sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sobre uma das mudanças: o emprego

Eu tive dúvidas. Muitas dúvidas. E fiquei com medo.

Mas em meio a tantas mudanças o que seria mais uma?

Seria não trabalhar nos finais de semana, mas ter as tarefas todas de casa para esses dias de folga; seria abandonar a área que eu gosto e quero tanto seguir profissionalmente; seria passar horas dentro de um ônibus cheio porque eu trabalharia longe; seria acordar bem cedo para chegar às oito e chegar em um horário mediano apesar de ter saído às 17H; seria mudar de foco, mas poder me aprofundar no que quero e gosto; seria ganhar mais; seria abandonar a casinha e a liberdade de ir ao cinema no meio da tarde.

Seria muitas coisas. Aliás, é muita coisa. Mas no fim das contas eu topei. Apesar da insegurança, apesar de não saber se eu ia dar conta, apesar dos problemas e contando também com os beneficios. Eu fui e eu vou todo dia até Osasco. Eu saio cedo, eu dou um jeito na casa aos finais de semana, eu ainda não me adaptei, mas encarei. Não tinha certeza de que vou gostar e ainda não tenho. Mas mesmo sem ter certeza se a mudança que fiz é acertada de uma coisa eu me certifico: eu não tenho medo de largar tudo se for necessário. E foi, principalmente, por isso que eu fui.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pra (re)começar

Eu não posso dizer que o amor chegou ao fim, como cantaria Ana Carolina. Mas posso dizer que voltei. Nova, feliz, mudada e cheia de mudanças. Quero contá-las com calma, mas já posso começar enumerando por: casa, cabelo e emprego.

segunda-feira, 30 de março de 2009

FIM

As férias acabam amanhã e eu não tenho vontade nenhuma de voltar a trabalhar. Como faz?

quarta-feira, 4 de março de 2009

Workaholic?

Estou em férias. E com um milhão de coisas para fazer até sábado. E mesmo assim não consigo me desligar. Passei o bastão das atividades, mas ainda não deixei de receber e RESPONDER aos e-mails, mesmo com a resposta automática de férias ativada.
Acho que só sem acesso a e-mail vou conseguir me desligar. E mesmo assim - tenho a leve impressão - de que ainda vou ficar um pouco com a cabeça aqui, principalmente porque haverá uma reunião importantíssima na minha ausência e porque algumas atividades que envolvem minhas habilidades jornalísticas estão na mão de pessoas não habilitadas. Ui.
Espero que o sol e as praias do Ceará sejam capazes de me distrair o suficiente.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Aluna

Senhores Alunos,
Confirmamos a efetivação de suas matrículas no curso de Difusão Cultural em referência (Jornalismo e Políticas Públicas Sociais), que terá início no dia 2 de março de 2009, segunda-feira, nas dependências do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, estendendo-se até 22/06/2009. Para fazer jus ao certificado do curso, o aluno deverá ter presença mínima de 85% em classe, bem como apresentação obrigatória de um trabalho de final de curso. Detalhes sobre o programa e requisitos para o trabalho final serão fornecidos no primeiro dia de aula ou em mensagem posterior, antes disso. Agradecemos e contamos com a presença de todos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Feriado



Acabei indo viajar de última hora. Aí, meu feriado se resumiu a: sol, piscina, vinho gelado, cerveja gelada, UNO, risadas, amiga, irmãs, cunhados, namorado, pai, sono, preguiça, pão de queijo, calor e sossego. Não era o que eu tinha planejado, mas foi muito bom.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Os planos para o feriado

Poucos foram os carnavais que pulei em minha vida. Mas não me importo. Sempre foi mais um feriado para descansar do que propriamente para curtir. Este ano, não ia ser diferente, principalmente depois de uma semana atribulada como esta.

Mas já mudei os planos. Quero ver o que vai ou não funcionar para resolver tudo e me livrar das pendências do casório. Além de fazer alguns programinhas culturais que estou afim e não tem dado o menor tempo. Então quero ir a museus e exposições e também não deixar de aproveitar e caprichar na mudança e na ordem do novo lar. Ou seja, descanso é a única coisa que não está incluso no pacote.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Machista de nascença

Achei que isso não existisse até ontem quando João Vitor, 4 anos, tentava me convencer que, apesar do avançado da hora, ele e o primo tinham que brincar.

João: Tia Didi, sabe de uma coisa? O Rafa me falou no carro que também queria brincar um pouquinho comigo.
Eu: Mas João, está tarde. Amanhã você tem escola, o Rafa tem escola, o Tio Xande tem que trabalhar e a tia também.
João: Mas você trabalha Tia Didi?
Eu: Claro.
João: Mas quem disse que mulher pode trabalhar?
Eu: Ué, todo mundo.
João: Mas eu nunca vi nenhuma mulher trabalhando.
Eu: Mas você nunca foi em uma loja que tinha uma mulher trabalhando?
João: Não.
Eu: Pois é, mas mulher trabalha sim.

Eu fiquei tão indignada com o comentário dele que esqueci de enumerar uma série de mulheres que ele conhecia e trabalhavam como na loja que tínhamos ido horas antes ou até mesmo a professora da escola.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pois é, pois é, pois é...

Eu disse e rapidamente dei um jeito de voltar a me sentar em uma cadeira de sala de aula. Há dias que estava monitorando os sites em que poderia encontrar um curso bacana com preço acessível.

Pois ontem surgiu no site da ECA o curso que queria ter feito antes, mas não tinha conseguido vaga. Mais que na hora me prontifiquei - e só não fui até lá ontem mesmo porque o adiantado da hora impediria a inscrição. Separei os documentos, telefone e liguei de manhã para saber da ficha de inscrição, que eu não tinha achado no site, e se ainda tinha vagas. E tinha! Eu voei com terminar uma parte do serviço para sair de casa voada para lá e conseguir uma das últimas 20 vagas.

E então volto dia 02 de março a me sentar em uma cadeira com um caderno universitário - que confesso estou louca de vontade de comprar um caderno novo. Tem algo melhor que caderno novo? - em mãos. Enfim, o curso é Jornalismo e Políticas Públicas e Sociais às segundas-feiras de manhã. Ou seja, sairei de lá e voarei para a reunião do trabalho, mas tudo bem. Além disso, vou ter que faltar na segunda e na terceira aula (devido ao casamento, às férias e a viagem de férias e lua-de-mel, enfim), mas tudo bem. Isso eu resolvo depois da aula inaugural.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Atolada

A semana está puxada de tarefas.
Na segunda, a reunião de sempre.
Hoje, cobri evento, fiz as notas pra news do voluntariado, escrevi um editorial, gravei um CD com umas fotos, baixei outras tantas, escrevi matéria, publiquei no site, fiz umas ligações, agendei outras coisas, respondi e-mails e ainda ficou faltando fazer o clipping. Mas este vou deixar para amanhã porque por hoje já estou encerrando meu expediente.
Na quarta ainda tenho mais reuniões, textos a escrever e fotos a escolher. Isso sem contar o clipping que deixei para amanhã e outras tarefas que devem surgir.
Se sobreviver, espero ter os outros dias da semana mais calmos. Ainda bem que vem um feriado aí e eu vou ficar de papo pro ar.
Meia-entrada

Depois de dois anos de formada, está batendo a vontade de voltar a estudar. Como eu já sei que quero algo na área social estou procurando cursos no segmento. Qualquer coisa que envolva jornalismo, políticas públicas e sociais e direitos humanos está valendo. Como a pós na área ainda é inacessível, estou em busca de cursos de extensão. Esse semestre tenho que fazer alguma coisa para no máximo o semestre que vem ou no início de 2010 já pensar na pós (podendo ou não pagar). E eu não vejo a hora porque só de pensar na possibilidade já fico cheia de vontade de mergulhar nos livros.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Start

mais rápido que o tic-tac
o coração já bate descompassado

Sexta-feira me vi pronta: maquiada, enfeitada e vestida. Pronto. Era o que faltava para ligar minha ansiedade. Eu estava calma até agora. Mas depois de sexta tudo foi por água abaixo. O coração está a mil e a contagem é diária. Além dos últimos detalhes, agora só falta comprar umas coisinhas pra casa e pra lua de mel.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Envelhecendo

Eu tinha entrado aqui para escrever sobre alguma coisa que eu já não me lembro mais. Bom, né? Isso é só mais um dos sinais que a gente começa a ter para perceber que está ficando velha. Hoje, por exemplo, comecei a fazer contas para lembrar qual foi o ano da minha formatura e pensei que dois anos de formada já é tempo suficiente para eu voltar a estudar. Agora só falta me decidir. Quer dizer, qualquer coisa entre as minhas opções eu sei que vai ser bom, agora só falta o dinheiro.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

C.V.

Há uns dias fui a uma entrevista. Cheguei no horário e me dirigi a sala indicada. Enquanto esperava o entrevistador, fiquei olhando e relendo meu currículo. Pois achei ele tão sério e bom que fiquei toda orgulhosa de mim.
Preste atenção no que li:


SUMÁRIO


* Prática em redação de notas, matérias, checagem de informações, cobertura de feiras de negócios e eventos esportivos e atendimento à imprensa em sala de assessoria de imprensa de evento (EXPOPRAG 2008)
* Realização do documentário Ocas” – Atravessando a rua sobre a revista Ocas” selecionado pela Comissão de Direitos Humanos para a mostra da Prefeitura de São Paulo em dezembro de 2007
* Fotografia escolhida como uma das melhores no concurso cultural da Revista Perdizes
* Uma das 60 classificadas para o XIX Curso de Jornalismo Aplicado do jornal O Estado de S. Paulo em 2008
* Jornalista voluntária da Associação de Deficientes Desportivos (ADD)
* Inglês intermediário


É ou não é pra ficar orgulhosa de si mesma?

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O TOC do Toddy

Foi em uma manhã qualquer que minha irmã percebeu meu modus operandi de preparar meu leitinho, que rapidamente virou o assunto da casa e o objeto de chacota. Tudo porque ao invés de simplesmente colocar o açúcar e o toddy no leite (sim, eu tomo leite com toddy E açúcar) eu só consigo aspergir os mesmos no líquido branco. Agora, não posso mais tomar leite em paz que vem as brincadeiras sobre a MINHA forma de prepará-lo. E não é só isso porque em todo e qualquer lugar em que é necessário acrescentar açúcar, todo mundo brinca com meu modus operandi perguntando se tem que aspergir. Agora, tenho que brigar porque tenho o TOC do Toddy só para tomar, em paz, meu leite de manhã.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Márrica, ilusion*

Desde que eu comprei uma bolsa grande, as coisas começaram a desaparecer. Toda mulher me entende, mas o namorado não. Ontem, seguiu-se o seguinte diálogo:

Ele - Você já pode fazer um curso de mágica!
Eu - Eu? Por quê?
Ele - Porque saber fazer desaparecer as coisas você já consegue. Agora está faltando aprender a fazer aparecer.

Nós, claro, explodimos de rir.

* Um oferecimento do Circo VOX

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Santinho da vovó

CONCEIÇÃO - DONA SANTA
* 08.12.1923 + 25.01.2009
"A morte não é nada. Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu. O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste. Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene. Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou. Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou. Porque eu estaria for a de teus pensamentos, apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe. Somente estou do outro lado do caminho." Oração de Santo Agostinho

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Com a cabeça nas nuvens

O tempo parou? Para mim, parece. Dias lentos, semanas que duram a eternidade. E eu faço contas e falta pouco, mas o pouco não avança.
Quando penso em 2007 eu penso que voou. Mas mesmo assim é lento. Sem tantas tarefas como em 2008, eu fico pensando na vida, me apego em detalhes e esqueço da vida, perco as contas, as paradas de ônibus que tenho que descer e sigo totalmente desligada.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sábado

Sábado foi um dia bizarro. Mensagem de celular que perguntava se eu estava na cidade (na verdade, veio fidade, mas eu entendi) e cantada do primo no orkut. E com tudo isso, eu fiquei mesmo intrigada - e não me sentindo intrigante, como me descreveu o primo.

sábado, 31 de janeiro de 2009

A cantada do primo

Se eu não escrevesse para uma pessoa tão intrigante como você, morreria de arrependimento.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Mais do mesmo ou Ainda sobre a morte da avó

* houve, para mim, 3 momentos de consternação no enterro
* eu conheci um primo que não sabia que existia
* ela se foi com meu convite de casamento no caixão
* teve o bafafá do terço, que me deixou decepcionada com minha madrinha
* meu pai não viu a mãe morta
* eu nunca tinha sentido tanto a morte de alguém

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Unidos na dor

A última vez que a família Cardoso Franco se uniu na dor faz uns 28 anos. Meu avô tinha falecido e a minha geração (a dos netos) ainda se formava. Só uns 8 primos já eram vivos, mas mesmo assim eram todos pequenos e não entendiam nada.
Desta vez, a família conta com 29 netos e 5 bisnetos* (e mais um a caminho), que não entendem nada. De qualquer forma, foi a vez dos netos unirem-se nessa dor. Aos poucos, fizemos da dor lembrança e das memórias (e dos registros delas) muitas risadas. Assim, a dor foi ficando pequenininha e as risadas, grandonas. E, por fim, todo mundo ficou lá rodeado de amor, de carinho, de abraço, de confissões, de lágrimas e de colos. E a família se descobriu ineditamente unida na dor, mas cheia de amor.


*além dos 10 filhos que já tinham sofridos junto.
O primeiro filme do ano

Sábado passado assisti ao meu primeiro filme do ano: A Troca. O filme é tenso do começo ao fim. A Angelina Jolie está macérrima. Eu achei que o filme fosse bom, mas ele é mesmo ótimo. A história é real o que nos dá sempre mais tesão de assistir. Eu entrei meio contrariada na sala porque queria mesmo ter assistido ao filme do Brad Pitt, que estava esgotado, mas saí de lá mais do que satisfeita. Recomendo super.
Um obrigado e uma breve explicação

Quando eu escrevi meu último post minha avó ainda estava viva. Mal, é verdade, mas viva. Adiantamos a passagem de meu pai antes da fatalidade e então ela aconteceu. Na madrugada de domingo a Vó Santa se foi. Com calma, em paz, serena e nos braços de Nossa Senhora, como ela mesma disse. Eu chorei muito, não dormi duas noites e deixei no caixão dela o convite do casamento, que acontece em breve. Esse é sim o meu maior pesar porque ela queria muito estar lá. Eu sei que ela estará, mas eu não a verei me vendo e isso me pesa.
Hoje, menos triste, estou de volta a SP e encontrei muitos recadinhos amigos e queridos. E agradeço a todos eles e até os que aconteceram apenas em pensamento. Me sinto abraçada por vocês e, de alguma forma, amparada. Agradeço. E depois desabafo mais porque ainda há o que contar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

...

Eu podia pensar que ela já viveu bastante e me conformar. Eu podia entender que ela já não é mais nenhuma criança e está chegando sua hora. Que ela viu cinco netas se casar e conheceu cinco bisnetos. Paparicou todos eles o quanto pode. Criou uma neta além dos 11 filhos, sendo que um deles ela perdeu em um acidente de carro. Perdeu há mais de 20 anos o marido. Viu a irmã falecer da mesma doença que a quer levar agora, mas que ela não sabe que tem. Ela me avisou que não me veria casar e me pediu uma chance a mais de estar ao lado dela. Eu cumpri o prometido. E em dezembro ela estava bem, feliz, com os irmãos, os bisnetos, os filhos e os netos à sua volta. Todos comemorando. Todos felizes. Em um mês, a doença avançou e ela está cada dia pior. Os filhos já se reúnem à sua volta e enquanto ela piora, eu fico esperando a notícia fatal. E choro. E lamento não ter convivdo mais com ela, não ter levado meu vestido de noiva para ela ver, não ter falado mais dos detalhes do casamento e de não ter coragem de ir lá, me despedir.
A posse de Obama na África

Já falei aqui do blog do meu amigo que está em Moçambique. O penúltimo post tem fotos interessantes da cidade de Maputo assistindo à posse de Obama, além de um relato legal, claro. Vale a pena conferir.
Estranha é como me sinto hoje. Não sei se foi o sonho - de um assalto longo e esquisitão - ou se sou eu mesmo que acordei assim hoje. Só sei que estou me sentindo nublada. Nada de específico ou atípico aconteceu, mas eu estou assim: como se uma cãibra estivesse instalada no meu peito e deixando a sensação de desconforto e erro, mesmo sem que nada esteja realmente assim. Talvez só precise mesmo de uma boa alongada que tudo vai se resolver. Talvez eu só precise mesmo do sábado que está por vir e que eu achei que era hoje.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O discursso do Obama

O discursso durou pouco menos de 20 minutos e aqui estão as partes que ressaltei.
Se quiser ler na íntegra, acesse aqui.

"Quarenta e quatro americanos já fizeram o juramento presidencial. As palavras foram pronunciadas durante marés ascendentes de prosperidade e nas águas plácidas da paz. Mas de vez em quando o juramento é feito entre nuvens carregadas e tempestades violentas. Nesses momentos, a América seguiu em frente não apenas por causa da visão ou da habilidade dos que ocupavam os altos cargos, mas porque nós, o povo, permanecemos fiéis aos ideais de nossos antepassados e leais aos nossos documentos fundamentais."

"Nossa nação está em guerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia está gravemente enfraquecida, uma consequência da cobiça e da irresponsabilidade de alguns, mas também de nosso fracasso coletivo em fazer escolhas difíceis e preparar o país para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos, cortados; empresas, fechadas. Nosso sistema de saúde é caro demais; nossas escolas falham para muitos; e cada dia traz novas evidências de que os modos como usamos a energia reforçam nossos adversários e ameaçam nosso planeta."

"Hoje eu lhes digo que os desafios que enfrentamos são reais. São sérios e são muitos. Eles não serão resolvidos facilmente ou em um curto período de tempo. Mas saiba disto, América -- eles serão resolvidos."

"Neste dia, viemos proclamar o fim dos sentimentos mesquinhos e das falsas promessas, das recriminações e dos dogmas desgastados que por tanto tempo estrangularam nossa política."

"Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que os enfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que depende nosso sucesso -- trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo -- essas são coisas antigas. São coisas verdadeiras. "
Eu perguntei durante a posse do Obama: Será que ele não tem medo?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Domingo amigo

Domingo, dia internacional da preguiça. De comer macarrão, ficar na cama até mais tarde e repetir a dose de tarde. Mas ontem não. Ontem o domingo foi amigo.
O (segundo) almoço foi bacalhau com as melhores companhias, risadas, crianças e amiga. Domingo todo acompanhada dividindo. Dividimos o dia todo e saí de lá multiplicada. Dividimos dúvidas (e buscamos tutoriais para solucioná-las), opiniões, idéias, sugestões, vontades, livros, fotos, músicas e arquivos.
A amizade é a única matemática que permite que ao dividirmos sejamos multiplicadas.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sobre os livros de 2009

Ando com vontade louca de ler. Qualquer coisa que cair à mão está valendo. Este ano, já foram 4 livros e já estou pensando no próximo. Mas ando chata e crítica.
Esse ano, já foi:

Carmen - Uma biografia, Ruy Castro: achei longo demais. Tinha informação demais. Muita coisa, na minha opinião, poderia ter sido cortada. Para contar o restante da história, muitas vezes Ruy Castro se prendia demais em uma explicação acerca de alguém (ou um fato) e iam parágrafos e mais parágrafos sobre um fato que, de repente, você achava que tinha saído completamente da história. Depois ele ligava tuuudo aquilo à história que contava da vida de Carmem. Enfim, eu teria sido mais sucinta, mesmo porque o livro é um calhamaço. Acho que não ia perder nada em ser mais direto. Mais o mais legal são as muitas informações e curiosidades acerca de muitas coisas (e de tudo um pouco, pra ser exata e sincera) e que a gente aprende e fica sabendo.

Melancia, Marian Keyes: gostei. Não é uma uber literatura, mas é gostoso de passar o tempo. Do meio para o fim a história fica tão legal que a gente não quer largar por nada. Só um detalhe de erro na história. Não sei se a autora cortou a história e juntou duas partes que ficaram diametralmente contrárias e não reparou ou se foi erro mesmo na hora de escrever, só sei que em um capítulo X a irmã da personagem principal viaja para passar o final de semana fora e no próximo capítulo que é ainda sobre o final de semana lá está a irmã da personagem. Mas tudo bem. Não é o primeiro livro que vejo com um erro desse. Nem compromete tanto e provavelmente nem todo mundo perceba.

Romântico, sedutor e anarquista: Como e por que ler Jorge Amado hoje, Ana Maria Machado: didático. Bem rápido, fácil e gostoso de ler. Eu que nunca li Jorge Amado e como venho acalentando essa vontade há um tempo adorei esse presente de aniversário que me fez incentiva ainda mais. Senti falta apenas que Ana Maria Machado comentasse qual é (e se não apontasse mesmo, que ao menos indicasse) a característica da literatura dele que o faz ser tão facilmente adaptável à teledramaturgia. Ela toca no aspecto mais espinhado da literatura dele, que é a crítica sempre tão preconceituosa e taxativa, mas deixa de lado o amor e sucesso que seus personagens fizeram e fazem através seja de seus livros ou das adaptações tão famosas para a televisão. Pra mim, só faltou isso. Fiquei, claro, com mais vontade de ler. Mas tenho certeza que vou fazer isso com esse "livro-guia" ao lado.

Jorge Amado um baiano romântico e sensual: com depoimentos da mulher e dos filhos, Jorge Amado é desvendado como homem, amante, escritor, autor, pessoa, pai e amigo. Uma delícia de ler, ainda mais emendado com o livro anterior. Ambos, na verdade, foram ganhos juntos como presente de aniversário. Cada um de uma amiga e, claro, combinado. O "conjunto Jorge Amado" é uma delícia. E esse livro é uma gostosura. Por trazer ainda uma memória muito próxima e viva de Jorge Amado (o livro foi escrito pouco depois de sua morte) com depoimentos que trazem da história de amor entre Zélia e ele e do convívio com os filhos, as aventuras de Jorge ficam com gosto de lembrança familiar a quem lê. Parece conversa de tarde na casa dos avós que eles contam história das gerações anteriores que nem conhecemos, mas de ouvir e saber já nos sentimos parte.

Agora, quero ler Rubem Fonseca. Só ainda não decidi os títulos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Acordo ortográfico

Com dúvidas? Aqui tem uma cola supimpa.
Voluntária

Sempre quis fazer voluntariado, mas sempre adiava.
Até que o ano passado surgiu a oportunidade e eu topei. Era na minha área de atuação, com a vantagem de ser uma coisa legal de se fazer: perfis dos atletas da ADD (Associação Desportiva para Deficientes). Infelizmente só consegui fazer 1. O projeto "Somos todos ADD" acabou não indo para frente e a responsável pela idéia e pelo departamento de marketing saiu.
Agora retomarei as atividades na mesma área, mas ajudando em vários textos institucionais para a ONG. E agora me sinto verdadeiramente satisfeita.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Por um fio

Quando eu soube da doença, o casamento já estava marcado. Eu fiquei com medo e sofri. Tanto que não conseguia (é, simplesmente não conseguia mais) tocar adiante com a organização. Paralisei por uns 3 meses ou mais. Fui vê-la em setembro e nos despedimos aos prantos. Eu chorei meia viagem e, depois, soube que ela chorara o dia inteiro. Ela repetiu em alguns dias muitas vezes que o prazo dela estava acabando. Prometi voltar. Cumpri. Comemoramos seus 85 anos e ela estava feliz. O prazo era dezembro e ela, incrivelmente, superara. Mas eu nunca sabia se isso era mesmo bom. Hoje a notícia é de que ela definha a cada dia, que piora visivelmente. Não sabemos se chega até março, mas é provavel que mesmo que chegue até a data não possa viajar e simplesmente estar presente. Então, Papai do Céu, só peço que ela não sofra. E que, por favor, não faça acontecer tão perto da data porque eu queria que o dia fosse feliz.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sobre o trabalho

Versão 5 do mesmo relatório em um domingo à noite me soa desesperador. Na verdade, versão 5 de qualquer relatório me soaria desesperador em qualquer hora do dia.

sábado, 10 de janeiro de 2009

De tudo um pouco

* Assisti a um filminho bem gostoso na quinta-feira. Pegar e Largar. Estava zapeando quando cheguei ao canal de filmes. O filme estava bem no começo (tipo uns 3 minutos de iniciado) e eu resolvi parar para ver. E não é que é uma delícia? Achei que ia ser bobo. Claro que, como toda comédia romântica, é bem cheio dos clichês, mas va lá. Vale a pena. Com atores não consagrados, o filme é uma boa pedida.

* Ontem saía do salão de beleza quando o celular tocou. Atendi e era de casa. Minha mãe perguntava onde estava quando anunciei que estava saindo e indo para casa. Curiosa, perguntei o motivo da ligação e ela apenas me respondeu laconicamente que depois a gente conversaria. Pronto. Comecei a tremer e a ficar ansiosa. Em pouco tempo - até chegar em casa - só pensei em desgraças e no que será que tinha acontecido. Embora minha mãe não seja de manter segredos, me lembrei da única vez que algo grave acontecera na hora do almoço e eu só fiquei sabendo às 23H na saída da faculdade, quando ela foi me buscar. Milhões de coisas ruins se passaram na minha cabeça em poucos minutos. Conclui, então, que minha capacidade de pensar atrocidades é diretamente potencializada pela quantidade de segundos que demoram para eu chegar ao destino que me proporcionará saber o fato. No final, era uma bobagem de pagamento do eletricista. Eu fiquei - primeiro - com vontade de matar a minha mãe e, logo na sequência, impressionada em quantas má coisas eu pude pensar em apenas alguns minutos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Depressão pós-sonho

Essa noite eu sonhei que estava em Londres. E passeava. E tirava muitas fotos. Depois, eu estava na Itália em alguma cidade que provavelmente nem existe como no meu sonho, mas era lindo. Chovia, mas eu nem me incomodava com a chuva de lá. Passeava e via lugares lindo. Quando acordei, em casa, entrei em depressão. Depressão pós-sonho.

sábado, 3 de janeiro de 2009

2008: um ano cultural

Acho que 2008 foi de longe meu ano mais cultural.
Foram: 9 exposições, 5 peças de teatro, 3 shows, 2 circos, 4 passeios e mais de 9 idas ao cinema (9 foram as contabilizadas com ingressos, mas sei de outros, mas não sei precisar quantas e nem os filmes). Além disso, foram 35 livros lidos e 3 cursos realizados.
Entre as exposições, destaco: Segall Realista (na Fiesp); A Arte do Mito (no Masp); A natureza das coisas (no Masp) e Bossa na Oca (no Ibirapuera).
Entre as peças: Simpatia, A Serpente e Dois irmãos.
Dos shows, gostei de todos, sendo que 2 foram da mesma cantora: Roberta Sá e o outro foi com a CéU no Municipal e também foi ótimo, mesmo porque foram as cantoras que eu mais ouvi durante todo o ano.
No circo fui assistir 2 vezes à mesma companhia circense e amei: Circo Vox. Altamente recomendável para adultos e crianças.
Entre os passeios, a viagem à Jaú, a visita monitorada à sala São Paulo e o passeio de barco em Floripa foram ótimos.
Já os filmes, gostei muito do Um Beijo Roubado, Wall-e e Ensaio sobre a cegueira.
Eu queria ter lido mais livros de autores renomados, mas foi um início. Li Cervantes, Kerouack, Flaubert, Cortázar, Érico Veríssimo, Mário Quintana e Jorge Luis Borges. Descobri os novos Mia Couto, Amós Oz e Marjane Satrapi. Destaco como genial: A Caixa Preta, Amós Oz; Trapo, Cristovão Tezza; Persépolis 1, 2, 3 e 4, Marjane Satrapi; O menino do pijama listrado, John Boyne; Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, Mia Couto; Venenos de Deus, remédios do Diabo, Mia Couto e Lis no peito: um livro que pede perdão, Jorge Miguel Marinho.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Receita de ano novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um teto para meu País

Iniciativas bonitas a gente tem mais é que mostrar para fazer multiplicar.


Papo de criança

Fernanda fez 7 anos. Depois do parabéns, ela foi ao pai e perguntou:

- Pai, e "com quem será", não vai ter?

domingo, 21 de dezembro de 2008

Começo de recesso

O recesso começou sábado. A promessa dos primeiros dias é: dormir, ler, arrumar as coisas de trabalho, preparar as coisas para 2009 e ajeitar o guarda-roupa. Mas também há a possibilidade de um frila ainda este ano ou no início de 2009, o que pode jogar os planos para os ares. Por enquanto, vou dormindo o máximo possível para recarregar as baterias e lendo um pouco. Ainda não sei mesmo das possibilidades de viagens, mas estou mais preocupada em descansar.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Para a amiga secreta

A minha amiga secreta não tem segredos comigo - e nem eu com ela.
Ela é sempre e para sempre a minha melhor amiga: a que me dá a mão quando necessito; a que me pede os ombros quando precisa; a que pode ficar em silêncio sem que isso se pareça chato ou simplesmente falta de assunto.
É a amiga com quem eu troco livros, CDs, filmes, indicações, impressões, conselhos, risadas e lágrimas. É a amiga com quem compartilho.
É a irmã que escolho há 14 anos.
É a amiga libriana que equilibra minha vida colocando os pesinhos sempre nos lados certos - e isso significa que, às vezes, é no lado bom da balança e, às vezes, no lado ruim.
Bom, na verdade, ela é minha amiga e isso não é segredo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre a idade

Quando tinha 18 e 19 anos, sempre me pediam a identidade. E eu, claro, ficava puta. Hoje, completado os 26, acham que tenho 19. E eu, claro, fico radiante.


A avó de uma amiga completou 93 anos no início do mês e disse: Acho que eu estou ficando velha.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Amanhã é 26

Desde novembro a correria dos prazos e do final de ano tomou conta da minha vida. E então eu não consegui, como todo ano, fazer a contagem regressiva para meu aniversário. Já é amanhã e os 26 anos me aguardam. Com um tempo frio como o ano passado, o que é uma pena já que eu tenho 3 vestidos novos e não vou conseguir usar nenhum - já que nenhum é usável com meia calça e eu sou friorenta. Mas mesmo assim que venham os 26!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Repeteco

Escrevi um e-mail que trouxe outras impressões (ou as mesmas com outras palavras) sobre as viagens. Gostei do que escrevi, então colo aqui também.


A do trabalho me surpreendeu - e acho que a todos. Pelas falas a opinião é unânime: todos achavam que ia ser péssimo e foi ótimo. Tivemos sessão terapia em grupo (na hora da avaliação pessoal) com direito a muita choradeira e abertura de coração, que faz sempre todo mundo ser bem recepcionado, entendido, compreendido e, acima de tudo, aceito. Sessão de entrosamento e divertimento - com as saídas da noite. E muito bate-papo sobre a vida, as alegrias, as tristezas e, claro, o trabalho. Críticas não faltavam para todos os lados, mas foi imprescindível essa semana. Foi melhor até para as relações com os chefes e com a equipe. Foi mais que integração; foi reconhecimento de esforços e validação de tudo que se faz. Foi troca de figurinhas e entendimento entre as partes. Posso garantir que hoje me sinto parte da equipe graças a essa semana (que foi bastante cansativa).


BH também foi ótimo. O assunto é invitavelmente meu casamento em março. O anúncio é de que a próxima festona é a minha. A família estava toda reunida (só faltaram mesmo 2 primos: um que não pode ir por causa de uma prova e outro que está no intercâmbio). Minha avó estava contente, feliz, animada. Tanto que a festa acabou lá pelas 12H. Ela chegou em casa quase 2H e só dormiu domingo às 7h30 de tão animada que estava. Ela brigou comigo porque da outra vez fui embora e a deixei chorando e soube que enquanto eu chorei meia estrada, ela chorou o resto do dia. O medo de que a morte dela chegue antes do meu casamento é um grande motivador para isso tudo e faz com que ela chore sempre que eu me aproximo, que conversamos e que me despeço. A espera da morte nos aproximou e fez com que nos amássemos ainda mais. Apesar disso tudo, o espírito era de alegria. O final de semana foi cheio de risadas, alegrias, compartilhamento e divertimento. Tenho certeza que não poderia ter sido melhor. Voltei bem e não chorei nenhum dia e em momento algum. No fundo, tenho esperança que a alegria do final de semana a segure até março em plenas condições de estar no casamento.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Poucas e boas

A semana de trabalho fora de São Paulo foi melhor do que imaginei. Algumas coisas (apesar de tanto trabalho) ainda ficaram pendentes. Mas valeu a pena. Foi bom para que as pessoas me conhecessem, para que houvesse entrosamento, para que eu soubesse mais sobre a ONG onde trabalho e conhecer os equipamentos sociais. Foi ótimo que todos gostaram muito e, agora, eu me sinto menos peixinho fora da lagoa quando estou com eles, especialmente porque ignoramos as diferenças e ressaltamos nestes dias a principal característica que nos une: a vontade (e a coragem) de tentar mudar o mundo.
***
Já o fim-de-semana foi ótimo. Vovó estava tão mais tão mais tão contente que só conseguiu dormir depois das 7:30 da manhã do domingo. A festa foi ótima. Vi alguns outros familiares que não via há algum tempo. Conheci a nova prima da família, que é a coisa mais fofa deste mundo. Fotogênica, calma e toda risonha. Me diverti horrores com as primas, fiz poucos passeios, dancei, fotografei e vi o namorado se sentindo mesmo da família. Deixei-0 em casa sem peso e nem preocupação. Sabia que ele estava em casa e eu podia fazer outras coisas sem ele. Estou pensando em voltar para o Natal, mas nada está decidido ainda. Se eu pudesse teria ficado lá mais alguns dias, mas infelizmente há muitas coisas a fazer aqui. As fotos foram distribuídas e agora todos os primos colecionam-as no orkut.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mais relatos do outro lado do mundo

Desta vez, o relato é de um amigo. Ele está há cerca de seis meses morando na África - mais especificamente em Moçambique na cidade de Maputo - e está escrendo um blog. Os posts mais legais de relato ele acaba também enviando para os amigos e familiares por e-mail. O primeiro que recebi foi no começo de novembro e trata da vida dele: "Mas para agilizar a história, a loucura deu certo, estou completando 6 meses, entrando na segunda fase de viver na África (já explico isso) e acho que seria uma boa hora para fazer um balanço..."
Ele, que eu nem sabia, escreve muito gostoso e descobriu essa coisa de fazer blog e relatar sua vida africana. Está lá no blog "Tá puto? vai pra Maputo!" e vale a pena ler.
Segue mais um pedacinho deste relato, que já começou aí em cima, só para deixar todo mundo com água na boca de ler mais.


"Actualmente estou morando em um apartamento T3, de vista para o mar! 5 vezes o tamanho do meu em SP!... bom o mar esta lá no horizonte... não é tão perto assim.... acordo as 7 horas, suado, ainda não sei explicar o clima daqui... o dia sempre é muito ensolarado... muita luz... sim uso protetor solar (Pedro Bial), mas a noite a temperatura cai e temos que dormir de cobertor... saio as 8h e chego no me trabalho as 8:02 hehehehe moro na esquina do meu trabalho! Reflexos do trânsito de São Paulo, minha terapia esta sendo acabar com tudo que me irritava em Sampa!
O trabalho é algo muito distante do que chamamos de trabalho no Brasil, mas para explicar isso eu vou escrever um outro texto, em fim, 12h30 vou almoçar em casa! sim almoço em casa, 1h30 em casa, estou com uma empregada, a Bernardette, como ela mesmo disse, lavo passo, engomo, cozinho, limpo a casa e levo comida "pro patrão"! Aqui todas as empregadas chamam seus chefes de patrão e patroa!"

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Relatos do Afeganistão

Já faz um tempo que leio o blog da Adriana Carranca, jornalista do Estadão que faz parte de um interessante grupo de jornalistas sociais, os ANJOS (Associação Nacional dos Jornalistas Sociais). Ela, que estava de férias, volta com relatos direto do Afeganistão. Um dele me toca profundamente e segue para vocês:
"Mostro meu visto na imigração, em Nova Déli. “Uhm, Kabul...”. Parece que ter o visto afegão significa colocar um selo de má qualidade no seu passaporte. Será que alguém pode ter uma reação normal, pelo menos uma vez? As pessoas, afinal, continuam vivendo naquele lugar. Por que eu não posso ir até lá, então? Por que eu deveria ter o privilégio de não conhecer a realidade trágica à qual outros são submetidos? Para afegãos, a realidade é ainda pior. Além de serem vítimas dessa guerra sem fim, não conseguem visto para nenhum lugar e, ainda que o tenham, sofrem verdadeiras sabatinas nos aeroportos. Um jornalista afegão no mesmo vôo que eu fica mais de meia hora parado na imigração. Mesmo na vizinha Índia, com quem mantêm boas relações, os afegãos têm de se registrar na polícia, dizer onde vão e o que vão fazer." Adriana Carranca, no blog Pelo Mundo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Dizem que existe a crise dos 7 anos. Atingimos a marca na melhor das fases, cheios de planos e - melhor - realizações. A crise não passa nem perto. Durante todos esses anos (nos quais a gente inclui até os meses que ficamos separados) a gente aprendeu a lidar com o outro, a respeitar, entender, admirar, amar, compartilhar, acompanhar, abraçar, enxugar as lágrimas, provocar risos, aconselhar, calar ou falar - sempre que preciso for.
No fundo, a gente sabe que estes anos todos (que ele considera muitos e eu, suficientes) foram imprescindíveis para a construção de um novo caminho e de uma nova etapa. Foram sete anos de construção de base, fundação para que os alicerces fossem fincados em terra firme. Então, começamos pouco a pouco a etapa de construção do que a gente acredita e quer - pra sempre.
Por isso, ano que vem deixaremos de comemorar os anos de namoro e conhecimento para zerar a conta e começar a contar os anos de construção efetiva e sólida, ou seja, de casamento.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sobre o feriado

Poderia ter começado mais cedo - lá pelas 16H da quarta-feira - mas eu enrolei. Estava ligeiramente workaholic. Não parei. Passava das 18H quando me requeriram por e-mail. Mais tarefas. Fiz em uma rápida velocidade. Enviei. Passava das 20H quando me ligaram. Esqueci de anexar a tabela e o e-mail anterior não foi recebido. Eu, que saía do banho, pedi 15 minutos para reenviar tudo. Me vesti e sequei o cabelo. Parti para o computador. Enviei tudo. Voltei para a arrumação. Fui encontrar as amigas. Bebi, ri, falei, chorei um pouquinho, ouvi. Terminei a noite em um McDonalds - como não acontecia há muitos anos. Cheguei eram quase 4h.
Dormi e passei a quinta-feira ligeiramente ruim de gripe ou sinusite, sei lá. Dormi, dormi, dormi. Fui assistir ao pôr-do-sol na praça de mesmo nome. Voltei. Pizza e novela. Cama, que o corpo já pedia.
Na sexta poderia ter tido trabalho, mas a preguiça venceu. Fiquei lendo e fazendo hora. Arrumei a cama e o guarda-roupa. Pesquisei bares para o aniversário, assisti a um filme lindo (O som do coração), almocei, tomei banho e saí. Fui ao banco e a Livraria Cultura. Não achei o livro que queria. Ia ao cinema, mas desisti. Voltei para casa. Estou na internet vagando e penso que vou partir para a arrumação de outro armário enquanto a companhia de filmes não chega.
Amanhã vai ser como um final de semana normal - com tarefas e um pouco de trabalho, afinal a semana vai ser ultra corrida e preciso me preparar para todas as reuniões e eventos. Enfim, o feriado foi leve, tranquilo, preguiçoso e moroso. Mas acabou. Pena, né?!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

E se já não fosse assim... hoje seria.

Tem dias que a gente constata que faz bem certas escolhas. Hoje foi assim. Se já não tivesse aceitado me casar com ele, eu mesma pediria.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aniversariando

Ainda falta mais de um mês, mas eu já estou pensando no meu aniversário deste ano. Estou adiantada porque sei que semanas antes eu vou estar atribulada com viagem de trabalho e encerramento de ano no trabalho e das atividades. Então já estou pensando e tentando bolar meu aniversário.
Mas acontece que esse ano cai em um domingão. E aniversário de domingo tem que ser (na minha cabeça) comemorado à tarde. Mas o barzinho que eu queria comemorar é gostoso para noite, então fez-se um impasse daqueles.
Então penso, penso, penso, mas não consigo me convencer com as opções de barzinhos para tarde que imagino. E o impasse continua. Então, você que conhece um barzinho bacana para ir em um domingo de tarde comemorar um aniversário, por favor, me indique. Obrigada!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Bem-vindo ao terceiro setor

Sabe, eu gosto dessa coisa de terceiro setor. É, que lado glamuroso do jornalismo que nada, eu vou com o lado humano (na maioria das vezes sub-humano, mas isso é outra pauta e outro post). Mas também tem a coisa terceiro setor meeesmo. Como hoje que eu ouvi que qualquer um que estava ali naquela mesa de reunião poderia ser presidente. É, afinal (sim, prepare-se porque essa foi a explicação) se o Barack Obama trabalhou com pessoas sem-teto em Chicago e eles trabalham com isso, eles chegariam a presidência americana! Tava pensando que era no Brasil é?! Que nada. Aí, quando a gente é obrigada a ouvir uns absurdos desses eu juro que eu repenso as minhas decisões e toda minha ideologia.
Eu até tinha vontade de dizer que isso era só uma parcela da vida dele, né?, que o cara é estudado em uma das melhores universidades americanas e tal, mas achei melhor me calar. Aí fiquei lá só pensando nas minhas próprias decisões.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

De cara nova

Fazia tempo que eu queria. E eu já tinha até mencionado. Então cá estamos nós.
Palpite se gostou, tá.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

?

Sabe quando você se sente meio estranha no ninho? Sabe quando te tratam diferente? Sabe quando parece que há um problema com você, mas ninguém fala porque precisam do seu trabalho? Tá assim. Desde a volta eleitoral que as coisas estão estranhas. Mas nem sei ao certo se é comigo mesmo ou se é só aquela coisa do, pois é, a gente não ganhou. Ou se é uma coisa do tipo você nem participou do processo ou as duas coisas. O fato é que eu não sei. Mas tem algo no ar. Há quase oito meses no emprego as coisas estavam diferentes antes da eleição. Mas não sei. Não entendendo. Mas sinto.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mais uma

(Des)autoria

você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral

Mais um poema da amiga-talento Jeanine Will

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Interruptor
Adriana Franco

Pare, de uma vez por todas,
de apagar e acender
toda a minha atenção.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sutilmente
Skank

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

(Maravilhosa. Simplesmente sem comentários.)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Uma tarde para o almoço

Eu almoçaria a tarde ontem, só para passar o resto do dia com as amigas. Foi bom. Papinho leve e diverso: fofocas, casamento, vida de casada, apartamento, investimentos, profissão, pauta, jornalismo, diploma, vida profissional, sucessos, comparações, supresas e tristes notícias. A gente se encontrou às 14H e nos despedimos às 16H só porque eu já tinha outro compromisso, mas por mim eu ficava até às 18H.
É assim. Quando a gente tem encontrinhos não dá vontade nunca de largar e quando penso que hoje trabalho aqui em casa sozinha sinto uma falta imensa quando ocupávamos a mesma redação e eu tinha almoço e papinhos todos os dias. Mas ficamos de marcar um final de semana no sítio com direito a sol, piscina, cervejas, risadas e papinhos por dois dias seguidos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Do que eu gosto (e recomendo) em Sampa

Ver o Ensaio sobre a Cegueira me fez pensar nas coisas e lugares que gosto em São Paulo. Não só lugares que gosto pelos serviços, mas também dos lugares que passo e gosto de passar. Aí, resolvi montar essa lista.


Athenas Café e Restaurante - Ótimo para um encontro com as amigas para um almoço de domingo e ótimo para encontrar os amigos em um final de dia durante a semana. Eu, que já estive no local para as duas situações, posso dizer como é gostoso estar lá. Com comidas gregas típicas, um ótimo chopp Brahma e mesas redondas e pufes e sofás, o Athenas Café e Restaurante é ótimo. Tem petiscos também. E está sempre cheio. O local tem uma decoração sóbria e ao mesmo tempo moderna e fica dentro de uma escola de inglês nos arredores da Paulista. Vale a pena conferir afinal não é caro e aceita vale refeição.
Saiba mais.


Avenida Paulista - Quem não se apaixona por ela? Também inspiradora de músicas, a avenida concentra pólos culturais diversos como o famoso Museu de Arte de São Paulo, o MASP. Eu gosto MUITO dela. Claro que no final do dia, seu trânsito é realmente caótico, mas é também uma avenida boa de se andar a pé e com três estações de metrô. Ela abriga, por exemplo, o Conjunto Nacional com a incrível Livraria Cultura, o MASP, o Parque Trianon, o Itaú Cultural, o Sesc, além de muitos outros pontos que abrigam exposições e eventos culturais. Também possui muitos bares e é onde se vê gente de todo tipo. É uma avenida com a cara de São Paulo. Eu gosto por todos esses motivos e também por ter antenas transmissoras que são vistas de diferentes locais e a georeferenciam na cidade. Democrática. É assim que a vejo.


Café Florinda - Descobri pela
Vejinha, que indicava o charmoso Café - localizado na Vila Madalena - pela sua torta de maça. Depois que descobri não larguei mais. E não é só a torta de maça que é incrível. Posso aqui enumerar todas as coisas que já comi lá e amei: muffin salgado, muffin doce, sorvete de mel, suco de tangerina, pastel de forno, torta de chocolate cremoso. Enfim... acho que tudo que tem lá é divino e feito com muita atenção. O aconchego então não se discute. As mesas de madeira sempre tem flores, a decoração de cor intensa e flores aconchega e no friozinho, hmmm, tem uma mantinha delícia para você colocar nas pernas e perder ali sua tarde toda. Sempre que chego lá me sinto em casa e não tenho mais vontade de sair. Alguém precisa mais do que isso de um Café? Eu não.


Central das Artes - o barzinho é delicioso. Eu sempre gostei de lá. A antiga casa foi transformada em um aconchegante barzinho, com cadeiras e lustres coloridos. Nas paredes, quadros e obras sempre à venda. O local também é ponto de deixada de livros do Cross Booking e tem uma linda vistas no fundo. Os crepes servidos são deliciosos e as sopas, então, nem se fala! Antigamente o atendimento era MUITO ruim, mas confesso que ele melhorou tanto a ponto de fazer o local estar sempre cheio. Vale pena comer um crepe ou tomar uma das sopas.
Mais infos aqui.


Cine Pizza - Lembro que quando a Blockbuster aportou no Brasil foi a falência de muitas locadoras de bairro, mas os preços abusivos da multinacional, aos poucos, fez o inverso acontecer. Hoje, a derrocada da arrasadora se deu e transformou-se em Americana Express enquanto as locadoras de bairros voltaram a crescer e a faturar. Gosto mesmo da Cine Pizza, aqui perto de casa. Além de entregar o filme em casa, a pizza é uma das melhores que já comi. Para melhorar, se você vai buscar a pizza ainda ganha locações de catálogo de graça (uma pizza, um filme). Então, nem precisamos dizer que uma vez por semana, no mínimo, o cardápio é essa delícia e de quebra temos um filminho na faixa.


Cremeria Nestlé - Apresentada a mim por uma amiga, a Cremeria virou preferência quando o assunto é sorvete gostoso com bastante incrementos. Lá você escolhe o sabor (ou os sabores) e os acompanhamentos. Tudo é misturado em uma mesa de gelo e vira um mega e delicioso sorvete. Dá para ir lá várias vezes e tomar sempre um sorvete diferente e ainda assim não enjoar. Da última vez comi o sorvete de iogurte com frutas do bosque com calda de amora e cookies frescos. Ah, nem preciso dizer que foi uma perdição. E se você ficou com vontade é só ir em uma das lojas.
Confira aqui.


Livraria Cultura - Não dá para não falar dela. A inauguração da Mega Store no Conjunto Nacional fez não só o nome da Livraria se destacar em veículos de importância nacional como fez com que seu fundador, Pedro Herz. Agora a Livraria também vende CDs e DVDs e com certeza roubou milhares de compradores das outras grande slivrarias que a cidade tinha. Além disso, a venda pela internet é rápida e a reserva de livros pela empresa é muito boa. Os vendedores descolados são sempre simpáticos e prontos para te atender, seja qual for sua necessidade. Eu adoro passar em uma das lojas e a cidade conta com 3 e está prestes a ganhar mais uma. Além disso tudo, as lojas ainda possuem auditórios e salas para debates, lançamentos de livros e cursos. Vale a pena conferir de perto ou
aqui na internet.


Museu da Língua Portuguesa - Adoro. As exposições são sempre inteligentes e versáteis. São sempre interativas. São sempre interessantes. São sempre muito legais para fotografar, para saber, para conhecer, para passear, para aprender, para levar gente, para ir sozinho, para tudo. Eu já fui várias vezes e quero voltar sempre. E volto. Sozinha ou acompanhada porque vale a pena. Acredito que eu não seja a única a pensar isso. Afinal, o Museu é um dos mais visitados na cidade.
Confira o site.


O centro velho - Essa parte é quase complicada de explicar afinal o centro de SP é grande e há lugares que de jeito nenhum gosto de andar e/ou passar. Gosto sim do miolinho Praça do Patriarca, São Bento, XV de Novembro, Viaduto do Chá e Teatro Municipal. Mais pra lá ou mais pra cá não gosto. Mas sair da estação São Bento (próximo ao Mosteiro) caminhar pelas ruas próximas, passando pelo Páteo do Colégio, até a Praça Patriarca e de lá ir até o Municipal é um passeio que gosto de fazer e faço sem problemas.


Parque do Ibirapuera - Seja para um passeio a dois, com os amigos, com a família, para ir a uma exposição ou para andar de bicicleta o Parque do Ibirapuera é ótimo. Gosto pelo seu tamanho, pela sua quantidade de sombra e sol, pela suas opções de lazer, por tudo. Adoro. Gosto mais que o Villa Lobos, que perde em sombras e espaços de tranquilidade e mais que simplesmente um galeria, onde você não encontra tanto verde em volta e nem um acesso mais democrático, seja por estarem em uma área mais elitizada ou por se enquadrarem em formalidades que a Oca, a Bienal, o MAM, a Galeria TIM acabam perdendo por estarem dentro do Parque. Acho que a localização destes espaços de cultura me dão ao menos a impressão de se tornarem conhecidos e próximos de toda a população, que já é um grande passo para a socialização e democratização informacional e cultural.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ensaio sobre a cegueira

Ontem fui assistir muito bem acompanhada ao Ensaio sobre a Cegueira. Mas, sabe, tava meio assim. Queria muito assistir. Desde quando vi, há algum bom tempo, que ele ia ser feito. Mas adaptações são sempre adaptações. E esse livro foi um dos que gostei MUITO de ler. Achava que a qualquer momento era eu quem ia ficar cega. Eu gosto tanto do livro que foi minha porta de entrada para o Saramago. Antes, tinha tentado apenas ler A História do Cerco de Lisboa, mas não consegui e acabei desistindo ainda no começo. Na faculdade cheguei até a fazer um trabalho sobre esse livro.
Pois bem. Fomos, eu e a Xará, em plena quinta-feira de frio. E eu simplesmente AMEI o filme. Eu não tinha lido nenhuma crítica a respeito dele para não me contaminar, mas saí do cinema bem agradada com o que vi. O filme passa muito bem a sinestesia de quem lê. Para mim, retrata bem o que se imagina. Não senti falta de nada e achei algumas coisas bem boas como a cena do rádio (eu fiquei toda arrepiada) e a cena principal de sexo.
Tenho apenas duas coisas a colocar: como é um filme que se passa em São Paulo (claro que há cenas que não são, mas a maior parte do tempo se reconhece São Paulo) não vejo problema nenhum em ser feito em inglês, mas vejo por exemplo problema em ver placas em inglês e principalmente uma AMBULANCE e uma POLICE logo no começo. Também não gostei de ter narração, principalmente no final. Claro que quem leu entende perfeitamente e descarta a narração, mas acho que ali a linguagem é tão forte que não precisava mesmo para quem não leu. No outro momento, a narração foi na cena do rádio e eu achei bem oportuna e bonita, tanto que fiquei arrepiada a cena toda. Enfim...
Mas sabe, reconhecer São Paulo me fez pensar em muitas coisas, como nos pontos da cidade que eu amo passar e dos lugares que eu amo frequentar, mas isso vai ficar para o próximo post.
A Ana e a Adriana

A música da Ana diz que ela é amarga, mas é doce quando é doce. Se a personagem fosse Adriana, no caso eu, a música seria o contrário. A Adriana é doce, mas é amarga quando é amarga. Passei os últimos dias dando esporro na pirralhada adolescente e no meu meio-irmão. A-ha, to muito de saco cheio. E se os pais são os irresponsáveis por eles, eu que não vou aturar. Comigo ninguém pode. E tenho dito.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ser amiga é...

* ter a responsabilidade de ser escolhida para revisar um texto importante
* ter o prazer de fazer um agrado tão simples e que toca tanto
* ter a preocupação de ajudar uma amiga que procura emprego

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As mulheres de 30




Ontem fui assistir a peça Confissões das Mulheres de 30. Ótima, mas recomendo assistir com as amigas. Assim você pode se identificar e dizer que se identificou. Com o namorado, a coisa ficou meio tolida, mas foi bom mesmo assim.
Meu cunhado como é mala disse que não gostou, claro. Minha irmã se divertiu, apesar dos pesares. Mas disse que agora, que ela e ele já estão na metade dos trinta, ele só poderá usar a peça em favor dele se arranjar uma que já passou dos trinta ou se pegar uma bem mais nova, que ainda vai passar por isso. Como eu ainda não cheguei lá, ela acha que meu namorado pode fazer melhor uso das informações. Pois bem.
Eu gostei da peça e gostei mais ainda pelo fato de eu ainda não estar nos trinta. Então saí de lá de cavalinho no namorado mostrando toda a leveza que tem os 20.

domingo, 5 de outubro de 2008

Vaidade (e idade) chegando

Não sei se a chegada da vaidade tem alguma relação com a chegada da idade. Mas é fato que agora que estou chegando mais perto dos 30 do que dos 20 comecei a pensar em me cuidar, me maquiar e - para me provocar - as espinhas todas resolveram se rebelar. Eu certamente tenho mais espinhas no rosto do que qualquer menina de 13 anos. Mas estou me cuidando.
Estou pensando, até, em utilizar a tal academia que o prédio fez há alguns anos e eu só fui uma vez e nunca mais voltei.
Maquiagens foram compradas e um sabonete especial e tônico para o rosto estão começando a ser rotina, assim como o creme hidratante para o corpo. Assim, aos poucos, para ver no que dá.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Carinho
Você pensa que chegar de surpresa na casa da amiga vai ser um carinho imenso. Mas quem recebe o carinho é você, quando é recebida por um abraço que não solta.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sobre BH 4: as coisas mais importantes

* Amigas de verdade viajam juntas.

* Em cinco dias com minha avó aprendi mais sobre mim mesma do que em 25 anos.

* Também entendi muitas outras coisas a respeito de outras pessoas.

*Decidi que jamais impedirei ligações familiares dos meus filhos por mais problemas que EU tenha com as pessoas.

* Se eu pudesse eu teria ficado mais uns dias, só para atender o pedido da minha avó.

* Prometi voltar logo. E vou cumprir.

domingo, 28 de setembro de 2008

Sobre BH 3: o caminho

* Na ida vimos 5 acidentes de caminhão. Na volta, 1 de carro.

* A estrada está muito boa: com pontos de recapeamentos, duplicação e manutenção. All way long.

* Na ida, um dos acidentes causou engarrafamento. E nós cortamos caminho pela estradinha de terra paralela. Gostamos de aventuras.

* Na volta, perto de Bragança, o tempo fechou. E eu fiquei com vontade de levar o sol do caminho pelo resto do percursso ou então voltar 10KM e ficar lá.

* Para voltar fizemos uma volta pela grande BH. E no entorno que se concentra a pobreza. Só víamos periferia.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre BH 2: a cidade

* não tem menino de rua pedindo esmola.

* Você não consegue pegar a próxima rua e retornar. Se o fizer, vai se perder - invariavelmente.

* A cidade tem tanto verde, que o ar é mais limpo e puro.

* Não há indicações (raras as exceções) para ruas. Apenas para bairros.

* A gente sabe andar em BH. Quer dizer, só não me peça para andar dentro do bairro.

* Os policiais de BH devem ser os que mais falam ao telefone. Constatado.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sobre BH 1: o capítulo final

Eu deixei minha avó chorando e parti aos prantos. Metade da viagem foi feita de lágrimas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Diálogo

- Oi Vó, como está a senhora?
- Ah, tô médio.
- Uai, Vó, médio por quê?
- Ah, porque falta muita coisa ainda para ficar bom.
- E uma neta aí com a senhora resolve?
- Ah, se resolve!
- Então eu vou para aí. Você vai ganhar uma neta noiva e o noivo.
- Ah, então são dois.
- É, vó. Dois.
- Então resolve demais, sô.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Conto de fada

Espelho, espelho meu... há alguém com mais sono do que eu?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Agitada

Hoje eu estou impaciente. Queria fazer um monte de coisas. Queria ir ao cinema (assistir Lemon Tree, Pelos meus olhos, O escafandro e a borboleta ou Os desafinados). Queria dormir porque estou com o sono atrasado (devido a jogatina de ontem). Queria estudar (porque estou mega empolgada com o curso). Queria ler meu livro (As memórias do livro, Geraldine Brooks). Queria estar com as amigas (estou carente das amigas hoje). Queria assistir às novelas (que não tenho conseguido).
Enfim, queria tudo e ao mesmo tempo. Eu sou assim. E hoje está super a flor da pele. E ainda tenho muito trabalho a fazer. Hunf!
Uma viagem hilária

No sábado, fui resolver pendências no interior. E como não quis ir na sexta-feira à noite com a minha irmã, peguei um ônibus no sábado cedo. O que eu não imaginava é que a viagem podia ter uma parte tão nonsense.
Na fileira da frente iam duas mulheres. Com seus 50 anos, eu acho. Elas não se conheciam. Mas foram papeando. Quando entramos em Itu, pela última saída da rodovia, o festival de absurdos (hilários) começou. Eu peguei dois que são dignos de reprodução.
Ao entrar na cidade, a mulher da janela começou a elogiar a cidade e as beneces de se morar no interior. Elogios pra lá, elogios para cá ela avista um local calmo, arborizado e não hesita: - Olha que lugar ótimo para se morar. (era o hospital!). Eu, com vontade de rir, me contive. E seguia observando o caminho (de rato) do ônibus pela cidade. Eis quando ouvi outro absurdo comentário da mesma senhora: - Olha, tem até condomínio fechado. (Sério, pessoal, era um MOTEL!) Aí não pude me conter. Ri - controladamente.
E depois eu fiquei pensando de onde será que tinha saído aquela pessoa tão cheia de comentários absurdos. Eu não descobri, mesmo porque ela se manteve no ônibus, que seguiria para Salto.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Meme da Paula

Mais um. Não sei se vou poder responder tudo, mas vá lá:

1 - QUATRO TRABALHOS QUE TIVE EM MINHA VIDA:
Estagiária de jornalismo (foram 5)
Jornalista terceirizada
Freelancer
Jornalista (assessora de comunicação) contratada

2 - QUATRO LUGARES EM QUE VIVI:
Só morei em 3 lugares, vamos lá:
No edifício Conjunto Áreas Verdes
Em Campinas
Onde moro há muitos anos

3 - PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTIA QUANDO CRIANÇA:
Xou da Xuxa
Rá-tim-bum
Carrossel

4 - PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTO ATUALMENTE:
Tv? O que é isso? Ultimamente não tenho tempo e, pra falar a verdade, nem gosto tanto.

5 - QUATRO LUGARES QUE ESTIVE E VOLTARIA:
Florianópolis
Angra dos Reis
Belo Horizonte
Disney

6 - FORMAS DIFERENTES QUE ME CHAMAM:
Di
Didi
Did's
Din

7 - QUATRO PESSOAS QUE MANDAM E-MAIL TODOS OU QUASE TODOS OS DIAS:
Thaty
Dri
Juliana
Vendedores

8 - COMIDAS FAVORITAS:
Arroz, feijão, bife e batata frita
Batata (de qualquer jeito)
Feijoada

9 - DESEJARIA ESTAR AGORA:
No curso do Estadão.

10 - AMIGOS QUE ACREDITO QUE RESPONDERÃO ESSE QUESTIONÁRIO:
Chel
Pri
Cynthia

11 - ESPERO QUE ESTE ANO EU POSSA:
Dar conta de tudo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

You can't put the blame on me

Nada como uma cólica daquelas para me deixar em casa, na cama, dormindo, o dia todo sem me sentir culpada. Eu odeio cólicas. Mas não vou negar que tenha sido um dia tão ruim assim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Talento

Talentosa. E eu tenho orgulho de dizer que eu conheço. Olha que lindo. Foi a Jeanine quem fez.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pra quem entende

Antonio
Milly Lacombe

Enxerguei Antonio pela primeira vez em Los Angeles. Ele tinha 2 anos e chegou com o irmão para passar o verão comigo. Cabelos praticamente brancos e muito lisos, orpinho parrudo, pele dourada, boca carnuda e vermelha, apareceu, entre várias malas, grudado na calça da mãe com a força dos que temem a imensidão do mundo, ele olhou. “Essa é sua tia, Antonio”, anunciou minha irmã. “Dá um beijo nela.”O pequeno Antonio me mediu de cima a baixo e decidiu que eu não mereceria seu beijo. Para deixar a decisão muito clara, apertando a perna de minha irmã com mais intensidade, escondeu o rosto. Antonio nasceu em São Paulo quando eu estava de mudança ara s Estados Unidos, e só fui vê-lo na maternidade. A vida estava corrida, eu estava trocando de casca e de mundos, e não tive tempo para freqüentar meu segundo sobrinho estabelecer com ele a relação de intimidade que construí com o irmão. Por isso, depois de dois anos longe da pátria e vendo Antonio apenas por fotos, notei que simplesmente não o conhecia: naquela manhã ensolarada e quente de Los Angeles éramos perfeitos estranhos. Sobre Antonio, eu sabia apenas o óbvio: que ele tinha 2 anos, mas tamanho de 4. Como continuou crescendo assustadoramente, sempre gerou alguma confusão. “Ele ainda não sabe ler?”, perguntavam. E os pais tinham que responder: “Ele mal fala. Ele tem 3 anos!”. Rapidamente, percebi que Antonio era um universo próprio: comia como se o mundo fosse terminar o dia seguinte, falava uma língua única, interagia com qualquer americano que cruzasse seu caminho sem se preocupar se estava se fazendo entender e, quando havia festivais étnicos no parque em frente a minha casa, passava as tardes dançando no meio de adultos, olhinhos fechados, como se estivesse em transe e deixando claro que tinha vindo para este mundo a passeio. Ainda assim, nossa relação afetiva era capenga: eu estava viciada nele, e ele mal me enxergava. Como havia feito com seu irmão, tentei conquistá-lo com uma bola, ensinar dribles, estabelecer um sistema de comunicação só nosso. Não colou. Antonio não se interessava pela bola e estava mais ligado nas árvores e flores do parque, no hambúrguer sem queijo,“só pão e carninha”, como deixava claro para a atendente mexicana do McDonald’s, ou em conversar com adultos que jamais o entenderiam, mas que, ainda assim, ficavam fascinados com aquele ser humano mínusculo, de cabelos brancos e boca vermelha, que parecia sempre muito feliz e faminto.
Espírito livre
Quando voltei definitivamente para o Brasil, Antonio já tinha 8 anos.Aos poucos, foi me deixando entrar em sua galáxia. Quando dormíamos juntos, me abraçava como se eu fosse um travesseiro – uma forma de se entrelaçar que não deixa espaço para que nos mexamos. Ainda assim, nossa relação não era como a que eu tinha com seu irmão mais velho. Salvo pelas noites que passávamos juntos quando os pais viajavam, havia, entre Antonio e eu, uma estranha distância, talvez alimentada pela enorme intimidade que sempre tive com o irmão. Por mais que tentasse, não conseguia todos os números da senha de Antonio. Ele era, para mim, um enigma. E, de uma forma engraçada, ainda é. Antonio não divide comida, não dá gole nem mordida. Se alguém enfiar um garfo em seu prato, pára de comer imediatamente. Nunca gostou de meias ou sapatos e, mais de uma vez, esqueceu seus calçados por aí: a primeira coisa que faz ao chegar em qualquer lugar é tirá-los. Cueca ele passou a usar recentemente, depois de um pequeno acidente escolar que jamais será esquecido. O fato é que Antonio não gosta de nada que o prenda. É um espírito livre. Ama teatro, sorvete de creme, macarrão e Malhação. Detesta brigas, brócolis e discussões. Mas, acima de tudo, adora comida japonesa.Aos 12 anos, calça 42 e freqüenta semanalmente um restaurante japonês. Armado de sua inigualável lábia, sempre convence alguém a levá-lo: o pai, a avó, eu ou até mesmo minha namorada. A verdade inconveniente é que a companhia é o de menos: Antonio senta no balcão e passa horas conversando com os sushimen, que começam a servi-lo sem perguntar o que ele quer, porque Antonio come sempre a mesma coisa. Antonio é um boa-vida e deixa a sensação de que está sempre muito ocupado para se interessar por aquilo que não o interessa. Até hoje, todas as tentativas de dar uma sonora bronca nele – seja porque largou o par de tênis no meio da garagem, porque esqueceu a porta da geladeira aberta, porque comeu cinco pedaços do bolo de chocolate – foram frustradas: Antonio debocha, não se leva a sério e acaba colocando a situação em perspectiva: “Isso importa mesmo? Não podemos ir comer um sushi ou tomar um sorvete?”. Outro dia, no balcão do restaurante japonês, enquanto estava muito ocupado entretendo ossushimen com caretas e cânticos perguntei se ele já havia ficado chateado alguma vez na vida. “Claro que já”, respondeu. “Agora, por exemplo, porque estou com fome e meu sushi não chega.” Falou isso e continuou a cantar. Mas, quando eu já havia me esquecido da pergunta, me puxou para perto e disse baixinho:“Quando a Nononna morreu”.
Com você meu mundo é mais completo
Ontem, jantei na casa de Antonio. Quando ia embora, ele me pediu para ver o jogo do São Paulo com ele na TV. Como Antonio não liga muito para futebol, entendi aquilo como uma declaração de amor e fiquei. Na hora de sair, dei vários beijos nele e fui indo para a porta.Mas ele me chamou de volta. “Fala, Antonio”, disse,esperando uma de suas piadas ou um pedido para levá-lo ao restaurante japonês – ele pode perfeitamente comer sushis depois do jantar. Mas não era nada disso. “Eu te amo”, foi o que disse Antonio. Ele tem essa desconcertante capacidade para emocionar. Eu te amo mais, Antonio”, respondi. Mas, como é sempre dele a última palavra, já na porta tive tempo de ouvir: “Impossível”. Às vezes me pego pensando em como seria meu mundo sem Antonio. Eu, naturalmente, teria um pouco mais de dinheiro porque não gastaria tanto em comida japonesa.Mas,sem Antonio, eu, sem a menor sombra de dúvida, não daria tantas risadas, não me sentiria tão amada e não seria tão feliz.
Nem preciso dizer que eu chorei. Tirei daqui.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Pensando alto

* Ontem fui à exposição Bossa na Oca. Adorei. Cheia de vídeos (que são sempre as partes que eu pulo em exposições) e interatividade. Vale a pena. Mas corre que termina dia 07. E de terça-feira é de graça.
* Alguém aí tem 1 hora do próprio tempo para me dar? To precisando arrumar o guarda-roupa, mas não to conseguindo.
* Semaninha animada. Ontem exposição, hoje aula, amanhã encontro com amiga da faculdade e sexta teatro. Uia. Quem precisa descansar mesmo?
* Eu cismei com o raio do sofá branco. Mas quem disse que eu encontro? Ah sofrimento!!!
* Eu to tentando fazer o meme de sonhos da Dri. Mas tá difícil. Tá faltando um ou dois. E eu continuo pensando.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

História da carochinha

Eu sempre ouvi dizer que jornalistas competiam. Especialmente, os concorrentes entre si. E eu sempre achei balela. Hoje comprovei que isso realmente não existe.
Agendei duas entrevistas com duas emissoras de tevê. Uma era ao vivo, a outra gravada. Mesmo horário. Mesmo entrevistado até. Além dos cinegrafistas todos se conhecerem, as repórteres se revezaram amigavelmente. Cordial. Assim tem que ser. Ninguém compete e todo mundo se ajuda. E não é assim que tem que ser?
Quando a questão é um furo*, a gente não entra no mérito, ok?
* no jargão jornalístico é a matéria desejada por todos: a que revela algo bombástico que ninguém ainda publicou/descobriu.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sem parar

Semaninha suuper corrida. Mas estou super bem. E super feliz.
Segura. Ganhando e conquistando espaços. Escrever três texto. Aprovados. Elogiados. Um minimamente alterado e consultado. Outro nível. Profissionalismo e independência em área nunca dantes pisadas é muito bom. Mesmo. Me faz feliz e me deixa segura. Por enquanto preciso de pouca coisa mais.
Eu to me sentindo bem segura. Bem certa do que faço. E isso se mostra lentamente. São reconhecimentos que surgem. Conquistas que se evidenciam. E então eu me sinto feliz, segura e começo acreditar no ditado que minha irmã vive repetindo: a fruta não cai do pé sem estar madura. E eu concordo, mas ainda espero - receosa e ansiosa - para saber se estou mesmo ou não pronta para cair do pé.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Encuestas

Começou com a Dri, que passou pra Paula, que me passou.

1. Quais são as três últimas coisas que você comprou?
  • uma blusa de gola alta azul turquesa
  • uma blusa de algodão de gola alta roxa
  • uma camiseta de manga comprida preta
2. Quais são as três últimas músicas que você fez download?
  • Wilson Simoninha
  • Mário Zan
  • Gonzaguinha
(não lembro quais músicas, mas sei que foram deles)

3. Quais são os três últimos lugares que você visitou?
  • Porto Feliz (meu sítio)
  • Bragança Paulista
  • Jaú
4. Quais são seus três filmes preferidos?
  • Moulin Rouge - O amor é vermelho
  • Lisbela e o Prisioneiro
  • Dona da História
5. Quais as três coisas que você tem que mais gosta?
  • Meus óculos vermelhos
  • Minhas fotos
  • Minhas bolsas de tecido
6. Quais são as três coisas que você não pode viver sem?
  • acessar e-mail
  • ler
  • escrever
7. Se você pudesse fazer três desejos, quais seriam?
  • que março chegue logo
  • ser repórter do Estadão
  • que dia 07 seja perfeito e meus avós cheguem até lá
8. Quais são as três coisas que você ainda não fez e quer fazer?
  • ter um filho
  • escrever um livro
  • fazer um mochilão pela Europa
9. Quais são os seus três pratos preferidos?
  • arroz, feijão, bife e batata frita
  • feijoada
  • bife à parmeggiana
10. Quais são as três celebridades com quem você gostaria de andar?
  • Zuenir Ventura
  • Pedro Bial
  • Ricky Martin
11. Diga três coisas que te assustam.
  • perder as pessoas que amo
  • assaltos
  • não realizar meus sonhos
12. Se você pudesse se descrever em três palavras, quais seriam elas?
  • dedicada
  • empolgada/agitada
  • quieta
13. Diga três coisas não usuais que você faz bem.
  • minhas unhas
  • falar rápido
  • colocar a língua no nariz
14. Diga três coisas que você têm cobiçado.
  • minha casa
  • uma máquina fotográfica digital
  • ter mais tempo e mais dinheiro
15. Quais são os três blogs que você gostaria de indicar para responder também?

Conta-me histórias
Tin tin por tin tin
Pensamentos Insanos

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Poetando
Adriana Franco

A verve pulsa
por versos curtos
de uma frase exata.


Itu, 10 de agosto de 2008
(voltando para São Paulo)

sábado, 9 de agosto de 2008

Frila conhecido

A amiga, que já trabalhou junto, chama no MSN e você já pensa: deve ser oferta de emprego - desde que você perdeu o emprego ela te oferece várias. Você já até tem um novo emprego, mas vira e mexe ela te manda uma vaga. Desde então você recusa, agradece e passa adiante (afinal há outras amigas necessitando destas vagas). - Então, quando ela te chama você já sabe. Deve ser emprego. Pois bem. Era quase.
Ela, que te considera ágil, te chama para frilar na concorrente de onde trabalharam juntas. Você, querendo todos os frilas do mundo, aceita. Mas jamais pensa que a concorrente também estará no tal evento. Pois bem. Lá estava a concorrente e os poucos conhecidos que sobraram e seguem episódios engraçados e bizarros como:
1. Andando pelos corredores percebe que de dentro do estande da concorrente o ex-chefão-master-dono-da-editora te caça por cima de cabeças alheias. Você nota, olha. E resolve que, num impulso eu sou mais eu, vai entrar e cumprimetá-lo. O faz sem dar explicação. Cumprimenta a vendedora de anúncio conhecida e - sem falar com os desconhecidos presentes - se vai. Sem explicação ou detalhes de sua presença em um evento tão "energético".
2. Dentro do estande da pagadora do frila faz contagem dos estandes que deve ir quando outro conhecido, o administrador, da concerrente adentra o estande em que está. Como já sabe que ele também não trabalha mais na concorrente e conhece o dono de onde está frilando - porque ele já trabalhou no mesmo local e saiu para fundar a concorrência - fica na boa. O dono pagador lhe chama para dizer olha quem está aqui e não sabe se quer mostrar o ex-administrador para você, ex-estagiária ou a ex-estagiária para ele, ex-administrador. Se cumprimentam e comenta: Eu sei que você saiu de lá; o pessoal sempre se reúne e me mantenho informada das fofocas. Num impulso ambos perguntam: E a ex-chefe também participa dos encontros? Você com vontade de dizer que não porque senão não teriam assuntos apenas responde: É, bem, a ex-chefe não está incluída nos encontros. Ele responde que a liderança tem suas desvantagens. E você sai, sem graça.
3. Passando pelos corredores com uma das vendedoras de anúncio pagadora passa pelo estande da concorrente onde está o ex-chefão-master-dono-da-editora que te fuzila com o olhar. Você pára e pensa: vou pedir para minha avó me benzer.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Gramaticalmente ativa

Eu conjugo o verbo frilar no presente do indicativo e no imperativo afirmativo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Do começo de livros

Em algum blog que leio - e, agora, não me lembro qual -, o autor menciona inícios incríveis de livro. E cá está mais um. Pelo menos para mim.
" 'Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando' - costumava dizer Ana Terra. Mas entre todos os dias ventosos de sua vida, um havia que lhe ficara para sempre na memória, pois o que sucedera nele tivera a força de mudar-lhe a sorte por completo. Mas em que dia da semana tinha aquilo acontecido? Em que mês? Em que ano? Bom, devia ser em 1777: ela se lembrava bem porque esse fora o ano da expulsão dos catelhanos do território do Continente. " Érico Veríssimo em Ana Terra.

Up-date: Como bem lembrou meu amigo Thiago é o blog Toda Prosa, de Sérgio Rodrigues que cita inícios inesquecíveis. Vá e confira.