quarta-feira, 6 de agosto de 2003

O dia foi perfeito, embora a noite passada tenha sido um verdadeiro desastre. Primeiro porque eu não consegui assistir Beleza Americana porque claro, dormi. Daí eu acordei e já estava passando Jo Soares, fui só beber água. A qual estava no final e tinha que trocar o galão... então bebi o que restava e mesmo não matando minha sede fui voltar a dormir. Voltar a dormir ? Grande ilusão a minha, quem disse que eu conseguia ? E vira pra cá, vira pra lá e não encontra posição nenhuma. Vai no banheiro, conta carneirinho e desisti nos 300 e tralálá, pensa em coisas a fazer, na aula que devia ter sido muito legal e eu não fui, nos planos pro resto do ano, pra vida inteira, nas pessoas que me cercam e nada do maldito sono vir. E eu pensando: Eu tenho que dormir se não amanhã eu não acordo e ainda tenho aquele curso de crônica que eu tava com tanta vontade... nada de sono, nada de sono e penso: Nossa, já devem ser umas 3:30 e quando eu olho no relógio quase morro porque já eram 4:48! Caracas, amanhã eu não vou conseguir levantar. Se bem que sendo a essa hora quase que já não compensa dormir. Bom, se amanhã eu tiver com muito sono eu fico dormindo, não vou na faculdade de novo, mas vou no curso. Ah, mas tenho aula de economia e eu queria tanto, já perdi hoje... ai, ai, ai. Bom, acabei dormindo. Ou melhor, cochilando porque às 6:15 toca o despertador. Desliguei e pensei vou dormir mais 15 minutos, mesmo porque ainda está muito cedo. Não, eu não perdi a hora mais dormi mais uma hora e levantei correndo pra tomar banho. Deu tudo certo.
Na facul eu dei milhares de risadas com as meninas na aula de psicologia e achei a aula e a professora de economia maravilhosas e descobri que quando eu tiver que escolher um ramo do jornalismo pra seguir eu não vou conseguir. Eu gosto de tantas coisas, de tantos lados. Ai, ainda bem que tem mais tempo pra decidir. Se bem que nesse tempo eu ainda posso descobri outras coisas mais... ai, ai.
Vim pra casa, almocei e já saí correndo e atrasada pro curso de crônica. Cheguei em tempo e o curso acabou atrasando um pouco e eu to adorando. Nem comecei e já amei. Além de ser de graça, oferecer certificado, material ainda tem lanchinho gostoso ! Ai, bom demais. Só mesmo o Itau Cultural pra fazer uma coisa dessas. Ainda peguei dois certificados das palestras que eu já tinha ido. O curso acabou às seis e eu peguei meu ônibus de volta pra casa. Acho que nunca disse isso aqui, mais eu amo andar de ônibus. Verdade, eu vou pensando na vida, olhando as pessoas que entram e saem, as pessoas da rua andando, nos carros. Toda pessoa que tem um livro nas mãos eu acabo querendo descobrir que livro é e fico interessada. Não sei se pelo fato de eu ser curiosa ou se pelo fato de eu gostar de ler, quem sabe ambos. E vim, pela Avenida Paulista no maior trânsito mais feliz, só olhando e pensando em como eu amo a minha cidade e em como eu acho essa Avenida tão paulista, tão linda. Com o capitalismo presente em suas muitas formas (camelôs, lojas, bancos), as pessoas andando com pressa, os engravatados de pastas, pressa e celular. As mulheres de tailler, salto, elegância e pressa também. E ainda por cima, pra finalizar o dia, entraram dois homens no ônibus. Um com um violão e outro com um instrumento de sopro, meio rústico, de bambu que eu nem sei o nome mais tinha um som lindo e eles tocaram duas músicas e ainda poetizaram mais o meu dia, fizeram do pedaço da viagem mais encantadora e relaxante. Dei uma ajudinha, afinal aquilo fez do meu dia ainda melhor. E eu achei que o dia tinha acabado bem. Eu mal sabia que chegando em casa ia dar de cara com o mocinho bonitinho do meu prédio. Boa Noite! Todos os dias podiam ser assim.

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