Sweet Tea
Por Adriana Franco
Você colocou
adoçante ou açúcar
no seu chá-de-sumiço?
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domingo, 19 de julho de 2009
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Receita de ano novo
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Mais uma
(Des)autoria
você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral
Mais um poema da amiga-talento Jeanine Will
(Des)autoria
você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral
Mais um poema da amiga-talento Jeanine Will
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Talento
Talentosa. E eu tenho orgulho de dizer que eu conheço. Olha que lindo. Foi a Jeanine quem fez.
Talentosa. E eu tenho orgulho de dizer que eu conheço. Olha que lindo. Foi a Jeanine quem fez.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Vermelho
Tua,
de seda e feno
no transe da metáfora
a fenda soletrada-sol,
vala de luz, vocabulário
Tua, folhagem. O
olho
alcança o Olho,
desce aos infernos:
sonha o cabelo da urna,
o vermelho
da cifra, a ferida
no centro da fogueira
Tua, tua
(Age de Carvalho, daqui)
Tua,
de seda e feno
no transe da metáfora
a fenda soletrada-sol,
vala de luz, vocabulário
Tua, folhagem. O
olho
alcança o Olho,
desce aos infernos:
sonha o cabelo da urna,
o vermelho
da cifra, a ferida
no centro da fogueira
Tua, tua
(Age de Carvalho, daqui)
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Pequenos funerais
à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol
morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna
morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia
morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões
morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência
da Jeanine Will, do Caminhão de Mudança
à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol
morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna
morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia
morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões
morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência
da Jeanine Will, do Caminhão de Mudança
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