quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Nominei 2017 como meu ano do quase. Tudo ficou por um triz. Eu quase fiquei com alguém pelo qual me apaixonei. Eu quase saí do emprego. Eu quase passei no mestrado. 
Obviamente que a sensação de não-realização e de decepção me assolou e me tomou de assalto no pré-aniversário. Mas acho que já sofri o suficiente por todas essas não conquistas de 2017.

Então, o que quero é que tudo isso permaneça em 2017. Inclusive esse ranço. Deixo em 2017 o que 2017 me deu e sigo para 2018 com mais propósitos. Leve e certa de que fiz o possível em tudo que se apresentou, mas também consciente dos passos atrás que tive que dar.

Deixo muito mais em 2017: histórias e pessoas que devem ficar pra sempre em 2017. Se superei tantas histórias que pareciam antes impossíveis este ano, sei que eu preciso aprender a perder e a aceitar que algumas histórias terminam. Embora haja sempre uma tristeza em deixar para trás o que parecia ser sólido, é também necessário entender e praticar o desapego, deixar para trás o que não serve mais e abrir espaço para coisas boas, energias novas e a vida se renove e se refaça.

É assim: leve e aberta que sigo para 2018. Vivi de todas estas histórias o que elas me ofereceram, mas não posso continuar insistindo e vivendo o velho por insegurança e medo do novo. É preciso deixar ir e seguir. E eu, depois de muito sofrer, na virada do meu ano (lá vieram os 35) entendi. Aos poucos faço as devidas despedidas porque se há algo que prezo nesta vida são os fechamentos dos ciclos. Gosto de encerrar (mesmo que pra mim, internamente, muito mais simbolicamente do que muitas vezes de forma prática) os ciclos e me sentir pronta do novo.

2018, vamos começar juntos?

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Retrospectiva

Mal sabia eu, em fevereiro de 2016, tudo que ainda viveria daquela história. Quantas idas e vindas ela ainda teria. Se em fevereiro, dei por encerrada, em junho voltei atrás bastante surpresa quando ele me propôs a volta e vivemos, em agosto, o ápice dessa relação.

Dois adultos, impulsivos, se jogando como anos antes. Inconsequentes e urgentes, sem pensar nos outros, sem preocupação, sem poréns. E tudo durou até novembro e, de repente, tudo se esvai da mesma forma, repentina.

E eu ainda insisti e tentei até me ver, mais uma vez, em uma luta inglória, buscando por alguém tão confuso e incerto que seria impossível encontrar. Eu procurava por quem não estava mais ali, por uma pessoa que nem se reconhecia como a tal. Como poderia encontrá-la?

Aos poucos, fui sendo tragada por aquele furacão que não me pertencia, mas não podia me despedaçar. De pronto, me afastei. Bastei. Determinei. Chorei, sofri e sobrevivi. Um ano depois. Fevereiro de 2017 e estava tudo findado.

Ganhos e perdas. Alegrias e tristezas. Não posso negar que tentei. Não me joguei como sempre fiz, mas a meu modo estive rondando e investindo e esperando por aquela relação. Orbitei enquanto era possível, mas não podia continuar ali mais. Fechou-se um ciclo enquanto outro se abria, escancaradamente. Mas este, fica pro próximo post.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Catártico



Não tinha derramado uma lágrima sequer. E quando eu decidi não ir mais, eu não fui. Eu parei e pronto. Não sem lamento. Não sei ainda querer (e talvez até esperar), mas sem tentar.

Eu errei por gostar um pouco demais
E amei, se é que amei
Nem sei


Mas aí começou a tocar essa música e eu não consegui segurar. E chorei. A música toda. Compulsivamente em um sábado à noite e enquanto as mensagens de whatsapp não paravam de chegar e faziam doer ainda mais.
Eu errei, me passei, tenho que me encontrar
Pouco vale o tempo se não com você
Eu errei, já nem sei que foi querendo acertar
Pouco vale o tempo, se não com você

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sobre a separação

Desde o mês passado estou remoendo o "aniversário" da minha separação. Cheguei a ficar bem mal no começo do mês ao relembrar o que tinha acontecido na mesma época, no ano passado. Mas aí, passou. Do mesmo jeito que a revolta, a ira, a angústia de relembrar tudo aquilo veio; ela se foi.

E esta semana fez um ano. Dia 20 de outubro de 2014 foi quando eu pedi o divórcio. Quando eu disse chega! e verbalizei que eu não queria mais. 

Se, a princípio, eu queria escrever sobre tudo aquilo que aconteceu para exorcizar; agora que passou eu não quero mais falar disto. É que eu to tão bem, eu me sinto tão bem que não parece que faz apenas um ano. A liberdade e a alegria que eu tenho, sinto e vivo hoje é tão plena, tão certa que parece que faz mais tempo.

Arrependimentos eu sinto apenas de ter demorado tanto para terminar um relacionamento que já vinha há muito tempo com problemas.

Então, para comemorar minha boda de papel de separada eu queria celebrar meu crescimento pessoal. Minha capacidade de dar conta de casa, trabalho e filho; minha alegria que não mudou e só fez crescer; o quanto eu me sinto plena sem ter alguém e me sinto capaz, satisfeita e feliz; o quanto eu sinto que eu cresci e amadureci neste tempo todo.

Nem sempre é fácil, é verdade. Mas pensando sobre as dificuldades existentes, as barras que enfrento e tantas outras coisas em um destes dias que eu estava mal, eu cheguei a uma simples conclusão: tudo estaria exatamente igual se eu estivesse casada. Aliás, somariam-se ainda os problemas conjugais e todas as coisas que estavam ruins naquele relacionamento e no casamento. Uma conclusão bem realista dos problemas que existem, e existiriam em outras condições. E quer saber? A felicidade, a liberdade e a ausência dos problemas conjugais antes existentes já me ajudam um bocado para enfrentar os outros problemas, que existiriam independentemente. 

Então, quer saber? Eu ganhei tanto neste 1 ano que passou que devia mesmo era sair por aí, comemorando minha boda de papel de separada. Minha boda de papel de casamento comigo mesma, com a minha felicidade e com as coisas que eu desejo pra mim com tanta força. Que venham muitos mais anos desta alegria e de bem viver com a pessoa que eu sou!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Resposta

Didi, valeu querida
Obrigado pelo carimnho e doçura do email, bjs amore

Quase dez anos depois receber um email dele não tem mais a mesma emoção e impacto, mas vem junto um carinho enorme. Continua sendo uma surpresa, afinal ele podia nem responder. Mas responde sempre. Galanteador como sempre.

(suspiro)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Um novo jardim

O jardim desta menina mudou. Foi preciso deixar as plantas morrerem para começar tudo outra vez. Então, enquanto as flores e plantas morriam, a menina chorou desconsolada e, aos poucos, ia tirando as plantas secas que outrora deram flores e embelezaram o jardim.

Então, depois que tudo morreu, foi preciso buscar nova terra, novos adubos, mais plantas para replantar tudo outro vez. Removido tudo que não embelezava mais o jardim, foi o momento de preparar a terra e recomeçar.

Agora, passado um tempo, o novo jardim já está verde e começa a florescer. A menina já está novamente feliz e segura que fez a coisa certa. Em pouco tempo poderá colher novas flores e sentir os novos perfumes.

Foi preciso muito amor-próprio para conseguir. Foi preciso cuidado para recomeçar. Mas agora, não há mágoas e nem arrependimentos. Apenas uma menina que já é mulher e espera as flores crescerem para colher, novamente, sua flor.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Essa é interna

Igual quando você compra um carro e, depois, vê um monte deles pela rua.

Ou quando você está grávida e só encontra barrigudas pela rua.

Tá tipo assim.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sobre os ex que a vida deixa no caminho

Todo mundo tem um caso mal resolvido. Daqueles que revolvem entranhas, sacodem as pernas, gelam o estômago e viram a cabeça. Mas nem sempre a não solução é de ambos. Mas como saber ?

Não dá. Não tem como. A menos que ele te dê pistas. 

Ele pode, por exemplo, saber mais da sua vida do que você imagina. E isso pode ser um indício. Ele pode também sondar sobre questões da sua vida pessoal que não estão bem esclarecidas. E isso pode ser um sinal. Ele pode querer te contar mais sobre ele do que você realmente perguntou. E isso pode ser satisfação. Ele pode demonstrar que apesar das trocentas curtidas naquela foto dele numa rede social, ele percebeu (e comentou) que você curtiu! E isso pode dar bandeira. Ele pode ser mais fofo do que você imagina num email quase formal e quase profissional. E isso pode ser xaveco. Ele pode responder sua mensagem descompromissada cheio de intenções. Mas isso nem sempre dá para perceber. 

E, assim como as outras coisas, pode ser ilusão sua. Afinal, a vida passou, mas o ex permaneceu ali sem nem saber a importância que tinha.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Um mimimi

Faz tempo que eu não apareço aqui, mas como estava com vontade de fazer um mimimi sobre o meu trabalho resolvi aparecer.

É assim:

* Tenho muitos chefes e isso não quer dizer que é bom, mas também não é necessariamente ruim.

* Depois de um ano e pouco, estou sozinha novamente. Tinha uma estagiária, que se foi e estou penando, mas por outro lado adoro estar sozinha na minha sala e colocar a música que eu quiser, no volume que eu quiser, quando eu quiser e quantas vezes eu quiser. Sabe aqueles dias que queremos a mesma música sem parar? Então, agora eu faço sem ter que me preocupar se estou ou não agradando e não preciso dos fones chatinhos de usar.

* Tenho um monte de chefes (falei, né?), então, mas nenhum trabalha diretamente comigo. Isso é bom porque tem um monte de gente pedindo coisas diferentes e nunca tem rotina, mas quase nunca tem um chato te perturbando ou pegando no seu pé, cobrando e etc e tal. E isso é o melhor dos mundos.

* Ninguém controla meu trabalho, mas claro exigem uma coisa ou outra e acompanham de longe o que acontece e como as coisas caminham. Se eu fizer alguma cagada pequena, muito provavelmente eu verei ou alguém vai me avisar e eu vou consertar sem que nenhum chefe saiba, veja ou perceba. Claro que se a cagada for grande, não vai ter como fugir de uma bronca. Se por um lado isso é bom tem o mesmo lado desta moeda que é: ninguém reconhece o meu trabalho. Posso me desdobrar, fazer a melhor matéria, escrever um texto sensacional, fazer um puta jornal, que não vai fazer diferença. Ninguém vai elogiar, ninguém vai perceber, ninguém vai nada. E isso, hmmm, tá me incomodando tanto ultimamente!

Agora chega de mimimi que o chefe master me chamou e eu tenho umas coisas para fazer já que, hoje, ele vai ficar aqui esperando.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sinal dos tempos?

Ia escrever no meu blog materno e digitei, sem pensar, o endereço. Cai aqui. Sinal dos tempos?

Essa que vos escreve não é mais uma menina ou não seria mais só menina. É também mulher, mãe, esposa, filha, amiga, funcionária, jornalista, prima, vizinha, ex. Não sei se essa ainda é a menina com uma flor que escreveu um dia. Sou menos insegura que antes, mais mal-humorada talvez, mais exigente, mais profissional, menos medrosa, mais motorista (?!), mais decidida, mais incerta, mais estudante, mais empenhada, menos atenta, menos cabeluda (?!!!!).

Foram transformações exteriores e interiores que, certamente, me deixaram menos menina ou menos essa menina, que um dia escreveu aqui. Mas que ainda escreve em outro lugar sobre sua maternidade, dores e delícias. Mas também tem dado vontade de escrever sobre outras coisas. Será que ainda cabe aqui? Será que tem espaço? Entrei aqui, hoje, ao acaso. Existem coincidências ou é melhor aceitar os fatos? Sinal dos tempos ou final deles?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Saudades

Vi uma foto de um "ex" qualquer e fiquei assim desmilinguida. E olha que faz tempo. E olha que foi uma paixão adolescente, daquelas que não deixam rastros na vida adulta. Daquelas que você pode assegurar que passou. E fiquei lá na rede social olhando as fotos dele com o coração descompassado.

Pensando mais descobri que a saudades que bateu não foi só dele. Claro, teve saudades dele, mas de um dele é o ele daqueles tempos, que hoje nem sei mais como é. Mas teve mesmo e de verdade saudades de mim e de mim daquele tempo. Não que hoje seja ruim, mas é cheio de responsabilidades, tarefas, chatices de trabalho, de vida a dois, de amizades virtuais e menos presenciais, de falta de tempo, de saco cheio de um monte de coisa errada que a gente vê e sofre todo dia e vai ficando assim mais ranziza, mais enfezada e mais chateada.

E só de ver aquelas fotos e de pensar naquele eu de muitos anos atrás (e olha que devem ser uns 15 anos)  eu me senti melhor e revigorada. Será que isso me melhora até o final do ano e me faz mais leve, menos ranzinza, enfezada e chateada do que ando ultimamente? Espero profundamente que sim.


sábado, 9 de julho de 2011

Uma pausa de mil compassos

Já pensei diversas vezes em acabar com o blog. Mas sempre adio. Agora que o Arthur nasceu e a ausência é mais dominante penso mais ainda. Mas falta coragem.
A menina cresceu e colheu diversas outras flores. Este não é mais o jardim no qual ela circula, mas tenho dúvidas se ela nunca mais vai querer andar por aqui. Nessa fase de ligação e dependência total com o Arthur não é por aqui que ela anda e nem é onde ela acha apropriado semear palavras, textos, sentimentos e sensações que só tratem do Arthur. O jardim do Arthur é outro. Por isso vou criar um blog só pra isso. E esse blog vai ficar aqui numa pausa de mil compassos até que a menina tenha coragem de abandonar definitivamente o jardim de cá ou então tenha vontade de retornar, limpar a grama e tirar as ervas-daninhas assim que a vida retomar em um outro ritmo.
Assim que criar o outro blog coloco aqui o endereço. (Vou tentar fazer isso agora, mas se o Arthur acordar, a vez é dele, então ...)

Up to Date: Cá está: Meu mundo de mãe

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ontem

Da morte ninguém sai ileso. E quem me dera isso fosse uma piada ou um trocadilho infame. Mas não é. É tudo verdade. E difícil. E duro. E triste. Mas sobrevivemos.
Por enquanto, vamos enfrentando, chorando, lutando, tentando, lembrando e chorando mais e mais e mais. Lágrimas secam, acabam ou esgotam? Por enquanto elas são abudantes, sentidas, sofridas, inevitáveis.
Chorar é a única coisa que consigo fazer apesar do consolo dos 81 anos vividos, dos 3 filhos criados, 6 netos curtidos e até um bisneto amado. Bisneto este que ela conheceu, carregou, beijou, benzeu e amou enquanto pôde.
Embora o Arthur não vá se lembrar da bisa, temos fotos para provar como era grande o amor dela por ele, que sei que não acabou, só mudou de forma e de lugar de onde é emitido. O amor fica e isso um dia vai nos consolar.