quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

De repente, fez-se 28. Sem medos e nem anseios. Sem pensar no passado, nem fazer balanços. Quando a vida (e a barriga) te empurram pra frente parece não fazer mais sentido repensar o passado e visitar os fantasmas. É voltar-se pra frente com todos os sentidos: olhos, pensamentos, ideias, desejos e anseios.
É sentir os movimentos bruscos que agora acontecem em você (e não mais com você) e planejar coisas boas, trazer energias positivas e deixar por perto só o que for bom. Porque é assim que você quer de agora em diante e pra sempre. Porque, então, é preciso pensar grande e cada vez maior. Do tamanho exato que cabe nos 28.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O primeiro livro do Arthur

Arthur nem nasceu e já tem seu primeiro livro. Só poderia mesmo ter sido a Tia Tati a providenciar. Uma delicinha, o livro mescla historinhas de uma mamãe mestre cuca ensinando sua filhota a comer com as receitinhas. Lemos, eu e ele, juntos nas manhãs de sábado em voz alta. E, quando chegar a hora, também aproveitaremos para saborear as delicinhas. Este livrinho já vai pra pequena biblioteca do Arthur e veio, inclusive, com a seguinte dedicatória:

Arthur,
Eu ainda não sei qual será a cor da sua panela, mas sei que a mamãe fará comidinhas especiais e muito nutritivas pra você.
Apreciem muito esse pequeno livrinho de muitas delícias.
Amo vocês!
beijos,
Tati
25/novembro/2010

Agora, a mamãe aqui está cheia de vontade de comprar uma panelinha exclusiva pro Arthur.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Meme

Coloque em negrito o que é verdade:

É noite agora.
Tem alguma coisa que você deveria estar fazendo agora.
Você comeu carne hoje.
Há uma televisão proxima a você.
Você se dá bem com seus vizinhos.
Você está com fome agora.
Você trabalhou hoje.
Você tem um emprego.

Seus pais ainda estão juntos.
Você acordou antes das 11:00 hoje.
Gatos são melhores que cachorros.
Crepúsculo é uma saga horrível.
Harry Potter é uma saga horrível.
Seu celular está perto de você.
Sua cor preferida é azul ou roxo.
Seu cabelo é curto.
Você está sozinho agora.
A última coisa que você bebeu foi água.
Seu cabelo é da cor natural.
Você não bebe refrigerante.
Você tem pelo menos 50 reais na sua carteira.
Você leu pelo menos 5 livros esse ano.
Você conhece alguém que está no hospital agora.
Você tomou banho hoje.
Você conhece alguém que venceu o câncer.
Você prefere usar tênis.
Chocolate é melhor que baunilha.
Você é alérgico a amendoim.
Você nunca foi a Londres.
Você quer ir à Europa.
Você está usando um notebook agora.
Cirurgia plástica é uma boa idéia.
Seus amigos usam drogas.
Você está usando algum esmalte agora.
Você já fez uma dieta.
Você está usando meias agora.
Você cortou seu cabelo no último mês.
Seu aniversário é nos próximos 3 meses.
Filmes de comédia são melhores que de ação.
Você é horrível em matemática.
Você é fluente em mais de uma língua.
Você adora salada.
Você tem 3 ou mais travesseiros na sua cama.
Você vive com seus pais.
Você está feliz agora.
Você já se formou no colégio.
Você tem um animal de estimação.
Você tem olhos claros.
Seu nome tem mais de 5 letras.
Você está em um relacionamento.
Você consegue contar até 50 em outra língua.
Você já dirigiu um carro.
Você vive fora do Brasil.
Você tem mais de 18 anos.
Você tem algum parente no Exército.
Você é filho único.
Você é vegetariano.
Você já foi aos Estados Unidos.
Você tem uma tatuagem.
Você tem um piercing.
Você usa aparelho.
Você usa óculos ou lentes.
Você tem cabelo cacheado.
Você saiu para comer na última semana.
Você esteve bêbado alguma vez no último mês.
Você é bissexual ou homossexual.
Você foi ao cinema no último mês.
Você se interessa em política.
Você é BV.
Você beijou 2 ou mais pessoas esse ano.
Você beijou alguém no último mês.
Você foi abraçado hoje.
Você já pagou mais de 250 reais em alguma roupa.
Você gosta de Lady Gaga.
Você ama rock.
Você ama música eletrônica.
Você ama rap ou hip hop.
Você ama MPB.
Você ama música antiga.
Você já tirou fotos de si mesmo só porque estava entediado.
Você conhecia alguém com menos de 10 anos que faleceu.
Você já esteve em um acidente de carro.
Você já fumou cigarro.
Você já experimentou algum tipo de droga.
Você acredita em horas iguais.
Você já ficou com alguém 5 anos mais novo que você.
Você já ficou com alguém 10 anos mais velho que você.
Você já terminou com alguém para ficar com outra pessoa.
Alguém já terminou com outra pessoa para ficar com você.
Você já teve o coração partido.
Você já partiu o coração de alguém.
Você é cristão.
Você é espírita.
Você já passou 48 horas acordado.
Você está sentindo saudades de alguém agora.
Você ficou triste recentemente.
Você já traiu alguém.
Você já foi traído.
Você tem um coração partido nesse momento.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Final de ano

Tão cansada que só penso no tal de recesso de final de ano, que começa dia 17 de dezembro e só termina dia 10 de janeiro. Apesar do meu aniversário estar pouco antes, pouco penso nele. Só quero mesmo meus dias de descanso. Vou comemorar, claro, já que não posso bebemorar e nem deixar a data passar em branco, mas se pudesse pulava direto pro dia 17.
Com o avanço da gestação, também tenho feito exames semanais. De rotina, é bem verdade, mas que tomam tempo e acabam me desligando (ainda mais) do trabalho. O ultrassom, que é sempre o exame mais legal de fazer, é super esperado e está marcado para quinta-feira. E, desta vez, vai ter plateia para ver o Arthur.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A vizinha

Outro dia estava entrando no elevador quando ouvi a porta da vizinha se abrir. Segurei o elevador esperando por ela. Quando ela me viu - de barriga já avantajada - me perguntou:

Vizinha: (entre curiosa e espantada)Você está grávida?
Eu: (feliz e enfática) Sim.
Vizinha: (empolgada) Parabéns, que bom!
Eu: (Orgulhosa) Obrigada.
Vizinha: (mais curiosa ainda) De quanto tempo?
Eu: (mais afirmativa ainda) De cinco meses.
Vizinha: (espantada) Nossa, mas já? Então, daqui a pouco a gente vai ter um bebezinho por aí.
Eu: (jocosa) É, daqui a pouco você vai ter que aguentar uns choros de bebê.
Vizinha: (fofa) Com todo prazer!

domingo, 28 de novembro de 2010

URL não encontrada

Tenho pensado em mudar o endereço do blog. Uma vez que meu único assunto é a gravidez, o Arthur e os assuntos correlatos penso em escrever um blog só pra isso. Mas e se o assunto morrer? E se vier a vontade de escrever sobre outras coisas? Pois é, não mudo por isso. Mas ainda estou em dúvida. Aliás, com várias dúvidas: Se mudar, abandono este de vez este? Faço mais e fico aumentando a lista de blog com meu nome e sem atividade?
Muitas dúvidas e poucas certezas. Definitivamente, igual a gravidez.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

No inferno astral

Impressionante como a paciência anda curta, o cansaço anda grande e a irritação em mode on o tempo todo.
Pode ser a gravidez - que como disse a uma amiga é praticamente uma TPM que dura 9 meses -, mas também soma-se a isso o final de ano e, claro, o inferno astral.
Então cá estou eu, muda e calada, no meu canto para não sobrar pra ninguém e para tentar eu mesma me suportar. Quando fico mal-humorada nem eu mesma me suporto, então ficar quietinha é o jeito de fazer ninguém mais ter que me suportar.
O bom é entrar na contagem regressiva do recesso de final de ano, que vai ser de 20 (!) dias. Se bem que, ultimamente, nem isso tem conseguido me animar. Haja paciência!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É você, filho?

Há alguns dias (nem muitos e nem poucos) tenho percebido pequenas e leves (bem leves) cutucadas no ventre. Não são constantes e nem sempre percepitíveis - eu só noto mesmo quando estou sentada à frente do computador ou no sofá assistindo tevê.
Imagino e deduzo que já seja você filho. Mas ainda não tenho certeza. A resposta deve vir hoje após a consulta mensal do pré-natal.
Esta semana também fomos conhecer onde você deve nascer. Fomos à visita guiada na maternidade e nós eramos os menos barrigudos. Todas as outras grávidas estavam enormes. Acho que você não gostou muito disso não e resolveu aparecer de vez a partir de ontem. Agora, todo mundo nota que você existe aqui dentro, o que me deixa feliz, radiante e orgulhosa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária, dominada até então por tantos hábitos lineares, começara a girar, de repente, em torno de uma mesma ansiedade comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérrios, mas porque nenhuma de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão quê a fatalidade lhe reservava."

Crônicas de uma morte anunciada, Gabriel Garcia Márquez.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Das coisas estranhas

Não bastando a revolução hormonal, que nos afetam por demais na gravidez, outras tantas coisas bizarras começam a acontecer.

* Amo amo amo chocolate. Mas desde que engravidei não consigo comer. Racionalmente eu até penso em comer, mas na hora H a vontade some e eu não tenho nem coragem de colocar o tal chocolate na boca. Com a embalagem aberta e tudo, o chocolate acaba indo para outras bocas.

* Ontem foi ainda pior. Depois de jantar (muito bem, diga-se de passagem) minha irmã veio com uma caixinha com legítimos macarrons parisienses. Olhei e me deu um negócio. Deu um nó no estômago e eu saí logo da mesa para não causar um estrago. Sentei no sofá e a barriga até tremia. Fiquei uns 10 minutos acalmando o Arthur dizendo que não ia comer aquilo.

* A barriga (ou a pouca barriga que já tenho) fica gelada só na ponta. Mesmo com blusa e agasalho.

* Você dorme (quase) sem barriga e acorda com (alguma).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vocativo

Eu sempre te chamei de filho. Mesmo agora que você já tem nome e sobrenome, ainda te chamo de filho. É assim que nossas conversas começam: Filho, blablablablabla. Ou então como terminam: blablablablá, né Filho?
No final de semana sonhei, pela primeira vez, com você. Sim, você como você. Quer dizer, você como Arthur porque só saberei se era mesmo você depois que você nascer. Sonhei com seu nascimento. Me lembro da emoção que senti no sonho. Como chorava. Como era intenso aquele momento. E como era lindo você me olhar simplesmente quando eu te chamava de Filho.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Piada pronta

Arthur vem vindo e desde sua descoberta as piadas surgem naturalmente. Se ele não for um grande fanfarrão, não sabemos como será.
Logo que descobrimos a gravidez tínhamos acabar de voltar das férias em Buenos Aires. E então, pronto: Foram lá fazer um argentino? ou Poxa, foram conceber o bebê justo na Argentina! foram as primeiras.
E então, pacientemente, a gente explicava: Não, pessoal, ele já estava feito, a gente é que não sabia.
Agora, as piadas, claro, vêm com o nome. Ah, vai ser Arthur, então vou dar uma espada para ele. Eu, protetora e fanfarrona, já respondo logo: Não precisa, ele vai vir com uma!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Hora de mudar

Certos acontecimentos forçam mudanças. Às vezes é bom. Faz a gente sair da mesmice, mudar a rotina e dar uma guinada na vida. Mas a mudança agora é pra valer.

Embora ela venha aos poucos (durante os nove meses da gestação), eu não posso deixar de notar o que já mudou na vida, no corpo, na casa, nas prioridades, em tudo.

As primeiras, são aquelas que você não entende. O humor alterado, as emoções a flor da pele e os enjoos esporádicos que só são entendidos algum tempo depois da confirmação - quando finalmente cai a ficha. Mesmo porque na hora do resultado, a única coisa que você sente é um torpor. É uma emoção que te tira do chão, da razão, de qualquer pensamento sensato. É como uma montanha-russa na primeira descida: você entrou, sentou no carrinho, subiu, subiu, subiu, está esperando por aquilo, mas na hora da descida você não está preparado e sente um turbilhão de sentimentos como medo, ansiedade, frio na barriga, aflição, adrenalina, etc.

E junto com a descoberta, a primeira mudança (nos planos) e a primeira decisão tomada: trancar a pós-graduação.

Depois, veio a galope a mudança do corpo com as calças que não servem, com a busca por conforto pra mim e pra ele e com as devidas adaptações.

Agora, aos poucos, transforma-se a casa. Tira uma cama, muda o computador de lugar, re-arruma guarda-roupas, faz-se planos aos montes.

Penso também no que vai mudar depois da chegada do Arthur, mas isso, ah, isso só vou conseguir mesmo saber depois que o Arthur chegar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Tigre em fotos

Tigre, linda

Estação fluvial

Estação fluvial de cinema

Humilde casa

No Museu

O museu

A cidade

A Marina

Estação Delta

Ligeiramente descabelada só pra alcançar o trem

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O 4º dia

Finalmente no quarto dia abriu o sol. Não que estivesse calor. O vento gelado em Buenos Aires para uma friorenta como eu é suficiente para vestir casaco e cachecol.

Mariana, do nosso Querido Hotel (em todos os sentidos), nos indicou que seria melhor irmos até a estação de Maipú de taxi e não fazer uma mega baldeação de metrô e trens. Além de ser mais rápido, seria mais bonito.

E lá fomos nós, de Taxi, rumo à estação de Maipú para pegarmos o Trem de La Costa e desembarcar em Tigre, na estação Delta - onde começa o Rio Paraná.

A cidade é um charme. Se alguém me pedisse pra responder rapidamente onde na vida eu gostaria de morar eu responderia em Tigre: ruas calmas, a beira do rio, com espaço para as crianças na orla do rio, com um museu lindo e uma estação fluvial digna de cinema.

Eu não precisaria mais do que isto. O dia foi super agradável. Chegamos lá pelo trem de la costa, que vai beirando o rio da Prata, que parece mar de tão largo e grande e cidades lindas - e ricas -. Você pode descer em qualquer parada e seguir no mesmo sentido até o final sem pagar nada a mais por isso. Como estávamos com horário contado para os passeios não paramos em San Isidro, que parece linda também e bastante badalada.

Fomos direto, perdemos o ônibus de turismo por não encontrar o ponto do ônibus e acabamos indo almoçar. Depois, voltamos para pegar o ônibus novamente e para tal sentimos uma dificuldade imensa. Os pontos são mal localizados e a gente estava bastante perdido sem conseguir nenhuma informação. Andamos novamente até o ponto de antes - que era meio longe, mas não tínhamos encontrado outro ponto. Esperamos pelo ônibus e fizemos um passeio pela cidade com direito a parada no Museu de Tigre (única parada parável, na minha opinião). Ficamos lá meia hora, ou seja, até o próximo ônibus e depois corremos pra estação fluvial para pegar a embarcação que fazia um passeio pelo rio.

O marido simplesmente adorou este passeio, já eu aproveitei mesmo pra cochilar no barco. É bonito, mas demorado demais. E isso que o passeio que escolhemos só andava por ali e durava 1 hora, imagine ir até Buenos Aires que leva o dobro (é possível escolher a embarcação que volta até o Porto Madero)? Quando o passeio acabou saímos em disparada para conseguir pegar o trem das 17h e não ter que esperar mais 30 minutos que, a esta altura do dia, pareceria 2 horas.

Mas a gente nem imaginava que o pior ainda estava por vir. Apesar de ter dado tempo de pegar o trem, quando saímos na estação de Maipú, SURPRESA, pegamos uma gigante manifestação da juventude peronista. A avenida de duas pistas e com 5 faixas cada estava tomada de gente e interditada. Eu, me achando rata de passeata, estava achando o máximo e achei que ia ser fácil passar pela multidão.

Realmente, difícil não foi. Mas se tívessemos ouvido o guarda que dizia: melhor vocês voltarem para a estação e pegarem o trem para retiro, teríamos nos saído melhor. Mas eu disse: Imagina, demora uns 40 minutos pra chegar lá e depois de lá ainda vai demorar mais uns 20 minutos pra chegar no hotel. Se a gente atravessar a multidão, pega logo um taxi e volta em 30 minutos.

Realmente caminhar entre a multidão não foi difícil e em 20 minutos cruzamos a manifestação. O problema é que taxi nenhum parava para a gente. E a gente acabou andando pelo menos uma hora até arranjar um taxista que disse: até este lugar eu não levo vocês! Como a gente estava fora da cidade de Buenos Aires o cara não queria ir até lá e alegou que o carro dele não estava bom. A nossa sorte foi que o outro taxista do mesmo ponto nos levou.

Putz, esse apuro foi total. Mas a gente só consegui rir e andar. Ria e continuava andando atrás de um taxi que parasse. Realmente, nada tirava nosso bom humor.

Sentados no taxi, o cansaço bateu. Voltamos pro hotel, dormimos e depois tomamos banho e sem nenhuma coragem de sair de novo depois da saga que tínhamos vivido. Resolvemos pedir uma pizza no hotel mesmo (claro que a super Mariana nos ajudou mais uma vez). Regados a vinho, batemos papo, comemos pizza e rapidinho voltamos pro quarto pra dormir e descansar do dia turbulento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Algumas imagens do primeiro dia

No bus turístico

Na Boca

No Museo da Passion Boquense

Na Boca

No Hard Rock Cafe
Recalculando a rota

Foi no terceiro dia que achei que não ia valer a pena ir até Colonia del Sacramento como planejado. Estávamos relativamente longe do Porto Madero e a embarcação sairia de lá às 8h - como se tratava de uma viagem até outro país, a exigência era de estar lá uma hora antes. Só que pra estar lá às 7h teríamos que acordar às 5h.
Quem merece acordar às 5h em plenas férias? Mesmo que fosse para passear eu desistia. Especialmente porque a volta obrigatoriamente aconteceria às 19h. Ou seja, cansativo demais e estressante também. Abortamos a ideia sem peso na consciência.
O quinto dia ficaria com uma volta no centro para fotografar melhor os pontos turísticos, ir ao obelisco, entrar na catedral e o que mais desse para fazer. Além, claro, de ir atrás de algumas encomendas.
Acho até que o meio da viagem é um ótimo período para ajustar planos, recalcular a rota e refazer o roteiro. Foi o que fiz e foi a melhor coisa.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma pausa de mil compassos

Às vezes eu acho que não vou terminar nunca de contar como foi minha semana de férias em Buenos Aires.
Ontem recebi 130 fotos que mandei imprimir. Ainda tem umas 80. Vou mandar imprimir também. E montar um álbum. E escolher algumas para colocar aqui. Eu juro.
Isso sem contar todos os papéis que acumulei e guardei da viagem.
Quem sabe até o final do mês eu consiga mudar de assunto.
Enquanto isso a vida segue e cresce. E me deixa feliz.

domingo, 3 de outubro de 2010

3º dia em BasAs

Fomos ao zoológico. Eu tinha lido nas minhas pesquisas que o zoológico de Buenos Aires era incrível, imperdível, etc e tal. Eu, como amo zoológico e passeios de criança, inclui ele no meu roteiro como algo que não poderia sair. Este era um passeio imperdível. E foi. Eu simplesmente amei. Tirei a maioria das fotos da viagem lá.

Foi uma manhã deliciosa. O dia estava nublado e frio, mas nada que cachecol, luvas e botas não resolvesse o problema. E foi assim que saímos: encapotados para mais um dia de passeio.

Foi aí que comecei a notar como o marido é ansioso e perceber que eu tinha cometido um grave erro. Ainda no meio do roteiro do zoológico ele começou a me perguntar o que faríamos depois, depois e depois.

A ansiedade dele em terminar o roteiro do dia era gigante. Ele queria me agradar e dar conta de todos os passeios que eu planejei (e que eram muitos), mas isso começou a me incomodar. Hoje, depois da viagem, percebo que ele é sempre assim ansioso para resolver tudo ao mesmo tempo agora e penso que devia ter preparado um roteiro para ele (com tudo escrito) para que ele não mais me questionasse e simplesmente curtisse.

Eu estava no clima de férias total. Sem pressa. O que desse para fazer, faríamos, o que não desse ficaria para outra vez. Mas a ansiedade dele começou a me incomodar e eu comecei a pular partes do roteiro.

Neste dia, especificamente, saímos do zoológico e não passamos nem pelo jardim japonês e nem pelo rosedal, que estavam ali do lado e rezava a programação. A pressa dele era tanta em me satisfazer e em terminar o roteiro que eu acabei pulando direto pro cemitério, que tinha abortado no dia anterior porque ele estava cansado demais para mais uma parada no bus turístico.

Almoçamos e fomos ao cemitério, visitamos o túmulo de Evita, demos muitas risadas e saímos ali naquela praça gigante e linda que fica em frente ao cemitério da Recoleta. Muitos cafés, a sorveteria Freddo, e uma praça linda, com uma árvore gigantesca. Pronto, por mim ficava ali o resto do dia, mas ele ansiava por mais e pedia: o que vamos fazer agora, e depois?

E isso cansa. Enquanto eu estava no espírito passeio ele estava no espírito maratona ou corrida com obstáculos, não sei. E aquilo começou a me irritar e eu comecei a fazer coisas. Primeiro, resolvi que queria tomar sorvete. Estava frio, mas e daí? Estava lá e tinha que provar o sorvete de doce de leite. Fomos. Depois, inventei de tirar fotos nas cabines telefônicas estilo às inglesas, depois fotos na árvore, depois resolvemos entrar na Igreja que tinha ali ao lado.

Enfim, comecei a fazer coisas. Ele perguntava, e agora? E eu olhava alguma coisa e inventava o que fazer.

Depois da Igreja voltamos para o hotel. Pegamos um Taxi e voltamos para descansar. No final do dia, com chuva, fomos a algum bar ali por perto mesmo com indicação da Mariana, a dona do hotel, que ainda nos emprestou um guarda-chuva.

Fomos e voltamos ali perto mesmo por causa da chuva e da dificuldade de encontrar um Taxi disponível. O dia seguinte prometia pois iríamos até a cidade de Tigre e ainda teríamos que descobrir como era melhor chegar até lá.