sábado, 18 de dezembro de 2004

Eu já quis que tivesse sido tanta coisa. Que tivesse sido muito, intenso, verdadeiro, real. Que tivesse sido tudo. Mas eu nem sei. Ficou tudo pela metade, quebrado, vazio, desfeito na hora errada. No meio do caminho, antes do fim, sem plenitude.
E mesmo assim não parecia que tinha acabado. Eu quis, insisti, quebrei a cara, pisei fundo, me joguei. Não adiantou. E passou. E passa a cada dia um pouco mais. Já nem sei aonde foi parar a loucura, a vontade, o desejo. Cadê você que tava dentro de mim? Partiu ou apenas dormiu? Conversas, confidências, incoerências não são mais capazes de te fazer voltar.
O seu fantasma não me incomoda mais. Já me acostumei com incostâncias suas, revelações, tentativas e apelação. Desisti e segue teu rumo. A felicidade que você me provocava já não existe mais. O sorriso que mora em meus lábios já tem outro motivo. Se acostuma, porque é a melhor coisa que você pode fazer por você e por mim. Porque nós não existe mais. Se é que algum dia isso chegou a existir.

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