Eu sempre te chamei de filho. Mesmo agora que você já tem nome e sobrenome, ainda te chamo de filho. É assim que nossas conversas começam: Filho, blablablablabla. Ou então como terminam: blablablablá, né Filho?
No final de semana sonhei, pela primeira vez, com você. Sim, você como você. Quer dizer, você como Arthur porque só saberei se era mesmo você depois que você nascer. Sonhei com seu nascimento. Me lembro da emoção que senti no sonho. Como chorava. Como era intenso aquele momento. E como era lindo você me olhar simplesmente quando eu te chamava de Filho.
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