quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Ontem, no final da tarde, aquele menino, que há muito não sei, surgiu. Em forma de música. Aquela mais bonita que me faz lembrar dele. E esta noite ainda sonhei com ele. Talvez eu ligue pra ele. Manutenção de contato. Porque nesses anos todos, depois que a distância física foi maior e não houveram mais encontros casuais, as coisas têm se mantido assim. Distantes, mas nem tanto. As conversas se tornaram leve e o coração até se acostumou. Se um dia vai acabar, foi o quê me perguntaram outro dia. E a resposta eu não sei. Talvez sim, talvez não. É cisma, karma e o escambau. Não tem mais jeito. Me acostumei a gostar, a sofrer, a não ter e mesmo assim querer - muito. Coisas da vida, do coração e eu não vou mais lutar contra como já tentei. Também não incentivo mais tudo isso. Simplesmente, ele surge em algumas ocasiões. Quando eu menos espero, encontro. Quando mais quero, não sei. E assim eu acabei me acostumando com tudo. É bom lembrar as besteiras que já fiz. É bom voltar ao cenário e ver que as lembranças continuam lá, mesmo que eu não faça mais parte daquilo, nem ele. É bom lembrar dos fatos. Hoje me fazem rir, mas no passado também me fizeram chorar. Não sei como eu seria hoje se nada disso tivesse acontecido. Não me arrependo. Já me orgulhei, hoje tanto faz. Me é inerente. Até o dia que acabar, se é que isso, um dia, vai acontecer.

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