sábado, 9 de julho de 2011

Uma pausa de mil compassos

Já pensei diversas vezes em acabar com o blog. Mas sempre adio. Agora que o Arthur nasceu e a ausência é mais dominante penso mais ainda. Mas falta coragem.
A menina cresceu e colheu diversas outras flores. Este não é mais o jardim no qual ela circula, mas tenho dúvidas se ela nunca mais vai querer andar por aqui. Nessa fase de ligação e dependência total com o Arthur não é por aqui que ela anda e nem é onde ela acha apropriado semear palavras, textos, sentimentos e sensações que só tratem do Arthur. O jardim do Arthur é outro. Por isso vou criar um blog só pra isso. E esse blog vai ficar aqui numa pausa de mil compassos até que a menina tenha coragem de abandonar definitivamente o jardim de cá ou então tenha vontade de retornar, limpar a grama e tirar as ervas-daninhas assim que a vida retomar em um outro ritmo.
Assim que criar o outro blog coloco aqui o endereço. (Vou tentar fazer isso agora, mas se o Arthur acordar, a vez é dele, então ...)

Up to Date: Cá está: Meu mundo de mãe

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ontem

Da morte ninguém sai ileso. E quem me dera isso fosse uma piada ou um trocadilho infame. Mas não é. É tudo verdade. E difícil. E duro. E triste. Mas sobrevivemos.
Por enquanto, vamos enfrentando, chorando, lutando, tentando, lembrando e chorando mais e mais e mais. Lágrimas secam, acabam ou esgotam? Por enquanto elas são abudantes, sentidas, sofridas, inevitáveis.
Chorar é a única coisa que consigo fazer apesar do consolo dos 81 anos vividos, dos 3 filhos criados, 6 netos curtidos e até um bisneto amado. Bisneto este que ela conheceu, carregou, beijou, benzeu e amou enquanto pôde.
Embora o Arthur não vá se lembrar da bisa, temos fotos para provar como era grande o amor dela por ele, que sei que não acabou, só mudou de forma e de lugar de onde é emitido. O amor fica e isso um dia vai nos consolar.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Gargalhando aos 60 dias
Sobre o Arthur e ninguém mais

Atendendo ao chamado da mamãe, Arthur nasceu às 9h26 do dia 24 de março - contrariando a todos no bolão, já que ninguém apostou nesta data. Com 45,5 cm e 2,555 Kg mostrando que era mesmo um mini-bebê. Desde o começo, um bebê calmo, tranquilo e que não se incomoda nem um pouco com a bagunça já que no dia que nasceu o quarto da maternidade parecia um salão de festas e ele permanecia plácido dormindo.
Com 76 dias, Arthur continua MUITO bonzinho e só chora para mamar. Já passou dos 4 kg e chegou aos 54 cm. Só mama no peito, raras vezes (só 4!) teve cólicas e já sorri para mamãe, papai e outras poucas pessoas. Já enxerga e acompanha objetos com o olhar e deu bastante trabalho para aprender a mamar. Foram 10 dias de luta árdua, mais uns 10 controlando os horários, mas agora ele é mais pontual que relógio suíço e só passa mais de 4 horas sem mamar de noite, enquanto dorme tranquilamente entre 5 e 6 horas direto para alegria da mamãe.
É um bebê bem humorado, sorridente pela manhã e adora banho (só chora quando sai) e trocar as fraldas (pode até estar chorando, mas para quando percebe que será limpo e trocado).
Alegria da vovó materna e dos bisavós também. As titias e o titio continuam babando nele, que vira atração onde quer que a mãe o carregue. O papai virou um paizão e é todo bobo e defensor do filhote (ai de mim se ficar irritada com horas e horas de trabalho que ele dá às vezes) e eu estou MEGA realizada e não podia ter tido um filhote mais lindo e delicioso que esse.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Esperando

Na semana retrasada o médico avisou, no começo da consulta, que não pediria um ultrassom. Depois de me examinar, resolveu pedir. Eu fiquei de sobreaviso e então dei um jeito de fazer o exame para a consulta seguinte: uma semana depois. Fizemos o exame de manhã, na própria maternidade, e de fato o resultado foi um pouco alterado: Arthur não tinha crescido nada em 1 mês e estava no limite baixo do peso. Além disso, constatou-se que a placenta estava mais madura do que devia, fat que poderia estar comprometendo o crescimento do pequeno. E então, na semana seguinte, por precaução, mais uma pequena bateria de exame a ser feita até ontem. Mais uma vez agendado na própria maternidade e por recomendação do médico, pois caso houvesse algo errado eu já seria internada na mesma hora.
Ontem, saímos de casa achando que lá ficaríamos: com bolsa pra ele, pra mim, máquina fotográfica e um tantinho de ansiedade. Mas então os exames deram super normais: apesar da placenta adiantada todo o resto ia super bem e constatou-se que o pequeno será mesmo pequeno e nada tinha haver com a placenta madura (e sim provavelmente com o tamanho dos pais). Saímos com exames na mão prontos para a consulta da tarde. Por precaução, pra semana que vem repetiremos os exames, mas sem aflição de que ficaremos na maternidade. Já sabemos que tudo está bem, apenas monitoraremos nosso pequeno.
E seguimos aguardando que ele chegue qualquer dia desses. O médico recomenda, para evitar a ansiedade, pensar que ele só nasce daqui a um mês, mas eu me divirto com a teoria dos ex-alcóolatras e encaro um dia de cada vez enquanto vou eliminando as apostas do bolão do chá-de-bebê.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tá chegando

Não tem jeito, reta final se aproximando e a ansiedade vai aumentando. Essa semana monto minha mala, que por pura preguiça ainda não arrumei. A dele já está pronta faz tempo.
O quarto também está arrumado: cama pronta, roupas lavadas e guardadas. Ainda faltam uns detalhes, mas quem sabe o marido não resolve isto esta semana?
Esta semana também volto ao trabalho depois de 15 dias de férias - e a preguiça de voltar está enorme. Só de pensar em me esforçar e carregar a barriga pesada para ir e voltar já me faz perder toda a coragem. A ideia é trabalhar apenas alguns dias, mas estou um pouco à mercê da contratação da minha substituta, que não sei a quantas andas - até ia ligar e me informar durante as férias, mas fiquei mesmo por conta do Arthur e não quis nem saber de ligar ou aparecer no trabalho. Já basta as ligações que atendi pra resolver as coisas de lá.
Deixei pra resolver na volta - e eles que torçam pro Arthur não nascer antes porque se isso acontecer nada mais será feito, pelo menos por mim.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Original

Faz um tempo que tenho desenvolvido meu lado criativo e handmade.
Começou com o chá-de-cozinha da irmã. Achei que a lembrancinha tinha que ser original e útil. Então fui à caça de ideias. Procurei em diversos sites e nada me agradou. Então, parti pro centro da cidade e resolvi criar eu mesma. Eis que tive a ideia de comprar decanters e customizá-los com adesivos. Ficaram fofos.


Agora foi a vez do Chá-de-bebê do Arthur. Tinha que ser fofo e tinha que ser diferente. Mas não podia deixar de ser útil. A ideia, então, foi aromatizador de ambiente. E ficou tão mais tão fofo que podia ter usado a ideia pra maternidade. Simplesmente amei o resultado.

Ando gostando tanto de fazer essas coisinhas que pretendo me dedicar às ideias na licença-maternidade. Agora estou desenvolvendo as lembrancinhas da maternidade. Assim que estiverem prontas eu mostro aqui.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A gente ouve cada uma

Gravidez atrai olhares em todos os lugares. E isso é fato. No prédio onde trabalho não é diferente. Muita gente que nunca falou comigo agora troca palavras amistosas, conselhos ou tece comentários a respeito da barriga e do bebê que vem por aí.

Comentários, claro, nem sempre agradáveis. Afinal por que raios uma pessoa que nunca falou com você precisa tecer comentários sobre seus pés inchados, seu rosto inchado e tudo mais? Será que elas acham que eu você não está vendo??? Aliás, não só vendo como (a pior parte) sentindo tudo isso. Se ela que nem está grávida já está inchando com esse calorzão esperava que acontecesse o quê com uma grávida de quase 8 meses?

Sério, prefiro não ouvir estes comentários. Mesmo.

Agora, pior do que isso só mesmo a família do meu marido que resolveu que, agora, tinha que me chamar de GORDINHA. Sério.

Começou com a infeliz da sogra. Eu não gostei, não respondi ao "elogio" e pensei que este era mais um motivo para eu não gostar dela mesmo - mais um motivo somado à lista - e como meu santo já não bate com o dela resolvi ignorar, embora me incomodasse bastante a nova alcunha. Ela insiste e eu faço cara de mau-humor e pronto.

Depois foi uma tia dele. Uma tia, aliás, que eu adoro. Ela achando que era fofo (?) me chamar de GORDINHA e eu odiando, querendo matar depois que ela ouvisse: GORDINHA é o cacete, eu estou GRÁVIDA! Fiquei P, mas relevei já que quase nunca encontro com ela.

Só que domingo passado foi a gota. Os cunhados resolveram me chamar de GORDINHA também. Sério, minha vontade era de perguntar se por acaso, algum deles, chamara a mulher de GORDINHA quando elas ficaram GRÁVIDAS.

Depois dos irmão deles, definitivamente descobri que isso é de família e ainda não sei como vou resolver isso. Afinal, é tão difícil eles entenderem que eu estou carregando uma criança no ventre e não simplesmente engordando????

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vou, mas não sei se volto

Minha licença-maternidade eu decidi pedir em março - tão logo comece o 9º mês -, mas antes disso eu vou tirar 15 dias de férias já vencidas (e vou aproveitar para finalmente colocar as coisas do Arthur em dia e fazer o chá-de-bebê). Só que as apostas sobre a minha (não) volta ao trabalho não param. O 9º mês só começa dia 12 de março e penso em pedir a licença a partir da segunda, dia 14. Volto das férias dia 01 de março, mas há quem ache que ele vai nascer antes e, por isso, não conseguirei nem voltar a trabalhar.

Voltar a trabalhar, aliás, vai ser muito difícil já que o Arthur está cada dia mais pesado e pegar ônibus, metrô e caminhar tem ficado cada vez mais penoso. Isso sem contar os pés inchados e o cansaço das noites mal dormidas. Apesar disso, a volta é necessária para treinar alguém para ficar no meu lugar, deixar tudo em ordem e, só depois, sair.

Com tantas apostas, sair de férias agora está me deixando com uma sensação de estar em uma montanha russa de tanto frio na barriga que estou sentindo. Dá um pouco de medo de ter que abandonar o barco, não treinar ninguém e nem finalizar tarefas. A cabeça ainda está intermitente nos dois modos: trabalho e férias.

Então vou, mas não sei se volto (pra cá sim, durante e depois das férias assim espero).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A vida de grávida

Seguimos crescendo, engordando, inchando e vivendo. Não necessariamente nesta ordem, mas seguimos. Ainda tenho 15 dias de férias para tirar antes da licença e, claro, os dias serão ocupados por terminar as coisas antes da chegada do Arthur. O berço já chegou e a cômoda também. Mas ainda falta pintar a parede do quarto e comprar as últimas coisas.

Também tenho me preocupado com os detalhes do chá-de-bebê que acontecerão nas férias para dar tempo de organizar, participar e descansar antes da volta ao batente, que não deve durar muito tempo - já que a licença maternidade pode chegar a qualquer momento (junto com o Arthur, já que irei esperar por ele).

Só que antes disso (ou entre tudo isso) ainda falta selecionar alguém pra me cobrir durante os seis meses de licença. Já selecionei alguns currículos, já preparei as perguntas para cada candidata (sim, só tem cv de mulher) e também preparei uns tópicos para servir de base para elas me redigirem um texto. Ainda nem sei se sou eu quem vou selecionar, mas já estou me garantindo e me precavendo. E, sabe, que eu to até gostando de fazer isso?! Assim posso garantir um bom trabalho até mesmo na minha ausência.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E mais uma vez é começo de ano e a faxineira resolve dar pitis. Reclama do trabalho, de ter que passar a roupa, disso e daquilo. O ano passado ela ganhou o aumento que ela queria, mas esse ano eu me recuso a pagar mais. Comparo comigo e penso: eu trabalho infinitamente mais e com diversas coisas ao mesmo tempo, não reclamo do trabalho, não quebro nada e não me dou ao luxo de ficar fazendo exigências mesmo podendo, por que ela acha que pode? Nem a pau!
Só que a barriga de 7 meses pesa e já mal me deixa trabalhar o normal ainda vai me sobrar a faxina de casa, a roupa pra passar, a comida pra fazer. Que bom, né?
Marido que não gosta de fazer as vontades alheia junto comigo que também não concordo pelos motivos já listados ainda pioram a situação, que só vai se agravar daqui pra frente.
Hoje o marido se indigna e parte pra limpar a casa, mas daqui a uma semana as tarefas só vão sobrar pra mim, quer apostar?
Semana passada ela já não apareceu e o marido teve a cara de pau de dizer que nós demos conta da casa - peraí que fui eu que passei DOIS dias limpando o que deu e isso que nem olhei pra roupa para passar - e vai ser assim até sabe-se lá quando.

Ufa! Precisava desabafar. Hoje o dia está difícil. Amanhã passa.
Assim espero.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Amarga que nem jiló

Assim que ando ultimamente. Nada nem ninguém agrada. Aliás, ao contrário, ando meio contra todos e contra ninguém. Aí fico amarga que só, resmungo, reclamo e fico de mal com a vida até que lembro do Arthur. Aí passo a mão na barriga, converso com ele e falo que já passou e só assim que ele volta a se mexer. E só assim eu mudo de foco e o mundo, enfim, parece um pouco melhor.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Conversa (a)fiada

Estávamos na sala assistindo novela quando um personagem fala pro outro: Você é a pessoa que eu mais amo no mundo.

Na mesma hora, rebati a tacada:
Amor, quem é a pessoa que você mais ama no mundo.
Eis que ele responde sem desviar os olhos da tela do netbook:
Por enquanto, é você.
Já prevendo o que vinha pela frente brinquei:
Por quê? Você pretende me trocar por alguém?
Ele me encara sério e responde:
Depois que o Arthur nascer vai ser ele.
Encantada e provocadora continuei:
Então, quer dizer que meu amor tem prazo de validade?
Ele responde provocativo:
Tenho certeza que quando ele nascer você também vai gostar mais dele do que de mim.
E eu finalizei com cheque-mate:
Não, porque você quem me deu ele. Então, eu vou te amar ainda mais!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

I'm back

De volta ao trabalho, mas sem muitas tarefas. Ando mais com a cabeça nas coisas para fazer em casa do que no trabalho, que anda escasso.
Aproveitei as férias para comprar as coisas do Arthur, instalar lustres, mudar o quarto, comprar os móveis, etc. Agora, aguardamos a chegada dos móveis. Semana que vem tiraremos a mesa do computador de lá e então o quarto vai ficar livre para a pintura em uma das paredes (que eu ainda preciso decidir o tom do bege) e instalação das cortinas. Aos poucos, o quarto dele vai ficando pronto. Enquanto isso a ansiedade de conhecê-lo vai aumentando cada vez mais.
A partir da semana que vem vou começar a lavar as roupas dele e já guardar na mala da maternidade. O restante das coisas só vou lavar depois que chegar a cômoda para arrumar tudo direitinho.
Ainda falta comprar algumas coisas, mas em fevereiro tem mais férias e aí sim tudo será finalizado. Inclusive as comprar para as minhas coisas - que ficaram de lado já que só pensei nele durante o recesso.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz 2011


Uma propaganda de muitos alguns anos atrás dizia que tudo que é bom na vida devia ser triplo. Não sei se concordo com os exemplos dados no tal comercial, mas posso dizer que 2011 começou recheado por aqui e promete ser muito melhor a três.
Por isso, desejo a todos um 2011 ímpar (olha o trocadilho), cheio de coisas boas, novidades, alegrias e muita muita muita saúde. O ano aqui promete ser bom e assim queremos para todos!