terça-feira, 25 de novembro de 2008

Relatos do Afeganistão

Já faz um tempo que leio o blog da Adriana Carranca, jornalista do Estadão que faz parte de um interessante grupo de jornalistas sociais, os ANJOS (Associação Nacional dos Jornalistas Sociais). Ela, que estava de férias, volta com relatos direto do Afeganistão. Um dele me toca profundamente e segue para vocês:
"Mostro meu visto na imigração, em Nova Déli. “Uhm, Kabul...”. Parece que ter o visto afegão significa colocar um selo de má qualidade no seu passaporte. Será que alguém pode ter uma reação normal, pelo menos uma vez? As pessoas, afinal, continuam vivendo naquele lugar. Por que eu não posso ir até lá, então? Por que eu deveria ter o privilégio de não conhecer a realidade trágica à qual outros são submetidos? Para afegãos, a realidade é ainda pior. Além de serem vítimas dessa guerra sem fim, não conseguem visto para nenhum lugar e, ainda que o tenham, sofrem verdadeiras sabatinas nos aeroportos. Um jornalista afegão no mesmo vôo que eu fica mais de meia hora parado na imigração. Mesmo na vizinha Índia, com quem mantêm boas relações, os afegãos têm de se registrar na polícia, dizer onde vão e o que vão fazer." Adriana Carranca, no blog Pelo Mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vou te emprestar dois livros que comprei na feira da USP que mistura fotografia e quadrinho e conta a história de um fotógrafo com a equipe dos médicos sem fronteira no Afeganistão. É muito bom!!!!

Beijos