quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Insone

(sem título)

Tudo que é pouco,
e devia ser muito.
Tudo que sangra,
e dói mudo.
Tudo que faço,
ou, então, anulo.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amar é...

...revisar o TCC da melhor amiga e passar tudo por telefone. Inclusive todos os seus pitacos e sugestões.
Dos sonhos que não são pesadelos, mas são estranhos
Essa noite sonhei como se fosse um livro. Cada parte do sonho era um capítulo. Mas acontece que os capítulos estavam embananados. E as personagens eram a Menina que roubava Livros e Max Vanderburg, do livro A Menina que Roubava Livros, e Rímini e Sofia, d'O Passado. Ou seja, eram duas histórias paralelas que não se encaixavam, mas que ainda sim estavam no mesmo livro (ou melhor, no mesmo sonho).
Depois dessa acho que vou deixar de ler antes de dormir e começar a ler ao acordar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Quase como na música

Ontem comprei um biquini. Ele é de bolinhas. Mas elas não são amarelinhas e nem é tão pequeno que chega a se esconder na palma da minha mão ou da Ana Maria.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mania ou As minhas coleções

Eu faço poucas coleções. Uma delas é marcador de livros. Inspirada aqui resolvi criar os meus próprios com as citações que anoto dos livros e das minhas fotos.

Influenciada

Depois de assistir O Cheiro do Ralo 'bunda' virou assunto - e piada. Virei monotemática e cheia de graça. Ui!

sábado, 20 de outubro de 2007

Vivendo este momento

Vai fazer dois meses que eu estou desempregada. Há três semanas eu estava começando a me estressar e me irritar - com tudo e todos. A viagem pra BH veio em boa hora, mas foi rápida. E nas outras duas semanas que se seguiram eu acabei fazendo os cursos de pinhole. Pronto; recarreguei as baterias, mudei o olhar (tanto sua direção quanto sua intenção) e estou me sentindo muito melhor. Parece que existe uma outra vida aqui dentro neste instante. E a vontade de aproveitar esse momento desocupada cresceu e tomou forma.
Por isso, eu vou ali aproveitar o sol que voltou a brilhar e volto mais tarde.
Bom final de semana!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Assalto sem fim

Na páscoa de 2005 fui assaltada no meu sítio. Traumatizei. Não dormi nas noites seguintes e sempre que vou pra lá relembro o que aconteceu. Eram dois, que foram e estão presos. Quando esqueço do episódio a justiça me faz lembrá-lo.
O ano passado fiz reconhecimento fotográfico e este ano recebi mais uma intimação, mas que veio em vão e me fez perder tempo indo até o interior à toa. Esta semana recebi outra. Para o ano que vem depor como testemunha no tribunal. Creio que eles serão julgados pelo que fizeram.
Eu ainda perguntei pro oficial se eu teria que encontrá-los cara a cara. Ele não soube me responder, mas acredita que não. Porque eu faço o que for para que eles continuem preso - menos reencontrá-los.
O caminho de uma idéia

Aí eu estava fazendo o curso do Pinhole, né? E para a última aula, que foi ontem, eu tinha que levar um filme fotografado com algum tema. E eu saí da aula, na terça, pensando: um tema, um tema, um tema, um tema. O que eu vou fotografar era a pergunta que ecoava na minha cabeça. Como eu não tinha chegado a conclusão nenhuma fui dormir. E no dia seguinte acordei com o tema: cadeiras. Ok, vou fotografar cadeiras. De tarde, enumerando as cadeiras e pensando como iria fotografá-las fui e voltei da perfumaria ainda tentando me convencer de que o tema era bom. Só que o que o professor tinha dito não saía da minha cabeça: inove, faça coisas diferentes. E eu pensando que cadeiras não era exatamente inovador.
Enquanto estudava os tempos que precisaria para fotografar, um outro clique veio: dupla exposição. Achei que era a idéia perfeita. Vou fotografar com dupla exposição, que é algo mais legal. E pensei, então, que o perfeito seria fotografar mesas e cadeiras. Dupla exposição.
A idéia era essa, mas apesar de ter que entregar as fotos na quinta e já sendo quarta eu tava com uma preguiça danada de sair pra fotografar e adiei para o dia seguinte.
Na quinta, às seis da manhã, levantei com outra idéia. Mais brilhante ainda. Iria, então, fotografar em dupla exposição coisas inseparáveis. E comecei a enumerá-las mentalmente: xampu e condicionador, pasta e escova de dentes, bloco e caneta, etc. Resolvi que eu tinha que levantar e anotar pra não perder nenhum par. Minha irmã me achou louca, mas eu acredito que aquelas idéias não iam me deixar dormir se eu não anotasse e tenho certeza que foram elas que me acordaram.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Futebolês ou um post pra quem é bom de bola

Não me lembro ao certo em que posição jogava. Se era ala ou armador. Só sei que entendeu o amistoso como partida oficial e decisiva. Entrou em campo como se fosse clássico, mas não era bem assim. Com um esquema tático digno de goleada podia ter feito mais bonito, mas deixou a desejar. Armou a cama-de-gato e fez cera por um tempo. Até que na antecipação cometeu penalidade máxima. Pênalti. E tomou um golaço no contra-ataque. Não soube lidar com time experiente. Afinal jogava com boleiros. E time descolado sabe como se armar.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Quem tem boca vai a onde quiser
Pior do que perguntar pelo lugar errado e que nem existe em uma cidade é ser indicado, por taxistas, como se chega lá. Depois de rodarmos por horas, achamos. A enorme torre iluminada indicava o caminho. Quase saímos da cidade, voltamos e chegamos. Depois de todo esse tour a irmã menor de idade não podia entrar. Viagem quase perdida. Ela resolveu dormir no carro e nós nos divertirmos em pouco tempo. E lá nesse bar tava tocando uma banda cover do Legião Urbana. E eu, que há tempos não escutava, lembrei o quanto eles são bons. E esse mês fez 11 anos de morte de Renato Russo e eu voltei a ouvir Legião.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

No Sesc/SP

Foto: Wicca, tirei daqui.

O objetivo do curso é construir uma Pinhole a partir de uma caixa de fósforo. E uma Pinhole de filme. As dinâmicas são muito legais. O ritmo da aula é calmo. E dá vontade de fotografar adoidado. O professor é o fotógrafo Miguel Chikaoka. E ele tem um sotaque diferente que não é de japonês, nem de belemense (onde mora há anos), nem de paulista (porque ele é de São Paulo). A gente ainda construiu uma câmera obscura. E no final de semana ainda participei do curso de Pinhole no tubinho do filme. E foi tão legal, que a vontade que dá é de ficar inventando mil e uma coisas para construir outras pinholes e fazer várias fotos. Foi o melhor feriado dos últimos tempos e o curso mais gostoso também.

domingo, 14 de outubro de 2007

Avisa lá

Alguém pode dizer ao meu cérebro/inconsciente que ter pesadelos toda noite não é legal?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Semioticando

Estou fazendo um curso de Pinhole com o fotógrafo Miguel Chikaoka. E ele sempre faz umas dinâmicas na aula. Por causa do tempo da aula que é curta, ele sempre comenta que a dinâmica se desdobra em muito mais, mas mesmo assim são incríveis. Ontem, além do brainstorm de LUZ É... passamos o barbante na sala e formamos um desenho no chão. Era assim: estávamos em uma roda e ele começou com o barbante entregando pra outra pessoa e dizendo uma palavra para LUZ É... Ele entregava o rolo para a pessoa, segurava um pedaço do barbante que continuava rodando na sala.
Ao final, todos estavam sentados e com o barbante formando um desenho, como se fosse a luz. Conversamos mais um pouco sobre a luz, matéria-prima da fotografia, e depois ele foi recolhendo o barbante. Quando recolheu tudo formou uma bola de barbante e disse que ali estava tudo que guiaria nosso curso. Cheio de simbolismo, de significados, signos e significantes. Adorei.
Dentro da bola de barbante estavam todas as palavras e seus significados sobre a luz, então tínhamos energia, luz, brilho, fim, caminho, saída, eletricidade, calor, idéia, etc.
Imagina que legal? E hoje ainda tem OUTRO curso, mas com o mesmo professor.Iei. Feriado mais que bem aproveitado.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Osso duro de roer

Ontem fui assistir Tropa de Elite. Só posso dizer que o filme é osso duro de roer. As cenas de agressão eu pulei, todas. Fiquei escondidinha pra não ter que ver. Mas ainda não sei o que penso sobre o filme.
Primeiro de tudo acho que o começo alivia toda e qualquer ação. Como se fosse a desculpa perfeita, o filme começa com uma frase que diz que não é o caráter que determina as condições de um homem, mas, sim, o contexto social em que ele vive. Para mim, isso foi claramente uma forma de justificar toda e qualquer ação violenta da polícia e da forma de repressão do BOPE, mas também posso muito bem encarar a frase como justificativa pro tráfico, oras. Quer pior condição social de quem vive no morro? Eu não estou do lado do bandido, mas tão pouco quero ficar do lado de quem entra na favela para matar e não para morrer, como explicou o Capitão Nascimento.
Achei incrível no filme coisas como a hora que o policial repreende a classe média que faz passeata pela paz, mas consome droga e financia o tráfico, o crime organizado, a violência, etc. A classe média é claramente aquela que vai dizer que deve ter segurança pública e políticas eficientes e, ao mesmo tempo, vai financiar o tráfico sem pensar que ele está num círculo vicioso que vai acabar contra ele mesmo.
Mas o filme também tem suas obviedades. Ele conta como se fosse novidade que só existe uma ONG no morro se o dono dele, o traficante, permite. E quem não sabe disso? E quem não sabe que todos e qualquer criança e adolescente usado no tráfico como aviãozinho vai proteger quem te dá o que comer, roupas, proteção, etc? E quem faz isso? O traficante, claro.
E eu fiquei super pensativa com o filme porque se de um lado você não acha certo que matem as pessoas da favela, mesmo que elas trafiquem etc, você também pensa que uma amiga sua foi assaltada e que deviam fazer exatamente aquilo com os bandidos e com aqueles que também já te assaltaram.
E se o Capitão Nascimento está certo em dizer que quem matou aquele cara lá no morro tinha sido aquele estudante, que comprava a droga lá no morro, a mãe do menino aviãozinho também está certa em dizer que quem matou o filho dela foi o BOPE que o fez entregar quem estava com a carga.
Depois de colocar tudo isso no "papel" concluo mesmo que não há justiça. De nenhum lado. Nem por parte da polícia que mata e nem dos traficantes. Apesar que o filme não mostra nenhuma ação violenta dos criminosos de forma direta, gratuita, apenas como reação às ações policiais. Enfim, não conclui nada. Continuo confusa com toda esta questão social que o filme mostra.
Mas a produção é ótima. Adorei ver a música que usei na abertura do meu documentário de conclusão de curso no filme e gostei do começo entrecortado com a dança de funk no morro. Gostei de muitas cenas. Gostei dos atores, até do Caio Junqueira que não gosto. Gostei do Wagner que está sem sotaque - exceto por uma pequena parte das cenas, mas bem pequena mesmo. Gostei das músicas, do roteiro. Gostei. Gostei de algumas frases chocantes e de algumas situações que, embora limite, me fizeram rir. É a comédia do trágico.
Mas o final me deixou com a pulga atrás da orelha. Porque aí sim o Matias teria virado um verdadeiro policial?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ócio produtivo

Tenho um amigo mui sábio. Estava reclamando para ele da minha vida de desempregada, que não agüentava mais, quando ele veio com uma sábia metáfora. Disse que quando estamos sozinhos temos que saber aproveitar e sair com os amigos, curtir, beijar, fazer tudo que a solteirice nos permite e quando estamos com alguém, seja casado ou namorando, temos que fazer programinhas de casais, dar satisfação, cuidar e ser cuidado. Enfim, ele resumiu que temos que saber aproveitar o momento que vivemos já que quando estamos sozinhos queremos alguém e quando estamos com alguém queremos a liberdade que a solteirice nos dá. Então, ele me disse que eu devia aproveitar e ir à exposições - já que estou com tempo de sobra -, cinema, teatro e outros programas afins.
E hoje já comecei a colocar em prática e aproveitei todo o sol que está em São Paulo para me bronzear na piscina acompanhada de uma revistinha. E não é que em quase uma hora deu até pra começar a me bronzear. Este será meu programa das manhãs, por enquanto.
Pequenos funerais

à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol

morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna

morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia

morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões

morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência

da Jeanine Will, do Caminhão de Mudança

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A família Franco

A família é grande. Imensa. Tenho 9 tios vivos e mais uma porrada de primos. Nem sei quantos são ao todo. Acho que 30. E quando todos se juntam é uma bagunça da boa. Neste final de semana foi assim. Casório de uma prima. Em BH. Fui e acampamos na casa da minha vó. Eu e mais um tanto dos primos, tios, namorados e agregados. A família não pára de crescer e até bisnetos já fazem parte da família.
Na sala tinham colchões, gente em todos os cômodos. Nos dois apartamentos que são no mesmo prédio mais gente, e nem assim cabia.
E a gente dançou a noite toda, riu, tirou fotos, contou, conversou. E agora eu fico, assim, esperando as atualizações orkutísticas pra pegar as fotos de todo mundo. A gente tirou fotos com a matriarca da família. Só os primos. Só os filhos. E foi tão lindo. E tão emocionante. E eu não vejo a hora de ter outro casamento só pra juntar todo mundo de novo.

A matriarca dos Franco e alguns de seus netos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Nada será igual

Depois de ontem, do porre de verdades, dos anseios, dos desejos, da rinite que ataca na madruga e não deixa dormir, da vontade de ser mais, de estar assim com o sex-appeal pra lá de extrapolando, de ter uma das tardes mais gostosas da fase de desempregada, de ter ganho o melhor dos conselhos ontem, de ter recebido uma mensagem no MSN hoje que nem foi tão legal assim porque só incita, de estar com vontade de tentar TUDO mesmo, de pensar em possibilidades nunca dantes imaginadas, de estar feliz apesar dos pesares, de estar com as unhas vermelhas por mais uma semana, de esperar pela viagem que começa amanhã. Depois de tudo. Porque a vida muda, sempre, o tempo todo, de todas as formas e pra todos os lados. Ainda bem.

*

perguntas nunca se calam
a não ser no fundo
bem junto
do silêncio do mundo
da Jeanine Will, no Caminhão de Mudanças

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Pra sempre, mesmo

A gente divide a cama, os segredos, os amigos, as conversas, o conhecimento, as bandas preferidas, os livros, os autores, as idéias, as mães, as irmãs, as lágrimas, as risadas, os gostos, as aventuras. A gente vai fazer dois cursos juntas. A gente não cansa de dividir porque, na amizade, é assim que se soma. E sempre foi assim. Bastava perguntar Vamos? sem precisar dizer onde. A resposta era sempre a mesma: Vamos! A gente sempre disse que era 'pra sempre' e hoje, mais que nunca, temos certeza disso.