Sweet Tea
Por Adriana Franco
Você colocou
adoçante ou açúcar
no seu chá-de-sumiço?
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domingo, 19 de julho de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Receita de ano novo
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Mais uma
(Des)autoria
você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral
Mais um poema da amiga-talento Jeanine Will
(Des)autoria
você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral
Mais um poema da amiga-talento Jeanine Will
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Poetiza
Agora que disseram que eu posso/devo/vou escrever poemas, eu fico tentando o tempo todo.
E já fiz mais dois.
Segue abaixo o poema que fiz em versão do poema do Vitor, exercício da oficina literária:
Primeira Noite
Se de minhas mãos
Segregam leves dedos,
que de enleio traçam rotas
pelas ruas e alamedas
de seu peito;
Hei de ser teu!
Se de teu suor
Despetala-se o acorde de um óleo suave,
E a dor do orvalho crispado
faz da sua pele
o sabor mais doce da pecã;
Hás de ser minha!
Se do nosso calor
Arde verde sua brisa na minha sombra da tarde,
Para que do leito de nossa cama, ao córrego
De teu mundo inteiro em lâmina desagua
E me repartes, mulher
Que fique certo
A profana canção de jazz
Os puros versos viscerais
O sagrado rito comungado
Os místicos instantes
e os olhares de carinho
Agora que disseram que eu posso/devo/vou escrever poemas, eu fico tentando o tempo todo.
E já fiz mais dois.
Segue abaixo o poema que fiz em versão do poema do Vitor, exercício da oficina literária:
Primeira Noite
Se de minhas mãos
Segregam leves dedos,
que de enleio traçam rotas
pelas ruas e alamedas
de seu peito;
Hei de ser teu!
Se de teu suor
Despetala-se o acorde de um óleo suave,
E a dor do orvalho crispado
faz da sua pele
o sabor mais doce da pecã;
Hás de ser minha!
Se do nosso calor
Arde verde sua brisa na minha sombra da tarde,
Para que do leito de nossa cama, ao córrego
De teu mundo inteiro em lâmina desagua
E me repartes, mulher
Que fique certo
A profana canção de jazz
Os puros versos viscerais
O sagrado rito comungado
Os místicos instantes
e os olhares de carinho
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Receita de Ano Novo (Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mude
me seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Viajo amanhã e só volto na segunda semana de janeiro. Portanto, Feliz Ano Novo. Aproveitem e não esqueçam que o Ano Novo está dentro de nós.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mude
me seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Viajo amanhã e só volto na segunda semana de janeiro. Portanto, Feliz Ano Novo. Aproveitem e não esqueçam que o Ano Novo está dentro de nós.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Pequenos funerais
à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol
morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna
morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia
morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões
morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência
da Jeanine Will, do Caminhão de Mudança
à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol
morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna
morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia
morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões
morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência
da Jeanine Will, do Caminhão de Mudança
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