terça-feira, 30 de março de 2004

Putz, tem coisas que aparecem na nossa frente meio por acaso e define nosso momento perfeitamente. E então li isso:

Sempre e nunca (Debora Bottcher)

Outro dia, revendo uma entrevista do médico Aristodemo Pinotti, ele usou uma frase para falar do câncer: "Na medicina e no amor, não existe nem 'nunca', nem 'sempre'".

Deixando a doença de lado — alertando a todos para a prevenção —, eu quero escrever sobre essa figura de linguagem em relação ao amor. "Nem nunca, nem sempre". Essa foi uma das mais simples definições que ouvi para o sentimento supremo.

Se a gente vasculhar os pares que conhece, é muito possível que descubra que a maioria deles já teve pelo menos um rompimento.

Eu não falo daqueles que vivem um 'relacionamento ioiô', num interminável vai-e-vem enfiado na lama crescente do ressentimento; esses, se atolam num constante ringue de luta livre, fazem do amor uma guerra, e acho que nem merecem muita consideração dada a incapacidade que têm de enxergar sua história com clareza e parar com o círculo vicioso em benefício próprio.

Eu falo daqueles que têm um entrave, muitas vezes gigante, no meio do caminho. É aquela traição eventual, um flerte que balança um dos parceiros, mas que a curto prazo se torna algo sem maiores conseqüências, ou uma dúvida existencial que questiona se aquilo que se está vivendo é mesmo o que se quer; pode ser um problema de família, a perda de alguém querido — ou a iminência de perder —, uma questão financeira, profissional, interna ou externa.

Pode ser qualquer coisa ou pode ser nada: de repente, a escuridão desce seu manto e um dos dois acha que a saída é romper.

O outro argumenta — sempre quem fica com a interrogação argumenta —, mas é vencido pelos motivos reais ou inventados — não importa — de quem decidiu por um ponto final na relação.

Claro que existem casos onde isso é definitivo, mas eu falo daqueles que reataram depois de passar por um intervalo emocional. Para esses, quando vem a pausa — sobre a qual está depositada a esperança de eixo —, é que começa o caos. A confusão generalizada se instala, um tipo de tumulto que ninguém entende: é só que sai tudo fora de controle, ao contrário do que se pensava.

Normalmente, não demora muito para que se perceba o equívoco — pelo que tenho visto, no máximo em seis meses. O que foi embora chega cabisbaixo, mansinho, sondando a receptividade de quem ficou — normalmente, magoado e triste, apesar de sobrevivente.

O entendimento se faz, o reatar é natural, e entre riso e lágrima, salta-se aquele período, esquece-se: faz-se de conta que não existiu, apenas se recomeça. De volta a confiança e com ela a serenidade, as antigas certezas, a vida de novo centrada.

Esse passado fica lá, perdido, e só deve ser lembrado quando a gente se pega questionando se aquele amor vale mesmo a pena — porque mora no ser humano uma eterna insatisfação. Mas os envolvidos passam a saber que, dali pra frente, não será qualquer vento que os derrubará.

A separação, para os que se amam verdadeiramente, fortalece. E traz a convicção de que o 'sempre' e o 'nunca' são tempos transitórios — já que nem um, nem outro, pode ser considerado eterno...

Esse texto mistura tanto presente, passado que eu nem sei.
Um dia de cada vez, tudo bem. Mas é impossível não pensar. Se bem que tô mais calma. Sei lá porquê.
Só queria que sexta-feira chegasse logo. Porque daí, pelo menos, a aula de foto me distrai um pouco mais.
O fim das provas também foi um alívio.
Segunda-feira foi um loooooongo dia.

segunda-feira, 29 de março de 2004

sexta-feira, 26 de março de 2004

quinta-feira, 25 de março de 2004

E o Moacir Scliar escreveu assim:

"Todos temos, dentro de nós, um aventureiro em potencial. Todos ansiamos por uma aventura, pequena ou grande. É o antídoto contra a monotonia da rotina, que é necessária - sem rotina nada conseguiríamos - mas que às vezes se torna mortalmente aborrecida. E aí, trata-se de fazer o que para nós é inusitado, e por isso mesmo excitante: escrever um poema, saltar de pára-quedas, ter um caso amoroso. Mas, para a maioria das pessoas, especialmente para os jovens, a aventura ainda se traduz em viagem. Compreensível: viagem significa sair de casa, romper o cordão umbilical, conhecer novos lugares, novas pessoas. Descobertas, que são também auto-descobertas; situações inesperadas, perigosas ou não, revelam facetas desconhecidas de nossa própria personalidade. E o inesperado é coisa que não falta em viagem."

E eu concordo. Plenamente.

Eu tô muito bem, nesses dias. Me sentindo mais leve, mais alegre. Ainda tá faltando tempo. Mas já tô me acostumando. Tô com um projeto. Há uns dias. Ultimamente não me sai da cabeça. Começando ir atrás, pesquisando. Queria tanto que desse certo!

quarta-feira, 24 de março de 2004

Fazia tempo que eu não tinha uma semana tão tranqüila. Apesar das provas.
Da série das coisas que só acontecem comigo:

Tocou a campainha do escritório e eu fui atender. Abri a porta e um homem me estendeu um papel. Perguntei: O que é isso? E olhei. No papel estava escrito: sou surdo-mudo...
Alguém merece ???? Fiquei com a maior vergonha.

segunda-feira, 22 de março de 2004

Ironic
(Alanis Morissette)


An old man turned ninety eight
He won the lottery and died the next day
It's a black fly in your Chardonnay
It's a death row pardon two minutes too late
And isn't it ironic? Don't you think?

It's like rain on your wedding day
It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take
And who would've thought...It figures

Mr Play-it-safe was afraid to fly
He packed his suitcase and kissed his kids goodbye
He waited his whole damn life to take that flight
And as the plane crashed down, he thought
"Well, isn't this nice..."
And isn't it ironic? Don't you think?

Well life has a funny way of sneaking up on you
When you think everything's okay
And everything's going right
And life has a funny way of helping you out
When you think everything's gone wrong
And everything blows up in your face

A traffic jam when you're already late
A no smoking sign on your cigarette break
It's like ten thousand spoons
When all you need is a knife
It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife
And isn't it ironic? Don't you think?
A little too ironic... and yeah I really do think...

Life has a funny way of sneaking up on you
Life has a funny, funny way of helping you out
Helping you out

domingo, 21 de março de 2004

Sexta eu trabalhei muito. E ainda tive que trazer trabalho pra casa. A tristeza que estava instalada virou mau-humor. Sábado eu bem que queria postar, mas o computador não ajudou. Hoje apesar dele já ter desligado sozinho umas cinco vezes, agora tá funcionando.
Mas hoje vai ter uma festa. Aniversário da melhor amiga. Espero estar mais animadinha.
Essa noite eu tive muitos sonhos. Sonhei com gente que há anos não vejo e nem falo e bateu a maior saudades. Sonhei com gente que só tá sumida. Gente que tá por perto. Sonhos malucos, todos misturados, para variar.

quinta-feira, 18 de março de 2004

Se ontem à noite eu não tinha um pingo de sono, neste exato momento eu tenho uma tonelada!

quarta-feira, 17 de março de 2004

Uma surpresa muda o dia. Uma visita inesperada faz sorrir. E o meu dia até ficou mais bonito.

terça-feira, 16 de março de 2004

"A história virtual parece uma espécie de brincadeira, ao espetacular como as coisas teriam sido, se não fossem do jeito que foram. Pode parecer uma brincadeira, mas serve, entre coisas, para nos darmos conta de como a história humana não tem determinações fatais, de como a decisão dos homens, coscientemente organizados, tem um lugar e um papel importantes e, em certos momentos, decisivos no desfecho dos acontecimentos. Serve também para apurar responsabilidades, individuais e coletivas, e para tratar de superar erros do passado e incorporar acertos."
Emir Sader, na Caros Amigos.
O telefone toca e é aquela pessoa distante. Que ligou por vontade própria e não por causa da mensagem no icq. Vai entender.

O pai da minha amiga saiu da UTI. Que bom!

segunda-feira, 15 de março de 2004

Fui pra Campinas no sábado. Missa de sétimo dia do primo da minha mãe. Chegar no domingo com notícia triste do pai de uma amiga, internado. Final de semana estranho.

Hoje: sono!

sexta-feira, 12 de março de 2004

Nada como fazer um passeio diferente e dar umas risadas para espantar o mau-humor.
Fui na Exposição da Africa. Muito bom. Nada melhor do que cultura pra mudar nosso dia.

terça-feira, 9 de março de 2004

Acordei com dor de cabeça. Estou com as vistas ardendo e dor de garganta. Alguém duvida que a gripe tá chegando ? Eu não.

segunda-feira, 8 de março de 2004

Pode ser que meu cachorro seja operado hoje. E faz uma semana que eu não durmo direito cuidando dele. E vai começar tudo de novo. O colchão não saiu do chão e vai ter que continuar por mais alguns dias. Mas depois ele vai ficar tão bem - assim espero - que todo o esforço vai compensar. Se vai!

domingo, 7 de março de 2004

Sábado por conta do trabalho de foto-jornalismo. E eu não vejo a hora de revelar o filme e ver como ficaram as minhas fotos. Ansiedade sim.
Para hoje, os planos foram adiados porque minha vó não veio. O como o sol está lá fora, estou fortemente tentada a fazer algumas coisa bem gostosa. Não quero ficar em casa, mesmo que tenha que organizar algumas coisas.
Vou começar logo a organização para sobrar mais tempo.
Depois vou editar esta foto e ver se coloco mais algumas.

sexta-feira, 5 de março de 2004

Sessão de foto, devido a aula de fotojornalismo.
Aqui está uma das que eu mais gostei. Não to com tempo pra editar. Então se ficar muito grande, depois eu arrumo.



Talita, Barbara e eu.

terça-feira, 2 de março de 2004

O JR, o cão doente, fez alguns exames e se em uma semana os remédio fizerem o efeito desejado (diminuir o coração que está 30% maior e eliminar os líquidos retidos) ele vai poder ser operado e tudo vai ficar bem. Apesar dos 13 anos de idade o veterinário disse que ele tá bem. Mas o rémedio do coração ele vai ter que tomar pra sempre. Parece gente! Aliás o rémedio é de gente!

segunda-feira, 1 de março de 2004

Final de semana horripilante. Cachorro doente. Preocupações, choros. Medo. Mais uma vez começa a saga: cachorro, sangue, médico, sofrimento. E esta noite nem preguei os olhos tomando conta dele.