sexta-feira, 16 de maio de 2003

Ontem a noite foi boa sim, como meus pressentimentos avisavam. Eles quase nunca falham.
Hoje aqui também tem pressentimentos e borboletas aos montes voando no estômago, mas por enquanto nada demais e eu hoje vou dormir porque to podre. E amanhã eu não vou na aula, não mesmo ! Quero dormir.

Pra quem conhece São Paulo, visualize a cena. Pra quem não conhece imagine.
Hora: Cerca das noves horas da noite da Segunda-feira.
Local: Entrada do museu de masp, espaço vazio.
Personagens: um casal.
Descrição: Ela, estudante de jornalismo que tinha estilo gótico e está em transição. Transição não só do estilo de se vestir, mas de escrever também. Jeito de muleca, cheia de opiniões fortes, toda cult e toda cara de quem não ia se apaixonar, ou pelo menos não ia ter arroubos de paixão. Está apaixonada por ele, nota-se e isso tornou-se motivo de brincadeiras na faculdade.
Ele, na verdade não sei nada. Só sei que trabalha e não é mais estudante. Aliás era seu aniversário. Ele corresponde totalmente às expectativas dela e ainda se supera.
Eles estão ficando há algumas semanas, cara de namoro mais nada oficial até o momento da cena...
Me deterei ao diálogo que se seguiu e depois farei algumas conclusões que se seguiram assim que me contaram toda essa história.
Ela - Vamos para lá, diz ela se referindo a mureta do MASP. Com voz séria e tom ligeiramente autoritário.
Ele - Para quê ?
Ela - Você vai ver, vamos.
Ele - Que você quer aqui ?
Ela (provavelmente nervosa) - Pára de fazer tantas perguntas e olha que vista linda. A gente está na mais paulista das avenidas, curte e não questiona.
Ele (ainda sem entender nada) - Porquê você tá falando isso ?
Ela (mantendo o tom autoritário e seco) - Porque sim, cara****. E pára de fazer tanta pergunta. E depois tira da sacola um saca rolha e entrega pra ele.
Ele (observa com cara de interrogação) - Pra quê isso ?
Ela - Você sabe abrir um vinho ? Então abre e enche isso, disse entregando duas taças. Vamos comemorar.
Ele (começando a entender tudo aquilo e começando a gostar) - Meu dia foi péssimo, foi o pior dia de trabalho do meu ano e você transformou ele no melhor dia da minha vida.
Ela ainda tinha na sacola algumas torradas de alho e seguiu a comemoração entre beijos, abraços e -suponho- outras declarações de amor.

Enfim... escrevi tudo isso primeiro porque achei lindo. Imaginei como cena de filme e tinha que dividir. Me fez querer -ainda mais- alguém só pra mim. Todo mundo merece! E segundo e, principalmente, porque nunca na minha vida imaginei que ela teria esse arroubos sentimentais. E pra dizer que sim, as aparências enganam e muito. Ela está toda feliz e apaixonada e faço votos. E já adianto, aos curiosos de plantão, o casal oficializou o namoro.

Eu tinha escrito tudo isso de uma forma bem melhor, mas o blogger deu pau e apagou tudo... agora que reescrevi não gostei tanto quanto da outra vez, mais vai assim mesmo. Odeio quando acontece isso porque as coisas nunca saem iguais.

Nenhum comentário: