segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Pique total. Rendimento acelerado. E assim mantenho a minha fama de pontual. Pelo menos, isso.
Até que hoje foi um dia de notícias boas.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Mau humor. Mau humor. Mau humor. A sorte é que eu sei que o dia vai terminar bem. Eu acho.

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Aos assessores de imprensa:
Jornalista tem pressa, sempre. Quer tudo para ontem e está sempre em fechamento. Não adianta perguntar para quando é(a foto, a entrevista, as informações). É tudo para ontem ou então sofra com as consequências (as chantagens emocionais, profissionais e etc).
Sim, nós somos assim. Fazer o quê?
De verdade verdadeira nesse momento eu só queria um banho de banheira com um sonzinho legal. Tô muito cansada! Queria sossego, mas tá difícil.
Amanhã é sexta-feira e tem evento na parte da tarde. Pelo menos, eu ando para lá de adiantada com as minhas seções da revista e meu prazos para cumprir. Não sei se isso é bom ou ruim, porque a tarefa que me passaram hoje é de doer! Ninguém merece ser estagiária.

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Falta de internet em casa é uma coisa de dar dor.
Voltando nos assuntos.
Ontem eu acordei com um sonho bem louco: Estava grávida, de uns sete meses, com barriga linda e tudo, mas que ninguém sabia! Só eu, a grávida. E só resolvi cotar na minha casa quando senti as contrações. E eu senti as contrações. Sério. Acordei até com medo. Fui trabalhar. Chequei meu e-mail, abri a internet e li a bizarra notícia da atleta que estava grávida, não sabia e depois de três dias que descobriu deu à luz a um menino. E, detalhe, ela não tinha contado para ninguém, nem sabendo. Nesse momento, medo.

No sábado passado eu fui no Itaú Cultural. Assisti a uma palestra mega super hiper tudo da Clarice Linspector que rendeu um poema:

Clarice

Qual é o mistério?
O impossível.
Aquele segredo escondido,
que não se enxerga.
Está lá.
Onde?
Em si, na coisa.
Para ver basta estar em si.
Mas sem plágio,
seja de si, do mundo,
da forma ou do significado.

E eu acabei de assistir A Queda! e saiu esse aqui:

A queda!

Mesmo depois da guerra,
a esperança floresce.
Mesmo que seja,
em forma de bicicleta.

Ando tão inspirada! Coisa boa e útil em tempos de tanta coisa para fazer e, principalmente, escrever.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Como eu sei as minhas dores e delícias de ser o que sou devo dizer que tem dias que trabalhar em uma redação é tudo de bom, tudo que eu sempre quis, sonhei e quero - para sempre - na minha vida. Mas também tem dias que aquilo é coisa mesmo de louca e que eu ainda não estou preparada para enfrentar o mundo, as verdades dele e tudo que envolve o jornalismo e tenta, insistentemente, me fazer crer que de linda minha profissão não tem nada. Mas meus sonhos e ilusões persistem. Até quando?
Final de semana de total mau-humor devido um computador que morre justamente quando você mais precisava dele.

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

A questão é que o mundo anda mais cor-de-rosa ultimamente. Por todos os lugares que passo existem casais aos beijos, se abrançando, de mãos dadas, aos carinhos e até amassos. Encostados em muros, nos pontos de ônibus, andando na calçada, parados na esquina, se despedindo na porta de alguma escola, dentro do ônibus, nos taxis. Enfim, acho que um anjinho cupido andou espalhando suas flechas por aí. Só pode.

domingo, 16 de outubro de 2005

Eu nunca fui muito aventureira. Pelo contrário. Gosto mesmo das coisinhas quadradinhas, planejadas, estudadas, certas e etc. Mas a viagem de final de ano estou encarando como uma super aventura. Só vou eu e meu namorado. Para o sul. De ônibus. Escolhemos a pousada meio a esmo. Ficaremos uma semana. Lá não teremos nem conhecidos e nem carro. Tudo de ônibus e tal. Ainda sim já fizemos as reservas e estamos estudando as formas de chgar, ir, voltar e etc. Um amigo, que mora lá, vai dar algumas coorenadas, como onde eu pego que ônibus, como faço e tal. Porque ele não sabe, ainda, se vai passar o reveillon lá. Uma aventura que está me animando. E que, na verdade, nem é tão aventura assim. Mas que eu já encarei como tal e estou adorando.

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

A quarta-feira começou em uma roda dos novos amigos, aqueles que coincidentemente trabalham com você ou que escolheram a mesma profissão que a sua, em um animado bate-papo. Só para mostrar que as coisas podem ser diferentes e que mesmo que até terça-feira tudo estava tão ruim, o restante pode ser muito boa.
"Daqui pra frente, tudo vai ser diferente..."

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Hoje eu queria tudo diferente. Aliás, volta a fita e regrava desde sexta-feira. Mais fácil.
"Hoje eu só quero que o dia termine bem."

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Bom humor entra em cena, mau humor rouba a cena, bom humor tenta, mau humor vence. To meio assim, na verdade, à flor da pele. Qualquer coisa me deixa com vontade de sumir, chorar, matar e morrer e, contrariamente, pequenas coisas já me animam, me alegram, me fazem rir, pular.
Assim vão passando os dias e eu pedindo que sejam lentamente, por favor. Só assim vou conseguir fazer tudo até dia 13. Que medo. Vai ser a própria quinta-feira 13 e para quem acompanha essa menina há tempos, sabe como uma quinta-feira por si só já me parece assustadora.
Para completar, to saindo para uma reunião. Sabe Deus quando vai dar tempo de voltar.

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Claro que não dá para fazer todas as coisas.
Óbvio que estou de TPM.
Infelizmente as tarefas se acumulam.
Inacreditável como algumas pessoas acreditam que fecharemos a revista que tem conteúdo mensal em 09 dias.
Somando a tudo isso ainda estou com todos os fortes sintomas de quem vai ficar gripada.
E, tudo isso, só podia dar em muito mau humor.

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Amanhã tem:
*sessão mulherzinha,
*shopping para comprar uma meia-calça cor de pele e uma blusa para usar com a saia e a sandália que eu vou vestir no casório do cunhado
*entrevista com um dos artistas que pintou vaquinhas na Cow Parade de São Paulo para trabalho da faculdade
*cabelereiro
*casamento igreja que vai unir família minha + família do namorado
* casamento festa, que só vai ter família namorado + minhas irmãs (talvez)

Vai ser cansativo, mas vais ser bom!

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

O final de semana foi mega agitado, mas agora também estou com pressa e sem tempo de escrever. Quando der volto aqui para contar como foi. A única coisa que posso adiantar é que comprei A Garota das Laranjas. Adivinhem se eu estou feliz?

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Nós somos três. Irmãs, do tipo que o destino deixa escolher. Daquelas que Papai do céu coloca no nosso caminho. A gente já foi inseparável. Hoje não somos mais, mas a gente tá sempre por perto. Com o coração e alma sempre interligados. A gente sempre sabe uma da outra e cada uma faz parte da outra. E as famílias já são uma só. Todo mundo é irmão, todos os pais e mães são de todas. Não é a toa que minha mãe também é delas. E a delas também são minha. Mas hoje a vó de uma de nós morreu. Ela já estava doente, internada a tempos. Mas quando a Carol me avisou caiu o meu chão. Como se fosse, e no fundo é, minha vó. Porque eu sei que ela gostava de mim tanto quanto gostava das netas e netos dela e porque ela também era minha Vovó Branca. Mas agora ela tá no céu.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Hoje vou nas curtinhas:

E quero, preciso, tenho que - se não vou morrer. Já virou questão de honra, vida ou morte: Garota das Laranjas. Obsessão.

***

Música de suspense ao fundo. Como diria Luciano Huck: Momentos de tensão. E isso me fez quase esquecer da garota.

***

Viram que a menina ficou grande? Coisas de Paula (obrigada de novo, viu?).

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Tá difícil mesmo de arranjar tempo. Sexta, pelo menos, saí, fui ver os amigos do coração e me diverti demais. Já no sábado fui viajar e fiquei até domingo à noite sem namorado e com muito trabalho para resolver. Infelizmente não terminei tudo, mas deu para quase adiantar. O resto da semana, já sabe-se que será pauleira total. Começo de semana de trabalhos e provas e os finais de semana serão bastante ocupados. Neste, tem aniversário de um ano do meu gato gostoso. No outro, casamento do meu cunhado. Por isso e por outras que meus trabalhos tem que estar mais do que em dia.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

domingo, 11 de setembro de 2005

Pessoas habitadas, Martha Medeiros


Os "habitados" são seres com conteúdo, preenchidos de angústias e incertezas, mas não menos felizes por causa disso

Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela comentava sobre uma terceira pessoa, que eu não conhecia. A descreveu como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. "Só tem um probleminha: não é habitada". Rimos. É uma expressão coloquial na França - habité - mas nunca tinha escutado por estas paragens e com este sentido. Lembrei de uma outra amiga que, de forma parecida, também costuma dizer "aquela ali tem gente em casa" quando se refere a pessoas com conteúdo.

Uma pessoa pode ser altamente confiável, gentil, carinhosa, simpática, mas se não é habitada, rapidinho coloca os outros pra dormir. Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não necessariamente pelo demo, ainda que satanás esteja longe de ser má referência. Clarice Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A Suíça, de fato, é um país de contos-de-fada, onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo.

Retornando ao assunto: pessoas habitadas são aquelas possuídas, de fato, por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não transformam suas "inadequações" em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros para facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloquos. Ao contrário, encantam pela verdade pessoal que defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial.

Então são as criaturas mais incríveis do universo? Não necessariamente. Entre os habitados há de tudo, gente fenomenal e também assassinos, pervertidos e demais malucos que não merecem abrandamento de pena pelo fato de serem, em certos aspectos, bastante interessantes. Interessam, mas assustam. Interessam, mas causam dano. Eu não gostaria de repartir a mesa de um restaurante com Hannibal Lecter, "The Cannibal", ainda que eu não tenha dúvida de que o personagem imortalizado por Anthony Hopkins renderia um papo mais estimulante do que uma conversa com, sei lá, Britney Spears, que só tem gente em casa porque está grávida. Zzzzzzzzzzz.

Que tenhamos a sorte de esbarrar com seres habitados e ao mesmo tempo inofensivos, cujo único mal que possam fazer é nos fascinar e nos manter acordados uma madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é melhor ainda.

Martha é Martha e não se discute. E ler este texto na sexta-feira foi muito bom. Primeiro porque o marasmo aqui estava me consumindo e segundo pelas pessoas habitadas. Enfim.

sábado, 10 de setembro de 2005

Engraçado como você é capaz de mudar. Uma conversa. Uma quinta-feira diferente e, no sábado, você já é quase tudo o que eu sonhei. Porque precisa de tanta briga para ficar tudo bem?