terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem canta seus males espanta

Ontem mais que comprovei o tal dito popular. Estava no ônibus voltando para casa quando uma menina adentrou o coletivo. Não pude deixar de reparar que ela tinha fones em suas orelhas e estava balbuciando as palavras da música que ouvia. Mas, de repente, acho que surtou. Ela sentou antes da catraca e começou a cantar a música. Sim, em alto e bom som. Para que os poucos passageiros a ouvissem.
Pois bem, a princípio ela cantava em média altura, então não eram todos os parcos passageiros que a podiam ouvir. Mas quando ela passou pela catraca e ficou esperando seu ponto em frente à porta e ao lado do cobrador. Pois bem. A menina começou a cantar alto. Mesmo. E terrivelmente desafinada.
Ela estava se achando em cima de um palco, só podia. E ainda simulava um dança. Eu estava me sentindo torturada. Ela cantava tão mal que eu não consegui nem ao menos saber se a música que ela cantava era conhecida ou não.
Eu gosto muito de cantar, mas sei bem que sou péssima. Por isso, preservo os ouvidos alheios e aproveito momentos como chuveiro, em frente ao computador, no carro ou um show para soltar a voz. E sempre ao lado de conhecidíssimos. Se não, negativo.
E ela estava lá, em pleno busão soltando a voz. Se pelo menos cantasse bem, eu teria adorado, mas era ruim a coitada - que ainda por cima estava se achando! Só sei que naquele ritmo não é só os males que ela vai espantar não, vai ser a cidade inteira.

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