sexta-feira, 31 de outubro de 2003

E toda vez que eu leio uma música em algum blog eu tento cantá-la.
Nem sempre eu consigo.
E eu comecei a ler Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Marquéz e já estou amando, virou meu livro de mochila. Aquele que você carrega para onde vai.
E bem que esse final de semana podia fazer sol para eu tomar sol e manter minha marquinha de biquini.

quinta-feira, 30 de outubro de 2003


que blogueiro famoso você é?


Ontem teve sessão nostalia lá em casa. Liguei a vitrola (!) e coloquei discos que eu ouvia quando eu era criança. Sim, eu fui uma criança muito feliz. Então ouvi:

Trem da Alegria e Clube da Criança que eu não consegui colocar aqui a imagem.

quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Fui viajar, por isso o sumiço. Voltei na segunda de tarde porque dei uma passadinha em Campinas para ver minha vó. E o resto da segunda eu fiquei dormindo. Eu dormi mais de treze horas!!! Tava precisando, tava com o sono de suas noites atrasados.
E como em casa eu to sem computador, só me resta o da faculdade e ontem, eu não tive tempo nenhum. Agora vai recomeçar a corrida contra o tempo por causa dos cinco milhões de trabalhos que eu ainda tenho que fazer, escrever, datilografar, pesquisar...
Mais tudo vai dar certo, como sempre.

sexta-feira, 24 de outubro de 2003

Quinta-feira não devia existir na minha vida. Há cerca de cinco anos, todas as coisas ruins que tem pra acontecer na semana acontecem na quinta-feira. No começo todas as questões problemáticas eram diretamente ligadas ao coração. Depois essa fase de quinta-ruim passou para quintas-românticas e todas as questões boas ligadas ao coração também eram as quintas. Depois nada acontecia e eu até cheguei a pensar que seria uma pessoa com quintas normais, mas como nada dura pra sempre minhas quintas voltaram a ser ruins, por assim dizer.
Ontem aconteceu de um tudo. Começou de madrugada. 4:00 da madrugada a cachorra começou a vomitar e eu levantei pra cuidar da cachorra. Eu e minha mãe. Pano, balde, cachorra passando mal. Levantou minha irmã e passa pra cá, pra lá. Até às 4:30. Ok, voltemos a dormir. Mas e pra dormir depois de novo? Demorei, mas consegui. Acorda e vai pra faculdade. Morrendo de sono, mas beleza. Meu pai liga e avisa que minha irmã bateu o carro. Pelo desespero do meu pai o acidente devia ter sido grave. Falei com ela e nada demais. Quando minha mãe chegou aqui eu contei pra ela e fomos para a 25 de Março. Só que ela perdeu o pingente da corrente dela, ela acha que foi na hora em que minha irmã bateu o carro. Ligação??? Quase nada. Depois minha irmã, a outra, brigou com a melhor amiga. E eu decidi ficar bem fechada em casa pra não acontecer nada comigo, isso sim! Quinta-feira ruim é pouco.

quinta-feira, 23 de outubro de 2003

White Flag
Dido

I know you think that I shouldn't still love you,
I'll tell you that.
But if I didn't say it, well I'd still have felt it
where's the sense in that?

I promise I'm not trying to make your life harder
Or return to where we were

Well I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be

I know I left too much mess and
destruction to come back again
And I caused but nothing but trouble
I understand if you can't talk to me again
And if you live by the rules of "it's over"
then I'm sure that that makes sense

Well I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be

And when we meet
Which I'm sure we will
All that was then
Will be there still
I'll let it pass
And hold my tongue
And you will think
That I've moved on....

Well I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be


Essa música é tão significativa!!! Diz tanto que até dói.
"CURRICULUM VITAE

Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado. Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo, Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro pro melhor amigo. Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido
no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "
- Qual sua experiência?"
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: Experiência...experiência... Será que ser plantador de sorrisos é uma boa experiência? Não!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!"

Recebi por e-mail. Demais!

terça-feira, 21 de outubro de 2003

SAGITÁRIO
Vinicius de Moraes

As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide...

Viu???
Os comentários diminuíram gradativamente conforme os posts... 4, 3, 2, 1. Só espero que nesse não chegue ao 0.
Risos.
Meio calor, meio nublado. Tempo indeciso.
Às vezes, acho bom saber que também há indecisão no plano superior.

segunda-feira, 20 de outubro de 2003

Como não podia deixar de ser o tempo ta uma droga. Nuvens, frio, vento e amanhã ainda vem chuva por aí. Tá bom, chuva tava precisando. Mas eu quero calor, acho que São Pedro esqueceu que a primavera e até o horário de verão já começaram. Hunf!

domingo, 19 de outubro de 2003

To muito triste. Acabou o final de semana e tá tão calor, tão gostoso que podia durar pra sempre. E eu tenho quase certeza absoluta que amanhã o tempo vai amanhecer um lixo.
Final de semana foi tranquilinho e bem gostosinho, acho que é esse tempo de sol e calor que me agrada bastante.

sábado, 18 de outubro de 2003

Pro final de semana compensar eu ia viajar hoje cedo, mas me deu preguiça! Das grandes e eu acabei ficando aqui.

sexta-feira, 17 de outubro de 2003

A dor de cabeça da semana toda, ontem, revelou sua causa. Meu juízo resolveu chegar e meu dente do ciso está aqui a me incomodar. Como dói!!! Dor de cabeça de matar e de dente também, óbvio!
Ninguém merece, o final de semana tem que compensar, aaa tem!
Então seguirei meu coração, até o fim, pra saber se é amor
Magoarei mesmo assim, mesmo sem querer, pra saber se é amor
Eu estarei mais feliz mesmo morrendo de dor
Pra saber se é amor, se é amor
Jota Quest, Amor maior

quinta-feira, 16 de outubro de 2003

quarta-feira, 15 de outubro de 2003

E meu lema é:
"Eu tento me manter afastado
Mas você me conhece
Eu faço tudo errado (tudo errado)."
E ele logo logo me respondeu:
E aí Di, tudo bem com você ?
Faz muito tempo que a gente naum conversa.. Já naum sei como devo falar com voce, como eu fazia pra voce me entender.. Olha, eu queria escrever que, entaum, o nosso amor fica definitivamente enterrado com esse e-mail, mas naum consigo, vou deixar pra voce fazer isso...
Vamos tentar deixar assim entaum... a gente naum vai mas se ver mesmo... e se nos vermos, aí pensamos em que fazer, quem sabe naum acontece nada... quem sabe nenhum de nós dois vai querer, quem sabe... Ah, fiquei triste de voce dizer que foi soh um final de semana, pra mim foi um pouco mais...
Beleza entaum... Tenho saudades de voce... Saiba que voce também vai estar pra sempre no meu coração... E nunca vou eskecer o amor que senti por voce....
Um beijo especial
Léo


E me deixou meio sem noção, tentei falar com ele por telefone e não consegui então mandei um e-mail carregado de sentimentalismo, será que ele vai aparecer????

Léo, minha intenção não é enterrar tudo que existiu com um e-mail. Mas sim, tentar, mais uma vez, entender você. Sei que você gosta de ser racional e é assim que você age e se sente seguro. Cada um tem um jeito de ser. E eu sou emocional, pulo de cabeça sem medir as consequências mesmo que depois eu tenha que ficar aqui, sozinha, com elas. Eu também não quero enterrar amor nenhum. Mesmo porque se você parar pra pensar tudo isso (todo esse amor) já acabou faz tempo. Mas, pra mim, amor não acaba. Se acabou, não era amor. Então, acabou o desejo, a vontade. E é isso que eu queria te dizer com a crônica.

Você acha que tem que mudar como fala comigo? Ledo engano Léo. Nada precisa mudar, porque o que não devia já mudou. Você mudou, eu mudei e a gente não sabe o que de tudo ficou porque a gente não se "testou". E te entender é a única coisa que eu queria.

Lembra a última vez que a gente se falou de madrugada e você disse que queria tentar de novo, mas tinha medo de, aos poucos, acabar desistindo ??? O que eu to tentando, desde ontem com a crônica, te dizer é que: às vezes, a vontade bate em você muito forte, mas você sabe que vai passar. Como fala Danuza Leão, às vezes, a gente precisa resistir a essas vontades. Eu só tava querendo te perguntar, se era exatamente assim que você sentia. Se era uma vontade, desejo que logo passaria pra ver se eu conseguia te entender e definir tudo que passe na sua cabeça e no seu coração.

Confesso estar bastante decepcionada. Tudo que eu mais queria era te ver, resolver tudo isso. Ver o que ficou de tudo. E, quando eu fui pro aniversário do Ivan o que eu mais queria era te encontrar, te ver, resolver, ou pelo menos matar as saudades. Mais que nada. A gente sempre se desencontra. A gente nunca está juntos no mesmo lugar. Parece que quando um está o outro não pode, não deve estar. Então fica um fugindo do outro. Assim a gente nunca vai resolver. Eu queria te pedir pra gente se ver, se encontrar, tentar resolver ou simplesmente matar as saudades, mas eu sei que não adianta. Que se encontro não aconteceu enquanto a gente esteve juntos, agora, separados muito menos que isso vai acontecer. Então, não adianta, vai ficar nas mãos do destino. Assim como ele resolveu juntar e separar, ele que vai ter que resolver nossos corações.

Pra mim não foi só um final de semana, não é. Tanto que eu passei esse ano inteiro tentando entender, tentando te esquecer e superar tudo isso. Me culpando e não sabendo se tudo que eu tinha feito e tudo que eu tinha apostado tinha sido certo. Pensando e tentando encontrar onde foi que eu errei no meio do caminho. Ainda tento entender muitas coisas porque não consigo me convencer de que acabou, não tem mais jeito. E toda vez que você aparece mexe comigo, desfaz planos, conclusões e teses. Provando que não adianta nada resolver com a cabeça, enquanto o coração não aceitar, não adianta. Eu tenho que parar com tudo isso, mas é difícil. Eu acho que a gente precisava se ver, mas sabe-se lá quando isso pode acontecer.

Se quiser me ligar hoje pra conversar ia ser bom. Tentei te ligar ontem, mas ninguém atendeu. Não quero que as coisas fiquem estremecidas entre nós.

Te adoro

Um beijo especial

Didi


Certo ou errado agora já está tudo feito e como sempre o feitiço virou contra a feiticeira. Assim eu aprendo a pensar duas vezes antes de querer brincar de mexer com ele.
Então, a gente resolveu que a gente vai brincar de: eu mexo com você e você mexe comigo.
Tudo começou porque eu resolvi mandar um e-mailzinho bem bacana. Pra mexer com ele e saber qual seria a reação dele. Mas claro, que o feitiço virou contra o feiticeiro e ele mandou um e-mail pra mexer comigo. Tentei ligar lá e como não consegui mandei um e-mail agora. Quer ver como começou?

Elas passam (Danuza Leão)

Quantas vezes por dia você tem uma vontade louca de alguma coisa? Se prestar atenção, vai ver que várias.
Os gêneros são variados; vontade de comer chocolate, de telefonar para ouvir a voz da pessoa amada, de sair do trabalho às três da tarde e ir ao cinema, e por aí vai; todas são pouco recomendáveis - e a graça é exatamente essa. Você já ouviu alguém dizer, depois do almoço, que está louco de vontade de ir a uma reunião para resolver problemas da empresa?
Algumas das vontades precisam ser adiadas - o que só faz com que elas aumentem de intensidade. Pensar que só vai poder trocar o carro depois de receber o décimo-terceiro não mata ninguém e esperar pelo que se quer sempre tem sua graça; mas nunca resistir a uma vontade pode se tornar uma maneira perigosa de viver.
Existe uma diferença entre vontade e desejo; o desejo é mais forte, mais ameaçador, mais intenso, mais perigoso. Não se tem vontade de um homem; um homem se deseja.
Depois dos quarenta é raro que haja um encontro entre duas pessoas que estejam, ambas, livres e desempedidas. Pelo menos uma delas está enganchada num casamento ou num caso complicado - o que só faz com que o desejo aumente; mas ceder ao desejo é perigoso, pois um dos dois pode se apaixonar.
Tudo começa por um vago interesse que começa do nada; por ela ter um pé bonito, por ele segurar o braço dela com uma certa firmeza na hora de atravessar a rua, por ela fazer um carinho na cabeça de um cachorro, por ele acender o cigarro de um jeito que ela achou engraçado. O verdadeiro perigo começa quando, em algum momento, os dois se olham e sustentam o olhar por dez segundos.
É como quando se pára num sinal e chega um garoto querendo limpar o vidro do carro. Se você olhar para ele, dançou; a única maneira de impedir a aproximação é se os olhares não se encontrarem nem por um segundo. Entre um homem e uma mulher é igual.
Voltando ao parágrafo anterior: por dez segundos não: cinco são suficientes para que se estabeleça um clima. Se na mesma noite isso acontecer duas vezes, prepare-se para o próximo capítulo: o desejo, que não costuma respeitar nem as convenções nem a moral vigente; e depois dele, talvez, a paixão.
O desejo não quer saber de nada, se vai ou não revolucionar a vida de ninguém: ele chega e derruba quem estiver na frente. Desejar é perigoso, e como certos atos não costumam ser praticados imediatamente numa mesa de bar sempre há tempo de refletir e decidir se continua ou desiste.
Não dá para fazer tudo que se quer; aliás, até dá, mas a conta chega - sempre chega. Se você comer uma caixa de chocolates, vai engordar dois quilos; se telefonar à tarde para ouvir a voz do namorado, ele vai achar que você já está no papo; se deixar o trabalho à tarde para ir ao cinema, vai para o olho da rua.
Se apaixonar é sempre maravilhoso e quase sempre o caos: e ainda tem aquele homem com quem está há tanto tempo, de quem gostou tanto e que te conhece tão bem. Aliás, como é difícil encontrar quem nos conheça, ou melhor, quem esteja interessados em nos conhecer. Mas, se o outro homem - o novo, que faz você palpitar de desejo - se apaixonar e disser que não ode viver sem você, aí começa o problema. Uma paixão não pode ser vivida unilateralmente.
Onde foi que a coisa complicou? Foi quando os dois acharam que as vontades existem para serem satisfeitas. Nenhum deles pensou na verdade mais elementar: que a vontade acontece, mas passa.
É triste reconhecer, mas a vontade passa. Lembra daquele vestido que você viu na vetrine e achou que morria se não comprasse? Do dia em que jogou tudo pro alto porque pintou uma viagem que nem lembra mais para onde porque morria se não fosse? Daquele homem por quem abriu a mão do mundo para ficar com ele? Em que cidade mesmo você se apaixonou, qual era mesmo o tipo de música de que ele mais gostava, qual era mesmo seu prato favorito, aquele que você aprendeu a fazer tão bem? Pois é, passou.
Faça um teste: da próxima vez em que tiver um desejo daqueles de perder a respiração e achar que pode morrer, tão grande ele é, conte até três, com ou mil.
Pobre de quem passa a vida sem querer nada, porque as vontades e os desejos são as melhores coisas dessa vida.
Mas passam.



Oi Léo, estive lendo essa crônica no final de semana e achei que mais que definia o que aconteceu, explicava. Então, acho que a gente devia pensar um pouco sobre isso. Acho que resume bem o seu medo de depois desistir, não é que você desiste, mas que a vontade acaba passando. Claro que o grande caos de tudo foi eu ter me apaixondado. E pra paixão não tem jeito. Ela não passa como as vontades eos desejos, ela é tudo o que fica disso. Ninguém tem culpa, as coisas são simplesmente assim.
Será que estou certa nessa minha conclusão ?
Desculpa te fazer pensar nisso, na gente e em tudo. Mas acho que isso veio pra fechar muita coisa, pra me fazer entender (de uma vez por todas) que acabou e que, como muitas coisas, não tem mais jeito. Apesar da paixão, do que ficou.
A paixão fez valer a pena, fez eu não me arrepender, a me fazer insitir (até demais) e não me deixar desistir. Mas tudo acaba e a gente precisa saber que hora as coisas precisam mesmo terminar.
Os desencontros atuais reafirmam que tudo já devia ter acabado, que foi simplesmente um final de semana e muitas histórias pra contar. Espero não fazer ressaltar mágoas em você e que esteja tudo bem, que nosso caso mal-resolvido possa ser resolvidos dentro de nós mesmos, porque é só a gente que resolve. Se resolve.
E que, um dia desses, a gente possa ser apenas amigos. Com tudo resolvido e acertado.
Adoro você e isso tudo não te tira do meu coração, nem sua importância e nem nada.
É só mais uma tentaiva de me resolver.
Um beijo especial
Didi

terça-feira, 14 de outubro de 2003

Conhecendo você como eu conheço, eu sei que você sempre entende as minhas entrelinhas. Às vezes, se faz de desentendido, mas quando toca na ferida se faz presente. Tão presente que às vezes dói. Mas isso tudo é só mais um sinal (uma prova) de que a gente ainda mexe um com o outro.

segunda-feira, 13 de outubro de 2003

O domingo ficou por conta do churrasco na casa do melhor amigo. Me diverti à beça.
O final de semana foi pra lá de proveitoso e hoje eu aproveitei pra dormir até mais tarde, já que não tinha aula. Mas amanhã tudo volta ao normal.

sábado, 11 de outubro de 2003

Ontem o meu dia se resumiu a: chuva, cama, chá e cólicas.
Por isso, demorei tanto pra escrever aqui a crônica. Mas aqui vai.

Assombrações (Ivan Angelo)

Existe amores que já morreram há muito tempo mas de vez em quando aparecem, como uma assombração. Não, não falo de assombrações que voltam para seduzir, como a moça-fantasma de Belo Horizonte poetizada por Carlos Drummond de Andrade; ou voltam para apimentar uma vida que ficou insossa, como o Vadinho de Jorge Amado faz com dona Flô. Não. Estas, diz o ditado, sabem para quem devem aparecer, ou seja: só aparecem com a ajuda daqueles para quem aparecem. Falo de outras, que fazem uma visita breve, uma aparição, e somem, de improviso, sem arrepiar ninguém.
Às vezes esses amores nem se mostram inteiros. Surge uma boca, um seio, uma pele, um andar, uma risada. Quando se presta atenção, a figura desaparece: era assombração. O fantasma antigo pode aparecer de repente no meio de uma leitura, ao escovarmos os dentes e até na hora do amor. A gente pode estar conversando, discutindo um negócio, um filme, uma jogada, e se intromete aquele olhar. Pode estar dirigindo um carro e a mão que repousa hoje em nossa perna tem o mesmo peso de alguma do passado e aí vem o fantasma sem-que-fazer e puxa conversa.
Não é saudade, não é nada: é intromissão. A figura surge concreta, sensível, do mesmo como nos vem um gosto de doce de abacaxi ou uma chinelada da mãe. Quem governa fantasma? Quem chama? Ninguém, é ele mesmo quem se convida.
Não tem nada a ver com aquela coisa de telenovela, aqueles dramas de folhetim em que se comenta: ele ainda gosta dela, não tira essa mulher da cabeça, até hoje é apaixonado por ela etc. Nada disso. É pura assombração, que irrompe de repente na hora própria ou imprópria, independentemente de vontade ou convite. Ora uma, ora outra, faz sua visita-relâmpago, muda ou falante, e some.
Que dizem? Cada visitado recebe seu recado conforme gravou. Uma confessa trêmula, temerosa de desamor: "Não sou mais virgem" - quando isso tinha importância. Outra, espantada com as descobertas: "Eu não achaa que ia gostar tanto disso". Outra, cobrando: "Você não assume". Outra, no escuro: "Quem é você?" Amores de outro mundo não se sentem obrigados a diálogo, dão seu recado e vão. Ou nem dão, só se mostram.
Alguns perdem a visagem e nos assaltam só com uma sensação, um nome, umas covinhas, tranças negras. Não têm mais aparência corpórea. Será que morreram na vida real? Desvaneceram-se no tempo, frágeis como velhas cartas que se esfarelam, como madeira sem lei. Nem por isso menos reais em sua fantasmice, menos carentes de sentido que não a própria visita inesperada.
De maneira nenhuma perturbam o amor em curso, nem é essa sua intenção, se é que aparições têm algum propósito. O amor em curso é feito de beijo e resposta - e segue intocado por essas intromissões. Também não se pode dizer: são desejos, frustrações. Não. Tveram, no seu tempo, beijo e resposta. Nada ficou por explorar, quando seus corpos eram matéria propícia. Foram generosas no dar, alegres no receber: tiveram fartura. Não vagam por aí à procura, estão satisfeitas no seu canto.
Nem se pode dizer: são visitas malfazejas. Pelo contrário, são cordiais! São borboletas: passam, enfeitam o instante com algumas cores, voejam e partem. Se deixam alguma coisa, é um sorriso na alma do visitado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2003

Ontem eu li a crônica da Vejinha e me identifiquei. É, exatamente, aquilo que eu sinto muitas vezes.
Eu ia transcrevê-la aqui hoje, mas esqueci a revista em casa, deixo pra mais tarde ou pra amanhã.

Hoje é aniversário do meu melhor amigo. Eu só posso dizer que ele é maravilhoso. Me compreende, me aconselha mesmo que, às vezes, adore me encher só porque sabe como eu me irrito. Sabe como me deixar sem graça como poucos porque apesar de eu ser tímida, poucos me deixam realmente envergonhada. Ás vezes eu sou a irmã dele, a mãe, a amiga conselheira, a psicóloga e até a voz da experiência. E é isso que eu gosto, do jeito dele ser -pra mim- milhões de coisas. Por conseguir me distrair quando eu mais preciso. Acho até que vou sair daqui mais cedo só pra ir lá dar um abraço e um beijo nele porque ele, tantas vezes, foui meu colo, meu consolo. Meu amigo, meu irmão, a mão que me levantava ou que enxugava minhas lágrimas. Mesmo que, às vezes, eu prefiriria não ouvir aquele sermão, não saber que ele já desconfiava de tudo, só faltava eu falar. Eu amo aquele menino, seja como for. E sim, é só amizade.

terça-feira, 7 de outubro de 2003

Eu não tirei 10 naquele trabalho, mas como estou contente com as minhas notas não vou me matar. E também foi perto, então tudo bem. Acho que como a raiva e o estresse passou, já tá tudo bem.

Eu tinha milhões de coisas pra postar, mas foi só abrir o blogger na tela de post que todas as coisas fugiram. Assim não vale.

Segunda, indo pra faculdade eu dei muita risada. Fui olhar no carro ao lado e lá (um carro prateado, acho que era o nogo gol ou polo ou qualquer coisa assim) tinha um moço de seus 30 e poucos, com avental de médico, no braço esquerdo o símbolo do hospital em vermelho fazendo a barba!!! Sim, ele estava no maior contorcionismo para se olhar no retrovisor e fazer a barba com seu barbeador elétrico. O aparelho, ainda por cima, era todo fashion (era azul marinho, meio transparente -que nem meu tênis da melissinha- e os botões eram verde limão - que nem o M do meu tênis - e bem estilo telefônica além do formato diferente). O moço era bem apessoado (leia bonito). Tinha os cabelos curtos e meio enrolados. Usava óculos de armação só em cima prateado e retangular. Um estilo bem clean e tinha uma aliança de casado. Mais como foi engraçado o moço se barbeando. Eu nunca imaginei presenciar tal cena. Estávamos parados no sinal e ele se contorcia para fazer a barba e eu, de rir da cena. Aí, ele ainda tirou uma espinha e ficou olhando analisando. O sinal abriu e andamos. Mais à frente os carros voltaram a se emparelhar, mas desta vez em movimento, e ele estava lá, dirigindo e passando o barbador pelo rosto. Mais aí contornamos a praça e ele seguiu reto em direção a ponte da Freguesia do Ó. Mas foi engraçado. Como diz minha irmâ: Não tem mulher que se maqueia no trânsito ? Ele faz a barba.

Semana passada eu resolvi imprimir uns desenhos de colorir na faculdade. Primeiro desacreditaram e eu demonstrei todo o meu lado infantil-adoro-pintar. Só que o negócio além de gerar comentários mil, virou uma coqueluche (eu amo essa palavra). Então, ontem em plena aula a Talita pintava porque ela rapidamente aderiu à moda e os meninos e meninas que sentam à nossa volta pediam desenhos para colorir, vê se pode? Tem cada uma.
Não vou ficar
(Tim Maia)


Há muito tempo eu vivi calado mas
agora resolvi falar
Chegou a hora tem que ser agora
E com você não posso mais ficar
Não vou ficar não.
Toda a verdade deve ser falada
E não vale nada se enganar
Não tem mais jeito, tudo está desfeito
E com você não posso mais ficar
Não vou ficar não.
Pensando bem
não vale a pena ficar tentando em vão
O nosso amor não tem mais condição.

Por isso resolvi agora lhe deixar de fora
Do meu coração
Com você não dá mais certo
E ficar sozinho é minha solução
É solução sim, não tem mais solução.

segunda-feira, 6 de outubro de 2003

Enquanto a semana passou, eu fiquei ocupada - e desesperada - com provas e trabalhos. Mas o final de semana veio pra compensar. Tudo porque eu passei o final de semana entre os amigos, quer melhor ? Mesmo estando o pó. Comemorações com a Thatyzinha não faltaram. Acompanhada pelas Carols e ainda com a oportunidade de conhecer a minha Xará meiga. Só faltou a Paula e a Elisa.
Sexta foi no samba-rock, rindo por causa da festa a fantasia que acontecia. E rindo mais ainda com as meninas que estava pra lá de inspiradas. Depois sábado ainda teve um churrasquinhos, muita caipirinha e carne pra ficar perto da aniversariante do dia.
Domingo saí com outro amigo.
A semana começa cheia de ressaca, mas também animada. Som no último, risadas e muita bagunça. Isso tudo porque me encontro em uma instituição de ensino, imagina se não fosse.
Agora começam a sair as notas e se naquele trabalho - o da saga - eu não tirar 10 eu me mato!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2003

Mais um mês se foi, mas um mês que vêm. Impressão minha ou esse ano passou rápido demais? Credo, a gente já tá em outubro.

Essa semana tá corrida, e eu to querendo o fim. Amanhã, finalmente é quinta e isso significa que estamos perto da sexta. Mesmo que sábado eu ainda enha aula e prova, já é melhor que qualquer outro dia. Foi corrida maluca, contra o tempo. Entrega de trabalhos, provas, tudo de uma vez. Tem um trabalho que eu NUNCA mais quero ver na frente. Aquilo sim foi um trabalho. Primeiro que deu trabalho pra juntar duas pesquisas, fazer apresentação. Depois quando estava tudo pronto eu consegui perder o disquete, onde o trabalho estav salvo, na faculdade. Semana passada e esperei até sexta-feira se ele aparecia, só que nada. Então Segunda re-datilografei as 15 páginas, tudo de novo!!! Nunca mais eu deixo as coisas salvas só no meu disquete, NUNCA MAIS. Ele tinha que ser entregue na Terça. Então, Segunda de madrugada eu ainda tava datilografando o trabalho. (SAGA I: DISQUETE e SAGA II: REDATILOGRAFAR). Terça eu cheguei cedo pra poder inserir as figuras porque eu não conseguia fazer mais nada segunda de madrugada e para imprimir, só que a impressora resolveu dar pau. Isso eu já tinha que ir pra prova. Então fui pra prova, fiz rapidinho e resolvi ir no outro laborátorio imprimir. Quando eu tento imprimir, algumas figuras não saem. Então, deleta as figuras e imprimi só as páginas que tinham dado errado (SAGA III: A IMPRESSÃO). Daí, tinha que colar os anexos todos e a minha parceira resolveu fazer tudo, menos me ajudar no resto do trabalho. Então to eu lá correndo contra o tempo e fazendo tudo sozinha (SAGA IV: A FINALIZAÇÃO). Tinha que correr, só que faltava grampear. É, isso mesmo. (SAGA V: GRAMPEAR). Primeiro tentei a secretária, um lixo aquele grampeador. Depois tentei o xerox, tava sem grampo e sem grampeador. Então corri na sala, na mala da minha companheira e usei o dela. Ufa, entreguei o trabalho. Eu tava querendo jogar o trabalho no lixo. Porque além do sono, do cansaço eu já tava irritadíssima. Que ódio! Tava querendo matar um. Por isso que ontem, às oito e meia da noite eu já tava sonhando com os anjinhos e fui até hoje de manhã, na boa.