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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O primeiro livro do Arthur

Arthur nem nasceu e já tem seu primeiro livro. Só poderia mesmo ter sido a Tia Tati a providenciar. Uma delicinha, o livro mescla historinhas de uma mamãe mestre cuca ensinando sua filhota a comer com as receitinhas. Lemos, eu e ele, juntos nas manhãs de sábado em voz alta. E, quando chegar a hora, também aproveitaremos para saborear as delicinhas. Este livrinho já vai pra pequena biblioteca do Arthur e veio, inclusive, com a seguinte dedicatória:

Arthur,
Eu ainda não sei qual será a cor da sua panela, mas sei que a mamãe fará comidinhas especiais e muito nutritivas pra você.
Apreciem muito esse pequeno livrinho de muitas delícias.
Amo vocês!
beijos,
Tati
25/novembro/2010

Agora, a mamãe aqui está cheia de vontade de comprar uma panelinha exclusiva pro Arthur.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária, dominada até então por tantos hábitos lineares, começara a girar, de repente, em torno de uma mesma ansiedade comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérrios, mas porque nenhuma de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão quê a fatalidade lhe reservava."

Crônicas de uma morte anunciada, Gabriel Garcia Márquez.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Entretida

Hoje comecei a ler Persepólis. E tava tão bom que eu quase passei do ponto que tinha que descer.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Queridos Amigos
A nova minissérie da Globo promete. Até já entrei no site para saber mais. E acabei por descobrir que a história é baseada no livro de Maria Adelaide Amaral, que também foi quem adaptou o romance. Eu já li o livro em 2006 e o ritmo de novela em literatura é um pouco confuso e cansativo, confesso. Mas do meio pro fim engrenei e avancei com mais facilidade. O ritmo é como novela mesmo, que no começo você nunca sabe quem é quem.
Mas lendo já notei algumas diferenças. E sempre me pego pensando que literatura e mídia são distintas e para se adaptar uma obra para outra é necessário algumas mudanças fundamentais. Neste caso, a morte do personagem Leo é que reune a turma, que já viveu bons momentos e hoje está não só distantes de si mesmo como de tudo que acreditavam antes. O romance é o retrato do processo catártico que essa morte causa e faz com que todos se analisem e analisem principalmente suas escolhas.
A minissérie também vai retratar esse processo catártico quando a turma se reúne, no entanto, o motivo da união da turma é a doença do personagem Leo, o incentivador para a reencontro.
E como o reencontro vai lembrar os anos 70 eu fico ainda mais tentada à assistir. Eu queria ter vivido nesta época, eu amo as músicas, minha monografia tratou de um jornal que só existiu nessa época e eu tenho verdadeira paixão pelos anos 70 e sua efervescência cultural e pelo significado histórico.
Alguém duvida que eu vá assistir?

sábado, 2 de junho de 2007

Fragmentos

"É exatamente este fenômeno que nos faz sermos apaixonados pela leitura - a possibilidade de um encontro com um autor que é nosso porta-voz, fala por nossos anseios e perplexidades, consegue verbalizar o que sentimos lá no fundo e não havíamos trazido à consciência de modo tão perfeito. Alguém que lança luz sobre um canto recôndito de nossa mente, que nunca mais será o mesmo após esse encontro."

"(...) a ficção nos permite viver uma multiplicidade de vidas e de experiências diversas, entender as emoções e razões alheias, e assim ilumina nossa própria realidade."

"(...) os caminhos mais importantes para preservar a memória, impedir o esquecimento e chegar à verdade estão nas mãos dos poetas, dos historiadores e dos jornalistas."

"(...) um livro é bom, porque ele lhe dá uma espécie de arrepio na alma, ou um súbito aperto no coração."

"Sou da tribo dos livros. Acredito neles, me alimento deles, tenho paixão por eles."

"Os livros podem ser, então, o hospital da alma, a escola da alma. Mas vão muito além disso. Podem ser a casa do espírito, o lugar onde a mente se sente confortavelmente aconchegada em seu ninho, cercada por amigos e irmãos. E podem também ser a festa da alma, o seu passeio no bosque."

Frases retiradas do livro Balaio: livros e leituras, de Ana Maria Machado.

domingo, 22 de abril de 2007

Bernardo Carvalho: Nove noites

"Pergunte aos índios. Qualquer coisa. (...) E, amanhã, ao acordar, faça de novo a mesma pergunta. E depois de amanhã, mais uma vez. Sempre a mesma pergunta. E a cada dia receberá uma resposta diferente. A verdade está perdida entre todas as contradições e disparates. Quando vier à procura do que o passado enterrou, é preciso saber que estará às portas de uma terra em que a memória não pode ser exumada, pois o segredo, sendo o único bem que se leva para o túmulo, é também a única herança que se deixa aos que ficam, como você e eu, à espera de um sentido, nem que seja pela suposição do mistério, para acabar morrendo de curiosidade."

"As histórias dependem antes de tudo da confiança de quem as ouve, e da capacidade de interpretá-las."

"Precisamos de razões para acreditar."

"O sonho de uns é a realidade dos outros. E o mesmo pode ser dito dos pesadelos."

"A realidade é o que se compartilha."

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Milton Hatoum: Dois irmãos

"Naquela época, tentei, em vão, escrever outras linhas. Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras".

"Cedo ou tarde, o tempo e o acaso acabam por alcançar a todos."

"... calculou que o silêncio seria mais eficaz do que uma resposta escrita."

"Alguns de nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos."

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Trecho

"Sou inquieta e áspera e desesperançada. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor. Às vezes me arranha como se fossem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e no entanto continuo inquieta é porque preciso que o Deus venha." Clarice Lispector, Água viva.