quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Durante anos não conseguimos falar de outra coisa. Nossa conduta diária, dominada até então por tantos hábitos lineares, começara a girar, de repente, em torno de uma mesma ansiedade comum. Os galos do amanhecer nos surpreendiam tentando ordenar as numerosas casualidades encadeadas que tornaram possível o absurdo, e era evidente que não o fazíamos por um desejo de esclarecer mistérrios, mas porque nenhuma de nós podia continuar vivendo sem saber com precisão qual era o espaço e a missão quê a fatalidade lhe reservava."

Crônicas de uma morte anunciada, Gabriel Garcia Márquez.

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