terça-feira, 6 de agosto de 2002

A "realidade", aqui, é a multiplicação indefinida da natureza do olhar: olhar das várias câmeras de vídeo; olhar fixo ou em movimento; olha embaçado de míope sem óculos, olhar agudo de policial experiente; olhar condicionado para ver o que não é; "em situação", que revela a "verdade", sem que a palavra seja dita. Olhar do espectador, vestindo cada um desses modos de ver. (J. Coli, Folha de São Paulo, 18.10.1998)

É engraçado como a gente pode escolher o quê ler, o quê dizer e como fazer isso. Mais a gente não escolhe o que ver. Depois de visto não tem mais jeito. Às vezes a gente e fingi que não vê, mais - com certeza - aquilo vai te vir à tona, em algum momento, por algum motivo.

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