sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Sobre Babel

O primeiro pensamento sobre o filme, ainda na sala do cinema, foi: Será que o mundo tem jeito? Depois que o filme acabou eu conclui que foi um soco no estômago. No banheiro duas meninas conversavam para tentar chegar a alguma conclusão a respeito de se tinham gostado ou não. Em termos concordo com a crítica que li - acho que no Estadão - sobre uma das histórias que parece ser a mais "descolada" da trama. Eu gostei do filme, mas acho que o diretor Alejandro González-Iñárritu devia tentar editar/escrever de forma linear. Porque depois de escrever um roteiro, mudá-lo várias vezes e editar meu projeto que vi o quanto é difícil construir uma história que tenha muitos pontos de vista. Quando a coisa está toda remendada parece que as coisas não precisam ter lógica e ficam mais fácil de serem colocadas. Claro que editar é muito difícil e que ele merece o Oscar pelo trabalho que fez, mas me parece ser uma outra forma mais simplificada para não explicar e mesmo assim dizer/mostrar.
Tem cenas no filme que são ótimas, como quando a Japonesa se droga. Eu nunca tomei ácido, mas a impressão que eu tenho é exatamente aquela mostrada no filme. E apesar da história da Japonesa ser a mais deslocada, ela mostra coisas incríveis. E ainda gostei muito da trilha e da sonoplastia de todo o filme. Parece que tudo casa. Aconselho.

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