domingo, 28 de novembro de 2010

URL não encontrada

Tenho pensado em mudar o endereço do blog. Uma vez que meu único assunto é a gravidez, o Arthur e os assuntos correlatos penso em escrever um blog só pra isso. Mas e se o assunto morrer? E se vier a vontade de escrever sobre outras coisas? Pois é, não mudo por isso. Mas ainda estou em dúvida. Aliás, com várias dúvidas: Se mudar, abandono este de vez este? Faço mais e fico aumentando a lista de blog com meu nome e sem atividade?
Muitas dúvidas e poucas certezas. Definitivamente, igual a gravidez.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

No inferno astral

Impressionante como a paciência anda curta, o cansaço anda grande e a irritação em mode on o tempo todo.
Pode ser a gravidez - que como disse a uma amiga é praticamente uma TPM que dura 9 meses -, mas também soma-se a isso o final de ano e, claro, o inferno astral.
Então cá estou eu, muda e calada, no meu canto para não sobrar pra ninguém e para tentar eu mesma me suportar. Quando fico mal-humorada nem eu mesma me suporto, então ficar quietinha é o jeito de fazer ninguém mais ter que me suportar.
O bom é entrar na contagem regressiva do recesso de final de ano, que vai ser de 20 (!) dias. Se bem que, ultimamente, nem isso tem conseguido me animar. Haja paciência!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É você, filho?

Há alguns dias (nem muitos e nem poucos) tenho percebido pequenas e leves (bem leves) cutucadas no ventre. Não são constantes e nem sempre percepitíveis - eu só noto mesmo quando estou sentada à frente do computador ou no sofá assistindo tevê.
Imagino e deduzo que já seja você filho. Mas ainda não tenho certeza. A resposta deve vir hoje após a consulta mensal do pré-natal.
Esta semana também fomos conhecer onde você deve nascer. Fomos à visita guiada na maternidade e nós eramos os menos barrigudos. Todas as outras grávidas estavam enormes. Acho que você não gostou muito disso não e resolveu aparecer de vez a partir de ontem. Agora, todo mundo nota que você existe aqui dentro, o que me deixa feliz, radiante e orgulhosa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária, dominada até então por tantos hábitos lineares, começara a girar, de repente, em torno de uma mesma ansiedade comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérrios, mas porque nenhuma de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão quê a fatalidade lhe reservava."

Crônicas de uma morte anunciada, Gabriel Garcia Márquez.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Das coisas estranhas

Não bastando a revolução hormonal, que nos afetam por demais na gravidez, outras tantas coisas bizarras começam a acontecer.

* Amo amo amo chocolate. Mas desde que engravidei não consigo comer. Racionalmente eu até penso em comer, mas na hora H a vontade some e eu não tenho nem coragem de colocar o tal chocolate na boca. Com a embalagem aberta e tudo, o chocolate acaba indo para outras bocas.

* Ontem foi ainda pior. Depois de jantar (muito bem, diga-se de passagem) minha irmã veio com uma caixinha com legítimos macarrons parisienses. Olhei e me deu um negócio. Deu um nó no estômago e eu saí logo da mesa para não causar um estrago. Sentei no sofá e a barriga até tremia. Fiquei uns 10 minutos acalmando o Arthur dizendo que não ia comer aquilo.

* A barriga (ou a pouca barriga que já tenho) fica gelada só na ponta. Mesmo com blusa e agasalho.

* Você dorme (quase) sem barriga e acorda com (alguma).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vocativo

Eu sempre te chamei de filho. Mesmo agora que você já tem nome e sobrenome, ainda te chamo de filho. É assim que nossas conversas começam: Filho, blablablablabla. Ou então como terminam: blablablablá, né Filho?
No final de semana sonhei, pela primeira vez, com você. Sim, você como você. Quer dizer, você como Arthur porque só saberei se era mesmo você depois que você nascer. Sonhei com seu nascimento. Me lembro da emoção que senti no sonho. Como chorava. Como era intenso aquele momento. E como era lindo você me olhar simplesmente quando eu te chamava de Filho.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Piada pronta

Arthur vem vindo e desde sua descoberta as piadas surgem naturalmente. Se ele não for um grande fanfarrão, não sabemos como será.
Logo que descobrimos a gravidez tínhamos acabar de voltar das férias em Buenos Aires. E então, pronto: Foram lá fazer um argentino? ou Poxa, foram conceber o bebê justo na Argentina! foram as primeiras.
E então, pacientemente, a gente explicava: Não, pessoal, ele já estava feito, a gente é que não sabia.
Agora, as piadas, claro, vêm com o nome. Ah, vai ser Arthur, então vou dar uma espada para ele. Eu, protetora e fanfarrona, já respondo logo: Não precisa, ele vai vir com uma!