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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eu e as crianças

No trabalho, o assunto padrão é maternidade. As duas que são mães falam sem parar de suas crias; a chefe está tentando engravidar e perguntas sobre a vontade de eu ter filhos é o que não falta. Por falta de filho, falo dos sobrinhos. E falamos de crianças sem parar.

Hoje, uma delas que está com a filha doente trouxe a criança de quase 2 anos doente para buscar uns documentos. Pedi um beijo e ganhei enquanto a outra pediu e recebeu uma recusa. Na hora do almoço, onde sempre almoçamos, tinha uma mãe dando almoço pruma menininha de um ano mais ou menos. Assim que me viu, ela já me mandou beijo, acenou e não queria que eu saísse de perto dela. As crianças simplesmente se atraem por mim.

E a vontade de ser mãe só vai crescendo. Hoje, por ter visto duas menininhas lindas e meigas fiquei pensando em meninas - e contrariando toda minha vontade de meninos.

Quando era pequena era chamada para dar banho, comida ou fazer dormir as crianças do prédio. Só eu conseguia enquanto pais e mães tomavam o maior baile. Pelo que parece, o que não me falta é jeito pra assumir o cargo de mãe.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lendas rurais

Uma visita a uma cidade desconhecida pode surpreender. Jau, localizada no centro-oeste do estado, é a cidade que fui visitar uma amiga que teve bebê recentemente e me surpreendi desde a estrada até os costumes.
No caminho, eu e o namorado observávamos a paisagem e a predominância do plantio de cana para o lado que viajávamos. Sem brincadeira, era um mar de cana. 3/5 da estrada era cana; 1/5 era laranja; 1/2/5 era café e 1/2/5 era banana.
Para chegar na casa dela foi fácil e foi bom ver que ainda existe cidade do interior com cara de cidade do interior. Meus referenciais de interior não são mais cidades assim tão interioranas, como Campinas e São José dos Campos. A rua, em um bairro que está nascendo e até pouco tempo era vizinha de uma fazenda, só tem casinhas e é bem sossegada. A ponto de podermos colocar as cadeiras na calçada e ficarmos batendo um papo durante à tarde (coisa, aliás, bem de interior!).
Inacreditável também foi notar a quantidade de crianças e bebês que tem em uma só rua. Mais de 50% das poucas casas que tem a rua estão com bebês pequenos e/ou recém-nascidos. E em dia de vacinação, isso significou ver todos e ainda ouvir as lendas rurais acerca do assunto maternidade e crianças.
Primeiro a vizinha da frente veio conversar enquanto o marido levou a pequena Heloísa de 2 meses para vacinar. O assunto: a criança troca o dia pela noite e então disfilou-se o primeiro rosário sobre simpatias para resolver o problema: vesti-la com uma roupa ao contrário, colocá-la para dormir com os pés virados na cabeceira da cama, alimentá-la em posição invertida e mais outras tantas que nem consegui assimilar.
Pois bem, pouco depois outras vizinhas passaram pela rua com seus bebês e todos foram ver o mais novo morador e enquanto todos conversavam a mãe declarava que seu leite havia secado. E este foi o momento auge do meu sábado. Na lenda rural, acredita-se que provavelmente alguma mulher "roubou" o leite dela. E isso acontece quando uma mulher menstruada visita a mãe que ainda está de resguardo e não a avisa do fato, ou seja, a mãe de resguardo precisa ser informada ou perguntar se suas visitas estão menstruadas para que o leite não se vá com a mulher. Eu que não estava entendendo a princípio do que estavam falando questionei e então entendi a lenda, que veio seguida, obviamente, de diversas simpatias para saná-la.