segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003

.: Amor sem eira nem beira :.
Te amo silenciosamente às vezes
– para ser exato, o ano todo, os doze meses
Te amo calmamente de vez em quando
– precisamente, se estou em fogo brando
Te amo com benevolência volta e meia
– na medida em que pega na veia
Te amo com dificuldade ocasionalmente
– confuso entre coração e mente
Te amo fragilizado em certas fases
– com curtas e grossas frases
Te amo sofrendo normalmente
– sem saber o que acontece com a gente
Te amo perdidamente quando posso
– pois nosso sonho já não é tão nosso
Te amo com aprofundamento quando dá
– quando queres saber o que é e o que há
Te amo com raiva acidentalmente
– se me feres a alma impiedosamente
Te amo saudável e tranqüilo casualmente
– querendo curar nosso amor doente
Te amo feito bobo e de jeito fortuito
– e quando é assim não é outro meu intuito
Te amo com lealdade de modo freqüente
– que meu amor se doa a ti fielmente
Te amo sinceramente faça chuva ou faça sol
– e em peito se pode ouvir um rouxinol
Te amo com fome e sede se dá na telha
– qual pólen virando mel para uma trabalhadeira abelha
Te amo com sacanagens se estou a fim
– se me importar se o colchão espuma ou capim
Te amo com briguento se a vontade bate
– dependo da maneira de como conduzes o embate
Te amo apaixonado e teu eternamente
– numa loucura que deixa Deus pirado inexplicavelmente
Peguei daqui.

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