segunda-feira, 20 de junho de 2005

Ele disse nunca mais! Embora eu não acredite, a dúvida suspendeu-se no ar como fumaça de cigarro. E ficou. Permanece. Impregnou no cabelo, na roupa, na alma.
Abriu a porta do elevador, a de casa, a do guarda-roupas e por fim a do coração. Ganhei aquele anel.
Cenas, palavras, caras e bocas, percurso, confissões, risadas, propostas... Somente lembrar é proibido. Algumas coisas permanecem intocáveis. Outras é bom desvendar. Conhecer para entender; perceber, analisar, reparar para imaginar.
Sem palavras, sem ação, sem coragem.
Queria poder, aceitar, fazer parte. Até quando? Nunca vai acabar: sina, Karma, destino, química, cumplicidade, desejo. Que nome se dá para isso? Nem eu sei.

***

Eterno, do verbo para sempre. Que se conjuga no futuro do presente, às vezes no pretérito-mais-que-perfeito, porque lá é que duram as coisas realmente eternas. Talvez, entre mim e ele as coisas não passem mesmo de um pretérito imperfeito, quebrado, deixado, vazio. Pouco importa se o modo é indicativo ou subjuntivo, isso não mudaria nossa condição no presente.
Prefiro deixar no pretérito, o perfeito. Porque assim, quem sabe, ele nos remeta para a condição de um futuro do pretérito e tornemo-nos um casal no imperativo.

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