quarta-feira, 12 de março de 2003

Se eu tivesse postado assim que eu cheguei este post viria cheio de exclamações. Mas já faz mais de uma hora que estou aqui e eu estou bem mais calma, mais tranquila. O sorriso, a felicidade, a empolgação continuam aqui, mas agora estão calmos e dando lugar ao sono.

O engraçado é que as coisas são como tem que ser, não adianta querer, planejar, tentar. Porque se elas tiverem que ser diferentes, elas serão. E, normalmente, acontecem quando a gente menos espera, quando a gente já nem conta mais com isso.
E hoje, depois de -quase- um ano e três meses, eu encontrei aquele menino. Engraçado é notar como algumas coisas NUNCA mudam. Pode passar o tempo que for que esse coração vai continuar batendo acelerado, que as mãos vão suar frio, que o corpo vai estremecer e eu vou voltar a sétima série e toda àquela loucura. Eu já desisti de mudar isso. Mesmo porque eu nunca tentei efetivamente. E eu dava tudo pra poder ver minha cara nessas horas, pra ver esses olhos deslumbrados. Espero que ele não tenha percebido a reação que ele, ainda, provoca. Se notou, pouca diferença faz, afinal eu nunca escondi.
Não tem o que pensar, fantasiar e planejar. Já aceitei como utopia. Mais não deixo de ter esperanças de que um dia qualquer, num lugar qualquer, saber o que se passa lá dentro e o que já se passou. Um dia eu ainda vou saber que gosto tem aquele beijo e aí sim, desisto de todo o resto. Mas só assim. Eu não sei bem porquê (muito menos como) essa esperança sobrevive no meio de tantas outras coisas que acontecem. Mas até de entender eu já desisti. Aceito e tomo pra mim todas as reações, todo o sentimento, toda incompreensão, toda esperança e toda felicidade que ele me causa. E sendo assim, vou vivendo !

Ontem ficamos sabendo que a Marly, professora de Português, não poderia mais dar aulas no período da mnhã. Portanto ela mudou seu horário. Tudo bem porque ela já tinha até arranjado outra professora pra nos dar aula e nos mandou uma carta que deixou a classe emocionada ! O texto é magnífico e não pude deixar de reescreve-lo. Portanto aqui segue a carta:

Oi moçada da 1ª etapa de Comunicação Social

Uma das mais belas expressões que ouvi nessa minha, um tanto longa, caminhada foi "Hasta siempre!". Eu a ouvi de uma espanhola, que como eu estava muito longe de sua terra, às margens friorentas de um lago gelado na Escócia. Ela retornava à Espanha e eu ao Brasil. Nos conhecemos numa excursão de fim de semana. Quatro anos mais tarde, caminhando por uma rua londrina, numa ensolarada manhã de verão, me deparo com a dona da frase. Não há adeus. Por isso não me despeço. Ficamos. Ainda nos reencontraremos e eu espero que a promessa de sucesso que vocês são, já tenha se tornado realidade. Continuem com o mesmo entusiasmo, alegria e, principalmente, curiosos e perguntadores pois é por aí que o conhecimento e o saber se constroem. Um grande beijo e... Hasta siempre......Marly


Diz se não é de se emocionar ??? Isso porque ela só nos deu 3 aulas !!!
Bom, vou ficando por aqui porque ainda hoje pretendo ler mais do livro Ilusões Perdidas do Balzac e ver um filme (que agora eu não lembro o nome).

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