quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Me, Myself and I

Segunda-feira estava com a macaca e no mal sentido. Irritada, brava, nervosa, uó para dizer bem uma coisa. Sabia e nem TPM era, então me isolei para não brigar com ninguém. Aí ontem as companhias me fizeram melhorar, me empolgar e hoje duas amigas ainda agradaram com coisas fofas. Uma diz: "Amei sua vinda aqui e sua vida aqui." - além de fofo, o recado ainda é poético - e outra complementa no MSN "Adoro contar minhas coisas para você porque você não me julga, só me apóia.". E no e-mail ainda tem: "Doidinha, já estou com saudades de vc..."
Assim fica bem mais fácil, vamos combinar?
Nem preciso dizer que meu estado é de euforia, né? Acho que vou até fazer esteira quando chegar em casa para eliminar tanta energia. Fazer o quê se agora eu pilhei?
Essa tal interneticidade

Nem sei se essa palavra existe. Acho que não. O melhor seria navegabilidade, mas não combina coom as coisas que queria escrever.
A verdade é que hoje fiquei chocada ao ler que Meg, do Subrosa, teve uma morte e uma ressurreição. Sério. Não a lia, não a conhecia. Porém quando o fato se deu li em alguns blogs sobre sua morte. Até aí, ok. Mas hoje lendo um dos blogs soube que a história era uma não-verdade (como escreveria Alex, do Tudo se Ilumina e que merece outro post). Achei surreal. Fiquei pensando a tarde toda nisso. Aí fui até o post indicado que meio que explica toda a história, inclusive com muitos links para complementar bem a história. Se quiser, vale a pena. Aqui no Alexandre Inagaki.
A outra coisa que queria dizer é que não gosto das pessoas que preferem se deletar do orkut e ficam entrando com a senha alheia. Não entendo estas pessoas. Eu nunca pensei em sair do orkut, mas também nunca tive motivos para isso. Não sou de fuçar scraps alheios, mas gosto de ver as fotos, poder falar com pessoas que sem o orkut dificilmente manteria contato e acho ainda mais divertido re-encontrar pessoas que achava que nunca mais iam fazer parte da minha vida. Mas e as pessoas que saem? Porque podem continuar olhando, lendo, etc, se não podem ser lido, olhados e nem nada. Qual a graça? Acho injusto. Hunf!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

"Quando nada resta do passado, quando as pessoas já morreram e as coisas se deterioram, o cheiro persiste, introduzindo-nos ao imenso edifício da memória." Marcel Proust

Porque às vezes o que nos resta é lembrar.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Sobre Babel

O primeiro pensamento sobre o filme, ainda na sala do cinema, foi: Será que o mundo tem jeito? Depois que o filme acabou eu conclui que foi um soco no estômago. No banheiro duas meninas conversavam para tentar chegar a alguma conclusão a respeito de se tinham gostado ou não. Em termos concordo com a crítica que li - acho que no Estadão - sobre uma das histórias que parece ser a mais "descolada" da trama. Eu gostei do filme, mas acho que o diretor Alejandro González-Iñárritu devia tentar editar/escrever de forma linear. Porque depois de escrever um roteiro, mudá-lo várias vezes e editar meu projeto que vi o quanto é difícil construir uma história que tenha muitos pontos de vista. Quando a coisa está toda remendada parece que as coisas não precisam ter lógica e ficam mais fácil de serem colocadas. Claro que editar é muito difícil e que ele merece o Oscar pelo trabalho que fez, mas me parece ser uma outra forma mais simplificada para não explicar e mesmo assim dizer/mostrar.
Tem cenas no filme que são ótimas, como quando a Japonesa se droga. Eu nunca tomei ácido, mas a impressão que eu tenho é exatamente aquela mostrada no filme. E apesar da história da Japonesa ser a mais deslocada, ela mostra coisas incríveis. E ainda gostei muito da trilha e da sonoplastia de todo o filme. Parece que tudo casa. Aconselho.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Peguei essa brincadeira lá no Dauro. Chama-se entrevista com o autor do blog. Quem quiser pode repetir.

O que você fez em 2006 que nunca tinha feito antes?
Me formei e cobri eventos esportivos.

Você manteve as resoluções de ano novo de 2006 e fará novas para 2007?
Não fiz resoluções. Nem para 2007. Tenho apenas algumas coisas que gostaria de fazer. E já comecei.

Que lugares você visitou?
O Teatro Municipal de São Paulo e outros pontos turísticos da cidade.

O que você gostaria de ter em 2007 que faltou em 2006?
Tempo. Paciência.

Que data de 2006 vai ficar marcada em sua lembrança?
Muitas como 13 de dezembro, dia da minha banca.

Qual sua maior realização no ano?
Me formar. E passar com 10 com louvor.

Qual foi o seu maior fracasso?
Não ter passado na provado Estadão.

Você teve alguma doença?
Fiquei de cama como não me acontecia há anos, muito por causa do excesso de trabalho e estudo.

Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Luvros (O caçador de pipas) e minha máquina fotográfica.

Que comportamento mereceu comemoração?
A coragem de ir ao encontro do acaso.

Que comportamento foi deprimente?
A dança da pizza.

Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Trabalho da faculdade.

O que te deixou realmente excitado?
As possibilidades.

Que canções sempre vão te lembrar de 2006?
Kelly Key por causa da menina do meu trabalho que ouvia e eu reclamava; Problema Social do Seu Jorge por causa do trabalho da faculdade, U2 por causa do show que eu não fui.

Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. mais feliz ou mais triste? Mais feliz. Ou pelo menos, mais segura.
II. mais magro ou mais gordo? Felizmente mais gorda.
III. mais rico ou mais pobre? Mais rica porque em janeiro do ano passado estava desempregada.


O que você queria ter feito mais?
Ido ao cinema e encontrado meus amigos.

O que você queria ter feito menos?
Me estressado.

Você se apaixonou em 2006?
Sim, pelo meus estágios, pelos meus trabalhos de conclusão de curso, enfim.

Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Não, talvez ame mais algumas pessoas que não amava há um ano.

Qual foi o melhor livro que você leu?
Sem dúvida, O Caçador de Pipas.

Qual foi a sua maior descoberta musical?
O Teatro Mágico, que minhas amigas diziam que era bom, mas eu nunca tinha ouvid.

O que você quis e conseguiu?
Me formar.

O que você quis e não conseguiu?
Diversificar. Só pensava na faculdade.

O que você fez no seu aniversário?
Me reuni com os mais chegados aqui em casa mesmo. Minha mãe tentou fazer uma festa surpresa, mas não conseguiu.

O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
Acho que nada.

Como descreveria seu modo de se vestir em 2006?
Comprei mais saias, me vesti como me senti: em alguns dias mais arrumada e em outros mais confortável. Como sempre.

O que manteve a sua sanidade?
Meus amigos, meu namorado e minha família. Momentos de insanidade com o fim da faculdade foi o que mais teve. Então, obrigada a todos.

Qual episódio da política que te deixou mais puto?
As CPIs que não resultaram em nada.

De quem sentiu falta?
Dos amigos, que não pude estar tão próxima.

Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?
Fiz boas amizades em 2006. Mas ninguém se compara ao Marcelo.

Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2006:
A nunca mais olhar para uma pessoa em situação de rua sem pensar em sua história.
Formatura

A festa de formatura foi incrível. Apesar de uns pequenos percalços eu me diverti horrores e só saí de lá quando as luzes se ascenderam e me mandaram embora. Fui varrida da festa. Eram cinco horas e ainda demorei a dormir, só depois que o dia clareou. Era o pedido de ordem e assim foi. Dancei, dancei, dancei. Estava precisando liberar umas toxinas mesmo. Pena que acabou. Só de pensar vai dando uma tristezinha. E hoje tem almoço com amigos bacanas porque, às vezes, trabalho ruim e chato compensa com turma divertida e amigos que a gente leva para o resto da vida.


Eu e meu vestido igual da Kate Hudson em Como perder um homem em 10 dias.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Estou ansiosíssima. Acho que foi a Martha Medeiros que certa vez escreveu que o melhor da festa é esperar por ela. Concordo, concordo, concordo. Porém não deixo de aproveitar a festa por causa disso, não. Aproveito e muito. Mas a ansiedade que me toma antes de coisas importantes ou legais me deixam eufórica. É assim que estou hoje. Para minha festa de formatura. Outras coisas também me deixam e apesar de ser bom me atrapalha um bocado. Acho que preciso de florais de bah para me ajudar com isso. Preciso mesmo.
*Inspira*Expira*Inspira*Expira*
Para algumas coisas na vida a gente precisa bem mais do que paciência.
Eu tenho tentado escrever algumas coisas aqui, mas não tenho conseguido. Mesmo mesmo. E não é auto-censura, é auto-crítica mesmo. Eu escrevo, releio, não gosto e apago. Por isso, sumi.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Essa semana tem colação e no final de semana baile de formatura. E amanhã vou provar meu vestido. E ainda nem vi meu sapato. Muitas coisas a fazer. E o primeiro mês do ano já está no final. Nem começou e já está correndo. Será que assim vai dar tempo de aproveitar bem todos os meses?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Sobre as pessoas I

Tem gente que é interessante. E tem gente que é interessante e divertida. E tem gente que ainda é interessante, divertida e tudo de bom, né?
Dizem que vontade é uma coisa que dá e passa. Mas e quando você está sem vontade? Ela vem?

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Veja se não dá vontade de devorar:

"Aliciada, ela foi, vá lá. Mas porque quis, das delícias do suplício. Vai ver que achou que tinha alicerce. E tanto tinha que não perdeu a alucinada lucidez, nem mesmo na alegria inicial do cio, por mais variados que tenham sido os desvairados desvãos e os deslizantes desvios." Primeiro parágrafo de Alice e Ulisses, Ana Maria Machado.

Amei!!!!!!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Hoje saí do trabalho determinada a passar no Sebo que tem perto de casa - e adoro. Saí de lá com 30 reais a menos e 4 livros a mais. Clarisse e Música ao longe, de Érico Veríssimo. Bala na Agulha, de Marcelo Rubens Paiva. E Alice e Ulisses de Ana Maria Machado. Isso porque hoje também comprei a Piauí do mês. A Piauí já está na metade e espero os livros ler ainda este mês.

domingo, 7 de janeiro de 2007

fim-de-semana

Saiu do banho sonhando e foi encontrar a realidade na sala.

No DVD

Rios Vermelhos 2 - sem ter assistido o 1
Os fugitivos
A máquina
Posseidon

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

A INFÂNCIA POR PERTO
Fabrício Carpinejar

Há homens que primeiro olham a bunda; outros caçam os seios e as pernas. Não que eu não olhe, eu olho só depois. A primeira coisa que procuro em uma mulher é a infância.

A infância estará nas mãos que seguram as saias, não nas saias. Estará no jeito que coça os olhos, não nos olhos. Estará na forma como penteia os cabelos, não nos cabelos.

É um temperamento, o modo como ela recebe as brincadeiras, o humor melancólico que recolhe as pequenas desaparições da bolsa.

A beleza de uma mulher está na infância que teve ou não teve. Naquilo que sofreu escondida ou escondeu para não sofrer. Naquilo que deixou passar e não significa que esqueceu.

O tempo de uma mulher não é o que está à frente, mas o que não aconteceu desde que ela pisou as unhas de esmalte.

Eu me interesso em reaver quais os nomes de suas bonecas, de seus cachorros, de seus gatos, onde dormia, se dividia o quarto com os irmãos, se lembra do cheiro do estofado do carro, do nervosismo da escola em fazer amigos, da estréia no palco nas apresentações do final do ano. O que me agrada não é o que ela domina, e sim o que ela colocou de lado. A sexualidade iletrada. A primeira vez em que a chamaram de moça, de mulher, a primeira vez em que usou um desaforo. Ela preparava sopa de folhas, matava formigas, produzia arco-íris ao regar as plantas, tomava banho de chuva, ficava doente antes das provas? Todas as perguntas inúteis me tranqüilizam, porque me devolvem o gosto dispersivo de não chegar a parte alguma.

Não quero o que ela já conhece, mas o que esqueceu. Reencontrar desejos é mais difícil do que criar desejos. Não ambiciono que uma mulher diga que começou a viver comigo. Que diga tudo o que não viveu comigo para que acompanhe e entenda suas escolhas. Talvez 'merecer' seja a senha. Não se conquista uma mulher, é preciso merecê-la. Receber um livro não é lê-lo.

Complicado contornar a pressa. Ou a grosseira de falar por ela. Não é respeitar, é merecer. O que envolve observar com os ouvidos, não impor o ritmo, não deixar que a intimidade seja apenas o corredor ao quarto. Que as palavras não sejam filhos indesejados. Ou que o silêncio não seja filho casual da distração. Que não sejamos óbvios de amar por amar, que amemos para nos recuperar, como pássaros que improvisam telhados num prédio abandonado.

E não é olhando a bunda ou os seios que teremos o que dizer. E esperando que a linguagem devolva a vontade de olhar da infância.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

2006 terminou assim: com um sorriso no rosto. 2007 começou com certezas e conseqüências conquistadas no ano anterior, mas ainda tenho que me adaptar a elas. Muitos planos e vontade gigante de fazer que este ano seja incrível. A única promessa é: eu vou tentar, ao máximo.