quinta-feira, 31 de maio de 2007

Amanhã

Já sei que passa da meia noite então hoje já é quinta, mas como eu ainda não dormi considero como quarta. Hoje eu não fui trabalhar, acabei atrapalhada e preferi ir ao curso do que trabalhar. Para compensar amanhã trabalho integralmente, mas amanhã é meu último dia no Observatório. Lá foi o lugar que trabalhei por mais tempo, que tive mais flexibilidade, que aprendi mais coisas para a vida inteira do que exatamente para a profissão, que aprendi política e até comecei a me interessar por ela.
Não fiz exatamente amigos, mas não pensei que fosse necessariamente sentir falta. Só que já está me dando uma nostalgiazinha de pensar que sexta eu não vou mais para lá, encontrar as mesmas pessoas, me divertir um pouco durante as tardes ou simplesmente trabalhar e ignorar as pessoas que estão à minha volta.
A partir de então não serei mais consultada sobre como se escreve algumas palavras ou para discorrer sobre gramática ou simplesmente ler um e-mail para ver se está bom. A culpa não vai mais ser minha como o Vicente adora dizer, o Felipe não vai dizer que está estranhando que faz tempo que não chamo por ele para dar suporte no meu computador, a Jeanine não vai mais comentar sobre os pedidos que eu remeto a ela e que chegam a mim pelo site, a Ana não vai mais ser minha parceira nas produções gráficas e nem vamos filosofar sobre que gramatura é melhor. Ninguém vai poder mais saber o que estou lendo e nem nada assim.
Enfim, eu adorava trabalhar lá, mas ainda não tinha me dado conta.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Ultimato virtual ou A conversa eme-esse-ênica

Já faz algum tempo que um ex-casinho resolveu abrir o baú e remexer nos meus sentimentos*. Mas eu - a princípio - estava impávida colossa nas conversas do MSN e lendo incrédula as coisas que ele me dizia. Ele afirmava categoricamente que tínhamos marcados um revival para 2010. Eu, que tenho memória de elefante, não lembrava disso. E até tenho certeza que isso jamais aconteceu. Mas os dias passaram e ele deu uma tréguazinha. Passou. Até que ele voltou hoje, cheio de dengos. E eu, que estava impávida, comecei a me divertir horrores com o jeito dele. Antes não me provocava nada, mas hoje o acesso de riso só foi contido por estar em ambiente de trabalho - juro!
Só que não agüentei. Eu fico provocando ele só pra ver no que vai dar - porque conheço a história e o script (e eles não vão dar em nada, como antes). E dei um ultimato:

EX-casinho diz: depois naum vai dizer que voce esqueceu.. q combinou só porque estava frio e voce estava carente..
Didi, a impávida colossa diz: tá, vou gravar esta conversa. olha, mas de 2010 eu tenho certeza que a gente não combinou nada. que foi uma tática sua, só porque estava com saudades de mim e estava com déficit de atenção (hahahaha).
EX-casinho diz: olha soh.. voce deveria ser psicologa, mas eh claro q vc imaginava que eu sempre soube q va sabia q era apenas uma tática.. o que eu naum sei eh se vc sabia q eu pensava q tudo ficaria mto mais interessante se os pensamentos naum se tornassem palavras..

*Tem uma coisa que os homens não sabem. Sentimentos mortos quase nunca são facilmente ressucitados.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Promessas de ano novo

Um amigo trocou de carro, cumprindo uma promessa de ano novo que ele mesmo já tinha desistido porque ia dar muito trabalho. Então, ele está cumprindo o que se prometeu e eu pensei no que eu estou cumprindo. Fui atrás de uma pequena lista que tinha postado aqui no blog e entre as promessas estavam:

- ir a Sala São Paulo assistir uma espetáculo da Osesp (cumprirei em brevíssimo)
- fazer mais passeios por São Paulo (aos poucos, um pouco. Saídas Fotogtáficas irão ajudar)
- ler mais (sim, sim, sim)
- ir mais ao cinema (sim, mas quero mais)
- fazer muitos cursos (ainda estou no singular, mas pretendo deixar a situação no plural até o final do ano)
- viajar mais (sim, mas podia ser mais ainda. Veremos como vai ser o balanço final)
- investir (essa é a única coisa que não consegui fazer por falta da verba para investir, quem sabe até o final do ano isso não muda?)
Chico Buarque já cantaria que a coisa aqui tá preta. Mas isso, por aqui, todo mundo sabia e notava.
Primeiro foi o atraso de salários (poucos dias, mas de se estranhar para onde se pagava sempre adiantado), depois foram os planos de saúde que mesmo sendo descontado uma parcela no salário não estavam sendo pagos e por isso não era possível o uso, o não pagamento dos telefones e na filial do RJ a linha ficou cortada um bom tempo. Então, veio o atraso das publicações, o fechamento da antiga sede em outro estado e, conseqüentemente, todo mundo de lá na rua, cortaram a assinatura dos jornais. Aí, percebendo a coisa e não me contratando logo de cara e com a enrolação de dois meses para definirem - mal e porcamente - minha situação entendi que estava na reta. E no início do mês que meu contrato findaria a notícia: ele não será renovado. Ok, já imaginava.
Mas hoje em mais um capítulo dessa avalanche o presidente renuncia seu cargo e todos não sabem exatamente o que vai acontecer. Os boatos, claro, não cessam e a sede está mais vazia que o normal. Já ouvi uma frase boa: "Eles sempre fazem isso em uma sexta-feira e depois vai todo mundo pra casa e fica o final de semana inteiro chocando ovo e pensando o que será que vai acontecer."
Ao que parece, o poder passa de mãos aos poucos e deve voltar às antigas, sem presidente fixo, apenas com as pessoas do conselho por aqui alguns dias.
Apesar dos pesares é bom pensar que estou fora do barco agora que furou e o naufrágio parece inevitável. É quase um consolo, pra dizer a verdade.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Eu só penso em você

Não adianta. Chegou o frio e a única coisa que eu quero neste mundo é chocolate. Tenho que comer todos os dias, senão lá vem o mau-humor. No calor eu até consigo controlar minha compulsão, mas no frio não tem jeito. E eu me rendo. Aproveito meus últimos dias por aqui para comprar o melhor dos alfajores caseiros.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Declaração de amor

Não sei se a intenção de Xico Sá era escrever um texto de amor ou o quê. Só sei que pra mim soou como a declaração de amor mais bonita que li nos últimos tempos.

Olhos não se compram. (Xico Sá.)

Do cinema lindo & phoda de existir e de como uma mulher pode encantar nos detalhes de nós dois. Quando ela pede pra gente virar os olhos ou fechá-los bem fechados. Só enquanto troca a calcinha, vupt, o barulhinho do elástico, mesmo com toda intimidade desse mundo, às vezes intimidade de anos, vale, vale. Só enquanto troca o sutiã, biquíni, parte de cima, ajeita a parte de baixo, areia do doce balanço da beira dos mares, só enquanto tira uma toalha do banho, primeira viagem, só enquanto está lindamente menstruada e quer guardar-se, embora saiba que atravessamos com amor e gosto todo o seu mar vermelho e ainda mais mares aparecessem a cada mês. “Feche os olhos”, diz. “Vira o rosto”, safadeza-se, diva sob seguras telhas. Só para manter o suspense do cinesmascope debaixo do mesmo teto. “Pronto, pode olhar”. Ai ela ressurge mais linda ainda, cabelinhos molhados, com aqueles cremes todos da Lancôme ou com simples sabonetes Dove ou aqueles de nove em cada dez estrelas de Hollywood, Lux, deluxe, eu morro nesses lapsos de tempo, elipses do desejo, frações de segundo que são eternas de olhos fechados para quem meus olhos na terra, que há de comê-los inté os aros dos óculos e as safenas, mais abriram e justificaram seu brilho castanho mesmo em dias de torpor e existência de pára-brisas lusco-fusco.

Xico Sá é cronista do Blônicas

terça-feira, 22 de maio de 2007

Paraíso Tropical

As coisas que eu gosto na novela mais clichê de todos os tempos:
- as músicas (tirando Carvão da Ana Carolina)
- saber o quê os atores vão dizer, afinal é um clichê atrás do outro
- ver Marcelo Antony lindo, lindo, lindo de viver
- ver Fábio Assunção, apesar de não estar assim tão lindo como o Antony
- ouvir Chico Buarque cantando Olha (só eu sei o que me provoca isso!)

As coisas que eu não gosto:
- assistir Alessandra Negrini, que é uó
- assistir Paulo Vilhena, que trabalha mal pra dedéu
- ver aquela mãe que se mete em tudo (minha vontade é de meter a mão na cara dela)
- não tem um que salva, todo mundo é trambiqueiro, falsário, trapaceiro ou bobo demais (não dava para ter um personagenzinho com um pouco mais de conteúdo, não?)
Frio, chuva e dia cinza: ninguém merece.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Frustrada, eu?

No bar, uma amiga desabafa dizendo que o namorado a chamou de frustrada. Foi só então que ela parou pra pensar se era mesmo ou não. Ao invés do papo seguir adiante foi a vez de cada um parar e pensar sobre si. A outra ficou encanada pensando, nem interagia mais tamanha avalanche aquilo lhe causou. Na mesma hora me lembrei que este ano eu já tinha decidido que ia me fazer feliz, independente dos outros. Fazer um curso interessante e fazer mais coisas que me agradassem. À medida do possível é isso sim o que eu tenho feito, mas ainda falta um bocado. Não o suficiente para me achar uma frustrada, mas que eu queria que algumas coisas estivessem e fossem diferentes, isso sim.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Hoje estava saindo de casa quando minha irmã me chamou.
- Adriana, vem aqui.
Eu, que já tinha chamado o elevador, respondi:
- Que é?
E ela insistiu:
- Vem aqui.
Fui e então ela me disse:
- Eu tenho uma coisa para te dar.
E me animei e perguntei estusiasmada:
- O quê?
E então ela disse:
- Dois quilos. Toma!

sábado, 12 de maio de 2007

Não sei qual dos santos que atendeu meu pedido, mas fiquei feliz da vida - apesar do frio - usando meu casaco novo. E a semana que foi atribulada e uma delícia acabou ontem às duas da manhã com um monte de amigos dando risada e tomando cerveja na mesa do bar. Os Happy Hours - chamados de HH - dos ex-lumierenses são sempre ótimos e ontem não foi menos que isso. Com direito a muitas fotos e a ser a atenção do bar (talvez pelo número de pessoas, pela quantidade de risadas, pelos flashes da câmera, por termos 5 meninas e apenas 2 homens, pela mudança constante de posição na mesa, etc).
E pensar que eu estava na maior dúvida entre ir ou não encontrá-los. Da próxima vez vou me lembrar de ontem e ir feliz da vida.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Cara valente

Ele estava lá com sua cara de vilão. Me viu no ônibus e me reconheceu - tenho certeza! Ficou olhando enquanto eu passava pela catraca e também ficou me olhando quando passei por ele para descer. Ele inclusive desceu no mesmo ponto que eu. E eu, que provavelmente já ouvi mais dele do que ele de mim, fiquei na dúvida se era ele mesmo. Depois que eu passei e fiquei assim meio perto dele, ele ficou olhando para fora do ônibus sem coragem de me olhar porque sabe que eu sei de tudo. Toda a história, todas as consequências, tudo. Mas ele estava lá, valente. Talvez querendo saber se era eu mesmo, talvez não. Não nos cumprimentamos; e eu fui para um lado - o meu - e ele para o outro - o dele. Talvez ele tenha ido embora pensando no elo que um dia poderia ter nos ligado, mas isso eu nunca vou saber.
A cobertura jornalística

Eis que esta semana participei de um seminário do IOS. Tinha uma argentina, uma colombiana, um equatoriano e um peruano. Ouvi tanto espanhol que sonhei com o sotaque deles e só conseguia pensar em portunhol. Aí, fiquei lá ouvindo sobre um projeto que envolve multinacionais e acordos ambientais. Em que pé está cada um dos pesquisadores de cada país. Então,
- deu pra ver como a situação de países tão próximos são tão distintas;
- o Brasil, em comparação com os outros países, é um verdadeiro paraíso;
- odeio quando as pessoas querem saber minha opinião nestes eventos (eu tenho que manter minha imparcialidade jornalística);
- eu fiquei sabendo que o consumo de alimentos aumentou durante o governo Lula;
- a lei trabalhista do nosso país no garante muita coisa e às vezes a gente nem sabe - mas claro que ainda existem muitos problemas;
- mais pessoas sabem da minha não continuação no IOS e falamos sobre isso;
- eu aprendi muito.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Love is in the air

Mal passavam das nove da manhã. O seminário ia começar, mas junto com o recepcionista do hotel veio um ansioso e falante entregador, com flores na mão. Antes de entregar as 3 rosas vermelhas ele disse: homem apaixonado não consegue esperar. A curiosidade pesou na pequena sala e na mesa em forma de U. O cartão foi silenciosa e secretamente lido e guardado. Brincadeiras tentavam, em vão, dissipar o mal estar e disfarçar a curiosidade.
Depois do almoço, a menina do interior cheia de curiosidade se muniu de uma certa ingenuidade e questionou de quem viera. E a dona das flores desconversou dizendo que era um caso complicado. Mas deu pra notar em sua dispersão durante todo o dia que o caso, apesar de complicado, mexera com ela.
No final do dia foi a vez da pergunta inocente - O que você vai fazer com as flores? - que tinha por finalidade descobrir se iriam para um vaso no ambiente de trabalho, para o lixou ou o quê e a resposta cheia de sotaque foi quase contundente: É uma pergunta más grande! Só nos restou rir.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Observações

1) Sabe que apesar dos pesares eu acho que eu tirei um peso das costas? Vou atrás de um emprego novo, cheia de planos e ainda curtir umas fériaszinhas.

2) Homem Aranha 3 é ruim. Não gosto de filme de efeitos especiais. E neste é só o que tem. Até dormi no cinema, mas valeu.

3) Ganhei um casaco tão lindo hoje que eu não vejo a hora de fazer muito frio para usá-lo. Mas São Pedro, Santa Clara ou seja lá que santo quiser me ajudar nesta empreitada manda frio um dia só, viu? É que eu não gosto muito, apesar de já estar com saudades de um friozinho.

4) O feriado foi tão bom que eu não queria que tivesse acabado. Que pena. Foram 4 dias de programinhas bem gostosos, tão gostosos que me senti em férias.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

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A típica quinta-feira: dia chato, com cólica e más notícias. Porque o barco que corria há 2 post abaixo vai encalhar e eu sou a nova desempregada da área. Quer dizer, serei, no final do mês. Sem renovação de contrato. E, agora, eu tenho uma coisa de verdade em que pensar.