segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu, a madrasta

Desde que casei assumi integralmente o papel de madrasta aos finais de semana. No início, as visitas eram raras e foram se tornando cada vez mais frequente a ponto de serem praticamente semanais desde janeiro - por enquanto só escaparam os feriados.
Eu me desdobro e faço de tudo: encaro piscina, brinco de pintar, de aviãozinho, faço almoços especiais, perco a televisão, ensino sudoku e dá-lhe bate-papos sobre animais, desenhos e filmes de terror. Dou explicações, educo, ensino a usar garfo e faca, encorajo a nadar e proponho passeios.
Mas tem dias que cansa. Cansa ser mãe de uma criança que não é minha, cansa tentar de tudo e não receber nem um beijo de despedida, cansa não poder ter liberdade dentro de casa, cansa ter que ficar à disposição quando se está sem paciência, simplesmente cansa. E então quando isso acontece parece que eu nunca fiz nada. Simplesmente esquece-se de todos os outros finais de semana.
E eu que sempre brinquei que eu sou a boadrasta fico realmente me sentindo a mádrasta.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu, a injusta

Tenho uma irmã que não é das melhores. Explico: ela sente inveja das coisas e acaba fazendo sua unha quebrar, sua roupa estragar, coisas assim. Ela é do tipo egoísta e que, por isso (entre outras características), não quer ter filhos. E, pra mim, quem não gosta de criança boa pessoa não é.
Umas semanas atrás ela foi na minha casa em um sábado de manhã. Bateu o olho no meu girassol florido e lindo e dois dias depois ele morreu. Eu tinha medo que ela visse o tal porque ele estava carregado com 7 brotos abrindo, além da flor maior e principal. Eu a culpei. Xinguei, fiquei P, indignada.
Ele até pareceu que ia vingar já que um outro brotinho começou a crescer. Mas que nada - morreu de vez!
Esta semana, pesquisando em como tentar ressucitá-lo descobri que a morte do girassol é normal e mais: inevitável. Descobri que a flor tem que estar só e não pode ter brotos como tinha o meu pois isso vai enfraquecer a flor maior e assim que ela morre todas as outras morrem também! Descobri que ele floresce mesmo apenas uma vez depois morre e solta as sementes, que podem ser plantadas em qualquer época do ano e são elas, as sementes, que florirão novamente.
Pois é, depois que eu li isso fiquei até me sentindo injusta. Até fiz mea-culpa pro marido sobre os comentários antes dito.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

QG de Hospital

Foi em um QG de Hospital que minha casa se transformou no sábado - tumultuando o sábado e atrapalhando todo o curso do final de semana.
Acordei, li e voltei a deitar. Preguiça em um sábado de manhã nublada é muito bem vindo. Até que o telefone tocou. Avó internada no hospital desde a madrugada com dor de cabeça.
Ela, que tem 79 anos, nunca foi parar no hospital. Por nada. A diabetes e a pressão alta são controladas, então ela nunca sentiu dor. A dor assustou e me deu medo. Em 15 minutos estava de banho tomado, saindo de casa rumo ao hospital da quadra de cima. Pela proximidade e pela necessidade foi lá que todo mundo se revezou pra almoçar e descansar entre um exame e outro, já que a maratona hospitalar acontecia desde às 0h de sábado.
Família toda reunida em volta dela que nem medicada melhorava. Exames, exames e exames pra descobrir a dor, que só foi passar lá pelas 19h quando o oftalmologista do hospital diagnosticou pressão alta no olho direito, que está com catarata, e tratou de forma adequada. Ela foi liberada, mas ainda assim a noite de domingo foi agitada e eu mal dormi.
O melhor do final de semana foi vê-la bem de novo no domingo de manhã. Satisfação sem medida.

Antibiografia

Maria Rita Kehl

Não, Antonio Prata, não é questão de arrependimento pelo que não fiz. As experiências perdidas constituem uma rede de lembranças legítimas. Pode até ser que o vivido mesmo, pão pão, queijo queijo, ocupe uma parte bem reduzida de nossas memórias. Penso que existe um acervo de saudades lotado de imagens do que se viveu só através de relatos alheios, da literatura e da imaginação. É possível ter saudades, por exemplo, da infância da sua avó, se ela te contou episódios com graça, imaginação e alguma nostalgia. Algumas cenas contadas por ela passam a te pertencer também.

As saudades do que eu queria ter feito e não fiz se constroem de trás pra frente. É depois, só depois, que você se dá conta de que prestou atenção ao que acontecia à sua direita e não percebeu algo muito mais interessante que se passava à esquerda. Ou vice-versa. Claro, existem também as escolhas. Nesse caso, penso que se eu quisesse mesmo, mesmo, fazer x em vez de y, teria feito. Essa coleção de vacilos escreve uma história. No horizonte virtual das possibilidades que foram deixadas pra trás deve haver um duplo meu, vivendo a vida que foi dos outros.

Não morei fora do Brasil, como tantos companheiros de geração. Nem com bolsa de estudos, nem lavando pratos on the road. Ficou na memória o aceno de Paris no postal mandado pela amiga que saiu da nossa moradia comunitária para estudar lá. Por alguma razão sentimental, achava interessantíssima a vida que tinha aqui, apesar do sufoco militar. Também não estive presa. Não lamento, é óbvio, mas tiro o chapéu para os que levaram a luta a tal extremo. Minha modesta militância contra a ditadura não foi considerada perigosa. Mas para mim, foi formadora: um terço, digamos, do que aprendi de importante nesta vida devo ao convívio com os colegas jornalistas e editores dos tabloides em que trabalhei.

Não fui mochileira exemplar, apesar de ter feito a peregrinação obrigatória pelas praias (em média, decepcionantes) do Nordeste. Mas não me encorajei a conhecer Machu Picchu, por exemplo, no tempo em que era obrigatória a viagem no teto do trem da morte lotado, com direito a dor de barriga por beber água de torneira.

Tinha uma vaga noção da importância do que acontecia muito perto de mim. O acaso decidiu o que vi e o que não vi, o que aproveitei e o que perdi. Não vi o show Opinião, de meu amigo 30 anos mais tarde Augusto Boal. Será que não? Então por que não me esqueço de Carcará, cantado por Maria Bethânia, desafiadora, com seu corpo de menino? Nem de Zé Keti - "podem me prender, podem me bater..."? E se também perdi Arena Conta Zumbi, como posso contar, digo, cantar, até hoje, o espetáculo quase todo? Quase me esqueço de que passei várias férias no Rio sem saber que existia o Zicartola. Esse não existe mais nem pra remédio. Mas sei tudo de Cartola, de cor. Perdi Pobre Menina Rica do Vinícius de Morais, e ouvi o disco até gastar. De Morte e Vida Severina, unanimidade nos anos 60, decorei todos os trechos do poema musicados pelo Chico Buarque.

Não recebi o impacto dos primeiros filmes de Glauber Rocha, nem do Godard dos anos 60. Mas não me entrego não - em matéria de filmes e livros, tudo se recupera. Viva os livros e filmes que não li nem vi. Por conta deles estou salva do tédio, até morrer.

A lista das coisas perdidas não tem fim. Só as canções eu não deixei passar. As canções me salvaram de ficar fora do mundo. Estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical. Respirei as canções, sonhei canções, entendi o Brasil desde o primeiro samba, porque existem as canções. Vivi sempre a condição dessa cidadania dupla, uma vida no chão, outra no plano das canções que recobrem o mundo ou, pelo menos, o país em que nasci. As canções ampliaram o meu tempo, transcenderam o presente e, numa gambiarra genial, juntaram um monte de pontas soltas desde antes de eu nascer até.

As canções: já que não virei cantora - opa: eis aí um arrependimento sincero! -, espero quem sabe um dia escrever alguma coisa à altura delas.
 
Amei a crônica de estreia de Maria Rita Kehl no Estadão este sábado e acrescento que a troca de Adriana Falcão por ela foi incrível. Adoro os livros da Falcão, mas as crônicas deixavam a desejar - e muito!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ando com pouca coisa para fazer no trabalho. Uma demanda aqui e outra ali - tudo esporádico, sem pressa e com bastante prazo pra entregar - o que tem me deixado livre a maior parte do tempo.
Por isso, tenho aproveitado para fazer nada: fico navegando e leio blogs, caçando informações sobre Buenos Aires e roteirizando minha viagem de férias (que ainda demora para chegar), fico planejando coisas para fazer no final de semana, checando a programação cultural de SP, caçando receitinhas gostosas que agradem ao marido, pensando em quê ainda preciso arrumar em casa e caçando coisas para deixar a casinha do meu jeito, enfim.
Há algumas semanas decidi dar fim a um dos meus planos e resolvi, de uma vez por todas, comprar o raio do adesivo da parede do meu quarto. Comecei cotando, depois fazendo o desenho e semana passada finalmente fechei tudo. Escolhi entre os modelos que queria, mandei pro lugar mais barato e paguei. Agora, fico aqui na ansiedade pra receber. Parece que chega hoje!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Dona do lar

Anseio, como nunca, minha casa. Desejo meus sábados só para cozinhar, arrumar, ordenar, embelezar, curtir e descansar. Caseirinha mesmo. Já peguei uma receita salgada e uma doce pro final de semana. Há também a intenção de avançar nas leituras. Criar minhas trilhas sonoras para cada momento: o da leitura, o da organização, o do computador, o do descanso, o da cozinha, etc.
Enfim, organizar a vida e curtir, do meu jeito.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que você quer ler em 2010?

Eu sempre penso nisso. Além dos livros que a gente compra e ganha no final de ano e vão, automaticamente, para a lista de Para ler do ano seguinte, tem aqueles que a gente tem vontade de ler e por mil razões não leu no ano que acabou.
Então, se você quer saber o que devo ler em 2010,acesse aqui. Se quiser, também pode opinar e indicar novas leituras.
Mas não esqueça, essa lista é como as que fazemos de metas no final de ano. Ou seja, nem sempre se cumprem por completo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Em busca do tema perdido

No segundo semestre de 2010 eu tenho que elaborar meu projeto da pós-graduação. O único problema é que não tenho nem ideia de que tema adotarei.

Por isso, desde o primeiro do dia do ano qualquer tema de relevância social tem me soado interessante. Tenho lido notícias e buscado informações de uma forma nunca vista: em busca do elo perdido. Talvez perdido nem seja o termo correto, o melhor seria mesmo não encontrado.

Já pensei em muitas coisas, mas ao mesmo tempo criei pra mim um impeditivo: quero fazer um livro reportagem. Acho que essa é a forma mais fácil de realizar o projeto sozinha. No entanto, alguns temas que me vêm a mente só se traduzem, pra mim, em imagens. E agora? A ideia de produzir um documentário novamente realmente me seduz, mas eu sei o trabalho que dá e sozinha desta vez provavelmente não encare. Especialmente por causa da parte da edição. Produção, roteiro e gravações não me assustam. O que não dá são horas e horas na ilha de edição.

Por enquanto, tenho feito uma lista de temas interessantes e eles são diversos demais: saúde, juventude, análise de políticas públicas, direitos humanos e por aí vai…

Se alguém aí tiver alguma luzinha pra acender neste meu túnel escuro aqui, sinta-se à vontade. Eu agradeço, faço dedicatória especial e depois ainda envio uma cópia.
Sexto sentido

São as mulheres que levam a fama de terem o sexto sentido apurado. Mas vou aqui ressaltar que os homens também têm o seu.
Meu marido vira e mexe solta uma indireta certeira. No final de semana passado foi a vez de soltar uma ainda pior: Eu não quero comemorar meu aniversário, não. É muito ruim chamar todo mundo e ninguém aparecer. E você nem invente de fazer festa surpresa.
Eu, que estava já com tudo esquematizado, fiquei indecisa, mas segui adiante nos planos. Só espero que todo mundo vá, assim ele aprende que comemorar aniversário é muito bom. Se a gente tivesse o sábado livre comemoraria em casa, mas como temos um casamento farei na sexta-feira mesmo, num barzinho.
Quero só ver a cara dele.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cara de feriado

Foi assim que passei meu final de semana: aproveitando tanto que tinha cara de feriado. Cuidei da casa, fiz as coisinhas que queria ter feito e até brinquei de tirar foto das minhas plantinhas.
Aproveitei a calmaria para descarregar as fotos que estavam na máquina desde o reveillon, copiar algumas citações do livro emprestado, cuidar de mim e descansar. Só ficou pendente ler, mas também não tem problema porque um feriado de verdade está por vir e a leitura pode esperar!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Meu jardim


Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores

Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores

Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho

Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

Trechos da Música 'Meu Jardim', de Vander Lee

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Gravidez, filhos e mães

Esse é o assunto principal no trabalho. A mulherada aqui adora. A secretária já tem dois filhos. A outra menina, uma filha de produção independente. A chefe está louca para engravidar e eu tenho planos. Então, imagine só.
Na volta ao trabalho, adivinhem qual é o assunto?
* Disseram aqui que quando a grávida não enjoa muito significa que vai ser muito amiga da filha(o)
* Disseram também que quando a grávida se dá bem com uma criança, o filho vai ser do sexo oposto
* Também falaram que criança pressente
Falamos de suspeitas, dos planos e até contaram as histórias de seus pequenos.
Mais um ano pra assuntar sobre fraldas, enjoos e etc. Lá vamos nós!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Leituras 2009: Top 5

1- Antes de nascer o mundo, Mia Couto
2- De repente, nas profundezas do bosque, Amos Oz
3- Para sempre - amor e tempo, Ana Maria Machado
4- O amor nos tempos do cólera, Gabriel Garcia Marquez
5- Os da minha rua, Ondjaki

Para saber o que mais eu li, clique aqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tudo novo de novo

Parece que o ano só começa mesmo no primeiro dia útil. Então, cá estou eu, começando mais um ano. As férias foram ótimas e tão bem aproveitadas que voltei descarregada e com uma virose de praia, então, no primeio dia útil do ano estou aqui em casa, de repouso.
Já estou bem - ruim mesmo foi ontem, mas já fui medicada e hoje eu aproveitei para colocar as coisas em dia. Desfazendo a mala, lavando as roupas acumuladas em mais de uma semana de viagem e fazendo aquela limpeza geral. Guardando as últimas coisas da agenda antiga (mas ainda precisando de uma agenda nova), jogando papéis fora, separando roupas para doação e me livrando de tudo que não serve mais. Preparando também a casa para mais um ano que começa.
Então, que 2010 seja tão incrível quanto 2009 para você, para mim e, de preferência para nós - com tudo de bom que o nós possa juntar em 2010!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Em 2009

Eu me casei;
mudei duas vezes de emprego;
comecei a pós;
tive novas experiências;
aprendi a cozinhar;
li alguns livros e assisti a poucos filmes;
viajei;
estive próxima de quem mais amo;
descobri novos amigos;
briguei mais do que precisava;
chorei menos do que tive vontade;
sorri e ri de tudo que foi possível;
perdi uma avó;
não me preocupei a toa;
aprendi as novas regras de ortografia;
ensinei e aprendi;
me lancei em desafios;
e estou preparadíssima para realizar muito mais em 2010.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Férias coletivas

Hoje é o último dia. To cansadíssima. E hoje só levantei animada porque amanhã posso dormir. E na outra semana posso descansar. E viver. E tudo mais.
A bateria tá pifando mesmo. Precisando destes dias de paz. De descanso. Para dormir. Para ler. Para colocar tudo em ordem e começar 2010 zerada.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O email que eu não mandei

Dizem que 7 anos é tempo suficiente para gerar uma crise em um relacionamento amoroso. Por causa disso resolvi me casar antes de completar tal data embora o casamento tenha acontecido 3 meses depois dos 7 anos completos.
Eu não acreditava que poderia haver crise em um relacionamento que não fosse amoroso, assim sendo eu continuava acreditando no nosso pra sempre. Renato Russo canta e eu sei que ‘pra sempre’ sempre acaba, mas eu não acreditava. Aliás, cheguei a apostar que como minha madrinha de casamento você se aproximaria.
Eu, confesso, já cheguei a culpar seu namorado por esta sua distância toda. Afinal, pra mim, era incabível que você sumisse completamente sem um motivo. Ou existe algum motivo que eu desconheça? Não duvido que aquela história tenha sido um grande propulsor, mas mesmo assim ainda acho que é culpa demais pra tão pouco.

O email, se fosse necessário, seria continuado e enviado hoje. Mas, ainda bem, não precisou.
Aos 27

Comecei o dia bem. Feliz e animada. Usei protetor solar, passei batom e saí.
Porque ano novo para mim é hoje. E se a gente repete durante todo o ano o que faz no primeiro dia só posso crer que aos 27 eu vou cuidar de mim.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Árvore de Natal

Eu estava na dúvida, mas acabei fazendo assim: primeiro comprei a árvore. Depois, alguns enfeites. Aí, arranjei as fotos e ontem mandei imprimir. Amanhã vou comprar papel de scrapbook e, então, mãos a obra.
Minha árvore será de bolas vermelhas, poucos enfeites e fotos, muitas fotos. Ao todo, são 29! Todas devidamente enfeitadas com papel de scrapbook que vou comprar amanhã para fazer a moldura.
Não vejo a hora de chegar o final de semana só pra eu montar a árvore, que já tem os presentes que vão embaixo comprados!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pensamentos

Poucos são as coisas que, a esta altura do ano, ocupam a minha mente. Eu mesma estou voltada ao meu aniversário e ao Natal. Do resto eu não quero nem saber.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma tentativa de ajuda

No começo do mês fiquei sabendo sobre um cão-guia abandonado, pois seu dono havia falecido. Comovida com a história, parti em busca de um ajuda que eu acreditava ser mais concreta do que apenas retuitar ou repassar a mensagem. Pois bem. Entrei em contato com 3 instituições que lidam com deficientes visuais ou treinam cães-guias.

As 3 me responderam prontamente ou através de e-mails ou de telefonemas e, logo de cara, duvidaram da história e me colocaram uma pulga atrás da orelha com justificativas bem plausíveis para que a história não fosse verdadeira.

Tentei em vão entrar em contato com as pessoas (tanto 2 que deixavam seus contatos na notícia quanto com quem postou a notícia em um site) para saber mais informações e poder repassar às instituições e dar uma solução ao caso.

Quando notícia nenhuma chegava comecei a desacreditar totalmente da história. Mais tarde soube que a fonte inicial da notícia tinha sido grossa com a noticiadora e afirmava que não queria mais dar o cão em adoção e ficaria com ele.

Eu, decepcionada, enviei um e-mail a todos que tentaram ajudar agradecendo a atenção e me desculpando por mobilizá-los em torno de algo que eu não podia comprovar se era real e verdadeiro. Eu, como jornalista, me sentia uma fracassada por não ter apurado os fatos antes de procurar as instituições. Como pessoa fiquei emocionada e recompensada quando recebi o seguinte e-mail de resposta:

Adriana, por favor me prometa o contrário, sempre se mover por aquilo que acredita, por aquilo que parecer humano!
Você foi brilhante, e ainda ontem discutíamos entre amigos desta região se tinham noticias do caso, pois mesmo não sendo cão guia,era uma vida que podia estar em risco. Portanto caso tenhamos alguma informação te mandamos.
Com relação a você nos ajudar, olha sempre precisamos de ajuda, aliás foi por causa da sua classe,dos jornalistas, que os cães guias conquistaram o direito de entrar no metrô, pois o governo de SP sempre foi alérgico a cegos e a deficientes, só agora está fazendo rampas e elevadores. Então nosso sempre muito obrigado, quanto a forma que você acreditou, nos moveu e nos fez acreditar que ainda existem quixotes como eu você e tantos outros, e isto dá energia e vontade de continuar fazendo pelo próximo. Mocinha não se aborreça com a mediocridade e faça como nós fique feliz com a constatação que existem Adrianas pelo mundo afora! Muito obrigado e parabéns.
Atualmente estamos meditando se vai valer a pena continuar em SP, pois o governo está criando um centro de cães guias,que deveria ser o nosso sonho realizado, mas está cheirando a corrupção, mas vamos deixar acontecer primeiro, caso continuemos a existir em São Paulo, gostaríamos que participasse conosco do dia do voluntario no shopping Iguatemi, balcão da solidariedade. Vamos falar sobre cães, sobre cegueira, sobre amenidades e rir muito da vida, se topar apareça, está convidada, assim que eu tiver a data coloco no Blog : WWW.caoguia.net .
Adriana,foi um prazer conhecer você.

Tem como não sentir que valeu a pena?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ficando maluca

Eu to ficando doida. Preciso, urgente, de um tempo pra descansar.
Semana passada separei arquivos de fotos para enviar e esqueci. Só lembrei quando me ligaram cobrando e mesmo assim ainda jurava que tinha enviado.
Hoje vim trabalhar apenas com um brinco e acabo de receber uma ligação da chefe dizendo que nós esquecemos de fazer uma matéria tal.
E eu, até agora, não consegui me lembrar deste pedido e nem de ter colocado só um brinco.
Alguém aí tem um bom psiquiatra pra indicar?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pronta pros 27

Foi no cabelereiro que me lembrei que faltavam apenas 30 dias pro meu aniversário. Veio em um estalo. E então comecei a pensar em listas: o que quero ganhar, com quem quero comemorar e onde devo, quero e posso fazer isso, já que cai em uma segundona.
Então, eis que no domingo ganhei adiantado o meu primeiro presente de aniversário. a amiga veio em casa e trouxe: um enfeite de natal lindo!, que eu amei e é o primeiro da vida. Já que, por enquanto, só tenho a árvore.
Agora, na contagem regressiva e planejando tudo, tudo, tudo porque os 27 estão chegando!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

De malas desfeitas

Como esperava trabalhei bastante e me diverti bastante. No final, o que importa, é que tudo de certo. Tudo mesmo. E eu to começando a aprender a brincar de boliche. Desta vez, foi spire. Mas prometo que da próxima faço logo um strike!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

De malas (quase) prontas

Antes das últimas atribuladas semanas eu estava empolgadíssima para ir a Brasília, a trabalho. Depois de 2 semanas trabalhando que nem doida (e sabendo que lá o ritmo vai se manter) eu me desespero.
Não vai dar nem pra descansar, já reclamei. Amanhã tem aula cedo e aniversário da mamis; no domingo embarco sendo que ainda tem que buscar pilhas e pilhas de materiais.
Já sei que a única coisa que conhecerei é a esplanada. Não vai ter cadedral, lago, nem nada. Vou, mas já com vontade de voltar. Mesmo sabendo que vai ser bom e proveitoso.
Quando voltar conto como foi.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A árvore de Natal

Adoro o natal. A festa, os preparativos, os enfeites, tudo. Teve uma época que minha mãe cansou de montar árvore, então, por vários anos era eu quem me encarregava da tarefa.
Este ano, montarei a MINHA árvore, mas ainda estou na maior dúvida. Quero tematizar. Cada ano uma coisa diferente e, para iniciar, estou com dúvidas entre:

1) fazer a árvore com fotos ou
2) fazer a árvore com enfeites trazidos pelos amigos (e, então, esse seria mais um motivo para organizar festinhas em casa a partir da montagem da árvore para fazer um rito de colocar o enfeite na árvore).

Já me falaram para fazer os dois. O que também é uma boa ideia, mas ainda penso. Bolas e laços sempre vão compor, claro. Além das meias que vou pendurar próxima da árvore.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sobre amor e livros

Se são as coisas em comum que nos unem aos amigos - além da admiração, claro - por quê não unir o que nos une?
Foi ela quem me mostrou os blogs. Logo depois cada um fez o seu.
É com ela que divido livros, leituras, impressões e ideias. E cada um compra o seu.
Agora, a gente resolveu juntar tudo. Blogs e livros. Inauguramos, portanto, Literaturar.
Cheio de ideias, amor (entre nós e pelos livros) e em blog. Vai  visitar a gente que a gente vai adorar!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os ossos (difíceis de roer) do ofício II

Com a mesma pessoa. Quase a mesma situação. O nome dele, em primeiro, sempre. O destaque é ele, a pasta dele, etc e tal. Ok. Já aprendi e nem discuto.
O pior é ele dizer que não tem vírgula e eu dizer que tem e explicar e ele afirmar: Aí eu não sei, eu não sou jornalista.
Putz, se não é da sua alçada o que tem que se meter???

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A lista do trabalho

* entrevistar a chefe
* checar sobre ato do dia 20 de novembro
* matéria do Chile
* matérias do jornal (faltam 4)
* matérias do Boletim da UNI
* passar Ponto de Vista para publicação
* fazer cópia do DVD
* matéria de operadora de caixa
* matéria do Lima
* baixar as fotos da câmera

Detalhe que essa lista é de hoje! E não para de crescer. Isso sem falar nos pequenos pedidos urgentes que me fazem parar a todo instante. Se eu ficar louca, vocês já sabem o motivo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lista de tarefas

# Passar grifos dos livros a limpo
# Baixar as fotos da máquina
# Ajeitar músicas do Ipod
# Baixar músicas
# Imprimir matérias publicadas
# Escrever artigo da pós
# Fazer o outro trabalho da pós

Isso que eu nem estou listando as tarefas do trabalho.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Simples e perfeito

O final de semana foi simplesmente perfeito. Amigos todos os dias, papos, conversas e tudo mais que eu precisava e tenho direito.

Sábado pela manhã foi dia de visitar a família, conhecer o mais novo membro do clã. A tarde seguiu mais calma e quase que o dia acaba na maior preguiça. A sorte foi ter recebido um SMS pra lá de simpático e difícil de ignorar. Convencido o marido, partimos pruma noite de vinho, fotos, papos, risadas e histórias com os amigos lumierenses.

O domingo veio e com ele o sol, que estava sumido há dias, e o horário de verão. Tudo junto foi mais que motivo pra ligar pra melhor amiga e partir pra piscina com papo, histórias, causos e livros. Como a cumadre por lá ficou, o dia se estendeu com improvisação na cozinha, vinho, fotos, lembranças, doce, enteado, UNO, irmã & cunhado e pizza.

E hoje, segunda, eu sigo felizinha por ter tido um final de semana tão gostoso. Por isso, a semana certamente será melhor.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ontem cheguei em casa cansada e atacada. Parti pro armário e comecei a me desfazer de papéis antigos. Joguei fora 2 cadernos e umas 3 pastas, sendo que uma delas estava cheia de papel. Tudo coisa do trabalho antigo. Guardei outras coisas e deixei um dos armários com tudo no lugar.
Agora, falta repassar as anotações importante dos cadernos antigos para um lugar seguro e guardar alguns materiais nas minhas pastas de portifólio. Fora que ainda tenho que atacar o outro armário, que tem umas caixas que quero levar para o depósito da garagem.
Depois, tem a prateleira de livros, que encheu e eu preciso arrumar para ordenar o que vai começar a próxima prateleira e, na sequencia, a sapateira, que preciso arrumar com urgência.
Bem que esse espírito de arrumadeira podia se manifestar todo dia, assim deixava tudo em ordem rapidinho.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

E o feriado se foi num piscar de olhos e eu ainda deixei tanta coisa por fazer. Quando será que terei mais tempo?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os ossos (difíceis de roer) do ofício

Chegou de viagem e me chamou. Olha, faz uma matéria sobre o evento, mas tem que dizer que eu quem estive lá representando.
Descolada, concordei. Escrevi e enviei aguardando a aprovação. Nada. A semana toda se passou. Hoje ele diz: Vamos sentar ali para conversar. Achei que ia dar tempo para fazer isso antes, mas não consegui.
Obediente, concordei. Anotei as alterações até que ele pediu: Olha, não tem como não nominar? Não gosto que fique colocando toda hora meu nome. A outra jornalista não fazia isso.
Educada, respondi: Olha, não sei como fazer isso, mas posso tentar.
E sabem o detalhe? A primeira alteração que ele me pediu na matéria foi para colocar o nome dele no primeiro parágrafo, destacando a participação dele no evento. Agora, tem lógica tudo isso?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A doida do quarto andar

Quase uma semana depois e o assunto é o mesmo.
É que ontem o episódio foi engraçado.
Eu, com 1,63 pesando 44Kg e calçando 34, pegava um chocolate na máquina do corredor quando a doida apareceu.
Depois de cumprimentar já emendou: Nossa, que pezinho lindo, parece de boneca. Quanto você calça?
Eu não entendendo se ela se referia realmente ao pé ou à sapatilha de verniz, respondi 34 quando ela insistiu: Nossa, de boneca mesmo! Eis que jocosa eu continuei: Mas também, com esse meu tamanho todo! E ela finalizou: É, você é toda bonequinha: tem tamanho de boneca, é toda meiguinha. Eu sorria amarelo enquanto ela se afastava.
O fato é que eu estou cada vez com mais medo dela.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bate-papo matinal: O jornalismo e os jornalistas

Logo de manhã veio a menina que trabalha comigo na minha sala.
- Acho que você é a única jornalista normal que eu conheço!
Caí na gargalhada e respondi.
- É porque você ainda não me conhece direito. Espera mais uns 3 meses.
Enquanto olhava, divertida, em direção à porta emendou.
- É sério. Todo jornalista que eu conheço é meio maluco, não é normal, é cheio das doenças e problemas.
Eu, incrédula, emendei.
- É o trabalho que faz isso com a gente. Daqui uns anos você vai ver minha situação.
Ela, rindo, não acreditou e acrescentou:
- É sério, a vizinha aí vive reclamando. Ainda agora tava falando de dor, que teve que fazer massagem, e tal. Você não é assim.
Eu, entendendo, conclui.
- É, realmente a vizinha não é muito boa da cabeça não. Ela é bem esquisita.
Satisfeita, ela terminou.
- Ainda bem que não sou só eu que acho ela pinel.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cloudy Day

Tem dia que não é pra ser, pelo menos não deveria, mas como tem que ser acaba mal. Ontem foi assim, por exemplo.
Acordei de mau-humor, saí a contragosto, levei uma solapada na cabeça depois de entrar no ônibus, segui ranzinza, cheguei no trabalho e ganhei chocolates - era dia da secretária e aqui eles universalizam porque acabam por não lembrar as outras datas comemorativas - achei que fosse melhorar. Amenizou. Liguei a máquina, o e-mail não abriu e o site estava fora do ar. Me enganei? No almoço, não tinha o suco que eu queria e a couve estava fria e salgada. Trabalhei e fui embora. 50 minutos esperando o ônibus e mais 30 de percursso para chegar em casa. Emburrei e perdi a vontade de estudar. Em casa, briguei com o marido. Fiz as tarefas do lar e me recolhi, zangada.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dona do lar iniciante

Como dona de casa ainda testo maneiras de cozinhar e fazer a comida. Além de tentar variar o cardápio, ainda não consegui acertar 100% o feijão. Um dia fica cru, no outro eu queimo. Cheguei a queimar 2 vezes na mesma semana. Por ser iniciante, tudo é perdoado.

Semana passada o papo dona do lar entrou em pauta até que uma das mulheres falou: Eu não tenho paciência de deixar feijão de molho, cozinhar e etc... Acendeu uma luzinha. Já tinha tentado googlar o assunto, mas nada tinha sido encontrado com sucesso, então deixei pra lá. Em algum lugar já tinha visto sobre deixar feijão de molho com vinagre e testei.

Ficou bom, mas não muito. Até que esta semana aconteceu de eu esquecer o feijão de molho no sábado. Na verdade, ia fazê-lo mais tarde - depois do almoço - para adiantar para o domingo, mas acabamos saindo e deixei ele lá até voltar de madrugada, quando o feijão tinha chupado toda a água. Assustei e fiquei com medo do feijão não ficar bom no dia seguinte. Mas para minha surpresa o feijão não só cozinhou mais rápido como ficou mais gostoso - e o marido elogiou horrores! - enfim, acertei sem querer. Agora, descobri o segredinho do feijão e agora vou repetir a saga toda semana.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Agora chega!

Sim, muitas fotos. Mas é que me apaixonei pelas fotos do último final de semana. E não resisti.
*Voltamos à programação normal*
Sábado em fotos - parte V: As crianças


João Antônio me divertiu horrores


Nanda com o padrinho


Momento Eu faço sujeira: A criançada se lambuzou comendo amora


Nanda no momento amor com o pai


Os gêmeos mais lindos do mundo: João Antônio e Maria Fernanda


João adora uma careta (e uma máquina fotográfica!)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sábado em fotos - parte IV: Comidas


Mesa de queijos


 Os docinhos
Sábado em fotos - parte III: Parabéns





As crianças que sopraram as velas


O primeiro pedaço de bolo foi meu

terça-feira, 22 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eu e as crianças

No trabalho, o assunto padrão é maternidade. As duas que são mães falam sem parar de suas crias; a chefe está tentando engravidar e perguntas sobre a vontade de eu ter filhos é o que não falta. Por falta de filho, falo dos sobrinhos. E falamos de crianças sem parar.

Hoje, uma delas que está com a filha doente trouxe a criança de quase 2 anos doente para buscar uns documentos. Pedi um beijo e ganhei enquanto a outra pediu e recebeu uma recusa. Na hora do almoço, onde sempre almoçamos, tinha uma mãe dando almoço pruma menininha de um ano mais ou menos. Assim que me viu, ela já me mandou beijo, acenou e não queria que eu saísse de perto dela. As crianças simplesmente se atraem por mim.

E a vontade de ser mãe só vai crescendo. Hoje, por ter visto duas menininhas lindas e meigas fiquei pensando em meninas - e contrariando toda minha vontade de meninos.

Quando era pequena era chamada para dar banho, comida ou fazer dormir as crianças do prédio. Só eu conseguia enquanto pais e mães tomavam o maior baile. Pelo que parece, o que não me falta é jeito pra assumir o cargo de mãe.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mais do mesmo

Não tive a saga do vestido, mas vivo agora a saga do sapato e dos brincos. Algum palpite?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A não-saga do vestido de festa

Tenho um casamento dia 3 de outubro. Já sabia do casamento e do mês, só não tinha certeza da data e nem do horário. Quando recebi a amiga em casa descobri imediatamente um problema: o horário. Como é de manhã eu não tinha vestido nenhum para a ocasião e pensei: e agora? Já sabia que teria que comprar um vestido, mas aproveitaria porque em novembro tenho outro casamento e já faria uma compra pros dois. Só que como é de manhã pensei: e agora? Além de ter que comprar dois vestidos, pensei que jamais encontraria uma coisa que 1) me agradasse e 2) me servisse.

Eis que semana passada quando fui ao shopping fazer a unha só consegui marcar pras 20h30 e ainda eram 19h. Aproveitei as horinhas para buscar o tal vestido. Na primeira loja que entrei experimentei alguns que não serviram e não me agradaram tanto. Continuei a andar. Entrei em outra loja e achei um vestido liiindo e que me serviu super bem. Adorei tudo: a cor rosinha, a estampa, o comprimento, o preço e como me caiu. Estava perfeito, mas preferi ainda dar mais uma volta. Entrei em mais uma e não encontrei nada adequado. Segui para uma outra loja e achei um bacaninha, mas que tinha ficado grande, precisaria de ajustes e eu ainda não tinha gostado tanto. Segui e entrei na última por causa de um vestido na vitrine. Na verdade, entrei pra saber se tinha de outra cor, já que a da vitrine (que era laranja) eu odeio. Não tinha, mas ela me mostrou um outro vestido que achei bem bacana. Estampado embora meio sério. Gostei, mas vacilei. Não tinha meu número e não dava pra provar. Acabei experimentando OUTRO com a mesma estampa, mas tomara que caia e mais moderninho. Pronto! Amei. Gamei. Na mesma hora reservei e fui buscar na sexta-feira, pois naquele momento não tinha cheque e nem sabia como estavam minhas contas.

Voltei sexta-feira para buscar o vestido e agora não vejo a hora de usá-lo porque ele é tão lindo mais tão lindo mais tão lindo que vai ser um sacrifício estreá-lo apenas no casamento dia 3. Só sei que depois disso ele será meu vestido mais usado: aniversário e natal certamente o esperam.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Planos do sábado

Eu planejo meu sábado como um sonho: idílico. Cama até mais tarde com leiturinhas, sofá com filme e muita preguiça. Esse é meu sábado ideal. Basta saber se ele será real.
Nota: Para ser ideal é necessário comprar umas fingerfoods: danone para comer na cama, chocolatinhos para o sofá. Ah, sem esquecer de planejar um almoço fácil e rápido para poder ser feito beeem mais tarde.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bilhetinho

6 meses. E cada dia te amo mais. Tem dias que o que eu mais quero é voltar para casa, para os teus braços: ser só tua.
6 meses que passaram voando. Dizem, por aí, que o que é bom dura pouco, mas vamos espalhar por aí que com a gente vai durar pra sempre?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Combinação perfeita

Feriado + sítio + amigos = música + risadas + histórias + causos + fotos + vídeos

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Na manicure

Esta semana fui à manicure no shopping. Só vou lá quando é emergência e meu horário não bate com nenhum salão de beleza, como foi o caso desta semana. Então lá fui eu. Umas das moças que estava me atendendo era minha xará. Na saída, falavam sobre o tempo. Como eu, curiosa, já sabia que o tempo ia mudar no dia seguinte anunciei a sentença e logo avisei: O tempo só vai melhorar na segunda-feira. Até lá só vai chover.
Comentamos e, fatalmente, rimos da desgraça anunciada. Feriado e chuvanão combinam, não é mesmo?! Então saí e fui devagar enquanto pegava o celular na bolsa quando a moça do caixa falou: - Nossa, toda Dri é simpática, né!? E eu, ainda na porta voltei e disse: Ai, obrigada!
Ela, sem graça, caiu na risada. Assim como eu e todas as clientes ainda no salão do shopping.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mãe de meninos

Sempre que se fala em filhos decreto que só terei homens. Sim, mais de um. Acho que irmão é uma das coisas mais importantes na vida. Terei 2 filhos. Os nomes: não se sabe. Já gostei de muitos, mas a família do marido foi, aos poucos, adotando e eu, desgostando disso.

Então, Gabriel e Vinicius não pode mais. Gosto - de uns tempos pra cá - de Francisco, mas o marido não. Sou adepta da música do Legião que diz: "meu filho vai ter nome de santo", mas ainda não sei. Enquanto não engravido não penso muito no assunto - mas acabo achando que entrarei na saga da cunhada que só decidiu o nome do filho quase na hora de tê-lo.

Não sei porquê do decreto: Só terei filhos homens (contrariando mamãe, que queria por toda lei uma netA), mas é o que digo. Mamãe mesmo já disse que tenho cara de mãe de homem. Mas a verdade é que amo mais os sobrinhos homens do que a sobrinha mulher. Sei lá, me identifico mais com eles. E então fico torcendo pra ter (logo) meus "hominhos".

domingo, 30 de agosto de 2009

Cardápio Online

É certo que cozinhar com a internet, hoje em dia, é mais fácil. A gente acha milhares de receitas fáceis, rápidas e gostosas. E a gente pode decidir o almoço em questão de minutos. Não é, claro, como determinu o marido! Não, o fogão não vai funcionar sozinho com a internet. É preciso no mínimo se arriscar nas receitas.
Como tenho um marido vegetariano acabo inventando em cima das receitas. Substituo um ou dois ingredientes e faço à minha moda para agradá-lo. E acabo me surpreendendo com as invencionices. Hoje, por exemplo, mudei a receita de uma abobrinha recheada com carne moída e fiz com tomate mesmo. Hmmm, tá com uma cara tão boa que eu não vejo a hora de ir almoçar.
Cardápio perfeito

Amiga + talharim com abobrinha + vinho frisante + creme de morango como sobremesa.
De tiragosto muitas histórias e papos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Repetitiva

Sem postar, sem assunto. Meus únicos assuntos são trabalho e estudo. Meu mundinho jornalístico. Então, não fico repetindo aqui. Não entro muito na internet aos finais de semana para não acabar trabalhando. Cuido de mim, da casa, da vida, do marido.
Vez em quando compro flores pra enfeitar a casa e experimento uma receita nova para sair da rotina. E planejo o feriado de 7 de setembro.
Me preparo também para as leituras da pós, que devem aparecer a partir da semana que vem e diminuo as leituras literárias. Ampliei minhas leituras informativas por causa do trabalho e vou seguindo.
Semanas passadas foram mais agitadas de saída com a irmã e com o cunhado. Assim, vamos afinando os papos, as ideias, os conselhos. E a vida segue com parede azul e flores violetas, pelo menos esta semana.

sábado, 22 de agosto de 2009

Aula de sexta

Eu sentia/sabia/intuia que a aula de sexta ia ser o máximo. Na verdade, conhecia o professor. Não assim pessoalmente, mas profissionalmente. Acompanho-o e admiro-o. Achei que só por isso já ia valer. E aí ontem ele começou se apresentando assim:

"Eu, como um monte de babaca, entrei na faculdade de jornalismo porque queria mudar o mundo." Eu pensei: Legal, eu também e ele - de tabela - me chamou de babaca. Mas mesmo assim fiquei arrepiada. Eu sempre gosto de ouvir isso pra não me sentir tão diferente de todo o resto do mundo. E ele continuou: "E eu saí da faculdade ainda querendo/acreditando que ia mudar o mundo." Pronto, ele me ganhou ali. Na hora.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fim de tarde

As tarefas rareiam, embora haja urgências. Aguardamos, ainda, aprovações. O silêncio se instala permitindo que o cansaço da semana se ajeite. Pode ser que ele tenha que partir no final de semana, então é preciso aproveitar seus últimos minutos. Sem o papo dos filhos e das aulas, que tomaram conta da manhã, sem as 500 tarefas que sobraram de ontem. Já é sexta-feira e o que não será imediatamente resolvido fica renegado - quem sabe segunda-feira?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Final de semana agitado

Bar, parque, casa-comida-e-roupa-lavada, aniversário do cunhado, leitura ao sol, casa-comida-e-roupa-lavada-II, enteado, visitas e sofá. Eis o meu final de semana. Agitado, mas gostoso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sobre o trabalho novo

Já no primeiro dia estava me sentindo feliz. O sentimento não mudou depois de 16 dias. Aliás, eu me sinto cada dia mais feliz. Cheguei apagando incêndios depois fui cobrir evento e agora estou me ajeitando com as tarefas aqui. Vira e mexe tem um evento para acompanhar. Quase todo dia uma matéria para escrever e às vezes mais de uma. Todo dia tem um texto ou algo assim.
Tati ainda ontem me disse: Quem disse que trabalho tem que ser burocrático para poder pagar as contas? Eu mais que concordo. Aliás, eu só consigo trabalhar se for feliz e fazendo o que eu gosto. Caso contrário qualquer impecilho vira um pesadelo.
Mas aqui eu me sinto estimulada, desafiada, aprendendo. E isso não acontecia a tanto tempo que eu já nem sei quando me senti assim pela última vez. Só sei que venho e volto do trabalho feliz, sorrindo, contente e até o cansaço eu acho bom.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ela só quer, só pensa em ...

Eu só penso no próximo feriado. Meus pensamentos e minhas energias estão voltadas para os planos do feriado. Quero uma casa no campo, amigos, música, risadas, comida e descanso. Alguém aí precisa de mais? Eu não!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

E o pedaço de bolo vai para...

Semana passada foi aniversário do meu sogro. Domingo teve bolo. Tudo muito rápido. Depois do Parabéns João, 4 anos, foi encarregado de distribuir os bolos. O primeiro pedaço foi para o pai. O segundo, para mim. A mãe só ganhou o quinto pedaço. E isso explica tanta coisa. Pena só ela não entender.

domingo, 2 de agosto de 2009

O livro perdido - parte final

Em junho enfrentei um dilema bibliográfico em busca de um livro incrível e que eu amasse. Um livro pra chamar de meu. Junho passou e foi o mês com mais livros lidos. Ao total foram sete, mas nenhum deles era o meu livro. Se contar que o dilema começou em maio o número de livros lido nesta busca somam 11. Eu até gostei bastante do livro De repente, nas profundezas do bosque de Amós Oz. Gostei mesmo. E ele seguia até como o preferido.
Só que o mês de julho veio com um único livro. Um livro muito muito muito bom que desbancou todos os outros 24 lidos no ano: Antes de nascer o mundo do Mia Couto. Depois deste, juro, não tem pra mais ninguém. Virou o livro do ano, definitivamente.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Estudante

E na sexta-feira que vem começam minhas aulas. Que felicidade. Estou na contagem regressiva.
Já sei que terei que verticalizar meu estudo, ou seja, sem concentração menor. Isso é até bom já que a minha opção não é possível (a concentração menor tem que estar no mesmo grupo e não é o caso).
Já sei que minha aula de quinta-feira foi adiada porque o professor terá lançamento de livro e tal.
Já sei (e amei) que vou ter aula com um cara que acho fera na área do jornalismo social nas aulas de sexta-feira.
Já sei quem são duas colegas minhas na aulas de quinta-feira.
Também já sei quem será meu professor da aula de sábado. Ele é bambambã, mas não tenho opinião formada sobre isso.

Eu ia comprar um caderno e tal, mas acabei ganhando um bem bonito de uma gráfica. Então vai ser ele mesmo. Já sabendo que cursarei 12 matérias vou dividi-lo e usar o curso inteiro (assim espero). Enfim... ansiedade não tem fim, felicidade sim.

domingo, 26 de julho de 2009

O primeiro dia

Eu estava tão ansiosa e nervosa que nem dormi. Acordei de madrugada e assim fiquei até o despertador tocar.
Quando cheguei lá fui bem recepcionada, querida, amada e já recebi algumas tarefas para sexta-feira. Tudo urgente. Já ganhei minha sala instalada, meus vale-refeições do resto do mês, os vale-transportes, um celular, a chave, um pendrive. Enfim, todo mundo me esperando. O que foi bom e muito legal.
Cheguei já com mil coisas a fazer e resolver, o que eu adorei. Melhor fazer tudo do que não fazer nada foi o que disse na entrevista e ainda concordo.
Desde o primeiro dia gostei e me senti feliz. Assim, como se tivesse achado meu lugar.

sábado, 25 de julho de 2009

O último dia

Estou para escrever sobre último dia desde o último dia, que foi quarta. Mas tudo se atropelou e acabou não dando. Eu não chorei nem nada, afinal estava aliviada por ainda não estar de saco cheio de lá (e que era uma coisa bem possível de acontecer em pouquíssimo tempo), mas estar de saída. Eu quase chorei. A chefe foi me levar uma lembrancinha e o pessoal da sala ainda providenciou bolo de despedida, presente e e-mail sobre mim. Eu me emocionei, mas não chorei. As lágrimas sequer chegaram a rolar.
Foi um dia gostosinho, estava calmo de trabalho, o almoço com a maior parte da turma foi gostoso, recebi abraços, beijos e votos de felicidade. Eu saí de lá aliviada e feliz. E isso, ah TUDO isso, me bastava.
Na verdade, eu estava ansiosa, tensa e nervosa para o 'dia seguinte' desde que pedi demissão, então meu pensamento focava o primeiro dia e não o último.

terça-feira, 21 de julho de 2009

O derradeiro fim

Durante a última semana vim trazendo aos poucos minhas coisas: o dicionário, o manual da nova regra ortográfica, o porta-caneta, as canetas, lápis e apontador, minha agenda e meu bloquinho de anotações. Agora, só falta o caderno, que trarei amanhã após o último dia.
E essa semana foi a mais difícil de ir trabalhar. Com o fim se aproximando, o que era insuportável ficou ainda maior. E eu vou me arrastando. E olha que nem estava no limite e nem saí brigada e nem nada. Só aceitei outra proposta, que me fez ver como eu não seria feliz ali nem agora nem nunca, principalmente por estar tão longe da minha área.
E eu percebo isso só pela ênfase que dou quando perguntam do novo emprego e eu insisto: lá eu vou escrever, eu vou escrever muito, eu vou cobrir eventos. É só falta dizer: eu vou exercer minha profissão e ser feliz. Mas isso eu não digo porque, na verdade, não precisa. Fica tudo ali latente, evidente e brilhando nos meus olhos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

?

Depois de quase 3 meses, a amiga sumida reapareceu. Não explicou, não se desculpou, não nada. Ligou como se não falasse comigo há 3 dias porque nem com a amiga que ficou alguns dias fora ou com a amiga que não conversava várias coisas há alguns meses a falta de empolgação era tanta.
Entendo que era uma ligação-de-rabo-entre-as-pernas, mas podia ter sido mais animadinha. Fazer o quê? Eu simplesmente continuei sem entender.

domingo, 19 de julho de 2009

Sweet Tea
Por Adriana Franco

Você colocou
adoçante ou açúcar
no seu chá-de-sumiço?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Metaforizando

Porque roda gigante é lindo. Mas quando se está lá em cima o vento bate, a cabine balança e dá aquele frio na barriga, um medinho e vontade de descer. Mas é só lá em cima que a gente consegue a vista mais bonita.
Pós-graduanda

Acabo de me tornar mais uma estudante neste País. Agora sou pós-graduanda em jornalismo social pela PUC/SP. Bonito, né? E isso me faz TÃO FELIZ!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A magia do jornalismo
Carlos Alberto Di Franco

Gay Talese, um dos fundadores do New Journalism (novo jornalismo), uma maneira de descrever a realidade com o cuidado e o talento de quem escreve um romance, foi a grande estrela da Festa Literária Internacional de Paraty. Sua crítica da mídia pode parecer radical e ultrapassada. Mas não é. Na verdade, Talese é um enamorado do jornalismo de qualidade. E a boa informação, independentemente da plataforma, reclama talento, rigor e paixão.


Segundo Talese, a crise do jornalismo está intimamente relacionada com o declínio da reportagem clássica. "Acho que o jornalismo e não o Times, está sendo ameaçado pela internet", disse Talese à revista Época. "E o principal motivo é que a internet faz o trabalho de um jornalista parecer fácil. Quando você liga o laptop em sua cozinha, ou em qualquer lugar, tem a sensação de que está conectado com o mundo. Em Pequim, Barcelona ou Nova York... Todos estão olhando para uma tela de alguns centímetros. Pensam que são jornalistas, mas estão ali sentados, e não na rua. O mundo deles está dentro de uma sala, a cabeça está numa pequena tela, e esse é o seu universo. Quando querem saber algo, perguntam ao Google. Estão comprometidos apenas com as perguntas que fazem. Não se chocam acidentalmente com nada que estimule a pensar ou a imaginar. Às vezes, em nossa profissão, você não precisa fazer perguntas. Basta ir às ruas e olhar as pessoas. É aí que você descobre a vida como ela realmente é vivida."


A crítica de Talese, algo precipitada e injusta com o jornalismo digital, é um diagnóstico certeiro da crise do jornalismo impresso. Os jornais perdem leitores em todo o mundo. Multiplicam-se as tentativas de interpretação do fenômeno. Seminários, encontros e relatórios, no exterior e aqui, procuram, incessantemente, bodes expiatórios. Televisão e internet são, de longe, os principais vilões. Será? É evidente que a juventude de hoje lê muito menos. No entanto, como explicar o estrondoso sucesso editorial do épico O Senhor dos Anéis e das aventuras de Harry Potter? Os jovens não consomem jornais, mas não se privam da leitura de obras alentadas. O recado é muito claro: a juventude não se entusiasma com o produto que estamos oferecendo. O problema, portanto, está em nós, na nossa incapacidade de dialogar com o jovem real. Mas não é só a juventude que foge dos jornais. A chamada elite, classes A e B, também tem aumentado a fileira dos desencantados. Será inviável conquistar toda essa gente para o mágico mundo da cultura impressa? Creio que não. O que falta, estou certo, é realismo e qualidade.


Os jornais, equivocadamente, pensam que são meio de comunicação de massa. E não são. Daí derivam erros fatais: a inútil imitação da televisão, a incapacidade para dialogar com a geração dos blogs e dos videogames e o alinhamento acrítico com os modismos politicamente corretos. Esqueceram que os diários de sucesso são aqueles que sabem que o seu público, independentemente da faixa etária, é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de produtos de qualidade. Num momento de ênfase no didatismo e na prestação de serviços - estratégias úteis e necessárias -, defendo a urgente necessidade de complicar as pautas. O leitor que precisamos conquistar não quer o que pode conseguir na TV ou na internet. Ele quer qualidade informativa: o texto elegante, a matéria aprofundada, a análise que o ajude, efetivamente, a tomar decisões.


A receita de Talese demanda forte qualificação profissional. "A minha concepção de jornalismo sempre foi a mesma. É descobrir as histórias que valem a pena ser contadas. O que é fora dos padrões e, portanto, desconhecido. E apresentar essa história de uma forma que nenhum blogueiro faz. A notícia tem de ser escrita como ficção, algo para ser lido com prazer. Jornalistas têm de escrever tão bem quanto romancistas." Eis um magnífico roteiro e um formidável desafio para a conquista de novos leitores: garra, elegância, rigor, relevância.


O nosso problema, ao menos no Brasil, não é de falta de mercado, mas de incapacidade de conquistar uma multidão de novos leitores. Ninguém resiste à matéria inteligente e criativa. Em minhas experiências de consultoria, aqui e lá fora, tenho visto uma florada de novos leitores em terreno aparentemente árido e pedregoso. O problema não está na concorrência dos outros meios, embora ela exista e não possa ser subestimada, mas na nossa incapacidade de surpreender e emocionar o leitor. Os jornais, prisioneiros das regras ditadas pelo marketing, estão parecidos, previsíveis e, consequentemente, chatos.


A revalorização da reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem estar entre as prioridades estratégicas. É preciso seduzir o leitor com matérias que rompam com a monotonia do jornalismo declaratório. Menos Brasil oficial e mais vida. Menos aspas e mais apuração. Menos frivolidade e mais consistência. Além disso, os leitores estão cansados do baixo-astral da imprensa brasileira. A ótica jornalística é, e deve ser, fiscalizadora. Mas é preciso reservar espaço para a boa notícia. Ela também existe. E vende jornal. O leitor que aplaude a denúncia verdadeira é o mesmo que se irrita com o catastrofismo que domina muitas de nossas pautas.


Perdemos a capacidade de sonhar e a coragem de investir em pautas criativas. É hora de proceder às oportunas retificações de rumo. Há espaço, e muito, para o jornalismo de qualidade. Basta cuidar do conteúdo. E redescobrir uma verdade constantemente reiterada pelo jornalista Ruy Mesquita: o bom jornalismo é "sempre artesanato".


Grifo meu.
Artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 13/07/09.

sábado, 11 de julho de 2009

Vik Muniz

O que curry em pó tem a ver com jujubas? O que espinhos de rosa têm a ver com fusíveis? O que bebês de plástico e besouros têm a ver com pêlos de gatos?
Com quantas coisas incongruentes, na lógica comum, a vida faz seus montinhos do dia-a-dia? Com quantas coisas aparentemente descombinadas se consegue chegar a uma obra de arte?


O texto mais legal das obras menos legais da exposição de Vik Muniz, em cartaz no MASP até dia 19 de julho.

Fiquei abismada com a exposição. Fiquei impressionada. Para mim, Vik é um gênio. Um artista plástico que faz uso da fotografia para "manter" suas inusitadas obras. Um artista que precisa da fotografia para exibir seus trabalhos vezes monstruosos, vezes minuciosos. Não sei nem dizer qual era a obra mais legal exposta, mas uma me deixou triste porque não conseguir "enxergar". Mesmo, como ele mesmo diz em um dos vídeos da mostra, me afastando da obra para me aproximar dela.

Por isso, hoje, o montinho do meu dia tem muitas imagens, diversas sensações e está maravilhado com o que viu.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bancada dos sonhos

Eis que o programa de ontem (Museu do Futebol) foi micado. A fila estava gigante e eu não queria perder horas esperando para não entrar lá ou entrar e não conseguir ver nada. Então, desistimos.
Acabamos na Livraria Cultura. Depois de um livro adquirido seguimos para a seção de artes, em outra loja. E eu enlouqueci quando entrei e cheguei àquela bancada lotada de bloquinhos, cadernos, cartões e molesquines de todos os tamanhos, cores, estampas, formatos e, claro, preços.
Não resisti e comprei, mesmo não sabendo quanto eu tinha em conta. Como o cunhado tesorou a irmã de comprar um pra ela, fiz a surpresa e comprei um pra mim e outro para ela. E saí de lá infinitamente feliz e morrendo de vontade de ter milhares de dinheiros para comprar TODOS os tipos de cadernos, livrinhos, bloquinhos e cartõezinhos. A tentação era tanta que a meia hora que ficamos na loja nos mantivemos (eu e a irmã) em volta da mesa. Olhando todos os modelos, tipos, cores, tamanhos, formatos e, claro, preços. Se eu saísse de lá sem nada nas mãos seria certamente uma pessoa mais infeliz. Ah, se seria...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Apaixonada


É, não sei nem se apaixonada seria o termo. Mas é algo assim que Selton Mello tem despertado em mim (só de olhar esta foto já fico enfraquecida). Assisti por enquanto apenas 1 dos 3 filmes em cartaz: Jean Charles. Mas tenho gostado tanto de vê-lo em entrevistas na TV e em jornais e revistas que só faço me encantar. Domingo o assisti na Marília Gabriela. E ontem descobri-lo na capa da Bravo!. A entrevista também está aqui. Leia e depois me diga se é ou não para estar apaixonada por ele.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Santo de casa faz milagre


Confissão

Padre, queria me confessar. Pequei! Me rendi à preguiça e fiquei na cama até mais tarde no sábado. Mas Padre, pequei no domingo também. A cama estava tão gostosa que eu não me levantei e sequer tive coragem de dividi-la com o livro ou com outra atividade qualquer.

sábado, 4 de julho de 2009

Semaninha cultural

Na quarta foi teatro; na quinta, cinema. Um dia com a amiga; no outro, com a irmã.
Nas duas sessões músicas ótimas.
Uma de graça, a outra meia-entrada.
Ótimas companhias e programas delícias pro meio da semana. Podia ser sempre assim.