só convidar umas amigas para me fazerem companhia durante as manhãs e/ou finais de semana que o sol resolveu sumir. A semana inteira foi ensolarada e eu só não aproveitei dois dias (um por causa do enterro e outro para resolver burocracias bancárias).
Só que parece que São Pedro andou espiando meus e-mails e ouvindo minhas conversas por aí e resolveu me castigar. Hoje me mandou uma manhã pra lá de nublada e feia e logo depois ainda mandou a chuva. Então, São Pedro, colabore. Já convidei minhas amigas, agora seja bonzinho, mande o sol que a gente promete aproveitar.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Um relato

Cada um que ali passava não levava apenas uma ou duas sacolas com parcas peças de roupas, carregava consigo o pesado sentimento de dor. Se carregavam ou vestiam? Me pareceu que vestiam - a contragosto, é verdade, mas a dor não é um sentimento muito fácil de se levar.
A espera mandava avisar que se estenderia por toda tarde e além de tingir o luto da cor mais negra ainda se encarregaria de trazer a angústia e alimentar a dor.
Pessoas em volta se preocupavam com as leves sacolas e tentavam confortar o que não podia ser dividido. Eu pude sentir a dor que nem era minha e que ainda não foi. Mas eu ficava ali imaginando e, mesmo que de forma tênue, sentindo.
Pouco ou nada se podia fazer. Então, ofereci meu melhor abraço, minha silenciosa companhia e meu verdadeiro amor. Assim: simples e significativo.