quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O 4º dia

Finalmente no quarto dia abriu o sol. Não que estivesse calor. O vento gelado em Buenos Aires para uma friorenta como eu é suficiente para vestir casaco e cachecol.

Mariana, do nosso Querido Hotel (em todos os sentidos), nos indicou que seria melhor irmos até a estação de Maipú de taxi e não fazer uma mega baldeação de metrô e trens. Além de ser mais rápido, seria mais bonito.

E lá fomos nós, de Taxi, rumo à estação de Maipú para pegarmos o Trem de La Costa e desembarcar em Tigre, na estação Delta - onde começa o Rio Paraná.

A cidade é um charme. Se alguém me pedisse pra responder rapidamente onde na vida eu gostaria de morar eu responderia em Tigre: ruas calmas, a beira do rio, com espaço para as crianças na orla do rio, com um museu lindo e uma estação fluvial digna de cinema.

Eu não precisaria mais do que isto. O dia foi super agradável. Chegamos lá pelo trem de la costa, que vai beirando o rio da Prata, que parece mar de tão largo e grande e cidades lindas - e ricas -. Você pode descer em qualquer parada e seguir no mesmo sentido até o final sem pagar nada a mais por isso. Como estávamos com horário contado para os passeios não paramos em San Isidro, que parece linda também e bastante badalada.

Fomos direto, perdemos o ônibus de turismo por não encontrar o ponto do ônibus e acabamos indo almoçar. Depois, voltamos para pegar o ônibus novamente e para tal sentimos uma dificuldade imensa. Os pontos são mal localizados e a gente estava bastante perdido sem conseguir nenhuma informação. Andamos novamente até o ponto de antes - que era meio longe, mas não tínhamos encontrado outro ponto. Esperamos pelo ônibus e fizemos um passeio pela cidade com direito a parada no Museu de Tigre (única parada parável, na minha opinião). Ficamos lá meia hora, ou seja, até o próximo ônibus e depois corremos pra estação fluvial para pegar a embarcação que fazia um passeio pelo rio.

O marido simplesmente adorou este passeio, já eu aproveitei mesmo pra cochilar no barco. É bonito, mas demorado demais. E isso que o passeio que escolhemos só andava por ali e durava 1 hora, imagine ir até Buenos Aires que leva o dobro (é possível escolher a embarcação que volta até o Porto Madero)? Quando o passeio acabou saímos em disparada para conseguir pegar o trem das 17h e não ter que esperar mais 30 minutos que, a esta altura do dia, pareceria 2 horas.

Mas a gente nem imaginava que o pior ainda estava por vir. Apesar de ter dado tempo de pegar o trem, quando saímos na estação de Maipú, SURPRESA, pegamos uma gigante manifestação da juventude peronista. A avenida de duas pistas e com 5 faixas cada estava tomada de gente e interditada. Eu, me achando rata de passeata, estava achando o máximo e achei que ia ser fácil passar pela multidão.

Realmente, difícil não foi. Mas se tívessemos ouvido o guarda que dizia: melhor vocês voltarem para a estação e pegarem o trem para retiro, teríamos nos saído melhor. Mas eu disse: Imagina, demora uns 40 minutos pra chegar lá e depois de lá ainda vai demorar mais uns 20 minutos pra chegar no hotel. Se a gente atravessar a multidão, pega logo um taxi e volta em 30 minutos.

Realmente caminhar entre a multidão não foi difícil e em 20 minutos cruzamos a manifestação. O problema é que taxi nenhum parava para a gente. E a gente acabou andando pelo menos uma hora até arranjar um taxista que disse: até este lugar eu não levo vocês! Como a gente estava fora da cidade de Buenos Aires o cara não queria ir até lá e alegou que o carro dele não estava bom. A nossa sorte foi que o outro taxista do mesmo ponto nos levou.

Putz, esse apuro foi total. Mas a gente só consegui rir e andar. Ria e continuava andando atrás de um taxi que parasse. Realmente, nada tirava nosso bom humor.

Sentados no taxi, o cansaço bateu. Voltamos pro hotel, dormimos e depois tomamos banho e sem nenhuma coragem de sair de novo depois da saga que tínhamos vivido. Resolvemos pedir uma pizza no hotel mesmo (claro que a super Mariana nos ajudou mais uma vez). Regados a vinho, batemos papo, comemos pizza e rapidinho voltamos pro quarto pra dormir e descansar do dia turbulento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Algumas imagens do primeiro dia

No bus turístico

Na Boca

No Museo da Passion Boquense

Na Boca

No Hard Rock Cafe
Recalculando a rota

Foi no terceiro dia que achei que não ia valer a pena ir até Colonia del Sacramento como planejado. Estávamos relativamente longe do Porto Madero e a embarcação sairia de lá às 8h - como se tratava de uma viagem até outro país, a exigência era de estar lá uma hora antes. Só que pra estar lá às 7h teríamos que acordar às 5h.
Quem merece acordar às 5h em plenas férias? Mesmo que fosse para passear eu desistia. Especialmente porque a volta obrigatoriamente aconteceria às 19h. Ou seja, cansativo demais e estressante também. Abortamos a ideia sem peso na consciência.
O quinto dia ficaria com uma volta no centro para fotografar melhor os pontos turísticos, ir ao obelisco, entrar na catedral e o que mais desse para fazer. Além, claro, de ir atrás de algumas encomendas.
Acho até que o meio da viagem é um ótimo período para ajustar planos, recalcular a rota e refazer o roteiro. Foi o que fiz e foi a melhor coisa.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma pausa de mil compassos

Às vezes eu acho que não vou terminar nunca de contar como foi minha semana de férias em Buenos Aires.
Ontem recebi 130 fotos que mandei imprimir. Ainda tem umas 80. Vou mandar imprimir também. E montar um álbum. E escolher algumas para colocar aqui. Eu juro.
Isso sem contar todos os papéis que acumulei e guardei da viagem.
Quem sabe até o final do mês eu consiga mudar de assunto.
Enquanto isso a vida segue e cresce. E me deixa feliz.

domingo, 3 de outubro de 2010

3º dia em BasAs

Fomos ao zoológico. Eu tinha lido nas minhas pesquisas que o zoológico de Buenos Aires era incrível, imperdível, etc e tal. Eu, como amo zoológico e passeios de criança, inclui ele no meu roteiro como algo que não poderia sair. Este era um passeio imperdível. E foi. Eu simplesmente amei. Tirei a maioria das fotos da viagem lá.

Foi uma manhã deliciosa. O dia estava nublado e frio, mas nada que cachecol, luvas e botas não resolvesse o problema. E foi assim que saímos: encapotados para mais um dia de passeio.

Foi aí que comecei a notar como o marido é ansioso e perceber que eu tinha cometido um grave erro. Ainda no meio do roteiro do zoológico ele começou a me perguntar o que faríamos depois, depois e depois.

A ansiedade dele em terminar o roteiro do dia era gigante. Ele queria me agradar e dar conta de todos os passeios que eu planejei (e que eram muitos), mas isso começou a me incomodar. Hoje, depois da viagem, percebo que ele é sempre assim ansioso para resolver tudo ao mesmo tempo agora e penso que devia ter preparado um roteiro para ele (com tudo escrito) para que ele não mais me questionasse e simplesmente curtisse.

Eu estava no clima de férias total. Sem pressa. O que desse para fazer, faríamos, o que não desse ficaria para outra vez. Mas a ansiedade dele começou a me incomodar e eu comecei a pular partes do roteiro.

Neste dia, especificamente, saímos do zoológico e não passamos nem pelo jardim japonês e nem pelo rosedal, que estavam ali do lado e rezava a programação. A pressa dele era tanta em me satisfazer e em terminar o roteiro que eu acabei pulando direto pro cemitério, que tinha abortado no dia anterior porque ele estava cansado demais para mais uma parada no bus turístico.

Almoçamos e fomos ao cemitério, visitamos o túmulo de Evita, demos muitas risadas e saímos ali naquela praça gigante e linda que fica em frente ao cemitério da Recoleta. Muitos cafés, a sorveteria Freddo, e uma praça linda, com uma árvore gigantesca. Pronto, por mim ficava ali o resto do dia, mas ele ansiava por mais e pedia: o que vamos fazer agora, e depois?

E isso cansa. Enquanto eu estava no espírito passeio ele estava no espírito maratona ou corrida com obstáculos, não sei. E aquilo começou a me irritar e eu comecei a fazer coisas. Primeiro, resolvi que queria tomar sorvete. Estava frio, mas e daí? Estava lá e tinha que provar o sorvete de doce de leite. Fomos. Depois, inventei de tirar fotos nas cabines telefônicas estilo às inglesas, depois fotos na árvore, depois resolvemos entrar na Igreja que tinha ali ao lado.

Enfim, comecei a fazer coisas. Ele perguntava, e agora? E eu olhava alguma coisa e inventava o que fazer.

Depois da Igreja voltamos para o hotel. Pegamos um Taxi e voltamos para descansar. No final do dia, com chuva, fomos a algum bar ali por perto mesmo com indicação da Mariana, a dona do hotel, que ainda nos emprestou um guarda-chuva.

Fomos e voltamos ali perto mesmo por causa da chuva e da dificuldade de encontrar um Taxi disponível. O dia seguinte prometia pois iríamos até a cidade de Tigre e ainda teríamos que descobrir como era melhor chegar até lá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

2ª noite em Buenos Aires

Não paramos em outros pontos. A tarde já avançava e o cansaço tomava conta. Resolvemos descer no último ponto, pegar o metrô e voltar para o Hotel. Era final de tarde.

Chegamos ao hotel ainda dia. Resolvemos descansar. Alê pegou no sono. Eu aproveitei pra ligar a internet e conversar com o Brasil e baixar fotos e colocar na internet.

Lá pelas sete da noite fomos pro banho e caímos na noite: rumo à Hard Rock Cafe. Pedimos um taxi e lá fomos nós.

Na ida, no rádio tocava Ricky Martin. Pedi ao motorista para aumentar o som. Fui cantando e feliz da vida de ouvir o Ricky no rádio.

Na Hard Rock conhecemos a garçonete mais fofa de Buenos Aires inteira. Jacquelina nos atendeu tão bem, tão bem, tão bem, que parecia íntima do casal. Sentou à mesa, explicou os pratos vegetarianos da casa, fez uma deliciosa sugestão, requentou o prato no final da noite e ainda escreveu um bilhetinho em nossa conta.

Claro que ela também estava pensando na gorjeta, mas ela foi tão fofa que fiquei ainda mais apaixonada por Buenos Aires.

Diz, tem como não se apaixonar pelos portenhos? E olha que num dia só eu tinha vários motivos para me apaixonar por eles e pela cidade, que é limpa, conservada e muito bonita!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pra se apaixonar ou O 1º dia em BasAs

A gente ia fazer o bus turismo. Mariana, a dona do hotel que a gente ficou, recomendou que parássemos mesmo só no Caminito, que é longe e não tem acesso se não for de taxi. Já os outros pontos ficavam mais perto de outros pontos turísticos ou até mesmo do centro ou do metrô, então não era de grande valia.
Como o Bus Turístico tem ponto de saída da Calle Florida com a Diagonal Norte fomos até lá de metrô. Estávamos na linha vermelha, próximo à estação Malabia. Ela nos ensinou como chegava ao metrô, que sentido chegar e onde descer. E fomos.
A princípio a estação assustou. É muito diferente de São Paulo. A plataforma é pequena, há bancas de jornal e de alimentos dentro do metrô (nas plataformas, pra falar a verdade), é muito escuro e parece mais suja e menos organizada que em SP. O trem também é bem velho, barulhento e bem mais estreito que em SP. Não tem jeito, não dá pra não comparar. Embora tarde (umas 10 da manhã, quase 11), o trem chegou cheio. Com gente cantando e tocando dentro pra arranjar algum dinheiro. Entramos e percebemos que as estações não eram anunciadas e nem havia um painel com a lista de estações.
Por sorte, eu tinha um mapa e então sabia onde teria que descer (na verdade, depois de qual estação deveria me preparar). Ale, a princípio, ficou um pouco perdido porque nunca anda de metrô em SP, mas como estou acostumada, achei fácil. Descemos na estação e na Rua Florida e nos dirigimos ao cruzamento.
E, então, para onde vamos? Para esquerda ou para direita? Dilema. Abrimos o mapa e então enquanto tentávamos nos localizar no mapa um senhor parou e disse:
- Não precisa procurar, eu ajudo vocês. Onde vocês querem ir?
De imediato, respondi: à Diagonal Norte.
E então, ele perguntou de novo: Mas com qual?
Lembrei que eles se localizam por esquinas e então respondi novamente: Florida com Diagonal Norte.
Então ele disse: É só continuar por aqui (e apontou para o outro lado da avenida)- a quatro quadras é a Diagonal Norte.
Agradecemos efusivamente quando ele respondeu:
- Obrigado vocês por estarem no meu país!

Sério, alguém mais no mundo não iria se apaixonar por Buenos Aires, pelos portenhos, pela cidade e por tudo? Eu, que já estava apaixonada antes mesmo de desembarcar por lá, já não precisava de mais nenhum motivo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um dia caótico

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite. Mas de uma terça-feira que começa caótica, o que devemos esperar?

Parece que estava prevendo. Tomei banho calmamente. Passei hidratante no corpo. Sequei o cabelo. Olhei o céu e troquei a manga comprida por uma manga curta. Me vesti, passei perfume, arrumei as coisas e saí.

Esperei o ônibus e desci na Barra Funda - caótica. Estação fechada e sem previsão de abertura. UsuárioS na linha. E então? Liguei ao trabalho e avisei, mas decidida resolvi pegar o trem - coisa que NUNCA faço porque ODEIO. Na verdade, tenho medo de andar de trem. Por preconceito, até pode ser, mas era melhor do que esperar ad infinitum o problema do metrô resolver.

Peguei o trem na Barra Funda, sentido Julio Prestes. Leiga, achei que seria a mesma coisa que a Luz - estação onde tem trem para o Brás, onde trabalho. Ledo engano. Tive que sair da estação Julio Prestes e caminhar até a Luz. Como não gosto daquela região fui rezando.

Na Luz achei a plataforma de embarque e vim, ainda bem, em um trem vazio. Mas como as pessoas fedem no trem. E logo hoje que eu estava até perfumada!

Apesar do atraso, cheguei ao trabalho. Só espero que a maratona não se repita na volta ou que não caia uma chuva torrencial porque justo hoje eu deixei meu guarda-chuva em casa.

No final das contas, de um dia que começa caótico eu só espero mesmo que o dia termine bem, como cantaria Luciana Melo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

1ª noite em BsAs

Embarcamos para Buenos Aires às 15h15 de uma segunda-feira. Ótimo horário. Chegaríamos lá no final da tarde e a tempo de ir pro hotel se trocar e encarar o primeiro programa: um show de Tango. Antes de sair do Brasil verifiquei com a dona do hotel em que estávamos e ela me garantiu que não seria necessário fazer reserva. Melhor ainda.
Eu queria ir ao Cafe Tortoni, tradicional, famoso e tal. Era para lá que iríamos.
Depois de esperar 2 horas pra embarcar - a tal antecedência pedida para voos internacionais - e voar mais quase 3, o pique foi embora. Fila no aeroporto para trocar dinheiro e caminho ao hotel. Quem tinha pique mesmo de ir assistir um show de tango?
Ideia abortada. Acabamos indo a pé mesmo, conselho da Mariana, dona do hotel e que merece um post a parte, para um bar que ela mesmo indicou. Chamava-se Antares e apesar de ser segunda-feira deveria estar aberto porque era feriado. O bar tinha degustações de cervejas artesanais - coisa que eu e o marido gostamos bastante - então partimos pra lá.
Ainda de noite, em nossa primeira saída, as primeiras impressões. Embora fosse quase dez da noite, mulheres caminhavam com um carrinho de bebê, gente pela rua e parecia outro lugar no mundo. Segurança e tranquilidade para andar pela rua naquele horário. Fomos até o bar que ficava a umas 7 quadras do Hotel e era uma gracinha. Tinha bastante casais e éramos apenas mais um - só que turistas. A maioria ali parecia mesmo local.
Fizemos a degustação de cervejas. Eram 7 copinhos de 75 ml. Só tinham 5 cervejas disponíveis e eu só consegui beber 2. As outras, como eram ou escuras ou muito forte (ou os dois), acabei deixando de lado. Mas valeu a experiência.
As duas cervejinhas eram tão fortes (acabei tomando 4, porque repeti as duas que gostei) que tivemos que sair de lá de taxi. Pronta pro sono dos justos e dos bêbados.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Minha Buenos Aires

Sei lá porque cismei com Buenos Aires. Acho mesmo que nem Freud explica. Tinha que ir pra lá de qualquer jeito nas minhas férias. Era uma questão de vida ou morte. Pelo menos pra mim. E então comecei a falar de Buenos Aires. Mas falar sem parar. E depois passei a pesquisar: sites, fóruns, revistas de viagens, encartes de jornal, tudo. Achei blogs, guias e muitas, muitas informações.

E então fui me empolgando, e empolgando, e empolgando. Até que o marido diz sem quê e nem porquê que não queria ir para lá. Que não tinha vontade de conhecer, que isso e aquilo. Brochei. A viagem ia ser nossa segunda lua de mel.

Brochei e pedi uma segunda opção de lugar, então. Eu estava com Buenos Aires na cabeça e não pensava em mais nada. E se era ele quem não queria ir para lá que me disesse, então, para onde iríamos.

E eu parei de falar de Buenos Aires. Mas continuei lendo e pesquisando.

E ele nunca me deu outra sugestão. Apenas me disse: o Brasil é grande. Tá bom, isso eu sabia. Mas não queria Brasil - pro sul estava com trauma e pro nordeste mais ainda. Ainda insisti algumas vezes questionando onde ele queria ir. Sem respostas.

Chegando junho, me enchi. Dei o ultimato. Ou você escolhe outro lugar ou vamos para Buenos Aires. Ele deu de ombros e eu ri. Ok, Buenos Aires. Fui atrás de passaporte, passagens, hospedagem e roteiro.

Como tinha muitas informações, fiz roteiros imensos, mas que não eram fixos. Tinha a facilidade de mudar tudo conforme queríamos e então partimos, a princípio, com este roteiro.

16/08 - Embarque em SP e desembarque em Buenos Aires no final da tarde. À noite, jantar com tango.
17/08 - Bus tur com as paradas anotadas de onde ir e o que ver. De noite, Hard Rock Cafe.
18/08 - Zoológico. Cassino de noite e jantar em Porto Madero.
19/08 - Visita à cidade de Tigre.
20/08 - Visita à cidade de Colônia del Sacramento, no Uruguai.
21/08 - Roteiro em Buenos Aires (o que faltou e caminhada por Palermo).
22/08 - Volta à São Paulo.

Claro que não aconteceu tudo isso e nem exatamente assim, mas no próximo post eu conto mais sobre como foi e como eu construí a minha Buenos Aires.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

De férias

Comecei a colocar as coisas em ordem. Desarrumei as malas e coloquei tudo no lugar. Arrumei a gaveta e armário do banheiro de casal. Ainda aguardo mais descanso pra depois partir pro armário do quarto de visita que tem uma bagunça danada. Ainda tem que baixar as fotos da viagem e colocar umas coisas no devido lugar, que ficam sempre esperando sua vez. É, a vez delas nunca chega. Acabamos de fixar o mural, mas ainda falta comprar os pins e arrumar a escrivaninha. Tem a louça do almoço pra lavar e o mercado pra fazer. Pelo menos as contas eu já paguei. E sem contar as outras coisas que ainda me propus a fazer. Ah, as férias podiam durar mais uns 30 dias!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tela em branco ou um blog sem atualização

Às vezes, eu venho até aqui e não consigo escrever por problemas técnicos. Não sei qual a incompatibilidade que tem tido entre minha máquina do trabalho e o blogger, só sei que não abre e eu não consigo escrever. Na maioria das vezes, é falta de assunto mesmo. Acabo dizendo tudo ou boa parte ou alguma coisa lá no twitter e então acaba o assunto, a ideia, a inspiração.
Além do que a preguiça tomou conta faz um tempo - infelizmente. Como as tarefas do trabalho são muitos eu acabo não tendo mais vontade nenhuma de escrever além do necessário. Então nem faço esforço pra escrever mais aqui. Andei pensando em mudar a casa e alterar a foto e a cor do blog, pra ver se ajuda, mas faltou coragem. Também pensei em mudar de blog, já que esse eu tenho há tanto tempo e talvez isso ajudasse, mas para abandonar este blog faltou ainda mais coragem.
Então vou seguindo sem atualização e aproveitando os raros momentos de inspiração sem problemas técnicos para aparecer. Sinto falta daqui, por isso, no fundo, espero que as férias e a viagem ajudem a trazer de volta a inspiração e a vontade de escrever.
Na verdade, eu ainda não desisti.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O amor a gente sente

Assim simples: amor a gente sente. No dia a dia, em pequenos gestos. No papo antes de dormir, em uma preparação de almoço, em uma defesa ou na compra de uma briga que nem é sua. É assim que eu tenho sentido há algum tempo.

Logo que a gente casou não era assim. A adaptação era parte integrante, então, o esforço era imposto. Depois de quase 16 meses(!), eu sinto o amor transbordar no dia a dia mesmo. Em pequenos gestos. Quase todo dia. Seja na preparação do almoço, em que ele corta as batatas enquanto eu lavo a louça; ele prepara a salada enquanto eu fico encarregada do arroz. Assim fica mais fácil e rápido.

No começo, ir para a cama era sinônimo de dormir. Hoje, é o momento que temos para falar de tudo um pouco, do dia, da vida, dos planos, dos problemas, do trabalho, das ideias sem que nada (nem a tv, nem o telefone e nem ninguém) interferir. Claro que tem aqueles dias em que é só deitar que o dia acabou, mas isso também é sinal de que estávamos cansados.

Rimos quase todo dia - um do outro, das piadas e das graças da vida a dois ou a dez -, dividimos impressão, comentários, opiniões, dúvidas e músicas. Fazemos planos. Planejamos férias e filhos.

Porque assim, ao lado dele, nem parece impossível ser feliz para sempre.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago *1922 + 2010

Poucas são as mortes de famosos que admirava e que pude sentir até hoje. A mais marcante ainda é a de Senna, embora eu tivesse cerca de 9 anos. Ainda lembro com nitidez do dia, do que fazia, com quem estava. Não cheguei a ver sua morte - criança ainda brincava com meus primos quando soube.

No entanto, hoje ao ler sobre a morte do Saramago meu coração deu um salto. Lembrei de um professor da faculdade, que o tinha conhecido pessoalmente e tinha um grande orgulho por isso. Lamentei não ter tido a mesma sorte. Lamento pelos livros que não mais serão lançados.
No meu acervo particular
Não li muitos livros do Saramago. Comecei pela História do Cerco de Lisboa, que abandonei. Anos depois li o celébre Ensaio sobre a Cegueira e então me apaixonei. Como podia ele se exprimir tão bem sem pontuação? Como sua literatura podia ter tanta força e expressão sem vírgulas, exclamações, interrogações? A estória ainda sem isso tem ritmo! E como é envolvente. Jamais me esquecerei da experiência que tive quando li Saramago. Não só pela sua escrita que impõe o ritmo como pela sensação causada por esta literatura.

Depois li O Evangelho segundo Jesus Cristo e mais ainda gostei da literatura dele. Engraçado um homem ateu escrever tanto sobre Deus - seu último livro trata do velho testamento.

O último livro que li foi As intermitências da morte e é excelente. E meu mergulho e admiração por Saramago se dão apenas por 3 experiências literárias. Imagine se tivesse lido mais?

A posteriori
Não sei se é tarde demais admirá-lo por tantas coisas que só fiquei sabendo agora.
Como não admirar ainda mais sua literatura se ela vem de um homem que estudou apenas até aos doze anos? Isso sem sequer citar o Prêmio Nobel de Literatura. O único em língua portuguesa.
Outra coisa que não sabia (e só descobri agora) é que ele escreveu poesia. Antes tarde do que nunca, como dizem. Afinal, a poesia e toda a bibliografia dele são boas indicação para as próximas leituras.
Bibliografia
Poesias
- Os poemas possíveis, 1966
- Provavelmente alegria, 1970
- O ano de 1993, 1975

Crônicas
- Deste mundo e do outro, 1971
- A bagagem do viajante, 1973
- As opiniões que o DL teve, 1974
- Os apontamentos, 1976

Viagens
- Viagem a Portugal, 1981

Teatro
- A noite, 1979
- Que farei com este livro?, 1980
- A segunda vida de Francisco de Assis, 1987
- In Nomine Dei, 1993
- Don Giovanni ou O dissoluto absolvido, 2005

Contos
- Objecto quase, 1978
- Poética dos cinco sentidos - O ouvido, 1979
- O conto da ilha desconhecida, 1997

Romance
- Terra do pecado, 1947
- Manual de pintura e caligrafia, 1977
- Levantado do chão, 1980
- Memorial do convento, 1982
- O ano da morte de Ricardo Reis, 1984
- A jangada de pedra, 1986
- História do cerco de Lisboa, 1989
- O Evangelho segundo Jesus Cristo, 1991
- Ensaio sobre a cegueira, 1995
- A bagagem do viajante, 1996
- Cadernos de Lanzarote, 1997
- Todos os nomes, 1997
- A caverna, 2001
- O homem duplicado, 2002
- Ensaio sobre a lucidez, 2004
- As intermitências da morte, 2005
- As pequenas memórias, 2006
- A Viagem do Elefante, 2008
- O Caderno, 2009
- Caim, 200

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados in Concert

Dia dos namorados é sempre igual: todos os bares, restaurantes e motéis estão lotados. É impossível ficar de bom humor em filas e mais filas, por isso, esse ano resolvi comemorar em casa e também chamar os casais amigos. Assim, todo mundo entra num mesmo clima romântico com um bom fondue regado a vinho e ótimas companhias.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em clima de Copa

Eu amo esportes. Para assistir e não para praticar, que fique claro. Até para trabalhar o assunto é bacana, envolvente e emocionante.
Copa e Olimpíadas são emocionantes e eu amo torcer, acompanhar os jogos e assistir abertura e encerramento.
Ontem acompanhei o show de abertura entre uma tarefa e outra. No começo da semana, o diretor discutia aqui se liberava ou não enquanto a funcionária (que mora na quadra ao lado) dizia que vão colocar telão no prédio e, por isso, não achava necessário dispensar. A espertinha, que pode assistir ao jogo em casa, pouco estava se importando com os outros. Quando fui questionada sobre isso fui tão incisiva que não queria assistir ao jogo aqui que o assunto acabou. Dispensados e fim de papo! Ainda há a polêmica do horário, mas isso eu vou deixar para resolver na segunda-feira mesmo.
No jogo que vai acontecer no domingo, a intenção é levar a torcida lá pra casa. E eu já estou aqui pensando em tudo: apitos, cornetas, decoração e quem será escalado pra torcer comigo. Não vejo a hora porque o mais gostoso é gritar e sofrer junto.
Vam'bora Brasil!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O feriado, de novo

No final das contas estou esperando o feriado só pra fazer coisas simples da vida como ficar na cama com o marido até mais tarde (coisa rara de acontecer); para ler e assistir alguns filmes; para colocar as coisas no lugar (que, no final das contas, tem um resultado mais terapêutico do que prático já que em alguns dias tudo está fora do lugar novamente, mas dá aquela sensação de vida correndo mais livre e mais solta); para ter tempo para mim; para planejar as férias e para viver - sem pressa porque afinal serão 4 dias para curtir!
Esperando ansiosamente pelo feriado. Talvez eu faça uma organização em algumas coisas que gritam por ordem como o guarda-roupa e algumas gavetas. Talvez eu leia um livro ou o texto da pós e fique mais tempo na cama. Talvez eu alugue muitos filmes e faça sessão de filme de manhã à noite.
O fato é que não tenho hora e nem compromisso e "só" isso já me agrada.