sexta-feira, 31 de agosto de 2007

MSN 2

A conversa começou estranha. Mas avançou. A princípio não entendi porque tinha sido escolhida para saber sobre os seus problemas de relacionamento. E quanto mais a conversa avançava mais eu achava que o assunto não era sobre ele e a namorada, mas sobre mim. Era um teste. Só não sei qual foi o resultado.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Epitáfio

“...existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento.” Fernando Pessoa, em O Livro do Desassossego.

domingo, 26 de agosto de 2007

"Saudades! Tenho-as até do que me não foi nada, por uma angústia de fuga do tempo e uma doença do mistério da vida. Caras que via habitualmente nas minhas ruas habituais - se deixo de vê-las entristeço; e não me foram nada, a não ser o símbolo de toda a vida. (...) O que é feito de todos eles, que, porque os vi e os tornei a ver, foram parte da minha vida? Amanhã também eu sumirei da Rua da Prata, da Rua dos Douradores, da Rua dos Fanqueiros. Amanhã também eu - alma que sente e pensa, o universo que sou pra mim - sim, amanhã eu também serei o que deixou de passar nestas ruas, o que outros vagamente evocarão com um 'o que será dele?'. E tudo quanto faço, tudo quanto sinto, tudo quanto vivo, não será mais que um transeunte a menos na quotidianidade de ruas em uma cidade qualquer." Fernando Pessoa, em O Livro do Desassossego.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O Seminário - parte final e definitiva


Deu tudo certo, como em todo final. A lista de participantes, ontem, tinha 110 pessoas e o foi o exato número que compareceu, mas nem todos da lista - alguns não foram, outros compareceram e mais uns foram substituídos. Todos os palestrantes foram, ou melhor, quase todos. Tudo que eu me encarreguei de confirmar estava certo. Apesar dos sustos do final da quinta-feira, tudo se ajeitou. O tempo foi extrapolado, mas nos planos tudo tinha larga escala de tempo. Pensado para isso. Eu fiz o material, eu divulguei, eu confirmei os palestrantes, orcei tudo, mandei imprimir, resolvi e contornei os percalços e apesar do amadorismo geral foi tudo bem. Eu me estressei, me descabelei, me esforcei, fui mais competente do que me imaginava porque nem na hora do aperto eu falhei. Hoje eu cobri, organizei, arrumei a sala, ajeitei tudo, coloquei água para os palestrantes, controlei o tempo, decidi os horários e o que faríamos ou não. Substituímos o faltante e contornamos o que foi possível. No fim, ainda recebi parabéns de todo mundo e eu saí de lá mais do que com a sensação de tarefa cumprida, saí com a sensação de ganho, de aprendizado. Eu nunca tinha feito isso sozinha. Queria que eu tivesse tido mais tempo, pra divulgar melhor e ter realmente o número estimado de participantes - embora eu ainda ache que um evento do porte do que queriam era preciso mais competência e experiência. Agora eu posso respirar alivida e começar a procurar um emprego.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

MSN

M. entra no MSN com a seguinte frase: O amor é paciente.
Eis que não resisti.

Didi diz: Achei que o amor fosse doutor
M. diz: tb
M. diz: e o tempo é a cura
Didi diz: pois é, ele é um mutante
M. diz: quem sabe
Didi diz: não sei. mas eu que não
M. diz: eu tão pouco
18 anos sem Raul

Eu não saberia desta informação se não tivesse ido buscar. E buscar muito. Nenhum jornal noticiou, nenhum veículo comentou contraponto tantas comemorações de mortes nestes últimos dias: 30 anos sem Elvis, 20 sem Drummond, 10 sem Diana.
Mas soube e fui buscar a informação não por admiração - porque se assim fosse o saberia -, mas por pura curiosidade. Ontem, saindo do trabalho vi uma pequena/média multidão concentrada em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. A maioria vestia camisetas pretas e tinha uma Kombi com altos-falantes em cima de onde saía o som do Raul. Alguns tinham faixas com os dizeres Viva o Raul, entre outros. Foi então que eu desconfiei.
Eu não gosto de Raul. Geralmente mudo a estação do rádio quando começa a melodia de qualquer uma de suas músicas, mas me emocionei. Achei lindo aquelas pessoas todas reunidas por um cantor, um músico, um ídolo. Fiquei toda arrepiada e só não fiquei mais tempo prestando atenção na cena porque avistei o meu ônibus parado no semáforo e eu ainda ia ter que descer a rua, virar a esquina e descer até o meio da outra quadra, então saí em disparada sem ter certeza se comemoravam aniversário de vida, de morte ou qualquer outra coisa. Mas, pelo menos, saí emocionada pela manifestação.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

No trabalho
Nunca pensei que organizar um seminário fosse tão difícil. Tô esgotada e não vejo a hora da semana acabar. Cansadíssima. E tão preocupada que durmo e fico sonhando com a maldita organização. Da próxima vez eu peço o dobro do valor e ainda vai ser pouco. Aff.
E aí, tá todo mundo perguntando no trabalho: você fica até quando? E eu, desta vez, respondo: até sexta-feira e eu não vejo a hora.
E hoje uma das pessoas me disse assim: Você vai na reunião com a OIT amanhã? Eu respondi: Acho que não, vou ter várias coisas pra fazer por causa do seminário. Ela saiu. Depois voltou. Você devia, pelo menos, assisitr a primeira parte sobre a definição de trabalho escravo. Porque eu vou pedir pro ciclano pra você organizar o seminário sobre o trabalho escravo que vai ter esse ano.
Eu sei que foi, claro, na melhor das intenções, mas eu tava tão cheia de organizar seminário que quase falei: organizar seminário? Ai não, me tira dessa!
*
No final das contas, eu adoro trabalhar no Observatório. Mesmo mesmo, de verdade verdadeira. Mas desta vez foi cansativo e ainda teve uma pequena queda de braço que eu venci, mas saí de lá com quebrante. Então, não vejo a hora da semana acabar, o seminário acontecer, eu receber e não voltar.
Eu queria muito ficar lá, mas pra escrever matérias, pra realizar o sonho do meu chefe: virar a repórter do site, mas enquanto a coisa não sai, eles não conseguem e eu não posso ficar, prefiro procurar outras coisas. E vamos à luta!

domingo, 19 de agosto de 2007

A tal da TPM

Sábado já fui dormir de mau-humor. Domingo acordei com dor de ouvido, de cabeça e de garganta. E com TPM. Chorei assistindo TV, lavando louça, ouvindo música. A flor da pele. Nhém-nhém-nhém total. Mas o bom foi que o dia acabou bem sem o trio-solução "c" destes caso: carinho, cama e chocolate.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Oftalmo urgente

É, eu uso óculos. E não posso deixar de usá-los devido a um problema na córnea. Depois que eu descobri isso resolvi que ia colecionar óculos. Eu sempre escolhi as armações mais diferentonas (já tive uma que parecia uma casinha e hoje revezo duas: uma marrom normalzinha e uma vermelha diferentinha). Eu não gosto muito de usar óculos, mas não tenho opção. De vez em quanto apelo para as lentes de contato, claro, mas não consigo usar horas e horas. No dia a dia, vai óculos mesmo. Só sei que as coisas que mais faço e gosto de fazer no dia a dia, como ler e ficar no computador já estão me dando dor de cabeça. Então, vou ao oftalmo. Aliás, preciso ir - com urgência. E agora já to aqui pensando em qual aramação eu vou querer, se uma transparente, uma preta ou mais uma colorida. Ai, que dúvida.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Minha flor

Ela não é minha flor preferida, mas é a segunda opção.

A semana

Na terça eu achei que fosse quarta; na quarta eu pensei que fosse quinta e hoje (quinta) eu queria que fosse sexta.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Conversas paralelas

Eu escuto a conversa alheia. Assumo. Outro dia o papo estava tão interessante que parei de ler só pra prestar atenção. Era um casal de adolescentes, ou melhor, jovens adultos. Enfim. Eles estavam cheirando a vinho barato e ouvi que estavam indo em direção à casa dele e vinham do bar da faculdade. Notei no que ouvi que eles eram ex-namorados e falavam também sobre amigos em comum. Ela contou que uma das amigas disse que sentia falta do namoro deles, que provavelmente provocava a convivência geral. Também ouvi e pelo que entendi ela namorava outro menino. Mas eu só comecei a prestar atenção na conversa por causa do seguinte diálogo:
Ele- você beijou alguém?
Ela- quando? Hoje?
Ele- É.
Ela- HOJE não.
Na mesma hora comecei a prestar atenção. Ela era das minhas e sabia que o papo ia render.
Depois, ela estava no impasse do que falava pra mãe e pruma amiga, que a esperava. Ela, junto com ele, tentava arranjar uma mentira que camuflasse o encontro dos dois.
Ele era inseguro e dizia que a tinha visto beijando alguém naquele dia. Mas ela afirmou que só dera um beijinho de amigo. No papo, ele também dizia que se a mãe dele soubesse que ela tinha estado na casa dele ia ficar muito feliz, porque a menina a conquistara. Ele contou que ainda tinha fotos dela espalhadas pelo quarto e falou um monte de outras coisas que denunciavam não só o quanto ele gostava dela como também que ele não tinha conseguido esquecê-la enquanto ela tocava a vida, namorava outro e ainda se divertia por aí. Mas no fundo, eu fiquei pensando mesmo é que ela gostava mesmo era dele e que tinha feito tudo aquilo só pra tentar esquecer ele. E, claro, não tinha conseguido porque se tivesse não estava naquele ônibus em direção a casa dele.
E, no fundo, eu ainda fiquei super feliz que os dois estava juntos e, mesmo sem conhecê-los, eu fiquei torcendo para que eles terminassem juntos e felizes.

domingo, 12 de agosto de 2007

Dia dos pais

Ele já errou feio. Já fez um montão de coisa errada, mas fazer o quê se o laço de sangue - e até o de amor - é mais forte? Já fui do tipo rancorosa que se quer olhava na cara dele, já fui aquela que o fez chorar dizendo poucas e boas no melhor/pior momento catarse, já fui aquela que o fez entrar maternidade adentro empurrando enfermeiras só pra que outro médico me examinasse e dissesse que ia ficar tudo bem, ainda sou a queridinha apesar de tudo e a de quem ele mais se lembra na hora de presentear.
Hoje foi um dia normal, com ele por aqui como sempre e ainda querendo agradar a gregos e troianos. Falando suas habituais bobagens e deixando os filhos pra lá de constrangidos na mesa do almoço com os avós. E é através de seus olhos verdes brilhantes, seu sotaque arrastado e sua cerveja na mão que ele se faz notar. Na sua voz alta e no seu jeito de conversar, comer pouco e repetir sempre a célebre fase: quê mais? ele marca presença. Ele se faz respeitar e ser amado, mesmo que em silêncio. E também ama, embora de uma forma que pareça estranha.
No fim, é bom ver que o tempo passa, as feridas fecham e que o melhor de tudo ainda é tê-lo por perto. Nada como uma data desta pra gente perceber que ele é sim importante e que amadurecer, crescer, perdoar e superar faz parte de todo mundo. E, aqui em casa, todo mundo aprendeu a lição.

sábado, 11 de agosto de 2007

Matando a vontade

Unhas vermelhas. Pra tirar o mau olhado, pra matar a vontade, pra ficar bonita, pra ficar olhando muito. Porque eu quis, porque eu tava com vontade, porque eu mereço. Enfim.
Os amigos e as indicações

Não tem nada melhor do que trocar indicações com os amigos. Você mostra, empresta, dá o que está vendo, ouvindo, lendo e recebe em troca o mesmo tratamento. Vale tudo: uma peça, um livro, uma banda, um filme, um seriado de tv.
Esta semana foi a vez da Thaty me introduzir ao mundo da banda Trash Pour 4. E se você não conhece, eu recomento. Eles "repaginam" aquelas músicas pra lá de batidas e conhecidas e que você e todos nós já estamos até cansados de ouvir. Sucesso dos anos 80 e 90 é o que mais tem nos 2 cds da banda, que é brasileira e manda muito bem. Tô com eles no mp3 e não paro mais de ouvir. Até já mostrei pra mãe e pras irmãs e estou em alta velocidade na difusão deles. Porque eu acho que coisa boa a gente tem que difundir mesmo.
Foi assim com O Teatro Mágico, mas confesso que estava mais resistentes. As meninas que trabalhavam comigo falavam que era bom, chamava para os shows e eu, nada. Até que um dia resolvi baixar na Internet. Amei. Comecei a ouvir muito e fui num show. Pronto, nem preciso dizer que antes mesmo de ir no show já tinha difundido aqui em casa e falado bem pra todo mundo.
Eu sou assim. Tanto que livros é a coisa que eu mais gosto de emprestar, mas só para aqueles que eu sei que devolvem. Com a Thaty é melhor ainda. Nós duas grifamos livros e entre nós, nos nossos livros, isso também é permitido. Então eu grifo os meus e os dela e ela os meus e os dela. Assim, a cada leitura, a gente vai saber não só o que grifamos como também o que o outro grifou. É tão bom.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Diálogos e amigas

Amiga 1: Preciso te contar uma coisa.
Euzinha: Ai, que medo. Que foi?
Amiga 1: Eu só te conto porque você é como se fosse eu.

Amiga 2: Eu precisava tanto falar com você. Só você podia me entender neste momento.

Se alguém tem duas amigas assim na vida não precisa de quase mais nenhuma.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O que acontece?

Eu não tenho conseguido acessar este blog. E nenhum outro que tenha a extensão blogspot. Não sei se o problema é aqui em casa (confesso que o computador não está lá muito bom) ou se é com o blogger. O outro computador com o qual poderia acessar era do trabalho, mas me bloquearam, então sem chances.
Esta noite tive um sonho meio doido. Acordei e fiquei até uns minutinhos a mais na cama só pra me certificar de que tinha sido sonho mesmo. Foi estranho. Mas foi ótimo acordar e ver que já tinha passado. Eu estava grávida, fugia para uma casa na qual o dono não poderia me ver, mas me encontrava com um DR com o pai do filho, que estava no banheiro. E eles não podiam se encontrar. E a empregada estava passando roupa e me via e conversávamos como se fôssemos íntimas e tinha gente da família na casa, gente que eu nem conheço e no sonho só ouvia as vozes. Os móveis eram brancos e era um lugar que eu nunca estive. E eu lembro que a sensação era de medo, de o que eu vou fazer agora grávida e só aqui me sinto bem - mesmo que esteja aqui escondida. Agora, pensando bem no sonho e colocando tudo digitado, pensado, escrito, talvez comece a entender algumas coisas. E o sonho não terminava bem. Quer dizer, eu acordei no ápice. Na hora da raiva, das lágrimas, da briga. Eu não sei o que aconteceu depois. Quer dizer, depois eu acordei e tudo passou. Eu acho.