quinta-feira, 13 de julho de 2006

Aos meus amigos

Embora este seja o nome do livro que estou lendo no momento, não é sobre isso que vim escrever. Não.
Logo no início do ano, escrevi um post falando que tinha arranjado uma turma e tal. Verdade, apesar de ter me decepcionado no meio do caminho. Mas mesmo assim, este ano tem sido muito bom. No final de semana passado, novos amigos. Uma galera muito animada e ótimas companhias de viagem.
Mas amigo de verdade todo mundo sabe como é difícil. Daqueles que duram anos, que sejam especiais. Só que felizmente disso não posso reclamar. Até declarações tenho recebido.

Há muito tempo atrás, em maio, foi a vez do Marcelo. Eu sempre pedia para ele me dar um livro, já que ele ganhava tantos e etc. Perturbava ele até não poder mais. Até que um dia ele me trouxe mesmo. O livro é super fofo. Chama-se O dragão de Wawel, de Anna Klacewicz e Leticia Wierzchowski. Contém lendas polonesas e é cheio de ilustrações lindíssimas. Então, quando ganhei, amei. E no dia seguinte, de tarde, chegou um e-mail dele que se chamava Você.
Olha, é sobre o livro que te dei ontem. Eu fiquei um bom tempo imaginando o que dar, algo que combinasse contigo. Achei uma boa escolha, e pelo visto você também.
Mas aconteceu algo que eu não esperava, nem pensava nisso. Depois que te entreguei, você o segurou... e começou a acariciá-lo! É, carinho mesmo! Você acariciava a capa como já vi gente fazendo com outra pessoa, com bicho, ou mesmo um brinquedo de pelúcia. Você passava a mão, os dedos pela capa, admirava, olhava cada detalhe... só faltou abraçar e beijar. Ficou o maior tempão nessa. E eu lá, só olhando. Tamanho carinho por uma obra impressa só pode vir de alguém que sabe o que ela significa. Você também produz textos e os publica, sabe muito bem o que é batalhar nisso. Ali eu vi carinho, mas sobretudo respeito. E carinho + respeito dá em amor. Você ama os livros, seu trabalho, o que as publicações significam.
Lembrei-me disso porque me impressionou.
Obrigado por isso, lindinha.


Nem preciso dizer que chorei. E hoje ainda ganhei mais duas.
Depois de responder todas as minhas dúvidas quanto ao meu documentário, o Ciso me escreveu assim: O que eu quero em troca? seu amor eterno, tá difícil? Desse jeito, não está nada difícil. Ainda mais sendo ele quem é.
E quando fui fazer as leituras bloguísticas, encontrei na Thaty um post chamado Das declarações.
Eu gosto de todas as minhas amigas. Da que me faz dar risadas de fazer a barriga doer; da que vive comigo o meu dia-a-dia e me ajuda em todas as coisas que eu acho complicado; da maluquinha por quem eu sinto um carinho de mãe; da que fala mais que a boca e me encontra raramente; da completamente virtual e que mora longe de mim; da que mora perto, é também bem virtual, mas está se regenerando; da que fala comigo que nem robô como se fôssemos crianças felizes; da que é super adulta e super crescida e que me olha com carinho do alto de seu um metro e oitenta; da que foi mãe agora e eu, feia, não fui visitar; da que eu fiquei 17 anos sem ver e o amor não diminuiu; da que fala em baianês e me mata de rir; da que me contou uma coisa, morrendo de vergonha de ter feito, mas assumindo; da que fotografa bem, escreve bem, me chama de beluguita e me enche de beijos; e de todas aquelas por quem eu sinto um amor grande, muito grande.
Tem uma, em especial, que me faz mais forte. Que me faz querer ser tão especial quanto ela. Tão boa. Tão segura. Tão animada. Tão certa. Tão agitada. Que me mostra coisas lindas e que valem a pena na vida. Que lê os mesmos livros que eu. E vê os mesmos filmes. Que acredita. Que me faz crescer! E que me ama há mais de dez anos. Quando estou com ela, sempre agradeço a Deus por ela existir. E por ser minha amiga!
Sim, esse post é pra Didi. Porque não tem motivo. Tem orgulho e admiração. Muito!


Quem precisa de mais do que isso para viver?

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