Certos acontecimentos forçam mudanças. Às vezes é bom. Faz a gente sair da mesmice, mudar a rotina e dar uma guinada na vida. Mas a mudança agora é pra valer.
Embora ela venha aos poucos (durante os nove meses da gestação), eu não posso deixar de notar o que já mudou na vida, no corpo, na casa, nas prioridades, em tudo.
As primeiras, são aquelas que você não entende. O humor alterado, as emoções a flor da pele e os enjoos esporádicos que só são entendidos algum tempo depois da confirmação - quando finalmente cai a ficha. Mesmo porque na hora do resultado, a única coisa que você sente é um torpor. É uma emoção que te tira do chão, da razão, de qualquer pensamento sensato. É como uma montanha-russa na primeira descida: você entrou, sentou no carrinho, subiu, subiu, subiu, está esperando por aquilo, mas na hora da descida você não está preparado e sente um turbilhão de sentimentos como medo, ansiedade, frio na barriga, aflição, adrenalina, etc.
E junto com a descoberta, a primeira mudança (nos planos) e a primeira decisão tomada: trancar a pós-graduação.
Depois, veio a galope a mudança do corpo com as calças que não servem, com a busca por conforto pra mim e pra ele e com as devidas adaptações.
Agora, aos poucos, transforma-se a casa. Tira uma cama, muda o computador de lugar, re-arruma guarda-roupas, faz-se planos aos montes.
Penso também no que vai mudar depois da chegada do Arthur, mas isso, ah, isso só vou conseguir mesmo saber depois que o Arthur chegar.
Um comentário:
Coisa mais linda é saber que o Arthur existe. E que em pouquíssimo tempo vou pegá-lo no colo, olhar bem pra ele e contar desse amor que é tão imenso, já.
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