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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A gente ouve cada uma

Gravidez atrai olhares em todos os lugares. E isso é fato. No prédio onde trabalho não é diferente. Muita gente que nunca falou comigo agora troca palavras amistosas, conselhos ou tece comentários a respeito da barriga e do bebê que vem por aí.

Comentários, claro, nem sempre agradáveis. Afinal por que raios uma pessoa que nunca falou com você precisa tecer comentários sobre seus pés inchados, seu rosto inchado e tudo mais? Será que elas acham que eu você não está vendo??? Aliás, não só vendo como (a pior parte) sentindo tudo isso. Se ela que nem está grávida já está inchando com esse calorzão esperava que acontecesse o quê com uma grávida de quase 8 meses?

Sério, prefiro não ouvir estes comentários. Mesmo.

Agora, pior do que isso só mesmo a família do meu marido que resolveu que, agora, tinha que me chamar de GORDINHA. Sério.

Começou com a infeliz da sogra. Eu não gostei, não respondi ao "elogio" e pensei que este era mais um motivo para eu não gostar dela mesmo - mais um motivo somado à lista - e como meu santo já não bate com o dela resolvi ignorar, embora me incomodasse bastante a nova alcunha. Ela insiste e eu faço cara de mau-humor e pronto.

Depois foi uma tia dele. Uma tia, aliás, que eu adoro. Ela achando que era fofo (?) me chamar de GORDINHA e eu odiando, querendo matar depois que ela ouvisse: GORDINHA é o cacete, eu estou GRÁVIDA! Fiquei P, mas relevei já que quase nunca encontro com ela.

Só que domingo passado foi a gota. Os cunhados resolveram me chamar de GORDINHA também. Sério, minha vontade era de perguntar se por acaso, algum deles, chamara a mulher de GORDINHA quando elas ficaram GRÁVIDAS.

Depois dos irmão deles, definitivamente descobri que isso é de família e ainda não sei como vou resolver isso. Afinal, é tão difícil eles entenderem que eu estou carregando uma criança no ventre e não simplesmente engordando????

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma tentativa de ajuda

No começo do mês fiquei sabendo sobre um cão-guia abandonado, pois seu dono havia falecido. Comovida com a história, parti em busca de um ajuda que eu acreditava ser mais concreta do que apenas retuitar ou repassar a mensagem. Pois bem. Entrei em contato com 3 instituições que lidam com deficientes visuais ou treinam cães-guias.

As 3 me responderam prontamente ou através de e-mails ou de telefonemas e, logo de cara, duvidaram da história e me colocaram uma pulga atrás da orelha com justificativas bem plausíveis para que a história não fosse verdadeira.

Tentei em vão entrar em contato com as pessoas (tanto 2 que deixavam seus contatos na notícia quanto com quem postou a notícia em um site) para saber mais informações e poder repassar às instituições e dar uma solução ao caso.

Quando notícia nenhuma chegava comecei a desacreditar totalmente da história. Mais tarde soube que a fonte inicial da notícia tinha sido grossa com a noticiadora e afirmava que não queria mais dar o cão em adoção e ficaria com ele.

Eu, decepcionada, enviei um e-mail a todos que tentaram ajudar agradecendo a atenção e me desculpando por mobilizá-los em torno de algo que eu não podia comprovar se era real e verdadeiro. Eu, como jornalista, me sentia uma fracassada por não ter apurado os fatos antes de procurar as instituições. Como pessoa fiquei emocionada e recompensada quando recebi o seguinte e-mail de resposta:

Adriana, por favor me prometa o contrário, sempre se mover por aquilo que acredita, por aquilo que parecer humano!
Você foi brilhante, e ainda ontem discutíamos entre amigos desta região se tinham noticias do caso, pois mesmo não sendo cão guia,era uma vida que podia estar em risco. Portanto caso tenhamos alguma informação te mandamos.
Com relação a você nos ajudar, olha sempre precisamos de ajuda, aliás foi por causa da sua classe,dos jornalistas, que os cães guias conquistaram o direito de entrar no metrô, pois o governo de SP sempre foi alérgico a cegos e a deficientes, só agora está fazendo rampas e elevadores. Então nosso sempre muito obrigado, quanto a forma que você acreditou, nos moveu e nos fez acreditar que ainda existem quixotes como eu você e tantos outros, e isto dá energia e vontade de continuar fazendo pelo próximo. Mocinha não se aborreça com a mediocridade e faça como nós fique feliz com a constatação que existem Adrianas pelo mundo afora! Muito obrigado e parabéns.
Atualmente estamos meditando se vai valer a pena continuar em SP, pois o governo está criando um centro de cães guias,que deveria ser o nosso sonho realizado, mas está cheirando a corrupção, mas vamos deixar acontecer primeiro, caso continuemos a existir em São Paulo, gostaríamos que participasse conosco do dia do voluntario no shopping Iguatemi, balcão da solidariedade. Vamos falar sobre cães, sobre cegueira, sobre amenidades e rir muito da vida, se topar apareça, está convidada, assim que eu tiver a data coloco no Blog : WWW.caoguia.net .
Adriana,foi um prazer conhecer você.

Tem como não sentir que valeu a pena?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A doida do quarto andar

Quase uma semana depois e o assunto é o mesmo.
É que ontem o episódio foi engraçado.
Eu, com 1,63 pesando 44Kg e calçando 34, pegava um chocolate na máquina do corredor quando a doida apareceu.
Depois de cumprimentar já emendou: Nossa, que pezinho lindo, parece de boneca. Quanto você calça?
Eu não entendendo se ela se referia realmente ao pé ou à sapatilha de verniz, respondi 34 quando ela insistiu: Nossa, de boneca mesmo! Eis que jocosa eu continuei: Mas também, com esse meu tamanho todo! E ela finalizou: É, você é toda bonequinha: tem tamanho de boneca, é toda meiguinha. Eu sorria amarelo enquanto ela se afastava.
O fato é que eu estou cada vez com mais medo dela.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cloudy Day

Tem dia que não é pra ser, pelo menos não deveria, mas como tem que ser acaba mal. Ontem foi assim, por exemplo.
Acordei de mau-humor, saí a contragosto, levei uma solapada na cabeça depois de entrar no ônibus, segui ranzinza, cheguei no trabalho e ganhei chocolates - era dia da secretária e aqui eles universalizam porque acabam por não lembrar as outras datas comemorativas - achei que fosse melhorar. Amenizou. Liguei a máquina, o e-mail não abriu e o site estava fora do ar. Me enganei? No almoço, não tinha o suco que eu queria e a couve estava fria e salgada. Trabalhei e fui embora. 50 minutos esperando o ônibus e mais 30 de percursso para chegar em casa. Emburrei e perdi a vontade de estudar. Em casa, briguei com o marido. Fiz as tarefas do lar e me recolhi, zangada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eu e as crianças

No trabalho, o assunto padrão é maternidade. As duas que são mães falam sem parar de suas crias; a chefe está tentando engravidar e perguntas sobre a vontade de eu ter filhos é o que não falta. Por falta de filho, falo dos sobrinhos. E falamos de crianças sem parar.

Hoje, uma delas que está com a filha doente trouxe a criança de quase 2 anos doente para buscar uns documentos. Pedi um beijo e ganhei enquanto a outra pediu e recebeu uma recusa. Na hora do almoço, onde sempre almoçamos, tinha uma mãe dando almoço pruma menininha de um ano mais ou menos. Assim que me viu, ela já me mandou beijo, acenou e não queria que eu saísse de perto dela. As crianças simplesmente se atraem por mim.

E a vontade de ser mãe só vai crescendo. Hoje, por ter visto duas menininhas lindas e meigas fiquei pensando em meninas - e contrariando toda minha vontade de meninos.

Quando era pequena era chamada para dar banho, comida ou fazer dormir as crianças do prédio. Só eu conseguia enquanto pais e mães tomavam o maior baile. Pelo que parece, o que não me falta é jeito pra assumir o cargo de mãe.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Na manicure

Esta semana fui à manicure no shopping. Só vou lá quando é emergência e meu horário não bate com nenhum salão de beleza, como foi o caso desta semana. Então lá fui eu. Umas das moças que estava me atendendo era minha xará. Na saída, falavam sobre o tempo. Como eu, curiosa, já sabia que o tempo ia mudar no dia seguinte anunciei a sentença e logo avisei: O tempo só vai melhorar na segunda-feira. Até lá só vai chover.
Comentamos e, fatalmente, rimos da desgraça anunciada. Feriado e chuvanão combinam, não é mesmo?! Então saí e fui devagar enquanto pegava o celular na bolsa quando a moça do caixa falou: - Nossa, toda Dri é simpática, né!? E eu, ainda na porta voltei e disse: Ai, obrigada!
Ela, sem graça, caiu na risada. Assim como eu e todas as clientes ainda no salão do shopping.

sábado, 27 de junho de 2009

História pros netos ou Uma conclusão bem concluída

Eu tenho uma história para contar pros meus netos. É, acho que só existe uma no meu repertório que se enquadra na categoria "não-posso-contar-para-meus-filhos-para-que-eles-não-façam,-mas-posso-e-devo-contar-aos-meus-netos".
Hoje falanso sobre isso discutíamos (eu e Thaty) em quando isso deveria ser feito quando eu ressaltei que como era muito mais importante.


Thaty - Você tem que contar esta história pros seus netos!
Eu - Tenho mesmo, né?!
Thaty - Mas só depois que o Alexandre morrer.
Eu - Ou não. Eu posso escrever um livro, afinal ele não lê mesmo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Machista de nascença

Achei que isso não existisse até ontem quando João Vitor, 4 anos, tentava me convencer que, apesar do avançado da hora, ele e o primo tinham que brincar.

João: Tia Didi, sabe de uma coisa? O Rafa me falou no carro que também queria brincar um pouquinho comigo.
Eu: Mas João, está tarde. Amanhã você tem escola, o Rafa tem escola, o Tio Xande tem que trabalhar e a tia também.
João: Mas você trabalha Tia Didi?
Eu: Claro.
João: Mas quem disse que mulher pode trabalhar?
Eu: Ué, todo mundo.
João: Mas eu nunca vi nenhuma mulher trabalhando.
Eu: Mas você nunca foi em uma loja que tinha uma mulher trabalhando?
João: Não.
Eu: Pois é, mas mulher trabalha sim.

Eu fiquei tão indignada com o comentário dele que esqueci de enumerar uma série de mulheres que ele conhecia e trabalhavam como na loja que tínhamos ido horas antes ou até mesmo a professora da escola.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Márrica, ilusion*

Desde que eu comprei uma bolsa grande, as coisas começaram a desaparecer. Toda mulher me entende, mas o namorado não. Ontem, seguiu-se o seguinte diálogo:

Ele - Você já pode fazer um curso de mágica!
Eu - Eu? Por quê?
Ele - Porque saber fazer desaparecer as coisas você já consegue. Agora está faltando aprender a fazer aparecer.

Nós, claro, explodimos de rir.

* Um oferecimento do Circo VOX

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Uma viagem hilária

No sábado, fui resolver pendências no interior. E como não quis ir na sexta-feira à noite com a minha irmã, peguei um ônibus no sábado cedo. O que eu não imaginava é que a viagem podia ter uma parte tão nonsense.
Na fileira da frente iam duas mulheres. Com seus 50 anos, eu acho. Elas não se conheciam. Mas foram papeando. Quando entramos em Itu, pela última saída da rodovia, o festival de absurdos (hilários) começou. Eu peguei dois que são dignos de reprodução.
Ao entrar na cidade, a mulher da janela começou a elogiar a cidade e as beneces de se morar no interior. Elogios pra lá, elogios para cá ela avista um local calmo, arborizado e não hesita: - Olha que lugar ótimo para se morar. (era o hospital!). Eu, com vontade de rir, me contive. E seguia observando o caminho (de rato) do ônibus pela cidade. Eis quando ouvi outro absurdo comentário da mesma senhora: - Olha, tem até condomínio fechado. (Sério, pessoal, era um MOTEL!) Aí não pude me conter. Ri - controladamente.
E depois eu fiquei pensando de onde será que tinha saído aquela pessoa tão cheia de comentários absurdos. Eu não descobri, mesmo porque ela se manteve no ônibus, que seguiria para Salto.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

História da carochinha

Eu sempre ouvi dizer que jornalistas competiam. Especialmente, os concorrentes entre si. E eu sempre achei balela. Hoje comprovei que isso realmente não existe.
Agendei duas entrevistas com duas emissoras de tevê. Uma era ao vivo, a outra gravada. Mesmo horário. Mesmo entrevistado até. Além dos cinegrafistas todos se conhecerem, as repórteres se revezaram amigavelmente. Cordial. Assim tem que ser. Ninguém compete e todo mundo se ajuda. E não é assim que tem que ser?
Quando a questão é um furo*, a gente não entra no mérito, ok?
* no jargão jornalístico é a matéria desejada por todos: a que revela algo bombástico que ninguém ainda publicou/descobriu.

sábado, 9 de agosto de 2008

Frila conhecido

A amiga, que já trabalhou junto, chama no MSN e você já pensa: deve ser oferta de emprego - desde que você perdeu o emprego ela te oferece várias. Você já até tem um novo emprego, mas vira e mexe ela te manda uma vaga. Desde então você recusa, agradece e passa adiante (afinal há outras amigas necessitando destas vagas). - Então, quando ela te chama você já sabe. Deve ser emprego. Pois bem. Era quase.
Ela, que te considera ágil, te chama para frilar na concorrente de onde trabalharam juntas. Você, querendo todos os frilas do mundo, aceita. Mas jamais pensa que a concorrente também estará no tal evento. Pois bem. Lá estava a concorrente e os poucos conhecidos que sobraram e seguem episódios engraçados e bizarros como:
1. Andando pelos corredores percebe que de dentro do estande da concorrente o ex-chefão-master-dono-da-editora te caça por cima de cabeças alheias. Você nota, olha. E resolve que, num impulso eu sou mais eu, vai entrar e cumprimetá-lo. O faz sem dar explicação. Cumprimenta a vendedora de anúncio conhecida e - sem falar com os desconhecidos presentes - se vai. Sem explicação ou detalhes de sua presença em um evento tão "energético".
2. Dentro do estande da pagadora do frila faz contagem dos estandes que deve ir quando outro conhecido, o administrador, da concerrente adentra o estande em que está. Como já sabe que ele também não trabalha mais na concorrente e conhece o dono de onde está frilando - porque ele já trabalhou no mesmo local e saiu para fundar a concorrência - fica na boa. O dono pagador lhe chama para dizer olha quem está aqui e não sabe se quer mostrar o ex-administrador para você, ex-estagiária ou a ex-estagiária para ele, ex-administrador. Se cumprimentam e comenta: Eu sei que você saiu de lá; o pessoal sempre se reúne e me mantenho informada das fofocas. Num impulso ambos perguntam: E a ex-chefe também participa dos encontros? Você com vontade de dizer que não porque senão não teriam assuntos apenas responde: É, bem, a ex-chefe não está incluída nos encontros. Ele responde que a liderança tem suas desvantagens. E você sai, sem graça.
3. Passando pelos corredores com uma das vendedoras de anúncio pagadora passa pelo estande da concorrente onde está o ex-chefão-master-dono-da-editora que te fuzila com o olhar. Você pára e pensa: vou pedir para minha avó me benzer.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Momento Luis Fernando Guimarães ou Super Sincero

O namorado se dirigiu ao banheiro e eu aproveitei para entrar na loja de maquiagem. Entrei e me encostei no primeiro nicho de maquiagem, mesmo porque era leve e combinava com meu gosto.
Enquanto olhava a vendedora se aproximou.
- Pois não, posso te ajudar?
- Não, obrigada. Só estou olhando.
- Mas quer que eu te ajude em alguma coisa? Procura algo específico?
- Não, sabe que é. Meu namorado foi ao toalete e eu acabei entrando na loja só para esperar por ele.
- Ah, tá!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sobre casamentos

Eis que ser a primeira a casar tem benefícios e sacrifícios. Afinal são anos e anos de expectativa por esse momento. Não esperava-se, no entanto, que só chegaria na minha vez. Mas é assim que é. 3ª filha; 1º casamento. 3ª neta (avós maternos), 1º casamento.
E hoje fui a casa da minha avó, que não ia há bastante tempo. Saudades. Comentários sobre os preparativos é a toada. Porque, agora, a primeira pergunta que todo mundo me faz quando me vê ou fala comigo é: Como estão os preparativos? No começo, a resposta era devagar. Agora eu já digo: me enlouquecendo. Mas, confesso, é bom.
Toda vez que eu vou nos meus avós escuto um pouco da história do casamento deles. Hoje, por exemplo, soube que ela ainda tinha 20 anos, então como não era legalmente maior de idade o pai teve que permitir. E eles contaram dos preparativos, do vestido e tudo. E eu pedi, claro, as fotos.
E foi então que eu soube a melhor das histórias. Minha avó, filha de espanhóis, escolheu seu vestido quando tinha apenas 7 anos! Ela folheava uma revista e se deparou com o vestido. Na mesma hora correu para sua mãe e disse: É com esse vestido que vou me casar! Eles eram pobres e, talvez, ela ainda não tinha dimensão disso e ouviu como resposta um frustrante: Só se você casar com um homem rico porque a gente não tem condição de fazer um vestido desse.
Mas mesmo assim ela não desistiu. Guardou a revista por longos anos. E quando foi pedida em casamento pelo meu avô, disse: Meu sonho é casar com este vestido, mas não tenho condição de fazê-lo. Meu avô (LINDO!) disse que sem problemas. Ele fez o vestido para ela. Do mesmo jeito. E foi assim que ela realizou o sonho dela.
E é com essas histórias que ando me emocionando mais que tudo. Não sei se com todas é assim, mas se eu, normal, já sou chorona; eu, noiva, sou mais que o dobro.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sobre os sonhos e a realidade que atormenta
Não que eu esteja na melhor das condições para escrever, mas cansei de fingir. Desde o maldito dia 10 que te vi não paro de sonhar com você. E se fosse só sonhos tudo bem, mas não. Os sonhos são todos em 3D e me atormentam demais. Mil vezes eu me pergunto quase que retoricamente: Papai do Céu, por quê? E como não obtenho resposta me contento com a resposta que eu mesma inventei: Você me coloca em um dia incomum, em um caminho fora da minha rota normal em um dia em que eu não devia estar lá, no mesmo ônibus que o ser e só me faz notar quando ele desce do ônibus.??? Realmente não era para ser. E eu me consolo. Teoricamente. E sonho quase toda santa noite com ele. Não há sossego que chegue. Eu ainda não consegui sossegar. Menos ainda entender todo o significado disso tudo.
De costa, de longe, com uma roupa não repetida eu te reconheci. Eu olhei e disse: é ele! FODEU! Eu ainda sim prestei atenção e ele não atravessou a rua. Isso significa que eu passaria no ônibus por ele, no mesmo trajeto e poderia, enfim, verificar. E sim, era ele. Sem acreditar e sem saber eu levantei. Disse frases desconexas e fiquei de dentro do coletivo te olhando. E você, perdido, procurava um caminho. Minha vontade era gritar seu nome, te guiar, te seguir, saber onde ia, sinalizar que te via e fazer você me ver. Mas eu não fiz nada.
Eu vi, eu senti, mas travei. Não fui capaz de gritar, de descer, de seguir, de saber. Não era pra ser, senão tinha te visto, teria rolado ali mesmo - na frente dos passageiros e no meio do ônibus -, mas mais uma vez não foi.
Deve ter sido o acaso, embora eu não acredite nele.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Repercussão

Depois de ter sido tema de parte da aula da oficina ontem, as repercussões continuam. O poema, no final das contas, ficou com quatro versões: uma original e uma segunda versão do autor (Vitor), outra minha e, por último, uma do professor.
E ainda agora recebi o e-mail de uma das participantes que, ao ler as quatro versões, escolheu a minha e ainda emendou um poeminha ao final:
Menina pequena, grande mulher
Com tenra idade
Já sabe o que quer
É ou não é pra ficar feliz?

terça-feira, 8 de abril de 2008

.

Tudo ao mesmo tempo agora não. Pilhas de coisa pra fazer: do trabalho e de um curso. Mal dá tempo de ir ao banheiro e se ouve: o celular tocar e o MSN apitar. A menina do trabalho liga agendando uma reunião no horário do dentista. A mãe chama no MSN convocando você e o namorado para resolver coisas com o pai, sendo que você terá uma semana atribulada do começo ao fim. Você nem sabe o que resolve primeiro: as coisas do trabalho, que te pagam; ou as coisas do curso, que você paga. Que difícil! É nesse momento que eu queria ser todas.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem canta seus males espanta

Ontem mais que comprovei o tal dito popular. Estava no ônibus voltando para casa quando uma menina adentrou o coletivo. Não pude deixar de reparar que ela tinha fones em suas orelhas e estava balbuciando as palavras da música que ouvia. Mas, de repente, acho que surtou. Ela sentou antes da catraca e começou a cantar a música. Sim, em alto e bom som. Para que os poucos passageiros a ouvissem.
Pois bem, a princípio ela cantava em média altura, então não eram todos os parcos passageiros que a podiam ouvir. Mas quando ela passou pela catraca e ficou esperando seu ponto em frente à porta e ao lado do cobrador. Pois bem. A menina começou a cantar alto. Mesmo. E terrivelmente desafinada.
Ela estava se achando em cima de um palco, só podia. E ainda simulava um dança. Eu estava me sentindo torturada. Ela cantava tão mal que eu não consegui nem ao menos saber se a música que ela cantava era conhecida ou não.
Eu gosto muito de cantar, mas sei bem que sou péssima. Por isso, preservo os ouvidos alheios e aproveito momentos como chuveiro, em frente ao computador, no carro ou um show para soltar a voz. E sempre ao lado de conhecidíssimos. Se não, negativo.
E ela estava lá, em pleno busão soltando a voz. Se pelo menos cantasse bem, eu teria adorado, mas era ruim a coitada - que ainda por cima estava se achando! Só sei que naquele ritmo não é só os males que ela vai espantar não, vai ser a cidade inteira.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Apaixonado de namorar
João tem 3 anos e é meu sobrinho postiço. Somos apaixonados um pelo outro. Amor que extrapola e ele é a criança mais incrível que eu já vi. Inteligentíssimo e um doce. Cheio de truques e graça.
Ontem, depois de umas semanas sem vê-lo, ele estava todo feliz com a minha presença. A cada 5 minutos ele corria até mim e me beijava na mão, no braço, no rosto, na boca. Não parava. Até que seguiu-se o seguinte diálogo:
- Você está apaixonado, João?
- Eu tô. (fazendo cara de apaixonado: olhos semi-cerrados, rosto para baixo e voz aveludada)
- Ah, é. Por quem? (sarcástica)
- De você. (sic)
- Por mim? (professoral, mostrando que é 'por' e não 'de')
- É.
- Então, você quer casar comigo? (quase conclusiva)
- Eu não. Eu só estou apaixonado de dar beijos e não de casar!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Enquanto isso

Era dia de semana. Foi depois de uma sessão de cinema; na volta para casa. Foi bem perto do meu destino final que ele disse algo assim: "Não vejo a hora de não precisar mais te deixar em casa."
Essa ingrata tarefa que ele repete a cerca de seis anos sem reclamar. E não era essa a vez que ele usaria para reclamar, mas para se declarar.
É, agora a gente espera a hora de chegarmos juntos ao destino final de toda e qualquer saída.