terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

Não é a primeira vez que eu leio aqui a crônica do Eduardo Loureiro Jr. e me encanto, mas desta vez tocou fundo e me fez entender porque alguns fantasmas continuam por aqui...

O amor não acaba
"(...) A gente desconfia que o amor não acaba quando a gente esbarra sem querer com ele. Tem gente que pensa que é só uma saudade do amor, mas não, é o amor em pessoa, quase envergonhado de estar se encontrando de novo com você após tanto tempo. Deve ser triste para o amor se encontrar com você de novo e você achar que é só um fantasma do amor. Da próxima vez que encontrar o amor, não tenha dúvidas de que é ele mesmo (...)
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(...) E não adianta você argumentar que foi uma descoberta puramente intelectual, que você apenas percebeu que os amores todos da sua vida não tinham acabado, como você pensara até então, que eles continuam por aí, sabe-se lá exatamente onde, talvez na alma, no quarto chacra ou simplesmente entre os dedos do pé que o antigo amor massageava como se fosse o objeto mais precioso do mundo.
Nisso você leva um tapa na cara.
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O desfecho é previsível. Quando um não quer, dois não brigam, mas um se separa mesmo sem o outro querer, e seu novo amor vai virar ex-amor. Pra você não tem muita importância. Não porque você não o ame — apesar do tapa na cara e da insensibilidade diante de uma descoberta tão extraordinária —, mas porque você sabe que o amor não acaba, se o amor antigo não acabou esse novo ex-amor também não vai acabar. Você vai encontrá-lo de vez em quando, talvez quando um vento quente soprar repentinamente em seu rosto do mesmo lado do tapa. Então que lhe importa que ele parta se ele não vai partir de verdade.
Seu novo ex-amor está arrumando as malas, muito enciumado para perceber que não poderá sair, que jamais conseguirá lhe deixar, que ficará por aí, porque você já acredita mais em fantasmas de amor nem em saudade."

Aqui está só uma parte. Vale a pena ir e ler na íntegra.

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