terça-feira, 29 de junho de 2010

O amor a gente sente

Assim simples: amor a gente sente. No dia a dia, em pequenos gestos. No papo antes de dormir, em uma preparação de almoço, em uma defesa ou na compra de uma briga que nem é sua. É assim que eu tenho sentido há algum tempo.

Logo que a gente casou não era assim. A adaptação era parte integrante, então, o esforço era imposto. Depois de quase 16 meses(!), eu sinto o amor transbordar no dia a dia mesmo. Em pequenos gestos. Quase todo dia. Seja na preparação do almoço, em que ele corta as batatas enquanto eu lavo a louça; ele prepara a salada enquanto eu fico encarregada do arroz. Assim fica mais fácil e rápido.

No começo, ir para a cama era sinônimo de dormir. Hoje, é o momento que temos para falar de tudo um pouco, do dia, da vida, dos planos, dos problemas, do trabalho, das ideias sem que nada (nem a tv, nem o telefone e nem ninguém) interferir. Claro que tem aqueles dias em que é só deitar que o dia acabou, mas isso também é sinal de que estávamos cansados.

Rimos quase todo dia - um do outro, das piadas e das graças da vida a dois ou a dez -, dividimos impressão, comentários, opiniões, dúvidas e músicas. Fazemos planos. Planejamos férias e filhos.

Porque assim, ao lado dele, nem parece impossível ser feliz para sempre.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago *1922 + 2010

Poucas são as mortes de famosos que admirava e que pude sentir até hoje. A mais marcante ainda é a de Senna, embora eu tivesse cerca de 9 anos. Ainda lembro com nitidez do dia, do que fazia, com quem estava. Não cheguei a ver sua morte - criança ainda brincava com meus primos quando soube.

No entanto, hoje ao ler sobre a morte do Saramago meu coração deu um salto. Lembrei de um professor da faculdade, que o tinha conhecido pessoalmente e tinha um grande orgulho por isso. Lamentei não ter tido a mesma sorte. Lamento pelos livros que não mais serão lançados.
No meu acervo particular
Não li muitos livros do Saramago. Comecei pela História do Cerco de Lisboa, que abandonei. Anos depois li o celébre Ensaio sobre a Cegueira e então me apaixonei. Como podia ele se exprimir tão bem sem pontuação? Como sua literatura podia ter tanta força e expressão sem vírgulas, exclamações, interrogações? A estória ainda sem isso tem ritmo! E como é envolvente. Jamais me esquecerei da experiência que tive quando li Saramago. Não só pela sua escrita que impõe o ritmo como pela sensação causada por esta literatura.

Depois li O Evangelho segundo Jesus Cristo e mais ainda gostei da literatura dele. Engraçado um homem ateu escrever tanto sobre Deus - seu último livro trata do velho testamento.

O último livro que li foi As intermitências da morte e é excelente. E meu mergulho e admiração por Saramago se dão apenas por 3 experiências literárias. Imagine se tivesse lido mais?

A posteriori
Não sei se é tarde demais admirá-lo por tantas coisas que só fiquei sabendo agora.
Como não admirar ainda mais sua literatura se ela vem de um homem que estudou apenas até aos doze anos? Isso sem sequer citar o Prêmio Nobel de Literatura. O único em língua portuguesa.
Outra coisa que não sabia (e só descobri agora) é que ele escreveu poesia. Antes tarde do que nunca, como dizem. Afinal, a poesia e toda a bibliografia dele são boas indicação para as próximas leituras.
Bibliografia
Poesias
- Os poemas possíveis, 1966
- Provavelmente alegria, 1970
- O ano de 1993, 1975

Crônicas
- Deste mundo e do outro, 1971
- A bagagem do viajante, 1973
- As opiniões que o DL teve, 1974
- Os apontamentos, 1976

Viagens
- Viagem a Portugal, 1981

Teatro
- A noite, 1979
- Que farei com este livro?, 1980
- A segunda vida de Francisco de Assis, 1987
- In Nomine Dei, 1993
- Don Giovanni ou O dissoluto absolvido, 2005

Contos
- Objecto quase, 1978
- Poética dos cinco sentidos - O ouvido, 1979
- O conto da ilha desconhecida, 1997

Romance
- Terra do pecado, 1947
- Manual de pintura e caligrafia, 1977
- Levantado do chão, 1980
- Memorial do convento, 1982
- O ano da morte de Ricardo Reis, 1984
- A jangada de pedra, 1986
- História do cerco de Lisboa, 1989
- O Evangelho segundo Jesus Cristo, 1991
- Ensaio sobre a cegueira, 1995
- A bagagem do viajante, 1996
- Cadernos de Lanzarote, 1997
- Todos os nomes, 1997
- A caverna, 2001
- O homem duplicado, 2002
- Ensaio sobre a lucidez, 2004
- As intermitências da morte, 2005
- As pequenas memórias, 2006
- A Viagem do Elefante, 2008
- O Caderno, 2009
- Caim, 200

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados in Concert

Dia dos namorados é sempre igual: todos os bares, restaurantes e motéis estão lotados. É impossível ficar de bom humor em filas e mais filas, por isso, esse ano resolvi comemorar em casa e também chamar os casais amigos. Assim, todo mundo entra num mesmo clima romântico com um bom fondue regado a vinho e ótimas companhias.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em clima de Copa

Eu amo esportes. Para assistir e não para praticar, que fique claro. Até para trabalhar o assunto é bacana, envolvente e emocionante.
Copa e Olimpíadas são emocionantes e eu amo torcer, acompanhar os jogos e assistir abertura e encerramento.
Ontem acompanhei o show de abertura entre uma tarefa e outra. No começo da semana, o diretor discutia aqui se liberava ou não enquanto a funcionária (que mora na quadra ao lado) dizia que vão colocar telão no prédio e, por isso, não achava necessário dispensar. A espertinha, que pode assistir ao jogo em casa, pouco estava se importando com os outros. Quando fui questionada sobre isso fui tão incisiva que não queria assistir ao jogo aqui que o assunto acabou. Dispensados e fim de papo! Ainda há a polêmica do horário, mas isso eu vou deixar para resolver na segunda-feira mesmo.
No jogo que vai acontecer no domingo, a intenção é levar a torcida lá pra casa. E eu já estou aqui pensando em tudo: apitos, cornetas, decoração e quem será escalado pra torcer comigo. Não vejo a hora porque o mais gostoso é gritar e sofrer junto.
Vam'bora Brasil!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O feriado, de novo

No final das contas estou esperando o feriado só pra fazer coisas simples da vida como ficar na cama com o marido até mais tarde (coisa rara de acontecer); para ler e assistir alguns filmes; para colocar as coisas no lugar (que, no final das contas, tem um resultado mais terapêutico do que prático já que em alguns dias tudo está fora do lugar novamente, mas dá aquela sensação de vida correndo mais livre e mais solta); para ter tempo para mim; para planejar as férias e para viver - sem pressa porque afinal serão 4 dias para curtir!
Esperando ansiosamente pelo feriado. Talvez eu faça uma organização em algumas coisas que gritam por ordem como o guarda-roupa e algumas gavetas. Talvez eu leia um livro ou o texto da pós e fique mais tempo na cama. Talvez eu alugue muitos filmes e faça sessão de filme de manhã à noite.
O fato é que não tenho hora e nem compromisso e "só" isso já me agrada.