quarta-feira, 30 de julho de 2008

POCKETLOVE
Adriana Franco

Cabe no bolso
essa edição
de amor fullgás
que a gente inventou.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Hoje

Eu saí do trabalho com dor de cabeça. Às vezes é difícil. Muito. Mas por enquanto dá para levar. No fundo, eu me divirto. Apesar de sair de lá esgotada. Osso do ofício. Eu saí de lá dando graças e achando que o percursso do ônibus seria capaz de aplacar minha dor. Viria lendo, anotando e escrevendo palpites no livro de um amigo. Mas dei azar. Peguei um maldito ônibus que estava com o sinal (o que se dá de dentro para descer) quebrado. O tal disparava por mais de 15 segundos toda vez que apertado. Adivinha se eu não cheguei pior do que saí do trabalho? Coisas da vida. Acho que foi só porque tive uma noite tão gostosa.

sábado, 26 de julho de 2008

O TCC, o Jornalismo e o meu amadurecimento

O meu TCC foi um documentário sobre a Revista Ocas" e o que a revista - quanto veículo de comunicação e organização não-governamental - promovia na vida das pessoas em situação de rua. Pois bem. Hoje, cerca de um ano e meio depois da apresentação, eu me lembrei de uma pergunta feita na banca, que só agora encontrei a resposta.
A pergunta feita pelo professor de rádio e televisão da faculdade foi: "E, agora, como fica a sua relação com a Ocas"?" Eu, que naquele momento ainda não tinha pensado e sofria uma certa pressão por parte da revista para que entrássemos para o time de voluntários, apenas respondi que ainda não sabia. Eu pretendia pensar nisso depois do turbilhão do TCC, mas de qualquer forma tinha aprendido ali uma coisa muito valiosa: nunca mais olhar para uma pessoa em situação de rua da mesma forma e que, portanto, sempre pensaria que aquela pessoa tinha uma história e, provavelmente, algo bastante trágico a ponto de o levar para a situação de rua.
Não era mentira. Não é. Mas hoje entendo com mais clareza meu papel de jornalista. Eu não posso e nem podia entrar para o time de voluntariado porque o meu trabalho é outro. É mostrar para as pessoas que há exemplos que dão certo e podem ser repetidos. É mostrar o que o mundo ainda tem de bom e, por isso, não devo e não posso ficar presa a uma instituição. Não pra sempre. Se entrasse e lutasse especificamente por aquela ou outra causa me tornaria, então militante. E não é o foco. Eu quero fazer acontecer. Mas de outro jeito. Do meu jeito.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Engraçado como um almoço e meia tarde com uma amiga muda o dia. Muda a vida.

domingo, 20 de julho de 2008

Momento decisivo

É difícil tomar certas decisões. Mais difícil ainda quando estas decisões não lhe parecem acertadas. Por exemplo, filha de pais separados (traumaticamente) decidir se casar. Chavão, mas verdadeiro. Eu demorei. Sim, demorei muito. Até o dia que veio a prensa e eu parei para pensar. Ele me jogou na cara que eu tinha medo e eu assumi. Ué. Como tentar uma vida a dois se o exemplo que vem de casa lhe diz para que não faça isso? Foi então que eu parei para analisar: a vontade crescia; ter e formar uma família tinha sempre sido meu sonho de criança; e eu podia fazer algumas coisas diferentes. E agora que chegava a idade eu negaria a chance?
Tentar é o caminho. Eu acredito sim. Eu nunca deixei de acreditar só porque um caso (embora fosse o meu exemplo) não deu certo. Eu me pego nos pais das amigas que deram. Se com eles deu por que comigo não pode dar?
Claro que é mais do que isso. É ver a pessoa com quem se tenta. É entender uma história que já se constrói e ver que ela pode e deve ser alongada. É fazer com que a vontade de não dar tchau e de acordar junto vire real. É querer frutos. É, em síntese, um enorme aceitar. E, apesar de tudo, acreditar.

sábado, 19 de julho de 2008

Uma notícia que alivia

Eu já falei aqui várias vezes sobre o assalto que sofri no meu sítio há mais de 3 anos. Do processo moroso. Diversas vezes fui depor. Reconhecimento fotográfico em São Paulo. Depoimento em Porto Feliz. Até o depoimento final no Fórum Criminal. Pois bem. Semana passada eles foram condenados. O que estava do lado de fora, portando arma e encapuzado, mais de 50 anos. O que estava do lado de dentro, de cara limpa, talvez com arma (não confirmado e nem visto) e que agrediu meu pai, mais de 20.
Eu ainda fico ligeiramente impressionada e assustada no sítio. Mas saber disso alivia.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

...

Ando com preguiça de escrever aqui. Ando devorando Ana Cristina Cesar. Já me sinto íntima, até. Acho que ando vazia (sem assunto, eu digo). Por isso, a ausência. Queria dizer que volto logo. Mas sinto que não depende de mim. Pensei em mudar de endereço (o blog). Ainda não sei. Tudo são apenas idéias. Eu só queria mesmo o maldito caderno encapado de tecido. E esse eu não acho em lugar nenhum.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Pelo que eu acredito

Eu escolhi o jornalismo pelo que acredito que ele é capaz de fazer. Sim, eu acho que vou mudar o mundo um dia. Que posso realizar transformações.
Nesse sentido, meu último estágio foi super válido. Lá eu via, sim, que era possível. E nem precisava de muito coisa: uma pauta, uma matéria, uma revista - mesmo que institucional.
Foi também nesse sentimento, crença, ideologia, critério e toada que fiz meu trabalho de conclusão de curso: um documentário sobre a revista Ocas", que resgata pessoas em situação de rua dando-lhe não só oportunidade de trabalho como de re-inserção social e resgate da auto-estima.
E foi também por causa do trabalho e do estágio que acabei me aprofundando e descobrindo que ainda mais pessoas fazem isso. E também na grande imprensa, embora em menor volume e com mais desafio. Mas isso só aumentou tudo que eu sentia aqui. E reforçou a aposta.
Por isso, acompanho o blog e o trabalho da Adriana Carranca - uma dessas que enfrentam o desafio na grande imprensa. E hoje tinha um post lá que eu gostei muito. E resolvi incentivar a idéia - porque eu também acredito.
Pois bem: a campanha consiste apenas em você entrar neste site e preencher o formulário, que ajudará as cerca de 2 mil pessoas que deixam o Iraque por dia e por viverem escondidos não têm direito nenhum.

domingo, 6 de julho de 2008

Momento
Adriana Franco
Para Tatiana
Não é mais a conta-gotas,
que a menina vive.

Quer enxurradas -
sentidos, perdões e desculpas;
Chuvas, trovoadas e tempestades.
Urgências que vieram com o tempo.
A tempo.

Entregando-lhe,
de bandeja,
um caminho.
E outra perspectiva.

sábado, 5 de julho de 2008

WALL•E

Se você for pensar nos ingredientes de um filme, em que pensa? Eu, quando comecei a assistir ao WALL•E me surpreendi e me pus a pensar nisso e a listar: trilha sonora, personagens, enredo, diálogos, conflitos, emoções. Mas a lista embora assim precária, mas sendo o possível em uma sala escura em que rodava um filme que me surpreendia tanto, não se encaixava no que via porque não havia diálogo. O filme avançava e não havia diálogo. Mas o filme estava completo. Como pode? Era possível perceber tudo pela música, pelos sons, pelas expressões dos personagens. E eu, que nem sabia o enredo do filme, saí da sala de cinema encantada.
Houve, depois, algumas falas e alguns princípios de diálogo, mas se eu fosse produtora de filmes juro que ia tentar isso: um filme sem nenhum diálogo. Fiquei encantada com a possibilidade.
E se você quer saber, mais que indico o filme. Bom demais.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Lenda

Começou a namorar e sumiu. Normal. Quem nunca fez isso? Sonho do trio, que virava sexteto. Então os planos de programa de casais podia ser real. Seria. Nunca foi.
Até se tentou. 1,2, 3 vezes. Mas sempre dava errado. Ela mesmo desistia. Das viagens, dos jantares, dos programas. Sempre tinha uma desculpa. A turma dela, agora, era a dele. Normal, quem nunca fez isso?
Só que agravou-se. Nenhum convite, nenhum programa. Nada era aceito. Nem viagens. Nem barzinho. Nem filme. Nem jantar. Então eu desisti. Mas ainda insistia. E desisti de novo. E mais outras tantas vezes até que foi definitivo.
Foi quando ela chamou no MSN e combinou uma viagem. Já tinha dado alguns canos este ano. E eu já tinha desencanado. Apostei. Me certifiquei. Cobrei e ela achou ruim dizendo que não ia dar o cano. Dito e feito. Mandou um e-mail desmarcando. Mais uma desculpa como as outras. Dessa vez não colou e eu me enfureci. Ela, culpada, sumiu. Até me ligar essa semana. Prometeu que viria hoje. Eu já não ligo, não aposto, não acredito. Fui sincera da última vez que ela ligou a uma semana atrás: olha, cansei. Só acredito vendo.
Só que além de cansar e de ter virado piada aqui quando digo que ela diz que vai aparecer eu me entristeço. A opinião unânime é de que vai acabar. E isso é triste. Eu queria ela do meu lado no altar, mas quase não faz mais sentido. Eu queria ela como madrinha de um dos meus filhos, mas nem sei até quando vai durar a amizade, a afinidade, a ligação. É triste. Esse ano a gente não comemorou nosso aniversário de amizade como sempre. No aniversário dela eu era a única amiga presente, o restante era da turma do namorado.
Eu sou da opinião que isso é coisa do namorado. Namorado, inclusive, que ela só conheceu por minha causa. Mas é assim. Infelizmente. Ela virou lenda, boi dormindo, história errada de carochinha.
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Agora os comentários rápidos e concisos estão aí do lado. É só conferir nas rapidinhas.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Percepções

O mundo de uma gripada é: sem cheiro, sem gosto, sem som. SEM GRAÇA.